MONSIEUR PHILIPPE

O "MESTRE DESCONHECIDO"



Àquele que é justamente chamado pela "Vox Populi" de Pai dos pobres e dos prisioneiros. (Dedicatória de Papus na abertura do seu livro sobre A Alma humana.)

Certos autores de livros ou artigos tratando do problema dos "curadores" não deixam de citar, entre os curadores mais admiráveis, a M. Philippe, de Lyon, esse extraordinário que foi, para o doutor em medicina Gerard Encausse Papus, um "Mestre" em toda a acepção do termo1. Ele modificou totalmente, de fato, a orientação final daquele que chamavam o "Balzac do ocultismo". St. Yves d'Alveydre tinha sido, para Papus, um Mestre intelectual; M. Philippe, de fato, foi o Mestre espiritual, aquele que lhe permitiu compreender, ainda melhor, a comovente lição de Amor ensinada por N. S. Jesus Cristo. Eu não sou nada, absolutamente nada, tinha por costume dizer o Mestre Philippe. Mas ele tinha a FÉ, essa Fé que ergue as montanhas; e os milagres floresciam a seu passo... Seja-me permitido fazer, desde já, uma advertência necessária: É que não se pode, de forma alguma, comparar o Mestre Philippe aos curadores modernos, nem aos mais ilustres. Seria, efetivamente, tomar rumo errado, enganar-se, porque ele era bem mais que simples curador. Ele era um enviado, um missionado, um representante da divina Providência. * * * Foi em conseqüência do seu encontro com M. Philippe que Papus, que tinha sido materialista, espiritualista e ocultista, autor de sábios tratados de magia prática e outros, foi levado ao misticismo puro, a esse misticismo cristão que devia encher de sol os últimos anos da sua excessivamente curta passagem ?? ele faleceu com 51 anos, em 1916 ?? sobre nosso planeta. M. Philippe, que predicava a caridade, a bondade, a fé em N. S. Jesus Cristo, foi um Mestre venerado por Papus2. Prova disto é esta carta dirigida a M. Philippe em 1904, ou seja, um ano antes da sua partida para as esferas superiores: Querido e bom Mestre, Recebi a vossa carta e vo-la agradeço, porque é sempre uma alegria ver a vossa letra tão desejada. O que me dizeis é justo demais para eu não deixar de vos assegurar a minha obediência imediata. Eu vos tinha falado nisso quando da nossa entrevista em Lyon e não me tínheis feito objeções naquela época. Tendes me feito conhecer e amar ao Cristo.

 

Disso vos sou eternamente grato e não tenho podido me privar de pronunciar o nome do Amigo ao falar do Grande Pastor. Se fiz assim apelo à vossa autoridade, é porque desde alguns anos e ainda neste momento nos batemos contra um movimento anticristão muito solidamente organizado. Esse movimento se faz por meio de livros e revistas e nesse mesmo terreno é onde me esforço por combate-lo, embora sendo certamente mais pecador e mais orgulhoso que os meus irmãos que atacam ao Cristo. Porém, quando menos, esforçome em fazer amar aos evangelhos e seu autor. O céu é minha testemunha de que na Rússia fiz com que vos amassem, sem dar o vosso nome e foi a indiscrição de um Martinista que fez conhecer vossa identidade Um emocionante retrato do MESTRE... aos poderosos de lá. Eles o pagaram caro, já que os pequenos perderam a vossa visita e que nunca mais vos viram desde que fostes chamado a palácio. Cada vez que passei em alguma parte, ali se vos tem amado e honrado; cada vez que foram para vós em seguimento ao meu entusiasmo, se vos tem compreendido um pouco mais e amado mais. Não ocultarei que, Como também foi o caso para Jean Chapas e Paul Sédir... cada vez também, afastaram-se de mim e colocaram-me como acusado, Que pode importar-me isso, já que a vossa amizade me acompanha? Torno ainda a vós, querido Mestre, e peço-vos não abandoneis aos que se batem pelas idéias que lhes tendes ensinado a amar. Não nos abandoneis se somos pecadores ou orgulhosos e sede sempre o nosso bom Philippe, como eu queria ser sempre, O vosso muito devotado pequeno feitor, Papus tinha dedicado uma das suas "conferências esotéricas", na sala das Sociedades sábias, à definição do "Mestre". Segundo ele, somos guiados passo a passo em nossa evolução e os guias que nos são enviados pelo Invisível vêm de diferentes planos (em linguagem mística: "apartamentos") conforme o gênero de faculdade que devem evoluir. Esses são Mestres, porém importa dar a esse termo sua verdadeira significação. O Mestre é um guia e ele pode dedicar à evolução de três gêneros de faculdades humanas. Papus distingue, pois: a) O Mestre que dirige a evolução da coragem, do trabalho manual ou das forças físicas e que age sobre a parte física das faculdades humanas.

 

É o caso do "Conquistador" que faz evoluir a humanidade como a febre faz evoluir as células humanas, isto é, na batalha, no terror, no sacrifício e na matança em todos os planos. b) O Mestre cuja ação visa a evolução do plano mental humano, este gênero de Mestria sendo dominado por um enviado do plano invisível e que é caracterizado pelas luzes que projeta em todos os planos de instrução. É aquele que Papus chama de Mestre intelectual, o que era o caso de Saint Yves d'Alveydre. c) O Mestre propriamente dito, aquele que, e só ele, tem verdadeiramente direito a esse título, aquele que está encarregado de evoluir as faculdades espirituais da humanidade, que apela para forças que muito poucos entendem e cujo poder é extraordinário. É o Mestre espiritual, conforme a própria expressão de Papus, aquele que foi denominado o Mestre desconhecido por Marc Haven na sua muito bela obra dedicada a "Cagliostro" e O Homem livre por Paul Sédir nos seus comoventes comentários sobre o Evangelho. É dele que Sédir disse numa de suas conferências: "Mas quando o Mestre surge, é como um sol que se levanta no coração do discípulo; todas as nuvens se desvanecem; todas as gangas se desagregam; uma claridade nova expande-se, parece, sobre o mundo; esquecem-se as amarguras, desesperos e ansiedades; o pobre coração tão cansado lança-se para as radiantes paisagens entrevistas, sobre as quais o aprazível esplendor da eternidade estende suas glórias; já nada sombrio empana a natureza; tudo finalmente afina em admiração, adoração e amor". De onde vem então esse nome de "Mestre"? É o que Papus explicou na sua conferência3 sobre a definição do Mestre. "Na França, disse, tal nome vem do latim magister que, decomposto em suas raízes, nos dá: "MAG, fixação numa matriz (intelectual ou espiritual) do princípio A pela ciência G; "IS, dominação da serpente (S) pela ciência divina (I), característica do nome de ISIS; TER, proteção pelo devotamento de toda expansão (R). "Se, deixando de lado as chaves hebraicas e o tarot do qual acabamos de usar, nos dirigimos ao sânscrito, obtemos duas palavras: MaGa, que quer dizer "felicidade e sacrifício", com o seu derivado "Magoni", "a aurora" e : is Ta, que quer dizer "o corpo do sacrifício", a oferenda. "O Mestre, o Maga Ista, ou o Magisto, o Mago, é pois aquele que vem se sacrificar, que dá o seu ser em oferenda pela felicidade dos seus discípulos e, agora, compreender-se-á o símbolo maçônico do Pelicano e a lei misteriosa: O iniciado matará o iniciador". M. Philippe era o Mestre espiritual na total acepção do termo e foi, para Papus, a tocha que iluminou os seus últimos anos sobre esta Terra... Nascido de pais franceses (Joseph Philippe de Marie née Vachod), Philippe veio ao mundo em 18494 numa aldeiola da Sabóia quando aquela não era ainda francesa. Seus pais eram extremamente pobres e o pequeno Philippe os ajudava na melhor forma em que podia. Entre outras ocupações, ele conduziu as ovelhas nas pastagens de vales e morros dominados pelo monte Tournier. Com a idade de 14 anos, deixou Loisieux (a aldeiola em apreço) indo para Lyon onde morou em casa de um dos seus tios, estabelecido como açougueiro e a quem ajudou na entrega domiciliar aos fregueses. Cursou seus estudos no Instituto Sainte-Barbe, em Lyon, onde um dos Padres afeiçoou-se muito por ele.

Obteve assim, o "certificado de gramática". Já certos poderes tinham-se manifestado nele. É o que pontualisou o Sr. Schewoebel no artigo dedicado ao "Mago Philippe" pelo Mercure de France de 16 de junho de 1918, ao relatar as palavras seguintes de Philippe: "Ignoro tudo em mim, nunca compreendi nem procurei explicar o meu mistério. Tinha seis anos apenas e já o cura da minha aldeia inquietava-se com certas manifestações das quais eu não tinha consciência... Operava curas desde a idade de 13 anos, quando ainda era incapaz de me dar conta das coisas estranhas que se davam em mim". M. Philippe resolveu estudar medicina e, para tal fim, ele tomou quatro inscrições de oficial de saúde na Faculdade de Medicina de Lyon, de novembro de 1874 a julho de 1875. No Hôtel-Dieu (hospital), ele freqüentou diversos serviços, entre os quais a Sala Saint-Roch, onde seguia assiduamente as clínicas do professor B. Teissier. "Ele mostrava grande inteligência", escreveu sobre esse tema o Dr. Louis Maniguet em sua tese, apresentada sob nº 107, em 11 de fevereiro de 1920 e intitulada: Um empírico lyonense: PHILIPPE. ?? Contribuição ao estudo da influência dos empíricos sobre os doentes. Estudo médico social. Essa tese de oitenta e seis páginas tinha sido inspirada ao autor pelo professor Etienne Martin, professor de medicina legal na Faculdade de Lyon. A documentação foi completada pelos professores Teissier, Lévy, Schneider e Policard, e os senhores Fleury Ravarin, Mestre Clozel, os doutores Cusset, Sahuc, Albert, Michel, Commandeur, Bollier, Masson, Carry, Gros, Locard, M. Bricaud. A dizer verdade, tem-se a impressão, lendo essa obra, que o autor teve o máximo cuidado de não indispor eventualmente o júri perante o qual devia defender a sua tese de doutorado. Assim sendo não hesitou, por exemplo, em dar a entender com relação a M. Philippe, que a sua morte, na idade de 56 anos, podia em parte explicar-se por certos excessos de ordem alimentar ?? alcoolismo entre outros! ?? dando lugar a crises que perturbaram os últimos anos da sua vida. Essa passagem, inspirada por evidente parcialidade, não honra realmente ao Doutor Maniguet. Este bem poderia e até deveria ter-se documentado melhor sobre a personalidade real de M. Philippe a quem trata, também, de "Histero-nevropata" (!) embora reconhecendo, contudo, muita memória, um espírito curioso e observador." Semelhante atitude é indigna de um espírito científico, que se deve de nada afirmar sem uma séria e imparcial documentação de base. Alguns teriam sem dúvida nenhuma preferido que eu não fizesse menção das asserções caluniosas do doutor Maniguet? Teria sido um erro na mencioná-las, pois que elas só atingem ao seu autor...

Torna-se a encontrar, aliás, semelhante parcialidade e igual falta de documentação séria na obra de ficção publicada, há disto poucos anos, pelo Dr, Leon Weber-Bauler, de Genebra, sobre Philippe, curador de Lyon, na Corte de Nicolau II. Efetivamente, tal autor deu ali, tanto com relação a M. Philippe quanto a Papus, curso a mexericos interessados, a certas calúnias e inexatidões que prejudicam gravemente a sua obra. Porém, esses dois autores são quase que "anjos" comparativamente com certo publicista a quem não darei a honra de citar pelo nome e que, numa obra recente dedicada aos "curandeiros", obra de combate contra estes, dá mostras de revoltante parcialidade, de uma falta de compreensão e de uma maldade que não enquadram absolutamente com os ares de bom apóstolo, de espírito superior, de técnico (?), de puro defensor da humanidade sofredora e explorada pelos chalatães, que essa personagem quer dar-se perante um público muitas vezes crédulo demais, de fato... Entre outros, o Mestre Philippe é arrastado na lama por esse escriba sequioso de publicidade pessoal. Pobre rapaz! É verdade que, na sua infinita bondade, o Mestre lhe terá sem dúvida perdoado as cusparadas póstumas com que assim gratificou a sua memória? Os cães ladram, a caravana passa, costuma-se dizer no Oriente. Pois bem! Essa fórmula ilustrada pode por vezes aplicar-se a certos ocidentais... Outros artigos foram dedicados, bem recentemente, ao Mestre, porém, ainda aí, seus autores pecaram por insuficiência de documentação realmente completa, causa, aliás, muito menos grave que a evidente posição pré-tomada e a ranzinzice que caracterizam aos comentários do jornalista aludido acima. A citar entre outros: os números especiais do Crapouillot sobre as "Ciências Ocultas" e sobre "Amor e Magia" assim como um artigo publicado no grande jornal belga Le Soir em dezembro de 1953. Nas suas muito interessantes recordações (Souvenirs sur le Maître Philippe), o senhor André Lalande, membro do Instituto, dá também constância da passagem de M. Philippe nos serviços hospitalares lyonenses: "Ele freqüentou os hospitais de Lyon, muito querido por uns e detestado por outros. Ele consolava aos doentes e muitas vezes pedia aos médicos que não operassem.

 

Às vezes, os doentes se achavam curados antes da data fixada para operar. Indo visitar aos aflitos e aos doentes, distribuindo aos pobres tudo quanto pudesse receber, M. Philippe voltava de vez em quando à Sabóia, visitando a seus familiares sem que estes pudessem dar-se conta da extensão de seus poderes" Porém, soube-se um dia, no hospital do Hôtel-Dieu, que ele era curador enquanto não tinha obtido ainda o oficial pergaminho! Que sacrilégio, ao ver dos detentores da ciência acadêmica! Eis porque, com a intervenção do interno Alberto, M. Philippe foi afastado do serviço do professor Bénédict Teissier e viu lhe ser recusada a quinta inscrição, por "estar fazendo medicina oculta e ser um verdadeiro charlatão...!" Esse gesto deselegante e estúpido felizmente não impediu ao Mestre de continuar a dar sua total atenção ao sofrimento dos outros e trazer-lhes o reconforto e a cura. Ele desposou, em 6 de outubro de 1877, na prefeitura e na igreja de l'Arbresle, a Senhorita Landar, de importante família industrial de Lyon que, como escreveu o Sr. André Lalande, já citado precedentemente, "trouxe-lhe mais do que ampla abastança: diversas casas na cidade e, sobre as alturas de l'Arbresle, o domínio de Collonges, o Clos Landar, cujo castelo, o amplo terraço e os belos plátanos dominam a entrada do túnel pelo qual passa a antiga linha du Bourbonnais. Dessa fortuna, acrescenta M. André Lalande, M. Philippe usava antes de tudo para outrem, fazendo chegar discretamente ou levando pessoalmente aos seus doentes pobres socorros ou medicamentos". Foi-me dito recentemente em Lyon que foi como consulente que a Srta. Landar tinha travado conhecimento com o Mestre quando já desesperavam de salva-la, e que foi efetivamente curada por ele, com quem casou pouco após6. Duas crianças nasceram desta união abençoada pelo Céu: uma filha, Victoire, e um filho, Albert. Este foi levado com a idade de poucos meses, durante a epidemia de varíola7. Victoire, que nascera em 11 de outubro de 1878, casou em 1897 com o doutor Emmanuel Marc Henry Lalande (Marc Haven)8 e morreu prematuramente em 1904.

O doutor Lalande tornou a casar posteriormente (1º de março de 1913), conforme M. Philippe tinha lhe anunciado, com uma amiga de década dos Philippe e dosa Lalande, a viúva Sra. Olga Marshall, née Chestakoff, que foi, também, uma admirável companheira para ele. A Sra. Lalande viveu em l'Abresle (Clos Landar), no culto de todos esses grandes e queridos entes desaparecidos e ali faleceu. Ela publicou, em Lyon, há poucos anos, uma brochura (tiragem de 1000 exemplares) intitulada Lumière Blanche ?? Evocation d'um passe, dedicada ao Mestre. "Não queria escrever este livro, declarou a Sra. Lalande, sabendo bem ser impossível traduzir, tal como era, a personalidade de M. Philippe. Sei, entretanto, desde longos anos (desde a publicação de Cagliostro, o Mestre desconhecido) que o devo escrever e vou fazê-lo. "Atualmente, após a repercussão que acaba de ter um livro totalmente errôneo (Philippe, Curador de Lyon ?? Dr. L. Weber-Bauler), vou procurar escrevê-lo. "Tratei, em vão, de entender-me com o autor do livro mencionado e de lhe fazer ver o mal que causou aos seus leitores e a si mesmo, e nada mais tenho a esperar por esse lado". Nenhum dos admiradores do Mestre irá deixar de alegrar-se com essa "retificação" da Sra. Lalande, de cuja particular competência ninguém pode duvidar. "Lumière Blanche" constitui, pois um documento dos mais preciosos e que foi publicado em hora certa... A Sra. Lalande extinguiu-se no sábado, 27 de dezembro de 1952, nessa propriedade de Arbresle, onde o Mestre tinha passado grande parte de sua mais recente existência terrestre9. Ora, escrevo estas linhas exatamente um ano após a partida da fiel discípula do Mestre. Seja-me permitido dirigir-lhe no Além, onde reencontrou agora todos os nossos queridos "desaparecidos", um pensamento de afetuosa e fraternal amizade e a expressão da minha gratidão.

1 É o caso, por exemplo, do Sr. Professor Robert Tocquet, que, no seu livro Quando a medicina cala, escreve: "Certas curas, aias relativamente pouco freqüentes, dado o enorme número de doentes tratados pelos diferentes métodos que temos examinado, parecem absolutamente inexplicáveis pelo jogo de qualquer mecanismo sugestivo. Foi o caso, por exemplo, se as tivermos por verídicas, de grande número de milagres operados pelo Cristo, da restauração do olho de Pierre Gautier que relatáramos ao falar do jansenismo, de algumas curas atribuídas a taumaturgos tais como "Mestre" Philippe e Béziat e, finalmente, é igualmente o caso de alguns "milagres" de Anaya, e sobretudo, da maior parte das curas ditas milagrosas de Lourdes, as quais são geralmente bem observadas, o que permite considera-las como autênticas. "Todas essas curas diferem, pelos caracteres seguintes, das curas devidas à vis natura medicatrix, à sugestão ou a qualquer intervenção médica: "Elas são freqüentemente instantâneas e implicam às vezes em reconstituições de tecidos importantes. "A elas não se segue nenhuma convalescença" 3 Conferência do mês de junho de 1912 reproduzida em "L'Initiation" de julho-setembro de 1912. 4 No nº 1/285 da revista O simbolismo (out. de 1849) o erudito Marius Lepage publicou a nota seguinte, ao pé da pág. 26, em continuação a importante artigo de comentários sobre o livro "Ciências ocultas ?? Papus, sua vida, sua obra", de Philippe Encausse: NOTÍCIA ASTROLÓGICA Pareceu-me interessante dar aos leitores do "Simbolismo" que se dedicam à astrologia, os elementos do horóscopo de "Monsieur Philippe". Esse horóscopo será certamente inédito para a maioria deles. Pessoalmente, nunca até hoje o achei em Revista nenhuma, e ficaria grato àqueles dos nossos leitores que pudessem dar referências de estudos anteriores sobre este tema, se os houver. Os astrólogos estudarão também com proveito os trânsitos do falecimento do "Monsieur Philippe". PHILIPPE, Nizier, Anthelme, (5) Não é garantido que a hora de nascimento indicada por Marius Lepage seja exata. Ela deve, efetivamente, ser muito mais próxima da meia-noite, segundo dizem certos discípulos do Mestre (Ph. E.). 6 O contrato de casamento trazia as indicações seguintes: "M. Nizier Anthelme PHILIPPE, químico residente em Lyon, rua de Créguir, nº 7, filho maior e legítimo do Sr. Joseph PHILIPPE e da Sra. Marie VASHOD, proprietários, residentes em Loisieux, cantão de Yenne (Sabóia) e da Srta. Jeanne Julie LANDAR, residente com sua mãe em l'Arbresle, no sítio Collonges". Jeanne Julie Landar, senhora Philippe, tinha nascido em 18 de setembro de 1859. Faleceu em 25 de dezembro de 1939. Seu corpo descansa com o do Mestre e dos seus dois filhos, Albert Philippe (morto com três meses) e Victoire Lalande, em Loyasse. 7 Em 1881. 8 Foi por intermédio de Papus que Marc Haven conheceu ao M. Philippe

.

.