Códice Cabalístico Da Escola Ocidental

Arcanos Maiores do Tarô - GOMebes


O códice da Escola Ocidental se compõe das seguintes obras monumentais de conteúdo indubitavelmente cabalístico:


1. O livro "SEPHER IEZIRAH" (Shin-Phe-Resh-Iod-Tzade-Iod-Resh-He), atribuído a Abrahão e contendo o código completo da parte estática da metafísica cabalística, isto é, o relacionamento mútuo entre as Três Causas Primordiais, as Sete Causas Secundárias e o mundo zodiacal do plano físico, englobados em um sistema unitário.


2. O livro da VIDA: "SEPHER BERESHITH" (Shin-Phe-Resh-Beth-Resh-Aleph-Shin-Iod-Thau) e os outros livros restantes do Pentateuco de Moisés que contém o código das teses básicas da teogonia, androgonia cosmogonia e uma parte da história da transmissão, por sucessão, da Tradição da Raça Branca.


3. Outros livros do Velho Testamento em que, ao lado de textos exclusivamente exotéricos, encontram-se capítulos puramente cabalísticos, como, por exemplo, os capítulos I e X de Ezequiel, alguns capítulos do profeta Daniel e outros.


4. O livro "SEPHER HA ZOHAR" (Shin-Phe-Resh-He-Zain-Vau-He-Resh ou He-Zain-He-Resh) que consiste em um amplo conjunto de comentários avulsos, de vários autores, cujos nomes, na maioria, são desconhecidos. O Zohar, além dos comentários sobre a Bíblia e o Sepher Iezirah, contém um código quase completo da parte dinâmica da metafísica cabalística. Aí, encontramos aplicações de vários métodos cabalísticos aos textos sagrados, assim como tratados sobre a assim chamada PNEUMÁTICA, que é o ensinamento a respeito das almas, dos métodos de agir sobre os astrosomas, das condições em que se realiza a mudança dos planos de vida, das operações teúrgicas, etc. O Zohar foi impresso pela primeira vez em Mantua, no ano de 1559. Quanto à época em que foi composto, sempre houve controvérsia. Com isso, não nos ocuparemos.

5. Os livros de Talmud, nome familiar a todos. Muitos dentre eles não possuem dados cabalísticos, no entanto, sua estrutura, o esquema da divisão do seu material, o modo de sintetizar, têm, sem dúvida, um caráter cabalístico. Por causa disso, os livros de Talmud não devem ser omitidos nessa enumeração dos escritos cabalísticos, herdados do passado.

6. As assim chamadas "Clavículas de Salomão", que chegaram até nós numa tradução latina do Rabi Abognazar e que consistem em uma coleção de talismãs, de pantáculos, de conjurações e de preces utilizadas na Magia Cerimonial. Encontramos lá também uma série de indicações astrológica cabalísticas. O prefácio é constituído por um texto intitulado "Recomendações do Rei Salomão ao seu filho Roboan". Pode-se dizer que as "Clavículas" apresentam uma coleção de receitas cabalísticas.

7. Todo o Novo Testamento e, especialmente, os livros do Apóstolo João, são ricos em textos que, em parte ou na totalidade, permitem uma interpretação cabalística. No Apocalipse encontramos descrições salteadas de diversos Arcanos Maiores de Tarô.

O Evangelho de São João contém 21 capítulos que correspondem aos Arcanos Maiores, desde o Aleph até o Shin, inclusive. Todo este códice cabalístico foi interpretado durante a Idade Média por numerosos cabalistas clássicos de diversas Escolas e nacionalidades e que, por sua vez, nos deixaram muito material suscetível de meditação e ao qual podemos aplicar este "Mercúrio do Esoterismo" que se chama especulação cabalística.





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