AS INFLUÊNCIAS MISTERIOSAS
Eliphas Levi
Não há meio-termo possível. Todo homem é bom ou mau. Os indiferentes, os mornos não são bons, são, pois, maus, e os piores de todos os maus, pois são imbecis e covardes. O combate da vida assemelha-se a uma guerra civil, os que permanecem neutros traem igualmente os dois lados e renunciam ao direito de serem contados dentre os filhos da pátria.
Todos nós respiramos a vida dos outros e de algum modo insuflamo-lhes
uma parte de nossa
existência. Os homens inteligentes e bons são, sem saberem,
os médicos da humanidade, os homens tolos e maus são envenenadores
públicos.
Existem pessoas perto de quem sentimo-nos melhores. Vede esta jovem senhora
da alta sociedade, ela conversa, ri, adorna-se como todas as outras, por
que, então, tudo nela é melhor e mais perfeito? Nada mais
natural que sua distinção, nada mais franco e mais nobremente
despretensioso que sua conversa. Perto dela tudo deve achar-se à
vontade, exceto os maus sentimentos, mas eles são impossíveis
perto dela. Ela não encontra os corações, prende-os
e os instrui, não embriaga, encanta.
O que toda sua pessoa prega parece ser uma perfeição mais
aprazível do que a própria virtude; é
mais graciosa que a graça, suas ações são fáceis
e inimitáveis como a bela música e os belos versos.
Era dela que uma encantadora mundana, muito amiga para ser rival, dizia
depois de um baile:
Pareceu-me ver a Sagrada Bíblia em movimento. Vede ao contrário
esta outra mulher, afeta a mais rígida devoção e se
escandalizaria ao ouvir os anjos cantarem, mas sua fala é malévola,
seu olhar é altivo e desdenhoso; quando fala sobre virtude poderia
provocar o amor ao vício. Para ela Deus é um marido ciumento
que ela tem o grande mérito de não enganar; suas máximas
são desoladoras, as ações mais vãs que caridosas
e poder-se-ia dizer após a ter encontrado na igreja: Vi o diabo orando
a Deus.
Ao deixar a primeira, senti-vos cheio de amor por tudo o que é belo,
por tudo o que é bom e
generoso. Estais feliz por lhe terdes dito tudo o que ela vos inspirou de
bem e por terdes sido por ela aprovado; dizei-vos que a vida é boa,
uma vez que foi dada por Deus a semelhantes almas, estais cheio de coragem
e de esperança. A outra vos deixa enfraquecido, rejeitado, ou talvez,
o que é pior, estimulado a fazer o mal; vos faz duvidar da honra,
da piedade e do dever; perto dela só escapais ao tédio pela
porta dos maus desejos. Falastes mal de alguém para agradá-la,
diminuíste-vos para adular seu orgulho, ficais descontente com ela
e convosco mesmo.
O sentimento vivo e certo dessas diversas influências é próprio
dos espíritos justos e das
consciências delicadas, e é precisamente o que os antigos escritores
ascéticos chamavam graça do discernimento dos espíritos.
Sois cruéis consoladores, dizia Jó a seus pretensos amigos. De fato, os seres viciosos sempre afligem ao invés de consolarem. Têm um tato prodigioso para encontrar e escolher as mais desesperadoras banalidades. Chorais um afeto perdido, como sois ingênuo! Zombavam de vós, não vos amavam. Com dor confessais que vosso filho é coxo, amigavelmente vos fazem ver que ele é corcunda. Ele tosse e inquietai-vos, suplicam-vos ternamente que tomeis cuidado, pois talvez esteja tuberculoso. Vossa mulher está doente há muito tempo, consolai-vos, pois ela morrerá. Espera e trabalha, eis o que o céu nos diz pela voz de todas as boas almas; desespera e morre, eis o que o inferno nos grita em todas as palavras, todos os movimentos, todas as amizades e todos os afagos dos seres imperfeitos ou degradados.
Qualquer que seja a reputação de uma pessoa e quaisquer que
sejam os testemunhos de amizade que ela vos dá, se, ao deixá-la,
sentivos menos amigo do bem e menos forte, ela é perniciosa para
vós: evitai-a. Nossa dupla imantação produz em nós
duas espécies de simpatias. Temos necessidade de, alternadamente,
absorver e irradiar. Nosso coração gosta dos contrastes, e
existem poucos exemplos de mulheres que tenham amado sucessivamente dois
gênios.
Repousamo-nos pela proteção dos cansaços da admiração,
é a lei do equilíbrio; mas por vezes
também as naturezas sublimes surpreendem-se em caprichos de vulgaridade.
O homem, disse o
abade Gerbet, é a sombra de um Deus no corpo de um animal: existem
os amigos do anjo e os
complacentes para com o animal. O anjo atrai-nos, mas, se não tomamos
cuidado, é a besta que nos leva: ela deve mesmo fatalmente levar-nos
quando se trata de asneiras, isto é, das satisfações
desta vida nutriz da morte, que na linguagem das bestas chama-se vida real.
Em religião, o Evangelho é um guia seguro, o mesmo não
sendo em negócios, e muitas pessoas, quando se tratasse de estabelecer
a sucessão temporal de Jesus Cristo, se entenderiam melhor com Judas
Iscariotes do que com São Pedro.
Admiram a probidade, disse Juvenal, e não lhe dão o que lhe
cabe. Se, por exemplo, tal homem
célebre não tivesse escandalosamente mendigado a riqueza,
alguém teria pensado em recompensar sua velha musa? Alguma herança
lhe teria caído do céu? A virtude toma nossa admiração,
nossa bolsa, portanto, nada lhe deve, essa grande dama é bastante
rica sem nós. Preferimos dar ao vício, ele é tão
pobre!
"Não gosto dos mendigos e dou apenas aos pobres vergonhosos",
dizia um homem inteligente. "Mas o que lhes dais, se não os
conheceis?" "Dou-lhes minha admiração e minha estima,
e não preciso conhecê-los para isso." "Como necessitais
de tanto dinheiro", foi perguntado a outro, "se não tendes
filhos nem encargos?" "Tenho meus pobres vergonhosos a quem não
me posso impedir de dar muito." "Apresente-os a mim, talvez dê-lhes
também." "Oh! certamente já conheceis alguns. Tenho
sete deles, que comem excessivamente, e um oitavo que come mais do que os
outros sete: os sete são os sete pecados capitais; o oitavo é
o jogo."
"Senhor, dai-me cinco francos, estou morrendo de fome." "Imbecil!
estás morrendo de fome e
queres que te encoraje a prosseguir em tão mau caminho! Morres de
fome e tens a imprudência de confessá-lo! Queres tornar-me
cúmplice de tua incapacidade, nutriz de teu suicídio! Queres
um prêmio pela miséria? Por quem me tomas? Acaso sou um traste
da tua espécie..."
"Meu amigo, preciso de um milhão de escudos para seduzir uma
mulher honesta." "Ah! isso é mau; mas não sei recusar
nada a um amigo. Toma, e quando tiveres conseguido dá-me o endereço
dessa pessoa." Eis o que se chama, na Inglaterra e em outros lugares,
agir como um perfeito cavalheiro.
"O homem honrado sem trabalho rouba, e não mendiga!", respondeu
um dia Cartouche a um
transeunte que lhe pedia esmola. É enfático como a palavra
emprestada a Cambronne; e, na
realidade, talvez o célebre ladrão e o grande general tenham
ambos respondido do mesmo modo.
Foi esse mesmo Cartouche quem de outra feita ofereceu, por iniciativa própria
e sem que lhe fosse pedido, vinte mil libras a alguém falido. Entre
irmãos é preciso saber viver.
A assistência mútua é uma lei da natureza. Ajudar nossos
semelhantes é ajudar a nós mesmos. Mas acima da assistência
mútua eleva-se uma lei maior e mais santa: é a assistência
universal, é a caridade. Todos admiramos e amamos São Vicente
de Paulo, mas quase todos temos também um fraco secreto pela habilidade,
pela presença de espírito e, sobretudo, pela audácia
de Cartouche. Os cúmplices confessos de nossas paixões podem
repugnar-nos humilhando-nos; saberemos, sujeitando-nos aos perigos, resistir-lhes
por orgulho. Mas que pode haver de mais perigoso para nós que nossos
cúmplices hipócritas e ocultos? Seguem-nos como o desgosto,
esperam-nos como o abismo, envolvem-nos como a vertigem. Nós os desculpamos
para desculparmo-nos, os defendemos para defendermo-nos, os justificamos
para justificarmo-nos e os suportamos em seguida porque é preciso,
porque não temos força para resistir a nossas inclinações,
porque não desejamos isso.
Apossaram-se de nosso ascendente, como diz Paracelso, e onde quiserem conduzir-nos
iremos.
São nossos maus anjos, sabemo-lo no fundo de nossa consciência;
mas os poupamos, pois
fizemo-nos seus servidores, a fim de que eles também nos sirvam.
Nossas paixões, aduladas e poupadas, tornaram-se servas-senhoras;
e os complacentes para com nossas paixões são valetes que
se tornaram nossos mestres.
Respiramos nossos pensamentos e aspiramos os dos outros impressos na luz
astral, tornada sua
atmosfera eletromagnética: assim, a companhia dos maus é menos
funesta para as pessoas de bem do que a dos seres vulgares, covardes e mornos.
Uma forte antipatia adverte-nos facilmente e salva-nos do contato com os
vícios grosseiros; não é assim com os vícios
disfarçados, diminuídos de certo modo e tornados quase amáveis.
Uma mulher honesta sentirá apenas repulsa em companhia de uma moça
perdida; mas tem tudo a recear das seduções de uma doidivanas.
Sabemos que a loucura é contagiosa; mas os loucos são mais
particularmente perigosos quando são amáveis e simpáticos.
Entramos pouco a pouco em seu círculo de idéias, chegamos
a compreender seus exageros compartilhando seus entusiasmos, habituamo-nos
à sua lógica excepcional e transviada, chegamos a pensar que
não são tão loucos quanto acreditávamos no início.
Daí a acreditar que são os únicos a ter razão
não há muita distância. Nós os amamos, os aprovamos,
estamos loucos como eles.
As afeições são livres e podem ser racionalizadas;
mas as simpatias são fatais e muito freqüentemente sem razão;
dependem das atrações mais ou menos equilibradas da luz magnética,
e agem sobre os homens do mesmo modo que sobre os animais. Divertiremo-nos
tolamente com uma pessoa que nada tem de amável porque estamos misteriosamente
atraídos e dominados por ela. Freqüentemente, essas simpatias
estranhas começaram por vivas antipatias; os fluidos repeliam-se
no início, equilibrando-se depois.
A especialidade equilibrante do mediador plástico de cada pessoa
é o que Paracelso chama seu
ascendente, e denomina flagum ao reflexo particular das idéias habituais
de cada um na luz
universal.
Chega-se ao conhecimento do ascendente de uma pessoa pela adivinhação
sensitiva do flagum, e por um direcionamento perseverante da vontade vira-se
o lado ativo do próprio ascendente para o lado passivo do ascendente
do outro, quando se quer apoderar-se do outro e dominá-lo.
O ascendente astral foi adivinhado por outros magistas, que o chamaram turbilhão.
É, dizem eles, uma corrente de luz especializada, reproduzindo sempre
um mesmo círculo de
imagens, e, por conseguinte, de impressões determinadas e determinantes.
Esses turbilhões existem para os homens como para as estrelas. "Os
astros", diz Paracelso, "respiram sua alma luminosa e atraem a
irradiação uns dos outros. A alma da terra, cativa das leis
fatais da gravitação, desprende-se especializando-se e passa
pelo instinto dos animais para chegar à inteligência do homem.
A parte cativa dessa alma é muda, mas conserva por escrito os segredos
da natureza. A parte livre não pode mais ler essa escritura fatal
sem perder instantaneamente sua liberdade. Só se passa da contemplação
muda e vegetativa ao pensamento livre e vibrante mudando de meios e de órgãos.
Daí vem o esquecimento que acompanha o nascimento e as reminiscências
vagas de nossas intuições doentias, sempre análogas
às visões de nossos êxtases e de nossos sonhos."
Essa revelação do grande mestre da medicina oculta lança
uma enorme luz sobre todos os fenômenos do sonambulismo e da adivinhação.
Aí está, também, para quem souber encontrá-la,
a verdadeira chave das evocações e das comunicações
com a alma fluídica da terra.
As pessoas cuja influência perigosa se faz sentir num único
contato são as que fazem parte de uma associação fluídica;
ou que dispõem, quer voluntariamente, quer sem saberem, de uma corrente
de luz astral desviada. Aquelas, por exemplo, que vivem no isolamento e
na privação de toda comunicação humana e que
estão diariamente em relação fluídica com animais
reunidos em grande número, como estão normalmente os pastores,
esses estão possuídos pelo demônio a que se denomina
legião, e, por sua vez, reinam despoticamente sobre as almas fluídicas
dos rebanhos confiados à sua guarda: desse modo sua benevolência
ou sua malevolência faz prosperar ou morrer o rebanho; podem exercer
essa influência de simpatia animal sobre mediadores plásticos
humanos mal defendidos por uma vontade fraca ou uma inteligência limitada.
Assim explicam-se os encantamentos operados habitualmente pelos pastores
e os fenômenos ainda muito recentes do presbitério de Cideville.
Cideville é um pequeno vilarejo da Normandia onde, há alguns
anos, produziram-se fenômenos semelhantes aos que se produziram, depois,
sob a influência do senhor Home. Mirville estudou-os cuidadosamente
e Gougenot Desmousseaux repetiu todos seus detalhes num livro publicado
em 1854 e intitulado: Costumes e Práticas dos Demônios. O que
há de notável nesse último autor é que ele parece
adivinhar a existência do mediador plástico ou do corpo fluídico.
"Com certeza não temos duas almas", diz ele, "mas
talvez tenhamos dois corpos." Com efeito, tudo o que ele conta pareceria
provar essa hipótese. Trata-se de um pastor, cuja forma fluídica
infestava um presbitério e que foi ferido à distância
pelos golpes desfechados à sua larva astral.
Aqui perguntaremos aos senhores Mirville e Gougenot Desmousseaux se eles
tomam esse pastor pelo diabo e se, de perto ou à distância,
o diabo, tal como o concebem, pode ser arranhado ou ferido. Na Normandia,
até então, quase não eram conhecidas as doenças
magnéticas dos médiuns e o infeliz sonâmbulo, que fora
preciso tratar e curar, foi rudemente maltratado e até agredido,
segundo se diz, não em aparência fluídica, mas em sua
própria pessoa, pelo próprio pároco. Aí está,
convenhamos, um singular gênero de exorcismo! Se realmente essas violências
aconteceram, e se são imputáveis a um eclesiástico
que dizem, e que pode ser, credulidade à parte, muito bom e respeitável,
reconheçamos que escritores como Mirville e Gougenot Desmousseaux
tornam-se de certo modo seus cúmplices.
As leis da vida física são inexoráveis e, em sua natureza
animal, o homem nasce escravo da
fatalidade; e é à custa de lutas contra os instintos que ele
pode conquistar a liberdade moral. Duas existências diferentes, portanto,
nos são possíveis na terra: uma fatal, a outra livre. O ser
fatal é o joguete ou o instrumento de uma força que ele não
dirige: ora, quando os instrumentos da fatalidade se encontram e se chocam,
o mais forte destrói ou domina o mais fraco; os seres verdadeiramente
libertos não temem nem as bruxarias nem as influências misteriosas.
Dir-nos-ão que o encontro de Caim pode ser fatal para Abel. Sem dúvida;
mas semelhante
fatalidade é uma felicidade para a santa e pura vítima, é
uma infelicidade apenas para o assassino.
Assim como entre os justos existe uma grande comunidade de virtudes e méritos,
existe entre os
maus uma solidez absoluta de culpabilidade fatal e castigo necessário.
O crime está nas disposições do coração.
As circunstâncias quase sempre independentes da vontade fazem sozinhas
a gravidade dos atos. Se a fatalidade tivesse feito de Nero um escravo,
ele se teria tornado um histrião ou um gladiador e não teria
incendiado Roma: seria preciso agradecer-lhe por isso? Nero era cúmplice
de todo o povo romano e os únicos responsáveis pela fúria
desse monstro eram os que a deveriam ter impedido. Sêneca, Burro,
Tráseas, Corbulão, eis os verdadeiros culpados desse reino
terrível: grandes homens egoístas ou incapazes! Souberam apenas
morrer. Se um dos ursos do Jardim Zoológico escapasse e devorasse
algumas pessoas, seria ele ou seus vigias quem deveria prestar contas? Todo
aquele que se liberta dos erros comuns deve pagar um resgate proporcional
à soma desses erros: Sócrates responde por Anito, e Jesus
teve que sofrer um suplício que se igualou em horrores a toda a traição
de Judas.
É assim que, ao pagar as dívidas da fatalidade, a liberdade
conquistada compra o império do mundo; é a ela que compete
ligar ou desligar: Deus entregou-lhe as chaves do céu e do inferno.
Homens que abandonais as bestas a si mesmas, quereis que elas vos devorem.
As multidões escravas da fatalidade só podem gozar da liberdade
pela obediência absoluta à vontade dos homens livres; elas
devem trabalhar para eles, porque eles respondem por elas.
Mas, quando a besta governa as bestas, quando o cego conduz os cegos, quando
o homem fatal
governa as massas fatais, o que se deve esperar? Terríveis catástrofes,
e elas nunca faltarão.
Ao admitir os dogmas anárquicos de 89, Luís XVI lançara
o Estado num declive fatal. A partir desse momento todos os crimes da Revolução
pesaram unicamente sobre ele; apenas ele faltara a seu dever. Robespierre
e Marat haviam feito o que deviam fazer. Girondinos e Montanheses fatalmente
mataram-se uns aos outros e suas mortes violentas foram apenas catástrofes
necessárias; houve nessa época apenas um grande e legítimo
suplício, verdadeiramente sagrado, verdadeiramente expiatório:
o do rei. O princípio da realeza devia cair se esse príncipe
demasiado fraco tivesse sido absoluto. Mas era impossível uma transação
entre a ordem e a desordem. Não se herda dos que são assassinados,
eles são poupados, e a Revolução reabilitou Luís
XVI ao assassiná-lo. Após tantas concessões, fraquezas,
indignas vilezas, esse homem sagrado uma segunda vez pela desgraça
pôde ao menos dizer, ao subir ao cadafalso: a Revolução
está julgada, e eu continuo sendo o rei da França!
Ser justo é sofrer por todos os que não o são, mas
é viver; ser mau é sofrer por si mesmo sem
conquistar a vida, é enganar-se, agir mal e morrer eternamente. Resumindo:
as influências fatais são as da morte, as influências
salutares são as da vida. Conforme sejamos mais fracos ou mais fortes
na vida, atraímos ou repelimos o malefício. Esse poder oculto
não é senão demasiado real; mas a inteligência
e a virtude terão sempre os meios de evitar suas obsessões
e seus ataques.