Decomposição Teosófica Dos Arcanos Maiores
No ciclo Iod-He-Vau-He,
o segundo He é sempre transformado num outro Iod. Este Iod, procura
ou forma para sí um novo He, que lhe convém, e o fecunda.
Daí nasce um novo Vau, que conduz a um outro ciclo...
Iod-He-Vau-Iod-He-Vau-Iod-He-Vau...
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A "redução
teosófica", utilizada na Cabala, para diversas análises,
e a que utilizaremos na decomposição numérica dos Arcanos
Maiores, baseia-se no módulo 9.
58: 5 + 8 = 13; 1 + 3 = 4
78: 7 + 8 = 15; 1 + 5 = 6
12: 1 + 2 = 3
e assim por diante...
Ela mostra que todos o números podem ser "reduzidos" a
um único algarismo, através da prova dos 9.
A "adição teosófica" por outro lado, consiste
em somar todos os números até o número dado.
Por exemplo:
4 = 1 + 2 + 3 + 4 = 10
12 = 1 + 2 + 3 + .... + 12 = 78
Aplicando-se agora estas duas operações a partir da unidade,
mostra-se que esta se repete a cada três numeros. O que corresponde
exatamente ao conceito cíclico de IOD-HE-VAU-HE.
1 2 3
4 5 6
7 8 9
10 11 12...
senão vejamos:
1 = 1
4 = 1 + 2 + 3 + 4 = 10 -> 1 pois 1 + 0 = 1
7 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 = 28 -> 1 pois 2 + 8 = 10 e 1 + 0 = 1
10 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 = 55 -> 1 pois 5 + 5 = 10
e 1 + 0 = 1
e assim por diante...
Em seguida mostramos algumas decomposições teosóficas
dos valores numéricos dos Arcanos Maiores (segundo Mebes), realizando
uma veradeira "análise numérica" do Taro.
G.O. Mebes, utiliza esta decomposição do Taro, em seu livro
"Os Arcanos Maiores do Taro" não só na análise
do próprio Taro, mas também relacionando cada um deles e sua
análise numérica, a um aspecto da Magia, da Cabala, um pouco
da Astronomia, um pouco da Alquimia, em uma visão geral e histórica
do Ocultismo, de forma gradual e magistral, conforme tentamos resumir a
seguir. Na realidade este livro foi composto por seus alunos, baseados em
notas de um curso dado pelo Mestre. No final do século passado e
início deste século, na Rússia.
ARCANO I - A Unidade - O Homem Triplanar - O Mago
O Arcano I corresponde a Mônada, contém o início e o
fim.
O Arcano I simboliza a Vida.
ARCANO II - A Polarização Astral - O Binário - A Substância
Divina
O Arcano II expressa o binário. O binário simboliza a polarização
Astral.
ARCANO III - A Triplicidade Metafísica - O Plano do Arquétipo
O Arcano III expressa a harmonização ou neutralização
do binário do Arcano II.
Simboliza assim o conhecimento metafísico, a verdade absoluta, o
equilíbrio.
assim:
3 = 1+2 -> A Unidade é produto do Binário.
ou
3 = 2+1 -> Todo binário neutraliza-se numa nova Unidade
ARCANO IV - O Porder - A Autoridade - A Forma - Os Elementos
O quaternário simboliza o esquema geral do processo dinâmico
do Universo.
Na Cabala é representado pelo sagrado nome de Deus Iod-He-Vau-He.
Representa também os quatro elementos da natureza Água, Fogo,
Terra e Ar, ou os quatro elementos Alquímicos: Enxofre, Mercúrio,
Sal e Azoth, ou ainda os quatro animais Herméticos cujo emblema é
as esfinge: Homem, Touro, Leão e Águia.
ARCANO V - O Homem Pentagramático
5 = 1+4 -> O mundo dos elementos (4) e (1) o Princípio Superior.
1+4 => simboliza o homem dominando os elementos.
5 = 4+1 -> Invertendo a relação anterior 4+1 => Simboliza
o homem dominado pelos quatro elementos, ou seja o homem impulsivo cujas
manifestações dependem das influências externas.
5 = 3+2 -> Simboliza a manifestação nos dois planos superiores,
de alguma entidade, cujo conhecimento metafísico (3) rege o mecanismo
Astral (2).
5 = 2+3 -> A decomposição oposta simboliza o encobrimento
do conhecimento metafísico, ou verdade absoluta, por um clichê
Astral.
ARCANO VI - O Hexagrama de Salomão - Os dois Caminhos - A Lei da
Analogia
6 = 4+2 -> Os elementos sutilizam-se no astral e 6 = 2+4 -> no caminho
inverso, um clichê astral materializa-se nos elementos. Estes ciclos
simbolizam o Bem e o Mal, o verdadeiro e o falso, o ativo e o passivo, e
assim por diante.
6 = 3+3 -> O hexagrama ou selo de Salamão, é composto por
dois triângulos um evolutivo e outro involutivo.
6 = 5+1 -> Vida + Vontade. A influência da Vida, modula o indivíduo
que no futuro expressará sua Vontade.
6 = 1+5 -> A Vontade do 1 é capaz de criar a vida em todos os
planos...
ARCANO VII - O Vencedor - A Vitória
7 = 3+4 -> "Spiritus dominat formam". O espírito (3),
ou conhecimento metafísico, domina a forma (4) síntese dos
quatro elementos.
7 = 4+3 -> A decomposição inversa representa a forma dominando
o espírito, ou o obscurantismo, ou ainda os artifícios da
Magia Negra.
7 = 5+2 -> O domínio dos princípios pentagramáticos
(5) sobre a Natureza Naturata (2), ou seja sobre a criação
da natureza. Este princípio expressa a lei da propriedade ou "jus
proprietatis".
7 = 1+6 -> Vontade + Provação (Bifurcatio ou a escolha
entre dois caminhos), nos leva à Vitória.
7 = 6+1 -> Expressa o contrário da provação e significa
a derrota.
7 = 3+1+3 -> A Vontade (1) do Homem, oscila entre dois triângulos
o do Arquétipo e o da Natureza.
7 = 2+3+2 -> O ternário central, Mundo das Emanações
ou plano Arquetípico rege os dois binários do Homem e da Natureza.
ARCANO VIII - A Grande Balança - O Equilíbrio
8 = 1+7 -> As manifestações conscientes e a aplicação
dos princípios andróginos equilibrados (1) na Vitória
(7).
8 = 7+1 -> Predomínio da vitória pessoal sôbre a
manifestação da vontade = inércia consciente e voluntária
do vencedor.
8 = 2+6 -> A gnose (2) mais a lei de reação do mundo (6).
8= 6+2 -> A gnose (2) fica subordinada a escolha do caminho (6).
8 = 3+5 -> A metafísica (o mundo elevado dos ternários)
domina o campo dos impulsos da vontade pessoal (5).
8 = 5+3 -> Adaptar a metafísica aos seus impulsos pessoais.
8 = 4+4 -> A forma contrapõe-se a forma, a adaptação
contrapõe-se a adaptação = fórmula geral do
karma.
ARCANO IX - A Iniciação
9 = 1+8 -> A unidade equilibrada (1) procura manifestar-se conforme a
Lei (8) = Iniciação.
9= 8+1 -> A legalidade (8) pesa sôbre uma unidade equilibrada e
a limita.
9 = 2+7 -> A soma da gnose (2) ou da ciência e do Vencedor (7).
9 = 7+2 -> O Vencedor (7) não quer se expor ao perigo desta ciência
(2).
9 = 3+6 -> A metafísica (3) determina a escolha do caminho (6).
9 = 6+3 -> A escolha do caminho (6) leva a uma metafísica.
9 = 4+5 -> Elevar-se do plano dos elementos (4) ao plano astral (5).
9 = 5+4 -> A vontade pessoal (5) possui a primazia sobre os elementos.
9 = 3+3+3 -> Três ciclos com três divisões em cada
um deles ou três gráus = Físico, Astral e Mental.
9 = 3+2+4 -> A Iniciação (9) conduz ao Grande Aracano,
ou seja: sua parte mental (3), astral (2) e elementar (4).
ARCANO X - A Cabala - O Moinho do Mundo
10 = 1 + 9 -> O Único não se manifesta por sí, mas
por 9 atributos.
10 = 9 + 1 -> Estes 9 atributos são sintetizados em uma décima
manifestação.
Estas são as chaves da Cabala. Os caminhos de decaimento e reintegração
na Árvore da Vida.
10 = 2 + 8 -> A Gnose (2) influencia o lado Legal (8) da Cabala.
10 = 8 + 2 -> A Legalidade (8) ou o meio ambiente influi sobre as formas
e sobre a essência.
10 = 7 + 3 -> Divisa das Escolas Mágicas, que recomendam conhecer
primeiro a esfera das atividades das Causas Secundárias (7) como
base para as Causas Primárias (3).
10 = 3 + 7 -> Divisa das Escolas Teosóficas que procuram em primeiro
lugar o desenvolvimento da intuição mental das Causas Primárias
(3) para que isso induza as Causas Secundárias (7).
10 = 4 + 6 -> As 4 Sephiroth da coluna central têm primazia sobre
as 6 laterais.
10 = 6 + 4 -> Na Cabala, o Hexagrama de Salomão (6) é superior
à Rota Elementar (4).
10 = 5 + 5 -> 5 oposto a 5 expressa um relacionamento entre as duas partes
de uma totalidade.
(Macroprosopo, Pai, Mãe, Microprosopo, e Esposa <=> Yehidah,
Ruah, Neshamah, Chaiah e Nephesh)
ARCANO XI - A Força - As Correntes Egregóricas
11 = 1 + 10 -> A Mônada (1) rege um sistema fechado (10) <=>
A Vontade rege uma Corrente composta por elos individuais.
11 = 10 + 1 -> Uma coletividade de Indivíduos manifesta-se como
uma Unidade (Egrégora).
11 = 2 + 9 e 9 + 2 -> A incapacidade humana de neutralizar os binários
(2) leva os Iniciados (9) a trabalhar e manifestar sua força (11).
A força (11) dos Iniciados (9) consiste na utilização,
para as suas finalidades, da capacidade alheia de neutralizar os binários.
11 = 3 + 8 e 8 + 3 -> A força (11) consiste em ser produtivo (3)
dentro da Lei estabelecida (8).
A força (11) está na preservação da Lei (8)
dentro da produtividade (3) já existente.
11 = 4 + 7 e 11 = 7 + 4 -> A dependência dos elementos (4) faz
surgir no homem a ação das causas secundárias (7) tornando-o
forte (11).
As causas secundárias (7) regem os elementos (4) e isto resulta na
força (11).
Esta última interpretação indica a necessidade de participação
na corrente mágica, além dos pentagramas, também os
elementais (4) que, conhecendo os mistérios da involução,
ajudam na realização das finalidades da corrente. Estes elementais
(4), porém, devem ser submetidos aos elementos pentagramáticos
da corrente, os quais, por sua vêz, são apoiados por influências
planetárias.
11 = 5 + 6 e 6 + 5 -> Fórmula de uma cerimônia Mágica:
o microcosmo (5) atua no macrocosmo (6). Fórmula comum da Adivinhação
Astral: o macrocosmo (6) informa o microcosmo (5).
Estas duas fórmulas ocultam uma parte dos mistérios da força...
A força pode ser utilizada para realizações, através
da atuação de correntes mágicas, regidas por Egrégoras
determinadas.
Uma forma típica de corrente é uma coletividade, que professa
uma determinada religião.
ARCANO XII - O Sacrifício - O Messias - O Zodíaco
12 = 11 + 1 -> A Unidade (1) depois da Criação (11) indica
seu sacrifício perante esta, significa que a Corrente, assimilou
temporáriamente o Um. O aparecimento do Messias expressa o sacrifício
do Arquétipo em prol da Humanidade.
12 =2 + 10 -> O Conhecimento (2) prevalesce sobre o sistema do Moinho
Universal (10).
Mebes aqui mostra o sacrifício da seguinte maneira: "Essa é
a fórmula destas mentes corajosas, que durante uma ou mesmo algumas
encarnações, sacrificam conscientemente as alegrias da vida
pessoal, talvêz os prazeres do plano físico, até mesmo
uma parte de suas aspirações místicas, para dedicar-se
à pesqueisa científica, a favor do conhecimento futuro da
humanidade.
Elas acreditam que a neutralização sábia dos binários
terrestres, pelo esfôrço científico e altruista, vencerá
a tendência involutiva do astral do nosso planeta. A vida toda destas
pessoas é um ato de sacrifício..."
12 = 10 + 2 -> Não ! dizem outros, a ciência é inimiga
da humanidade, o Moinho Universal é seu melhor amigo. Não
lutemos contra o poderoso fluxo astral do planeta inteiro, vivamos a vida
aceitando os caminhos da natureza, sem nunca tentar modificá-la...
Abaixo os ideais civilizadores.
12 = 3 + 9 -> O desenvolvimento metafísico (3), determina a Iniciação
(9) e a aplicação dos elementos iniciáticos à
vida.
12 = 9 + 3 -> É melhor, dizem outros, que a tradição
estabelecida da transmissão em cadeia (9) do ensinamento com o tempo
chegue ao elemento metafísico criador (3).
12 = 4 + 8 -> A Autoridade (4) cria as leis (8) -> hierarquia.
12 = 8 + 4 -> Ao contrário, aqui predomina a Lei (8) sobre as
autoridades individuais (4).
12 = 5 + 7 -> O trabalho interno da personalidade (5) (pentagramático)
leva a vitória do sútil sobre o denso (7). Todavia, o (7)
- vitória imediata do sútil sobre o denso sacrifica-se ao
processo de formação do princípio pentagramático
(5).
12 = 7 + 5 -> Não ! dizem outros, a vitória do espírito
sobre a forma (7), em Netzach, deve ser o ponto de partida para a formação
do pentagrama (5).
12 = 6 + 6 -> Síntese das polêmicas desesperadas de todas
as decomposições precedentes, cujos aspectos negativos são
tão bem narrados por Stanilas de Guaita em seu "La Clef de la
Magie Noire", capítulo V.
Os demais desdobramentos do Arcano XII revelam o Plano Zodiacal ou Plano
do Sacrifício. O sacrifício é expresso no simbolismo
hermético, fase final da Grande Obra, como um Triângulo descendente,
oprimido pela Cruz do Quaternário. Este é o símbolo
da "Estrêla condutora de todas as Encarnações do
princípio Logóico".
12 = 4 + 4 + 4 -> um ternário de quaternários...
12 = 3 + 3 + 3 + 3 -> um quaternário de ternários...
12 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 -> sei binários formando o duodenário
polarizado.
ARCANO XIII - A Inevitabilidade da Morte - Os Princípios Superiores
- As Transformações
13 = 1 + 12 -> Um ser de três planos (1) e a necessidade do sacrifício
no plano físico (12), levam à idéia da morte (13).
13 = 12 + 1 -> A vida zodiacal (12) causa a morte do terceiro plano da
entidade triplânica (1)
13 = 2 + 11 -> A polaridade do bem e do mal (2) utilizando-se da força
(11) pode causar a morte (morte violenta).
13 = 11 + 2 -> A força (11), plenamente realizada, deve escolher
um dos polos - fórmula de Kadosh -> Se possues a força,
sê quente ou frio.
13 = 3 + 10 -> O conhecimento da metafísica hermética (3)
unido à compreensão das finalidades superiores do Moinho do
Mundo (10) conduz a completa reconciliação com a idéia
de morte (morte natural evolutiva).
13 = 10 + 3 -> Outra fórmula da morte natural -> A Roda da
Esfinge (10) girou, e este movimento (3) criou um novo estado (13).
13 = 4 + 9 -> O Poder da Autoridade (4) na Iniciação (9)
é devido ao conhecimento dos mistérios da morte (13).
13 = 9 + 4 -> Galgar os gráus da Iniciação (9) destitui
de valor a autoridade (9) de carácter terrestre, pois esta é
impermanente (13).
13 = 5 + 8 -> O Pentagrama (5) que domina sa Leis (8) deve mudar de plano
(13)
13 = 8 + 5 -> A prioridade para a legalidade (8) oprime o pentagrama
(5), privando-o do ponto de apoio (13).
em seguida Mebes descreve suscintamente as decomposições do
Arcano XIII correspondentes aos diversos tipos de morte:
13 = 1+ 12 -> sacrifício voluntário da vida por um ideal
13 = 2 + 11 -> morte infligida
13 = 3 + 10 -> morte natural
13 = 4 + 9 -> morte do adepto pelo rompimento do cordão durante
a exteriorização
13 = 5 + 8 -> morte pela força da lei - execução
13 = 6 + 7 -> morte em luta, trazendo vitória ao ideal
13 = 7 + 6 -> morte em luta desigual
13 = 8 + 5 -> morte por vontade própria (suicídio)
13 = 9 + 4 -> morte prematura devido a condições inadequadas
da vida
13 = 10 + 3 -> morte durante o parto
13 = 11 + 2 -> morte devido a conscientização de situação
trágica
13 = 12 + 1 -> passagem do adepto para outro plano - fim da missão
na Terra.
ARCANO XIV - A Dedução - A Harmonia Hermética - A Reversibilidade
14 = 1 + 13 -> Hermes Trismegisto (1) possuidor do princípio da
Imortalidade (13) apresenta um grandioso quadro geral da Dedução
(14)
-> Um ser humano tridimensional (1) utilizando com sabedoria suas encarnações
(13) acaba realizando a harmonia hermética.
14 = 2 + 12 -> A polaridade (2) no ser humano, e as leis de misericórdia
para com seus semelhantes (12) são as chaves para a harmonia hermética
- Hessed e Gvurah dão nascimento a Tifereth...
14 = 3 + 11 -> A criatividade (3) e a força das Egrégoras
(11) trasnmitem a harmonia (14) aos órgãos sagrados do Protoplasma.
14 = 4 + 10 -> A capacidade intuitiva de quem representa a autoridade
(4) e a iniciação à Cabala (10) abrem caminho para
a harmonia hermética.
14 = 5 + 9 -> A formação do Pentagrama (5) e sua iniciação
(9) levam à harmonia hermética.
14 = 6 + 8 -> O livre arbítrio (6) unido ao respeito à
lei (8) conduzem à harmonia hermética.
14 = 7 + 7 -> A harmonia hermética (14) é obtida equilibrando-se
a vitória da atividade (7) com a vitória da intuição
(7). A reversibilidade (14) são duas fases do mesmo ciclo (7).
ARCANO XV - Baphomet - A Lógica
15 = 1 + 14 -> A Essência Divina (1) que rege a dedução
lógia (14), do homem triplanar (1) que harmoniza seu astrosoma (14).
15 = 14 + 1 -> A dedução lógica é limitada
por influências que abafam no ser humano a Essência Divina (1)
-> fórmula do ateísmo.
15 = 2 + 13 -> Conhecer o mistério da Substância Divina
(2) e uní-lo ao mistério da imortalidade.
15 = 3 + 12 = 12 + 3 -> Compreender os versos esmeraldinos que afirmam
que o Baphomet (15) desce do céu metafísico (3) à terra
zodiacalmente materializada (12)
15 = 4 + 11 = 11 + 4 -> A união da Forma (4) e da invencível
Força (11) abrange tudo que criamos no campo do útil e do
racional (15).
15 = 5 + 10 = 10 + 5 -> A formação do Pentagrama (5) e
o conhecimento da Cabala (10) revelam o mistério de Baphomet (15)
- Princípio das operações mágicas, que implica
necessáriamente na participação ativa do operador.
15 = 6 + 9 = 9 + 6 -> O livre arbítrio (6) e a inicação
tradicional (9) condicionam o controle de nossas paixões e a utilização
das paixões dos outros (15).
15 = 7 + 8 = 8 + 7 -> A compreensão dos direitos de propriedade
(7) e da lei da retribuição (8) permitem explorar as paixões
alheias (15) ou a vitória (7) sobre sí mesmo e o conhecimento
das leis do equilíbrio (8) garantem a lógica do pensamento
(15).
ARCANO XVI - O Constrangimento Astral - A Magia Cerimonial
16 = 1 + 15 = 15 + 1 -> O indivíduo (1) aplica o Arcano XV (Baphomet)
e este, por sua vêz, transfere uma ação a um outro indivíduo.
O Arcano XVI só pode entrar em ação quando existem
ambos, o Operador e o Paciente.
16 = 2 + 14 = 14 + 2 -> A substância metafísica (2) e a
dedução (14) determinam a eliminação lógica
(16). A polaridade da natureza humana (2) e a aspiração de
harmonizá-la (14) levam ao constrangimento astral (16).
16 = 3 + 13 = 13 + 3 -> A poderosa criatividade (3) do mundo metafísico
e a permanência (13) dos valores do mesmo, justificam a tese da eliminação
(16). Entre o nascimento (3) e a morte (13) utilizamos nossa existência
física para provocar constrangimentos astrais.
16 = 4 + 12 = 12 + 4 -> A autoridade (4) e a misericórdia (12)
estímulam à Magia Cerimonial.
16 = 5 + 11 = 11 + 5 -> O pentagrama (5) apoiando-se na egrégoras
das correntes (11) realiza as operações mágicas (16).
16 = 6 + 10 = 10 + 6 -> O livre arbítrio (6) e o conhecimento
da Cabala (10) bastam para determinar o conjunto de teses. As leis da Vida,
de determinado ambiente (6) e a implacabilidade do Moinho do Mundo (10)
levam às destruições físicas inevitáveis.
16 = 7 + 9 = 9 + 7 -> Se formos vencedores (7) na Prova dos Dois Caminhos
e alcançarmos a Iniciação (9) nos será dado
o poder dos constrangimentos astrais (Magia Cerimonial).
16 = 8 + 8 -> O confronto entre teses (8) e (8) ou um karma contraposto
a outro karma, levam a aplicação do Arcano XVI no campo do
Ternário Teosófico.
ARCANO XVII - A Esperança - A Intuição
17 = 1 + 16 -> A Essência Divina (1) e a exclusão lógica
do Mal (16) para o nascimento do Bem, trazem a Esperança (17) no
campo metafísico. O homem triplanar (1) que sabe excluir as formas
astrais (16) desnecessárias e examinar as que lhe interessam, desenvolve
a intuição.
17 = 16 + 1 -> Os procedimentos do constrangimento astral (16) aplicados
a um ser humano (1), podem obrigá-lo a não enganar a nossa
intuição (17) e dizer sempre a verdade, quando evocarmos seu
astrossoma.
17 = 2 + 15 = 15 + 2 -> A substância metafísica (2) e a
lógica pura (15) resultam na esperança (17) do triunfo do
sutil, demonstrando o poder penetrante da dedução.
17 = 3 + 14 = 14 + 3 -> A compreensão do Arquétipo (3)
e a capacidade dedutiva (14) estabelecem a esperança (17)
17 = 5 + 12 = 12 + 5 -> A ciência do bem e do mal (5) e a espera
do Messias (12) equivalem a esperança (17)
17 = 6 + 11 = 11 + 6 -> A Lei da Analogia (6) e a convicção
das forças Superiores (11) levam à esperança (17)
17 = 7 + 10 = 10 + 7 -> A vitória do espírito sobre a forma
(7) e a aceitação do Testamento (10) levam à esperança
(17)
17 = 8 + 9 = 9 + 8 -> Quem souber da grande Balança da Justiça
(8) e ao mesmo tempo tiver fé na Proteção Superior
(9) terá esperança, intuição e saberá
ler a natureza.
ARCANO XVIII - O Enfeitiçamento - A Ordem Hierárquica - Inimigos
Ocultos
18 = 1 + 17 = 17 + 1 -> O mago (1) que possui intuição
(17) pode ver as ameaças ocultas (18).
18 = 2 + 16 = 16 + 2 -> O princípio da polarização
(2) e a possibilidade de constrangimento astral (16) revelam o mistério
do enfeitiçamento (18).
18 = 3 + 15 = 15 + 3 -> Os mistérios do nascimento (3) e os recursos
do elemento Nahash (15) são componentes do processo de enfeitiçamento
(18).
18 = 4 + 12 = 12 + 4 -> Os processos da formação (4) e
da dedução (14) determinam a constituição da
hierarquia (18).
18 = 5 + 13 = 13 + 5 -> O conhecimento do Bem e do Mal (5) e a permanência
dos Princípios Superiores (13) estabelecem a Hierarquia (18).
18 = 6 + 12 = 12 + 6 -> A liberdade (6) maior que a misericórdia
(12) levam ao enfeitiçamento (18).
18 = 7 + 11 = 11 + 7 -> A essência da Hierarquia (18) é
que o sutil rege o denso (7) e possui o poder (11) de permeá-lo.
18 = 8 + 10 = 10 + 8 -> A Balança do Mundo (8) e o Grande Testamento
(10) são a chave da Hierarquia.
18 = 9 + 9 -> A graduação hierárquica (18) é
a consequ6encia do encontro de dois protetores (9) + (9)
ARCANO XIX - A Verdade - A Virtude - O Alquimista
19 = 1 + 18 = 18 + 1 -> O Uno (1) e os mistérios da Hierarquia
(18) levam à Verdade Criadora (19). O Mago (1) conhecendo os mistérios
do Enfeitiçamento (18) protege-se contra inimigos, cultivando em
sí a Verdadeira Virtude.
19 = 2 + 17 = 17 + 2 -> A polaridade da natureza Humana (2) e a Intuição
(17) criam a Virtude.
19 = 3 + 16 = 16 + 3 -> A triplicidade da natureza metafísica
(3) e o método da exclusão lógica (16) levam à
Virtude. A compreensão do mistério do nascimento (3) e do
mistério do constrangimento astral (16) levam às Verdades
Frutíferas.
19 = 4 + 15 = 15 + 4 -> A Autoridade (4) e o conhecimento do Baphomet
(15), fazem triunfar a Virtude.
19 = 5 + 14 = 14 + 5 -> O Pentagrama (5) que realizou a Harmonia (14)
em sí mesmo, torna-se Virtuoso (19).
19 = 6 + 13 = 13 + 6 -> O conhecimento do Ambiente (6) e das transformações
energéticas (13) mostram a chave da Alquimia (19).
19 = 7 + 12 = 12 + 7 -> Se vencermos a nós mesmos (7) pela severidade,
e formos misericordiosos (12) com os outros, então seremos Virtuosos
(19).
19 = 8 + 11 = 11 + 8 -> Se dirigirmos a força (11) para o equilíbrio
(8) então seremos virtuosos (19).
19 = 9 + 10 = 10 + 9 -> Um Iniciado (9), Cabalista (10) é, sem
dúvida, Virtuoso (19).
ARCANO XX - Atração para o Alto - Transformação
Astral
20 = 1 + 19 = 19 + 1 -> A essência metafísica (1) e a verdade
(19) impulsionam para cima.
20 = 2 + 18 = 18 + 2 -> O mistério da polaridade (2) e a existência
de inimigos no astral (18) obrigam-nos a nos defender por meio da transformação
(20)
20 = 3 + 17 = 17 + 3 -> A compreensão do Grande Ternário
da Natureza Divina (3) e a Esperança (17) explicam a atração
para o Alto.
20 = 4 + 16 = 16 + 4 -> O poder sobre sí mesmo (4) e o mecanismo
de auto-sugestão (16) determinam a Transformação Astral
(20).
20 = 5 + 15 = 15 + 5 -> O Pentagrama (5) que domina os mistérios
do Baphomet (15) trasnforma o Astrossoma.
20 = 6 + 14 = 14 + 6 -> A consciência do livre arbítrio
(6) e a harmonia interna (14) provam a transformação astral
(20).
20 = 7 + 13 = 13 + 7 -> A Vitória (7) sobre sí mesmo no
fim da encarnação (13) garante o aperfeiçoamento do
astrossoma (20).
20 = 8 + 12 = 12 + 8 -> A justiça (8) e a misericórdia
ou a fé no Messias (12) promovem a atração para o alto
(20).
20 = 9 + 11 = 11 + 9 -> A força (11) e a Iniciação
(9) determinam a atração para o Alto (20)
20 = 10 + 10 -> A Cabala (10) interna e rigorosa, em resposta à
Cabala (10), externa, transforma o astrossoma (20).
ARCANO XXI - Ausência de Lógica - Shin a Encarnação
- O Mistério
21 = 1 + 20 -> O elemento equilibrado (1) no caminho da atração
para o Alto, não mais se importa com a lógica humana normal
(21).
21 = 20 + 1 -> O processo do renascimento (20) interfere na situação
da personalidade (1).
21 = 2 + 19 -> O mistério Shin (21) baseia-se no conhecimento
da Lei dos Opostos ou da Analogia (2) e do mistério da Obra Magna
(19).
21 = 3 + 18 -> O conhecimento do mistério Shin (21) exige uma
cultura metafísica completa (3), o conhecimento do poder absoluto
da Hierarquia, do poder das forças ocultas e de suas possibilidades
de atuação adversa no plano físico (18).
21 = 4 + 17 -> Para dominar o Arcano Shin (21) é preciso um estudo
profundo, tanto das manifestações físicas e químicas
(4) como das influências astrais na Natureza (17)
21 = 17 + 4 -> A Esperança (17) e o Poder (4) nos levam ao conhecimento
do Mistério final do processo Iniciático (21).
21 = 5 + 16 -> Ao aplicar o Arcano Shin (21), deve-se estar conscio do
poder incomensurável da liberdade humana expresso por sua própria
vontade (5) e de que esta liberdade pode causar a queda e a desagregação
como consequ6encia inevitável da materialização (16).
21 = 6 + 15 -> Por toda parte há duas sendas (6) e em toda parte
poderemos nos tornar senhores ou escravos do poderoso Baphomet (15).
21 = 7 + 14 -> Ao tornarmo-nos vencedores (7) é preciso moderar
e harmonizar (14) as manifestações de nossa força.
21 = 8 + 13 -> Se trabalharmos no plano da Legalidade Estabelecida (8)
devemos saber que preparamos a mudança do plano de existência
(13), ou seja nosso trabalho deve nos preparar para a morte no plano físico
e nascimento para a vida astral.
21 = 9 + 12 -> Quem quizer dominar o grande mistério místico
do Shin (21) deve iniciar-se (9) e estar pronto para o sacrifício
(12).
21 = 10 + 11 -> Aquele que domina o mistério do Shin (21) apoia-se
por uma lado no funcionamento automático do Moinho do Mundo (10)
e por outro nos recursos das poderosas correntes egregóricas (11).
21 = 11 + 10 -> Para dominar o mistério Shin (21) devemos possuir
a Força (11) e praticar a Cabala (10).
ARCANO XXII - Harmonia - O Grande Arcano -
22 = 1 + 21 -> O Aleph (1) completo e harmonioso, domina o mistério
Shin (21), simbolizando para humanidade, através da manifestação
astral do Arcano, que esta já realizou a Grande Obra.
22 = 21 + 1 -> O Aleph (1), submete-se à exploração
pelo Arcano Shin (21). Acaso seria aconselhável que um ocultista
se engarregar voluntárimente do fardo das superstições
e não utilizar o bastão da prudência, fechando os olhos
? Ou, de outro ângulo, deve-se carregar o fardo da humilhação
deixando de usar o bastão do poder ?
Mebes responde à questão: Sem dúvida, é preciso
ver, mas por vêzes é melhor fechar os olhos. É bom ser
prudente, mesmo que uma imprudência possa não ser má...
É certo que o instrutor não deve ter apegos, condicionamentos,
superstições ou preconceitos, porém, estas distrações,
às vêzes, tornam a vida mais agradável...
22 = 2 + 20 -> A ciência (2) e o conhecimento exato do valor da
regeneração (20) possibilitam o domínio do Grande Arcano
(22).
22 = 3 + 19 -> A produtividade (3) rege a Obra Magna (19).
22 = 4 + 18 -> A autoridade (4) conjugada com o poder oculto (18) é
o esquema geral da Magia Branca.
22 = 5 + 17 -> O autoconhecimento aquirido no trabalho de elaboração
dentro de sí mesmo, da quintessência (5), juntamente com iniciações
nas Leis da Natureza (17) levam ao Adeptado, pois realizam a harmonia entre
o microcosmo e o macrocosmo.
22 = 6 + 16 -> Conhecer a existência dos dois caminhos (6) e escolher
o certo, através do conhecimento das leis da Queda (16) parece ser
um método melhor para se chegar ao Adeptado (22) que o caminho inverso:
22 = 16 + 6 -> ...em que a escolha do caminho certo (6) resulta da experiência
de quedas (16) na vida presente e nas encarnações anteriores.
22 = 7 + 15 -> A vitória ou o conhecimento da primazia do espírito
sobre a forma (7) e, em segundo lugar, o conhecimento dos processos dinâmicos
(15) levam ao Adeptado do Iluminismo (22).
22 = 15 + 7 -> Uma personalidade que iniciou a carreira pelo contato
prático com o astral e que durante provações difíceis,
caiu por várias vêzes, até obter finalmente a vitória
(7) e chegar à Luz. A Magia Negra pode levar à Magia Branca,
porém através de tremendos sacrifícios...
22 = 8 + 14 -> A Legalidade (8) predomina sobre a moderação
(14). É o caminho severo de Gvurah, em relação a sí
mesmo e aos outros. Este é também chamado do caminho de Moisés.
22 = 14 + 8 -> A moderação (14) nas manifestações
domina a Legalidade (8). Este é o caminho do bondoso teurgo Claude
Saint-Martin.
22 = 9 + 13 -> A Iniciação (9) faz mudar de plano (13).
22 = 13 + 9 -> A mudança de plano (13) leva à Iniciação.
22 = 10 + 12 -> A atividade implacável do Moinho do Mundo (10)
faz surgir em nós a idéia do Sacrifício (12).
22 = 12 + 10 -> A aspiração ao sacrifício (12) numa
alma que procura Deus, faz com que diante dela sejam revelados os mistérios
dos Sistemas Fechados (10). Não importa se a Cabala (10) leva ao
Sacrifício (12) ou o Sacirfício à Cabala, o resultado
é o mesmo, isto é o Adeptado.
22 = 11 + 11 -> Confrontemos uma força (11) com outra força
(11); a nossa com a alheia; e de uma Corrente com a de outra; a de uma convicção
com outra convicção. Fazendo-o sempre e em relação
a tudo, achar-nos-emos, sem perceber, na situação da figura
humana com as duas "varinhas" seguradas paralelamente na figura
do Arcano XXII. Contudo, em nossa "dança" não esqueçamos
de colocar um pé no chão, para nos apoiarmos sôbre a
Terra; assim a Serpente Astral (Nahash) não mais será para
nós um perigo, e sim, formará ao nosso redor, uma elípse
regular, representando a continuidade (a serpende que morde a própria
cauda), e formando o Ovo da Vida - Omnia vivum ex ovo = tudo o que vive
provém de um ovo...
Analisando profundamente a nossa vida, perceberemos o papel representado
em nossa evolução pelos quatro animais sagrados, que também
representam os quatro mundos da Cabala; e então não mais no
envergonharemos de ficar nús, como a dançarina do Arcano XXII,
pois então nada mais teremos a ocultar !