SOMOS MÍSTICOS ?
Sainti-Ebar SI


O Martinista se autodenomina: Místico Cristão. Místico porque busca comunicar-se diretamente com Deus. Cristão por que acredita estar nas palavras do Cristo os ensinamentos para a reintegração com a divindade.


A palavra Misticismo inclui muito mais o caminho para a União do que a União em si própria. O que ela significa é que o fragmento da Divindade no homem está procurando, conscientemente, ser um com o universal.


O Místico, onde que se encontre, está tentando caminhar pelo antigo e estreito caminho, está buscando uma senda mais curta, até mais cansativa e árdua, do que a senda comum da evolução.


Busca compreender mais do que a sua imortalidade: a compreensão da sua Eternidade. A palavra "imortal" como a palavra "perpétuo", pertence, por assim dizer, ao tempo. A palavra "eternidade" significa auto-existência, compreensão e que somos parte do que é Um.


Encontramos como objetivo de todas as religiões as lendas exteriores para a procura de Deus. Há, porém, uma grande diferença entre o Místico e o fanático religioso, no sentido comum da palavra. Todos os Místicos concordam, fundamentalmente, enquanto as religiões são marcadas pelas diferenças. A senda do Místico é uma e a mesma, não importando em que religião ele possa encontra o seu ponto de partida, porque a meta é a Unidade, a união do fragmento aparentemente separado com Aquele do qual veio, e do qual é inseparável.


O homem que deseje ser um Místico está, por assim dizer, desafiando a natureza exterior, dizendo que quer fazer, num breve espaço de vidas e que exige milhões de anos da grande massa dos homens.


Do segundo parágrafo até o anterior a este, foram compilados trechos do obra de Annie Besant "Brahmavidya - Sabedoria Divina" .


Estes trechos nos alertam para que estejamos, como Martinistas, sempre alertas e permanentemente voltados à prática da união, em todos os nossos pensamentos, palavras e ações. Não façamos nada que não seja instrumento de união. Exercitemos a temperança, principal virtude balisadora a nos orientar na busca do Caminho do Meio.


Reflitamos sobre mais este texto de Annie Besant, na obra já citada:


No plano físico, temperança em todas as coisas, como escreveu Sri Krishna e como expôs o Senhor Buda - o Caminho do Meio. Ensinam-nos como devemos controlar as nossas emoções, e que devemos dominar a inquietude da mente. Diz-se, então, quando isso é conseguido: "Aquele que está livre de desejos e não tem pesares contempla, na tranqüilidade dos sentidos, a majestade do Eu."





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