A REGULARIDADE INICIÁTICA
Traduzido pelo Amado Irmão Albertus SI - Grupo Hermanubis


A adesão a uma organização tradicional regular, como temos dito, é não somente uma condição necessária da iniciação, senão que é, o que constitui a iniciação no sentido mais estrito, tal como o define a etimologia do nome que a designa, e é ele o que está em todas as partes representadas como um "segundo nascimento", ou uma "regeneração"; segundo "nascimento" porque abre ao ser um mundo diferente aquele no qual exerce a atividade de sua modalidade corporal, mundo que constituirá para ele o campo de desenvolvimento de possibilidades de uma ordem superior; "regeneração", pois restabelece assim a este ser as prerrogativas que eram naturais e normais nas primeiras idades da humanidade, quando esta não estava, todavia afastada da espiritualidade original para fundir-se cada vez mais na materialidade, como devia faze-lo no curso de épocas posteriores, e porque deve conduzir principalmente, como primeira etapa essencial de sua realização, à restauração do "estado primordial", que é a plenitude e a perfeição da individualidade humana, residindo em um ponto central único e invariável de onde o ser poderá em continuação elevar-se aos estados superiores.

É preciso agora que insistir, todavia a este respeito sobre um ponto de capital importância: a afiliação de que se trata deve ser real e efetiva, e uma suposta afiliação "ideal", tal como alguns se complasem em considerar de vez em quando em nossa época, é por completo vã e de nulo efeito(32).

Isto é fácil de compreender, já que se trata propriamente da transmissão de uma influência espiritual que deve efetuar-se segundo leis definidas; e estas leis, sendo evidentemente diferentes das que regem as forças do mundo corporal, não são menos rigorosas, e apresentam inclusive com estas últimas, apesar das profundas diferenças que as separam, uma certa analogia, em virtude da continuidade e a correspondência que existem entre todos os estados ou graus da Existência universal.

É esta analogia o que nos permite, por exemplo, falar de "vibração" a propósito do Fiat Lux pelo qual é iluminado e ordenado o caos das potencialidades espirituais, ainda que não se trate em absoluto de uma vibração de ordem sensível como as estudadas pelos físicos, igual a "luz" em questão não pode ser identificada coma que é captada pela faculdade visual do organismo corporal (33); porém estas formas de falar, sendo necessariamente simbólicas, já que estão fundadas sobre uma analogia ou uma correspondência, não são menos legítimas e estritamente justificadas, pois esta analogia e esta correspondência existem realmente na natureza, mesmo das coisas, e vão inclusive, em certo sentido, muito mais longe do que se poderia supor (34).

Deveremos retornar mais amplamente sobre estas considerações, quando falarmos dos ritos iniciáticos e de sua eficácia; no momento é suficiente reter que há leis as que são forçosamente preciso ter em conta, a falta das quais o resultado desejado poderia ser alcançado, tal como um efeito físico não pode ser obtido se um não se encontra nas condições requeridas em virtude das leis as quais sua produção está condicionada; e, quando se trata de uma transmissão efetivamente operada, isto implica manifestamente um contato real, sejam quais sejam por outra parte as modalidades pelas quais poderá ser estabelecido, modalidades que estarão naturalmente determinadas pelas ditas leis de ação das influências espirituais as quais temos feito alusão.

Desta necessidade de uma adesão efetiva, resultam imediatamente, numerosas conseqüências extremadamente importantes, sejam enquanto o indivíduo que aspira a iniciação, seja no que concerne a organização iniciáticas em si mesma; e são essas conseqüências o que nos propomos examinar agora. Sabemos que tem inclusive muitos, a quem estas considerações parecem muito pouco agradáveis, seja porque alteraram a idéia demasiada cômoda e "simplista" que se haviam formado na iniciação, seja porque destruíram algumas pretensões injustificadas e algumas asserções mais ou menos interessadas, porém desprovidas de toda autoridade; porém estas são coisas ante as quais não poderíamos deter-nos, por pouco que fosse, não tendo nem podendo ter, agora como sempre, nenhuma outra preocupação que a da verdade.

Em primeiro lugar, enquanto o indivíduo, é evidente, depois do que acaba de ser dito, que sua intenção de ser iniciado, inclusive admitindo que seja real nele a intenção de unir-se a uma tradição da qual tem conseguido ter algum conhecimento "exterior", não poderia ser, em absoluto, o suficiente para assegurar-lhe a iniciação real (35).

Com efeito, não se trata aqui de nenhum modo de "erudição", o que, como tudo que depende do saber profano, não tem aqui nenhum valor; e não se trata também de fantasia ou de imaginação, não mais que qualquer outra aspiração sentimental.

Se fora suficiente, para poder-se chamar iniciado, ler livros, ainda que fora as Escrituras sagradas de uma tradição ortodoxa, acompanhada inclusive, se si quiser, de seus comentários mais profundamente esotéricos, ou de pensar mais ou menos vagamente em qualquer organização passada ou presente, a qual se outorga com complacência, e tanto mais facilmente quando é muito mal conhecida, seu próprio "ideal" ( essa palavra que se emprega em nossos dias a cada passo, e que, significando tudo o que se quer, no fundo não significa nada ), isto seria certamente demasiado fácil; e a questão previa da "qualificação" se encontraria inclusive por ele completamente suprimida, pois cada um, estando naturalmente induzido a qualificar-se "bem e devidamente qualificado", e sendo assim por sua vez juiz de sua própria causa, descobriria com segurança e sem dificuldade, excelentes razões (excelentes ao menos aos seus próprios olhos e segundo idéias particulares que se havia formado) para se considerar como iniciado sem mais formalidades, e não vemos porque deveria deter-se na metade do caminho e não desejaria atribuir-se de uma só vez os graus mais transcendentes.

Aqueles que se imaginam que tenham se "iniciado" a si próprio, tal como temos dito, não tem refletido nunca nas conseqüências mais incomodas que implica sua afirmação? Nestas condições, não há nada de seleção nem de controle, nada de "meios de reconhecimento", no sentido que já temos empregado esta expressão, nenhuma hierarquia possível, e, por suposição, nada de transmissão, seja qual seja; em uma palavra, nada do que caracteriza essencialmente a iniciação e do que de fato a constitui; e, sem contudo, é isto que alguns, com uma assombrosa inconsciência, ousam presentear como uma concepção "modernizada" da iniciação ( bem modernizada, com efeito, e com segurança digna dos "ideais" laicos, democráticos e igualitários ), sem duvidar de que, em lugar de haver ao menos iniciados "virtuais", o que depois de tudo é, todavia algo, não havia assim mais que simples profanos erigidos indevidamente em iniciados.

Porém abandonemos aqui estas divagações, que podem parecer desprezíveis; se crermos dever menciona-las é porque a incompreensão e a desordem intelectual que desgraçadamente caracterizam a nossa época, os permite propagar-se com uma deplorável facilidade.

O que deve compreender-se é que, quando se estabelece o tema da iniciação, se trata exclusivamente de coisas sérias e de realidades "positivas", algo que diríamos de bom grado se os "cientificistas" profanos não haveriam abusado tanto desta palavra; que se aceitem estas coisas tal como são, o que não se fale jamais da iniciação; não vemos nenhum meio termo possível entre essas duas atitudes, e mais valeria renunciar francamente a toda iniciação, que dar este nome ao que não seria mais que uma vã parodia, inclusive sem as aparências exteriores que tratam ao menos de salvaguardar algumas outras falsificações das que deveremos falar depois.

Para voltar ao que foi o ponto de partida desta digressão, diremos que é preciso não somente que o indivíduo tenha a intenção de ser iniciado, senão que deve ser "aceito" por uma organização tradicional regular, estando qualificada para conferir-lhe a iniciação (36), é dizer, para transmitir-lhe a influência espiritual sem o reforço da qual seria impossível, apesar de todos seus esforços, chegar jamais se liberar das limitações e obstáculos do mundo profano. Pode ocorrer que, em razão de sua falta de "qualificação", sua intenção não encontre nenhuma resposta, por sincera que possa ser por outra parte, pois esta não é a questão, e em tudo isto não se trata em absoluto de "moral", senão unicamente de regras "técnicas" referentes a leis "positivas" (repetimos esta palavra à falta de outra mais adequada) e que se impões com uma necessidade tão intelectual como, em uma ordem diferente, as condições físicas e mentais indispensáveis para o exercício de certas profissões.

Em semelhante caso, não se poderá jamais considerar como iniciado, sejam quais forem os conhecimentos teóricos que chegue a adquirir por outras vias; e é de presumir, pelos demais, que, inclusive com respeito a ele, não irá jamais muito longe (falamos naturalmente de uma compreensão verdadeira, ainda que exterior, e não da simples erudição, é dizer, uma acumulação de noções fazendo unicamente o chamamento da memória, tal como tem lugar no ensino profano), pois o conhecimento teórico em si mesmo, superando um certo grau, supõe normalmente a "qualificação" requerida para obter a iniciação, que o permitirá transforma-lo, mediante a "realização" interior, o conhecimento efetivo, e assim nada poderá ser impedido de desenvolver as possibilidades que leva verdadeiramente em si mesmo; em definitivo, não são separados senão aqueles que se iludem por sua conta, crendo poder obter algo que, em realidade, demonstra ser incompatível com sua natureza individual.

Passando agora a outra parte da questão, é dizer, a que se relaciona com as organizações iniciáticas mesmas, diremos isto: é muito evidente que não se pode transmitir o que se possui; em conseqüência, é necessariamente preciso que uma organização seja efetivamente depositária de uma influência espiritual para poder comunicar aos indivíduos que se unem a ela; e isto inclui imediatamente a todas formações pseudoiniciáticas, tão numerosas em nossa época e desprovidas de todo caráter autenticamente tradicional.

Nestas condições, com efeito, uma organização iniciática não poderia ser produto de uma fantasia individual; não pode estar fundada, à maneira de uma associação profana, sobre a iniciativa de algumas pessoas que decidem reunir-se adotando umas formas quaisquer; e, inclusive se estas formas não são por completo inventadas, senão adotadas de ritos realmente tradicionais dos quais seus fundadores haviam tido algum conhecimento por "erudição", não serão por eles mais válidas, pois, a falta de filiação regular, a transmissão da influência espiritual é impossível e inexistente, se bem que, em semelhante caso, não se tem relação mais que com uma vulgar imitação da iniciação.

E com maior razão quando não se trata mais que reconstruções puramente hipotéticas, para não dizer imaginárias, de formas tradicionais desaparecidas depois de tempo mais ou menos remoto, como as do Egito antigo ou da Caldeia, por exemplo; e, inclusive se houvera no emprego de tais formas uma vontade seria de aderir-se à tradição à qual tem pertencido, não seriam mais eficazes, pois nada pode unir-se na realidade senão a algo que tenha uma existência atual, e todavia faltaria para isto, tal como dissemos no concernente ao indivíduo ser "aceito" pelos representantes autorizados da tradição a qual se referia, de tal maneira que uma organização aparentemente nova não poderá ser legítima mas que se é como um prolongamento de uma organização preexistente, de forma que mantenha sem interrupção a continuidade da "cadeia" iniciática.

Em tudo isso, não temos feito, em suma, senão expressar em outros termos e mais explicitamente o que já havíamos dito acerca da necessidade de uma afiliação efetiva e direta e da validade de uma adesão "ideal"; e nada deve, a este respeito, deixar-se enganar pelas denominações que se atribuem certas organizações, as que não tem nenhum direito, porem que intentam dar-se com ele, uma aparência de autenticidade.

Assim, por tomar um exemplo que já temos citado em outras ocasiões, existe uma multidão de grupos, de origem totalmente recente. que se dizem "rosacrucianas", sem haver tido jamais o menor contato com os Rosacruzes, nem sequer através de alguma via indireta e degradada, e sem inclusive saber o que eles têm sido na realidade, já que se os representantes quase invariavelmente como havendo constituído uma "sociedade", o qual é um erro grosseiro e especificamente moderno.

Não se deve ver nisto, o mais freqüentemente, senão a necessidade de ornamentar-se com um título ou à vontade de se impor aos ingênuos; porem, inclusive considerando o caso mais favorável, é dizer, si se admite que a constituição de alguns destes grupos provem de um desejo sincero de vincular-se "idealmente" aos Rosacruzes, não será todavia isto, sob o ponto de vista iniciático mais que um puro nada.

O que dissemos acerca deste exemplo particular se aplica por outra parte de forma parecida a todas as organizações inventadas pelos ocultistas e outros "neoespiritualistas" de todo gênero e denominação, organizações que, sejam quais forem suas pretensões, não podem, em verdade e, ser qualificadas senão de "pseudoiniciáticas", pois não tem em absoluto nada real que transmitir, e o que apresentam não é senão uma falsificação, inclusive muito comum uma paródia ou uma caricatura de iniciação (37).


Acrescentaremos todavia, como conseqüência do que precede, que, ainda assim quando se trata de uma organização autenticamente iniciática, seus membros não tem o poder de trocar as formas a seu desejo ou de altera-las no que tem de essencial; ele não exclui certas possibilidades de adaptação as circunstâncias, que por outra parte se impõe aos indivíduos mais bem que derivam de sua vontade, porém que, em todo caso estão limitados pela condição de não atentar contra os meios pelos quais está assegurada a conservação e transmissão da influência espiritual da qual é depositária a organização considerada; se esta condição não for observada, resultaria uma verdadeira ruptura com a tradição, que faria perder a esta organização sua "regularidade".

Por outro lado, uma organização iniciática não pode legitimamente incorporar a seus ritos, elementos tomados de formas tradicionais distintas as que segundo a qual está regularmente constituída (38); tais elementos, cuja adaptação teria um caráter totalmente artificial, não representariam senão simples fantasias redundantes, sem nenhuma eficácia desde o ponto de vista iniciático, e que conseqüentemente não somariam absolutamente nada de real, porem cuja presença não poderia ser, em razão de sua heterogeneidade, senão uma causa de distúrbio e de desarmonia; o perigo de tais fusões está por demais longe de permanecer limitado ao domínio iniciático, e é um ponto demasiado importante como para merecer ser tratado a parte.

As leis que presidem o manejo das influências espirituais são por outra parte algo demasiado complexo e delicado como para aqueles que não possuem um conhecimento suficiente possam permitir-se impunemente ocasionar modificações mais ou menos arbitrárias nas formas rituais, nas que tudo tem sua razão de ser, e cujo alcance exato se lhes escapa.

O que claramente se depreende de tudo isso, é a nulidade das iniciativas individuais, enquanto as constituições das organizações iniciáticas, sejam no que concerne a sua origem mesmo, seja em relação com as formas que se revestem; e pode assinalar o propósito disto que, de fato, não existem formas rituais tradicionais as quais possam assinalar-se como autores, determinados indivíduos.

É fácil compreender que seja assim, se se pensa que a meta essencial e final da iniciação sobrepassa o domínio da individualidade e suas possibilidades particulares, o que seria impossível se estivera reduzido a meios de ordem puramente humanos; desta simples indicação, sem ir sequer a fundo da questão, pode então deduzir-se imediatamente que é necessário a presença de um elemento "não humano", e este é, com efeito, o caráter da influência espiritual cuja transmissão constitui a iniciação propriamente dita.

Notas
32. Para os exemplos desta suposta afiliação "ideal", pela qual alguns chegam inclusive a pretender reviver formas tradicionais totalmente desaparecidas, ver Le Regne de la Quantité et les Signes des Temps, cap. XXXVI; voltaremos por outra parte sobre ele um pouco mais adiante.
33. Expressões como as de "Luz Inteligível" ou "Luz Espiritual", ou outras equivalentes, são por outra parte bem conhecidas em todas as doutrinas tradicionais, tanto ocidentais como orientais; recordaremos unicamente de maneira particular com este motivo a assimilação, na tradição islâmica, do Espírito ( Er-Rûh), em sua essência mesma, com a Luz ( Em-Nûr ).
34. É a incompreensão de uma tal analogia, tomada sem razão por uma identidade, o que, junto a constatação de uma certa similitude nos modos de ação e os efeitos exteriores, tem induzido alguns a formar-se uma concepção errônea e mais ou menos grosseiramente materializada, não somente das influências psíquicas ou sutis, senão também das influências espirituais, assimilando-as pura e simplesmente a forças "físicas", no sentido mais restrito da palavra, tais como a eletricidade ou o magnetismo; e desta mesma incompreensão tem podido surgir, ao menos em parte, a muito estendida idéia de pretender estabelecer aproximação entre os conhecimentos tradicionais e os pontos de vista da ciência moderna e profana, idéia absolutamente ilusória, já que são coisas que não pertencem ao mesmo domínio, e por outra parte o ponto de vista profano em si mesmo é propriamente ilegítimo. - Cf. Le Règne de la Quantité et les Signes des Temps, cap. XVIII.
35. Entendemos por ele não somente a iniciação plenamente efetiva, senão também a simples iniciação virtual, segundo a distinção que deve fazer-se a este respeito, e sobre a qual deveremos voltar a continuação de maneira mais precisa.
36. Não queremos dizer com ele unicamente que deva tratar-se de uma organização propriamente iniciática, com exclusão de toda outra espécie de organização tradicional, o que é em suma demasiado evidente, senão também que esta organização não deve proceder de uma forma tradicional a qual, em seu aspecto exterior, o indivíduo em questão fora estranho; há inclusive casos onde o que se poderia chamara "jurisdição" de uma organização iniciática está todavia mais limitada, como o de uma iniciação baseada sobre um ofício, e que não pode ser conferida senão a indivíduos pertencentes a este ofício ou que tenham ao menos com ele certos laços bem definidos.
37. As investigações que devemos fazer a este respeito, em um tempo muito distante, nos tem conduzido a uma conclusão formal e indubitável que devemos expressar aqui claramente, sem nos preocupar dos furores que possam suscitar em diversos círculos; se deixarmos de lado o caso da possível sobrevivência de algumas raras agregações do hermetismo cristão da Idade Média, por outra parte extremamente restringida em todo caso, é um feito o que, de todas as organizações com pretensões iniciáticas que estão atualmente disseminadas no mundo ocidental, só hay dos que, por decaídas que estén a causa da ignorância e a incompreensão da imensa maioria de seus membros, podem reivindicar uma origem tradicional autentica e uma transmissão iniciática real; estas duas organizações, que por outra parte, a dizer verdade, não foram primitivamente mais que uma só, ainda que com múltiplas ramificações, com o Compagnonnage y la Masoneria. Todo o resto não é senão fantasia ou charlatanismo, quando não serve inclusive para dissimular algo pior; e, nesta ordem de idéias, não há invenção, por absurda ou extravagante que seja, que não tenha em nossa época alguma possibilidade de sair adiante e ser tomada a sério, desde os sonhos ocultistas sobre as "iniciações astrais" até o sistema americano, de intenções principalmente "comerciais", das pretendidas "iniciações por correspondência".
38. É assim como, muito recentemente, alguns têm querido intentar introduzir na Maçonaria, que é uma forma iniciática propriamente ocidental, elementos tomados de doutrinas orientais, dos quais não tinham por outra parte senão um conhecimento por completo exterior; se encontrará um exemplo do citado no L'Esoterisme de Dante, p. 20.