A
santíssima Trindade
As três pessoas da Santíssima Trindade é um só Deus em Três Pessoas distintas. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, bondade e santidade. Apesar disso, através da história, a Igreja tem observado que certas atividades são mais apropriadas a uma pessoa que a outra. A Criação do mundo é mais apropriada ao Pai, a redenção ao Filho e a Santificação, ao Espírito Santo. Nenhuma das Três pessoas Trinitárias exerce mais ou menos poder sobre as outras. Cada uma delas tem toda a divindade, todo poder e toda a sabedoria. E justamente, nesta breve dissertação, constatamos a profundidade do mistério da Santíssima Trindade, ante a complexidade em assimilar a magnitude de Três pessoas distintas formando um só Deus. Trata-se, portanto, de um grande mistério, central da fé cristã. As Escrituras são claras a respeito da Santíssima Tindade, desde o antigo, até o novo Testamento.
Os cristãos a celebramos a plenitude das verdades reveladas por Jesús
Cristo. É dogma de fé estabelecido, a essência de um
só Deus em Três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito
Santo. É um mistério de difícil interpretação,
impossível, de ser assimilado pelas limitações humanas.
Santo Agostinho de Hipona, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou
exaustivamente compreender este inefável mistério. Certa vez,
passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para
que pudesse desvendar o enigma. Até que deparou-se com uma criança
brincando na areia. Fazia ela um trajeto curto, mas repetitivo. Corria com
um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali
despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia o copo e
o despejava novamente. Curioso, perguntou à criança o que
ela pretendia fazer. A criança lhe disse que queria colocar toda
a água do mar dentro daquele buraquinho. No que o Santo lhe explicou
ser impossível realizar o intento. Aí a criança lhe
disse: "É muito mais fácil o oceano todo ser transferido
para este buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima
Trindade". E a criança, que era um anjo, desapareceu...
Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada
para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce,
jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças
ou por seu raciocínio. Só o compreenderemos plenamente, na
eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o
Espírito Santo.
O cristianismo é a única religião que, por revelação
de Jesus, prega ser Deus uno em três pessoas distintas:
DEUS PAI - Não foi criado e nem gerado. É o "princípio
e o fim, princípio sem princípio"; por si só,
é Princípio de Vida, de quem tudo procede; possui absoluta
comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Atribui-se ao
Pai a Criação do mundo.
DEUS FILHO - Procede eternamente do Pai, por quem foi gerado, não
criado. Gerado pelo Pai porque assumiu no tempo Sua natureza humana, para
nossa Salvação. É Ele Eterno e consubstancial ao Pai
(da mesma natureza e substância). Atribui-se ao Filho a Redenção
do Mundo.
DEUS ESPÍRITO SANTO - Procede do Pai e do Filho; é como uma
expiração, sopro de amor consubstancial entre o Pai e o Filho;
pode-se dizer que Deus em sua vida íntima é amor, que se personaliza
no Espírito Santo. Manifestou-se primeiramente no Batismo e na Transfiguração
de Jesus; depois no dia de Pentecostes sobre os discípulos. Habita
nos corações dos fiéis com o dom da caridade. Atribui-se
ao Espírito Santo a Santificação do mundo.
O Pai é pura Paternidade, o filho é pura Filiação
e o Espírito Santo, puro nexo de Amor. São relações
subsistentes, que em virtude de seu impulso vital, saem um ao encontro do
outro em perfeita comunhão, onde a totalidade da Pessoa está
aberta à outra distintamente. Este é o paradigma supremo da
sinceridade e liberdade espiritual a que devem ter as relações
interpessoais humanas, num perfeito modelo transcendente, só assim,
compreensível ao entendimento humano. É desta forma que devemos
conhecer a mensagem a Santíssima Trindade, mesmo sem alcançar
os segredos do seu mistério. Desta maneira, devemos nos comprometer
a adquirir certas atitudes nas nossas relações humanas.
Operações e funções das Pessoas da Trindade
As três pessoas da Santíssima Trindade estabelecem uma comunhão
e união perfeita, formando um só Deus, e constituem um perfeito
modelo transcendente para as relações interpessoais. Elas
possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, sabedoria, poder, bondade
e santidade, mas, em algumas vezes, certas actividades são mais reconhecidas
em uma pessoa do que em outra. As funções, as suas principais
actividades desempenhadas e o seu modo de operar está registado nas
Sagradas Escrituras e claramente resumido no Credo Niceno-Constantinopolitano,
o credo oficial de muitas denominações cristãs.
" Pai - Não foi criado nem gerado. É o "princípio
e o fim, princípio sem princípio" da vida e está
em absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Foi
o Pai que enviou o seu Filho, Jesus Cristo, para salvar-nos da morte espiritual,
pelo sacrifício vicário. Isto revela o amor infinito de Deus
sobre os homens e o não-abandono aos seus filhos adoptivos. O Pai,
a primeira pessoa da Trindade, é considerado como o pai eterno e
perfeito. É atribuído a esta pessoa divina a criação
do mundo.
" Filho - Procede do Pai e é eternamente consubstancial (pertencente
à mesma natureza e substância) a Ele. Não foi criado
pelo Pai, mas gerado na eternidadade da substância do Pai. Encarnou-se
em Jesus de Nazaré, assumindo assim a natureza humana. O Filho, a
segunda pessoa da Trindade, é considerado como o Filho Eterno, com
todas as perfeições divinas: a Ele é atribuída
a redenção (salvação) do mundo.
" Espírito Santo - Procede do Pai e do Filho, sendo por estes
espirado. Esta pessoa divina personaliza o Amor íntimo e infinito
de Deus sobre os homens, segundo a reflexão de Agostinho. Manifestou-se
primeiramente no Baptismo e na Transfiguração de Jesus e plenamente
revelado no dia de Pentecostes. Habita nos corações dos fiéis
e estabelece entre estes e Jesus uma comunhão íntima, tornando-os
unidos num só Corpo. O Espírito Santo, a terceira pessoa da
Trindade, é considerado como o puro nexo de amor. Atribui-se a esta
pessoa divina a santificação da Igreja e do mundo com os seus
dons.