O Selo de Salomão para o Martinista
O Selo de Salomão representa o Universo e seus dois ternários, Deus e a Natureza; ele é, por este motivo, chamado o “Sinal do Macrocosmos” ou do Grande Mundo, em oposição à estrela de cinco pontas que é o “Sinal do Microcosmos”, do Pequeno Mundo, ou seja, do Homem.
O Selo de Salomão é formado por dois triângulos. O que tem seu vértice para cima representa tudo o que ascende, simboliza o Fogo e o Calor; psiquicamente, representa as aspirações que o ser humano eleva até seu Criador; em um sentido material significa a evolução das forças físicas, desde o Centro da Terra até o Centro do Sistema planetário ao qual pertencemos, até o Sol. em uma palavra, expressa o retorno natural das forças morais e físicas até o Princípio do qual emanaram.
O triângulo com a ponta para baixo representa tudo o que desce; é o símbolo hermético da Água e da Umidade. No mundo espiritual representa a ação da Divindade sobre Suas Criaturas; no mundo físico corresponde à corrente involutiva que parte do Sol, centro de nosso sistema planetário, até chegar ao Centro da Terra. Estes dois triângulos combinados expressam, não só a Lei do Equilíbrio, como também a Lei da Atividade Eterna de Deus e do Universo; representam o movimento perpétuo, a Degeneração, e a Regeneração incessantes pela Água e pelo Fogo; quer dizer, mediante a Putrefação - termo usado antigamente, em lugar da palavra mais científica de Fermentação.
O Selo de Salomão é, pois, a imagem perfeita da Criação e é com este significado que Louis Claude de Saint-Martin o inclui em seu Pantáculo Universal.