Os
Nomes Das Sephiroth E Os Nomes Sagrados Correspondentes
Arcanos Maiores do Tarô - GOMebes
A mais breve exposição da Cabala seria muito incompleta se, mesmo num nível elementar como este, os dez Nomes Divinos não fossem mencionados. Estes Nomes, assim como os nomes das Sephiroth, poderão servir de material para os primeiros exercícios de Notarikon e Gematria. Como exemplo, analisaremos em linhas gerais, os primeiros três Nomes Divinos, assim como, os nomes das Sephiroth que lhes correspondem.
1. O nome "EHIEH" (Aleph-He-Iod-He) pelo método de Notarikon,
se decompõe em dois "matrimônios": Aleph-He e Iod-He,
o que nos permite a seguinte interpretação: Assim como uma
individualidade tri-plânica, equilibrada (Aleph) fecunda os elementos
passivos (He), do mesmo modo, um sistema fechado ativo (Iod) pode fecundar
um sistema passivo (He) que lhe convém. O valor numérico deste
nome (1 + 5 + 10 + 5 = 21 3) indica o plano metafísico (3) e, ao
mesmo' tempo, o misterioso processo da passagem aos planos inferiores (21).
O nome da Sephira que lhe corresponde - Keter - (Kaph-Thau-Resh) se decompõe
no Arcano da Força (Kaph-11), no Arcano da aplicação
da Grande Obra (Thau-22) e no Arcano do Renascimento (Resh-200). O valor
numérico da soma (11 + 22 + 200 = 233 8) nos permite acrescentar:
"tal é a Lei do mundo". Como vemos, a análise do
nome da Sephira - Keter - caracterizou o meio no qual se desenrola o processo
determinado pelo Nome Divino "Ehieh".
2. O Nome Divino "IAH" (Iod-He) é a fórmula de uma
união normal, gnóstica, de duas polaridades do mesmo nível.
Seu valor numérico 15 6 indica o papel desempenhado nessa união
pelo turbilhão astral (15) e adverte contra os perigos do Arcano
VI, pois, a união pode ter tanto um caráter evolutivo como
involutivo. O nome da Sephira Hohmah (ou Hokmah) (Cheth-Kaph-Mem-He) pode
ser interpretado como ambiente de Legalidade (Cheth-8), cultivando a Força
(Kaph-11) que, depois da mudança de plano (Mem-40), determina os
elementos de uma vida nova (He-5). O valor numérico da soma (10)
indica um ciclo de transformações, fechado, independente e
ativo. De novo, o Nome Divino indica o processo, e o nome da Sephira - as
condições nas quais se desenrola.
3. O nome de "Iod-He-Vau-He" é a fórmula de uma
família normal, de um ciclo dinâmico normal. Seu valor numérico
é 8, o que sublinha a Legalidade do ciclo. A Sephira Binah (Beth-Iod-Nun-He,
ou seja, 2 + 10 + 50 + 5 = 67 13 4) nos diz que o Conhecimento (Beth) conduz
a um sistema fechado, completo (Iod), em que a Vida (He) é possível
nas condições de reversão dos processos (Nun) ou também,
em condições de moderação (Nun). Este ambiente
convém totalmente à manifestação da Lei Dinâmica.
O valor numérico (13) nos faz lembrar o princípio da transformação
da energia, e o "4" - a indispensabilidade de aplicá-la
ao mundo dos elementos, para realizar o ciclo Iod-He-Vau-He. Aconselhamos
que os estudantes apliquem a mesma análise_ rápida a todas
as dez Sephiroth. Fazendoo, convencer-se-ão de que os Nomes Divinos
correspondentes as Sephiroth da coluna feminina (a da esquerda - no esquema
Sephirótico) contém elementos limitadores e determinadores
em relação aos processos causados pelos Nomes Divinos correspondentes
às Sephiroth da coluna masculina (a da direita) - dos mesmos sub-planos.
Assim, por exemplo, o nome "IAH" (Iod-He) correspondendo à Sephira da coluna masculina, Hohmah, evoca o processo de UNIÃO e o nome Iod-He-Vau-He, correspondendo a Sephira Binah, da coluna feminina (ambas pertencendo ao mesmo mundo Aziluth), é uma fórmula de família, que delimita e determina a qualidade da união, estruturando-a em forma de família. Além dos dez Nomes Sagrados, dos nomes Sephiróticos e do termo hebraico AIN-SOPH, dado ao Inatingível, superior a todas as Sephiroth, seria útil "cabalizar", de vários modos, as palavras "AB" (pai) e "AGLA" (Aleph-Ghimel-Lamed-Aleph) que têm uma ampla aplicação na Magia Cerimonial e na Teurgia.
A palavra "AGLA" se compõe de Aleph que significa o equilíbrio nos três planos, alcançado pela plena compreensão metafísica da existência; Ghimel, correspondente a criatividade do Amor Universal, reunificando tudo o que, em qualquer tempo, tenha ficado separado; Lamed, simbolizando a ilimitada expansividade da disponibilidade para o sacrifício; os três signos, juntos, levam, de novo, ao princípio de unicidade - Aleph. Esta é a razão de se traduzir "AGLA" por "TRI-UNO" e a razão de que a essa palavra seja atribuído um poder mântrico, mesmo quando pronunciada por um profano. Pensamos que agora pode ser percebido o papel dos dez Nomes em Teurgia e Magia.
Estes Nomes correspondem aos ciclos separados do Grande Processo Diabático da Vida Universal. A totalidade íntegra dos Nomes abarca tudo o que foi manifestado e tudo que pode ser manifestado.
É o reflexo completo, poder-se-ia dizer, da compreensão subjetiva dos Mistérios do Universo, pelo Homem Coletivo; compreensão expressa através dos signos do Alfabeto Iniciático e dos sons da Língua Iniciática deste Homem Coletivo. Toda cerimônia Teúrgica e muitas Mágicas são acompanhadas pela pronúncia ritualística de alguns ou de todos estes Nomes, de acordo com as Sephiroth que participam no esquema da ascensão da oração ou da invocação. Um bom conhecimento dos Nomes Divinos e das Sephiroth é indispensável mesmo para um aluno principiante.
Este domínio
lhe permite obter indicações cabalísticas, mentais,
a respeito de um ou outro ramo do processo diabático universal, independentemente
de qualquer obra escrita, e lhe dá a possibilidade de afirmar seus
impulsos volitivos pelas fórmulas que o ligam à Egrégora
Imortal da Grande Corrente dos Portadores e Guardiões da Cabala da
Raça Branca.