Reino do Chipre
Em 1191, durante a Terceira Cruzada à Terra Santa, o rei Ricardo
I Coração de Leão de Inglaterra conquistou a ilha a
Isaac Comneno, um governador e conquistador local auto-proclamado imperador,
em consequência da captura de náufragos do exército
de Ricardo. Este vendeu a ilha aos Cavaleiros Templários que, por
sua vez, em 1192 a venderam ao rei consorte de Jerusalém Guy de Lusignan.
Imediatamente foi criada uma monarquia feudal que se prolongou até
à Idade Média.
O seu irmão e sucessor, Amalrico I de Chipre, recebeu o título
e a coroa real de Henrique VI da Germânia do Sacro Império
Romano Germânico. A pequena população de católicos
da ilha confinou-se às regiões costeiras, como Famagusta,
e também ao interior, onde formaram Nicosia, a tradicional capital.
Importante base para os cruzados, o reino dos Lusignan serviu de base de
ataque para as diversas Cruzadas que se aventuravam na Palestina. Algum
tempo depois, os mercadores de Gênova e de Veneza passaram a controlar
o comércio da ilha até o século XV.
Em 1489, Catarina Cornaro foi forçada a vender a ilha à República
de Veneza. A ilha permaneceu parte da República Veneziana até
1571, quando caiu em mãos do Império Turco-Otomano, que restaurou
o arcebispado ortodoxo, mas levaram o país a uma situação
de decadência econômica e demográfica.
Reis de Chipre
Guy de Lusignan (1192-1194)
Amalrico de Lusignan (1194-1205)
Hugo I (1205-1218)
Henrique I (1218-1253) (cognominado O Gordo)
Hugo II (1253-1267) (Hugueta)
Hugo III (1267-1284)
João I (1284-1285)
Henrique II (1285-1306)
Amalrico de Tiro (1306-1310), Regente e usurpador
Henrique II (1310-1324) após a morte do usurpador
Hugo IV (1324-1359)
Pedro I (1359-1369)
Pedro II (1369-1382)
Tiago I (1382-1398)
Januário (1398-1432)
João II (1432-1458)
Carlota (1458-1464)
Tiago II (1464-1473) (Tiago, o bastardo)
Tiago III (1473-1474)
Catarina Cornaro (1474-1489)