A LIBERDADE DO ESPÍRITO
Mago Jefá
O progresso e a conservação demonstraram o papel do Espírito
e da matéria na busca da perfeição Indefinida; mas,
quais são as leis que regem o Espírito e a Matéria?
A lei que rege o Espírito ou princípio moral, deve também
reger os fatos morais que emanam do Espírito, pela única razão
de que o que rege o todo deve também reger as partes.
Pela mesma razão, a lei que rege a totalidade do princípio
físico ou a Matéria, deve reger suas partes também,
porque estas emanam dela.
A grande lei que rege o espírito e todos os seus efeitos morais,
chama-se liberdade.
A grande lei que rege a matéria e seus efeitos físicos, chama-se
fatalidade, ou lei natural.
A LIBERDADE e a FATALIDADE são as duas leis que regem o Universo
e todas as conseqüências que emanam dele.
A Liberdade é a faculdade que tem o Espírito ativo de operar
nos limites de sua natureza.
O Espírito é bom e poderoso porque tem a liberdade de exercer
e manifestar a sua bondade e o seu poder; então a liberdade é
necessária para o Espírito poder exercer seu poder e sua bondade.
Logo, o Espírito não pode deixar de ser bom, porque do contrário
deixaria de ser Espírito. Não pode com a liberdade fazer o
mal, porque deixaria de existir e sairia dos limites de sua própria
natureza.
87 - DIREITO
E DEVER.
A grande Lei da Liberdade dá nascimento a duas leis de ordem inferior,
que são uma conseqüência e se chamam O DIREITO E O DEVER.
A Liberdade é a faculdade do ser ativo que possui seus movimentos
nos limites de sua natureza. Mover-se é o objetivo do Espírito
para cumprir sua finalidade que é FAZER O BEM.
Então pode-se definir a liberdade desta maneira: É a faculdade
de fazer o bem com a obrigação de não fazer o mal;
ou melhor: a liberdade é a faculdade de fazer o bem com o obrigação
de fazer o bem.
Se a faculdade de fazer o bem é direito, e a obrigação
de fazer o bem é dever, então a liberdade é o direito
e o dever de fazer o bem.
Não há direito sem dever; não há dever sem direito.
Direito e Dever são duas leis do Espírito, e aplicáveis
a todas as consciências morais.
Daí se deduz que aquele que tem direito de fazer alguma coisa, tem
também o dever de a fazer. Da mesma forma, aquele que tem o dever
de fazer algo, tem também o direito de fazê-lo.
O direito não existe senão em favor do progresso. E o dever
não existe senão em favor do direito. O direito sem o dever
é loucura. O dever sem o direito é a escravidão.
Fora da liberdade não há direito nem dever.