O
Cristianismo Esotérico
Do ponto de vista do oculto, a tradição Cristã esotérica remonta-se, a si própria, primariamente a uma excelsa e devota Ordem que existiu na Palestina, designada por Essénios. Eles são descritos como um terceiro grupo que existiu para além dos outros dois mencionados no Novo Testamento, os Fariseus e os materialistas Saduceus. Os Essénios não são mencionados no Novo Testamento e evitavam qualquer referência a si próprios e aos seus métodos de estudo e de adoração.Yeschouá ( Jesus) de acordo com a tradição Cristã esotérica, foi um elevado Iniciado educado pelos Essénios, até aos trinta anos de idade, e alcançou um estado muito elevado de desenvolvimento espiritual. É possível que a sua educação haja sido conduzida entre os Essénios Nazarenos de Monte Carmelo, uma comunidade na zona da Galileia.
Os ensinamentos ocultos Cristãos referem que a maior fonte viva da
tradição Cristã esotérica, no decorrer do desenvolvimento
da civilização ocidental, teve início no século
XIV com a constituição de uma irmandade secreta de homens
santos designada por Ordem Rosacruz, que se expôs a si mesma pela
primeira vez na profunda obra esotérica A Divina Comédia.
Esta Ordem abriu a Iniciação nos Mistérios, naquele
tempo e nos séculos que se seguiram, aos indivíduos com maior
preparação e mérito, qualidades alcançadas por
esforço dos próprios. Por volta dessa época começa
também a idade da Alquimia, expressando o conhecimentos oculto através
de escritos herméticos, do tipo criptográfico, para evitar
a perseguição e o mau uso dos ensinamentos sagrados por parte
do homem. Nos seus Manifestos do início o século XVII, a Rosacruz
menciona "nós reconhecemo-nos verdadeiramente e sinceramente
professar Cristo (...) viciamo-nos na verdadeira Filosofia, levamos uma
vida Cristã" (in Confessio Fraternitatis [1], 1615) e estabelece
o tempo e o modo como viria a apresentar publicamente ao mundo o seu conhecimento,
num esforço para trazer uma "Reforma da Humanidade" através
de uma mais avançada fase da religião Cristã. O Cristianismo
Rosacruz, começado no início do século XX em 'Monte
Ecclesia' [2] relaciona-se a si próprio com este renascimento público
da Fraternidade.
A teosofia Cristã clássica, que precede a Sociedade Teosófica
e o Martinismo, inclui alquimistas conhecidos, através dos seus escritos,
como estando ligados ao movimento Rosacruz. Entre os Cristãos teosofistas
encontramos homens letrados como Valentin Weigel, Heinrich Kunrath, Johann
Arndt, Johann Georg Gitchel, Jakob Boehme, Gottfried Arnold, Jan Baptist
van Helmont, Robert Fludd, John Pordage, Jane Leade, e Pierre Poiret.
Mais tarde, é especialmente reconhecido Emanuel Swedenborg porque
uma igreja seguiu os seus ensinamentos desde 1787. A New Church e a Swedenborgian
Church of North America. Martines de Pasqually, Louis-Claude de Saint-Martin
e Jean-Baptiste Willermoz são três das mais influentes figuras
do Martinismo, que data do início do século XVII e continua
a existir até aos dias de hoje.