ORDRE
KABBALISTIQUE DE LA ROSE-CROIX
Pelo Amado irmão Stanislas S:::I:::
A Ordre Kabbalistique
de la Rose-Croix foi fundada em Paris por volta dos anos de 1888. O Marquês
Stanislas de Guaita foi seu primeiro Grande-Mestre. Esta Ordem misteriosa
é uma das raras que resiste à não divulgação
direta do conteúdo de seus rituais iniciáticos. A sua concepção
tradicional e a exigência da sua formação permitiram
atravessar os séculos até os dias de hoje. Ela agrega em si
de uma forma equilibrada a herança do Martinismo da Rosa-Cruz, da
Kabbala e do Hermetismo. Ela tem uma estrutura internacional mista. Longe
de não ser apenas uma escola filosófica ou simbólica,
ela tem por objetivo desde sua criação formar e iniciar os
Seres de Desejo.
A OKR+C realiza a sua recepção martinista com Superiores Incógnitos
(S... I...). Esta é a abertura da porta da alma, um verdadeiro compromisso
moral sem o qual toda busca iniciática será fadada ao fracasso
com cada um continuando a ser provado, arrastado pelas paixões humanas.
É somente depois que uma formação autêntica pode
se estabelecer a respeito dos mistérios da tradição
ocidental. Isto é o que foi a Ordem e o que continua sendo ainda
hoje.
História
A partir do século XVIII, o Sudoeste da França tem um lugar
importante no mundo hermético. Ele foi o lugar de nascimento de célebres
correntes religiosas oriundas do gnosticismo (gnose), da Franco-Maçonaria
Oculta e de várias Escolas Rosa+Cruzes e kabbalísticas.
Esta região tem permanecido num lugar de origem incontornável
de sociedades iniciáticas ocidentais.
Nos anos 1800, as correntes Rosa+Cruzes do Sudoeste da França permitiram
o reencontro entre a tradição mística e simbólica
alemã e suas correntes herméticas mediterrâneas. Por
este intercâmbio, a Rosa+Cruz da qual falamos concentrou seus trabalhos
sob o ritual, a alquimia, a astrologia e uma certa forma de teurgia.
Stanislas de Guaita:
Em 1884 o Marquês Stanislas de Guaita recebeu a transmissão
da corrente hermética da Rosa+Cruz , seus ensinamentos e a missão
de despertar a Ordem 111 anos depois do nascimento da fraternidade da Rosa+Cruz
Dourada Alemã desde suas origens, em 1888. Esta foi a Ordem Kabbalística
da Rosa-Cruz, dirigida por um Conselho Supremo composto por 12 membros,
seis dentre eles permanecem Incógnitos.
Entre os Membros Conhecidos podemos notar: Stanislas de Guaita, como Primeiro
Grande-Mestre; Papus (Gerard Encausse) restaurador do Martinismo, Paul Adam
(1862-1920), Jollivet-Castelot, Victor-Emile Michelet (1861-1938), Erik
Satie, Claude Debussy e muitas outras figuras bem conhecidas.
A Ordem Kabbalística da Rosa-Cruz foi uma inspiradora contínua
das correntes espirituais Ocidentais. Nós nos encontramos à
frente de um paradoxo que nos coloca dentro da mais pura tradição
do Ocidente: Uma cisão essencialmente cultural e espiritual da Ordem,
um Segredo sobre os Ritos perfeitamente conservado pelos iniciados e uma
aprendizagem clássica e ritualística de grande qualidade.
É dentro deste espírito que foi concebida a Ordem e que continua
a perpetuar por sua vez, sobre um plano exterior e interior ou oculto, no
seio do Colégio Invisível dos seis Irmãos da Ordem
e do Patriarca Rosa-Cruz dirigente desse grupo.
Até Jean Bricaud (1919) o Patriarca Rosa-Cruz era ao mesmo tempo
o Grande- Mestre da Ordem Exterior. Depois dele, a Ordem Exterior cessa
de existir da mesma forma (ao mesmo tempo). A transmissão
de Grande Mestre não é mais do que honorífica e associada
a certas responsabilidades dentro da Franco-
Maçonaria Egípcia, Martinismo e Gnosticismo.
Sobre o plano da Ordem Interior, A sucessão interrompida foi sempre
transmitida com o mesmo zelo exigido pela Ordem Rosa-Cruz Original e na
região que tinha sempre sido o Crisol (Cadinho) do Hermetismo Rosa-Cruz:
O Sudeste da França.
Jean Bricaud por sua vez Grande Patriarca Rosa-Cruz e Grande-Mestre Exterior
da Ordem, transmitiu o Cargo Oculto à L.-M. F. G. (1921), religioso.
J. B. fez seu sucessor e P. T., o Grande Patriarca Rosa-Cruz. Foi em seguida
a uma reunião Martinista em sua presença, que ele divulgou
sua origem oculta e alguns objetos ritualísticos marcando esta transmissão
àquele que iria assumir tal posto (responsabilidade): J.L. DE BIASI,
Grande Patriarca Rosa-Cruz.
Os objetos Martinistas e Rosa-Cruzes podiam de novo iluminar os antigos
Mestres Passados da Ordem.
Mas o tempo ainda não tinha chegado para reativar a Ordem. O ciclo
de 111 anos devia ser respeitado e aplicado. Em 1999, a Ordem Interior pôde
retomar seus trabalhos ocultos devendo se reorganizar durante sete anos.
O 1º período de quatro anos foi destinado a despertar o hermetismo
ocidental e manifestar sua presença como outrora.
A Ordre Kabbalistique de la Rose-Croix novamente vivificada pela abordagem
Hermética, Rosa+Cruz e Martinista pode, agora, abrir seus capítulos
para iniciar seus trabalhos como previsto em 2006, desfecho tradicional
da sua exteriorização.