Santo André

Pelo Amado irmão Monte Cristo S:::I::: CBCS


O Regime Retificado como um Rito essencialmente cristão, venera Santo André particularmente no 4º Grau, que tem o nome de "Mestre Escocês de Santo André" e cuja iniciação comporta duas partes, alias vários Altos Graus colocaram-se igualmente, no curso da história, sob o patronato desse santo. Um dos mais conhecidos é do Cavaleiro de Santo André do Chardon, do Capítulo de Clermont, primeiro sistema templário alemão (1758-1764). Esse grau era uma mistura bastante temperada, ao gosto da época, misturando o tema do Templo de Salomão ao Hermetismo mais complicado. Revelava-se ao candidato que, na Idade Média, quatro cavaleiros que partiram da Escócia rumo a Jerusalém haviam levado o segredo da Arte Real. Tendo descoberto uma misteriosa pedra quadrangular, partiram-na em três pedaços, destinados à preparação da pedra filosofal e correspondentes aos três símbolos do Sal, do Enxofre e do Mercúrio. Seguia-se uma série de purificações cujo esoterismo dá vertigens e cujo termo era a realização final da Estrela resplandescente, com a significação conhecida pelos iniciados. O rei da Escócia David II criara o título da Ordem de Santo André e decretara que os cavaleiros seriam membros de direito da Ordem de Chardon.
Seja como for, é importante se ter conhecimento de quem fopi Santo André para se entender a importância que seu exemplo tem no Martinezismo.
Santo André foi o primeiro discípulo de Jesus. Ele e Simão Pedro eram filhos de Jonas de Betsaida. Eles nasceram em Betsaida e viviam em Cafarnaum, da pesca no mar da Galiléia.

Está sempre presente na caminhada de Jesus, sendo nomeado junto com Pedro, Tiago e João. Mas muito pouco se registrou sobre ele no tempo das primeiras comunidades.

Um historiador, de nome Eusébio, informa que que André evangelizou uma região de bárbaros, a Sícia, na Rússia meridional. Alguns registros apócrifos citam que foi evangelizar na Galiléia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente na Grécia. Nessa última, formou uma comunidade cristã em Patras, na Acaia. Mas foi alí também que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e juiz romano local.

Santo André ousou dizer ao governador que reconhecesse em Jesus um juiz acima dele. Mais ainda, afirmou que os deuses pagãos não passavam de demônios. Egéas não hesitou e o condenou à crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria "pregando a grandeza da Cruz, onde morreu Jesus".

Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X". Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua festa.

O imperador Constantino trasladou em 357, de Patos para Constantinopla, as relíquias mortais de Santo André. No século XIII elas foram para Roma, onde permanecem até hoje, na Catedral de Amalfi. A cabeça, trazida a Roma em 1462, foi restituída à Grécia por Paulo VI. Santo André, Apóstolo, é celebrado como padroeiro da Rússia e da Escócia.

Um dos símbolos do Grau de Cavaleiro de Santo André é justamente uma representação dos últimos momentos vividos pelo discípulo de Yeschouá.