A INCENSAÇÃO E A FUMIGAÇÃO


Toda matéria é composta de partículas, átomos, núcleo prótons, etc...

Na menor partícula de ar, de água, terra ou em qualquer outra matéria encontramos cientificamente falando, estes bloquinhos que orbitam entre si.

No mundo animal, vegetal, objetos e seres animados ou inanimados elas estão presentes em diferentes estágios de evolução ou vibração.

Ora, se o núcleo esta vibrando, tudo em que nele orbíta vibra junto, ao vibrar cria energia, se cria energia está a mercê de absorver energia de outrem (Repele ou atrai).

Muito bem, se tudo que vimos é um aglomerado de energia formando um corpo, (formas) sem sombra de duvidas tudo que o homem cria (Manifesto abaixo do nível do sol) emana fluidos ou auras que podem sofrer variações de acordo com o ambiente, temperaturas e até absorver vibrações de quem manuseia ou se aproxima.

O ato da incensação, ou o ato da fumigação, faz com energias estagnadas se agitem e espalhem o aroma das ervas ou flores criando desta forma um ambiente harmonioso propicio a prática de experiências e contemplação. 

Mas qual é mesmo a diferença em fumigação e incensação?

O ato de fumigar significa expor a fumaça, ou a vapores com a intenção de desinfetar o ambiente de vibrações negativas. Já a incensação tem um sentido de perfumar o ambiente ou ainda de oferenda ao Incognoscível.

Epistola dos Hebreus (IX, 3,4) "coloca um anjo....que fica ao lado do altar com um turíbulo de ouro pura na mão; deram-lhe muitos perfumes para que ele fizesse uma oferenda das preces de todos os santos sobre o altar de ouro que está diante do trono; e a fumaça dos perfumes formados pelas orações dos santos da mão do anjo para Deus".

Enquanto que os dogmas são princípios admitidos como fundamentais que não necessitam de demonstração, os símbolos são objetos materiais que representam coisas e fatos acontecidos.

Assim, o símbolo é sempre uma expressão da atitude MORAL e ESPIRITUAL especifica que lhe é imanente.

Duas figuras de linguagem muita conhecida pelos orientais são à metáfora, que consiste em transmitir idéias pelo sentido figurado e a hipérbole, pela qual se costuma dramatizar o poder das palavras para despertar impressões mais vivas no ouvinte. Os orientais em geral usam e abusam delas, no oriente médio O Grande Arquiteto do Universo, Yeschouá ( Jesus o Cristo) usava metáforas e hipérboles para melhor se fazer entender pelo povo.

Segundo expressão evangélica, quem vive contra os preceitos divinos está na morte (sepulcro), mas quem vive conforme a vontade de Deus está dentro da vida (luz); "Fazer isso (amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo) e viverás", aconselhou Jesus a um certo doutor da Lei que desejava a Luz eterna. E, como atesta João em sua Epístola I, 3-14 "Passamos da morte para a vida quando amamos nossos irmãos", porque, diz ele: "Quem não ama o seu irmão permanece na morte" (hipérbole - Que significa : Trevas, Ignorância e infelicidade).

No I Livro de Samuel I:9 encontramos antigamente em Israel, indo qualquer um consultar à Deus, dizia: "Vinde e vamos ao vidente", porque ao profeta, antigamente, chamavam vidente. Segundo o dicionário Webster e relato da Enciclopédia Britânica, a etimologia da palavra "Profeta", é formada de dois elementos gregos : "Pro" e "Fanai"(falar por alguém, por um Deus ou espírito). Logo, "Profeta" significa literalmente o mesmo que médium na linguagem espiritualista moderna, ou seja, o mediador.

Profetas haviam, como relatado em II Reis, que, para conseguir a inspiração, ou meditação entre Deus e os homens, se serviam da música (Eliseu para profetizar reclama um tocador de harpa, I Reis, I:1-5)

No interior do Templo de Salomão, na aula (Sancta) estava o altar de ouro para os perfumes (sobre ele se queimava o incenso, significando à obrigação que o povo tinha de adorar IEVE como seu Deus e ao mesmo tempo em que esta adoração lhe era adorável).

A Incensação feita com o Turíbulo para queima de essências de rosa ou benjoim utilizado em alguns rituais Martinistas, serve para preparação do ambiente espiritual, exaltando a Sabedoria a Força e a Beleza, colunas simbólicas e mestras do Templo.

Assim como a música, o incenso possui uma ação anti-séptica certa, e esta ação física é acompanhada de ação psíquica, procurando dessa forma um estado de alma particular, propício à elevação espiritual. Sua origem e uso pelas antigas fraternidades e também pelas antigas religiões remonta ao tempo da longa guerra de expulsão dos Hicsos, quando os sacerdotes, explorando a ignorância das massas, pela desvalorização intelectual conseqüente, usavam a incensação dos altares de sacrifícios por mera superstição e magia, desvirtuando assim seu real valor e simbolismo.

Hoje os Martinistas relembrando as suas sublimes origens Teúrgicas continuam a preservar esta tradição e seu significado místico utilizando de forma correta o Incenso, mantendo assim a ascendência intelectual que afirma que deve-se aprender para ensinar, Saber para Instruir. Continuamos portanto lutando para transformar interiormente os Homem da Torrente em sinceros Homem de Desejo.

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