O 
  Arqueômetro
  CHAVE DE TODAS AS RELIGIÕES
  E DE TODAS AS CIÊNCIAS
  DA ANTIGÜIDADE
 
  LIVRO I
  Introdução ao Estudo do Arqueômetro
  1. O Arqueômetro
  2. Sua reconstituição objetiva
  3. Solstícios e equinócios da palavra do verbo
  4. Arqueometria das religiões comparadas no incomparável
  5. O Brahmanismo, inversão do Ishoarismo,
  6. O Protesto de Pho-e, de Zaratustra, do Proto-Budismo Gayna
  7. O Iohanismo dos Sobbhas e o Maometismo
  Advertência
  
  Faz apenas dois anos que nosso Venerável Mestre, abandonando o mundo 
  visível, franqueou a Porta das Almas para unir-se eternamente com o Verbo 
  divino, a Alma angelical, que foi sempre, ainda que invisível, o apoio 
  de sua vida aqui na Terra.
  O desaparecimento deste luminoso gênio fez surgir de todos os cantos grande 
  quantidade de discípulos, e não poderíamos deixar de estar 
  felizes por isso, se alguns deles, convencidos há pouco tempo e exagerando 
  seu zelo de neófitos, não tentassem persuadir a si mesmos, e a 
  outros, de que são os verdadeiros depositários das supremas confidencias 
  do Mestre e portadores dos seus mais íntimos pensamentos. É inútil 
  acrescentar que todos conhecem a fundo o Arqueômetro, porém sua 
  descrição exata, que recebemos das próprias mãos 
  de seu inventor, ainda é completamente inédita.
  Alguns não hesitam em dar interpretações cabalísticas 
  a esse instrumento de interpretação.
  Outros, que não têm vergonha quando afirmam conhecer profundamente 
  todos os segredos da ciência arqueométrica, prometem grandiosas 
  e ilusórias iniciações que, com a graça de Deus, 
  jamais acontecerão, a não ser em sua exaltada imaginação. 
  Por fim, outros apelam a Saint-Yves, divulgando a seus leitores divagações 
  de um anticlericalismo e de um antipapismo muito rudimentares e infantis, dignas, 
  no máximo, de um subcomitê eleitoral de uma pequena cidade ou de 
  uma Loja de décima ordem do Gs O , e as quais seriam suficientes para 
  que seus autores, se o Mestre estivesse vivo, fossem castigados com uma das 
  duras palavras que ele mantinha em segredo.
  Entre os espíritos que leram e apreciaram sinceramente Saint-Yves, alguns 
  se perguntaram por que seus amigos pareciam empenhar-se tão pouco em 
  defender sua memória. A explicação é simples. Um 
  ser como ele, cuja ausência será sempre sentida, não tem 
  necessidade de defesa; até mesmo quando morto na Terra, é suficientemente 
  poderoso para defender-se, deixando atrás de si suficientes obras inéditas 
  para calar todos os impostores.
  Esta obra é um magnífico exemplo disso. Ela foi publicada no momento 
  certo, escolhido pelo Mestre, e responde como um trovão a todas as dementes 
  calúnias propagadas após sua morte e encobertas com seu nome.
  Complemento e fecho das Missões, este livro é uma verdadeira Introdução 
  ao Estudo do Arqueômetro. Nunca, em suas obras anteriores, Saint-Yves 
  se havia dedicado tanto a revelar a base do seu pensamento íntimo; nunca, 
  em qualquer outra, havia estudado os Mistérios tão audazmente; 
  jamais se havia revelado tão completamente.
  Não é somente o gênio cristão renovador inspirado 
  na Sinarquia que nós reconheceremos; é o verdadeiro sucessor dos 
  antigos Nabis*, o último Profeta. Uma chama terrível corre em 
  sua obra de Isaías moderno, tão severa para os fariseus e escribas 
  contemporâneos como o filho de Amós o foi para os letrados e os 
  sacerdotes de Judá. Muito aterradoras são suas visões referentes 
  ao futuro da França e da Europa, caídas hoje na pior anarquia 
  pagã; muitas das quais infelizmente já se realizaram, outras estão 
  em vias de acontecer, e, se nós não tivéssemos escutado, 
  da boca do Mestre, a leitura destas profecias mais de sete anos atrás, 
  defronte ao mar infinito, que ainda lhes conferia maior amplitude e majestade, 
  acreditaríamos que elas foram escritas depois.
  Mas, ao mesmo tempo que descreve as iminentes catástrofes para os povos 
  sujeitos às Leis implacáveis dos Ciclos históricos, seu 
  coração sangra ante essa fatalidade, que parece inevitável 
  e que, no entanto, poderia ser evitada. Ele exorta seus irmãos humanos 
  a abandonar o falso Caminho e a seguir a verdadeira Estrada, que vinha indicando 
  há mais de vinte anos, e que ainda nos indica. Enfim, suplica-lhes que 
  façam isso numa tentativa leal, por serem os únicos meios que 
  podem opor-se ao Destino e salvar a Humanidade. E nesse sentido ele é 
  um verdadeiro homem, ao qual "nada do que é humano lhe surpreende", 
  e essa não é a menor de suas qualidades, de seus títulos, 
  em nossa veneração e em nosso afeto profundo.
  Por volta de 1903, tal como o indicam certas alusões aos eventos de então, 
  foi elaborada a presente obra, que nós publicamos hoje. Notas dispersas 
  e textos completos foram reunidos religiosamente, e agimos estritamente como 
  simples coordenadores. Avisamos isso ao leitor para que compreenda que tivemos 
  de interromper no apêndice um fragmento escrito de uma forma e num estilo 
  completamente diferente ao adotado no trabalho. E, se conservamos e publicamos 
  esse fragmento inacabado, foi pela convicção de que será 
  lido com prazer por todos aqueles que conheceram o Mestre e o estudaram um pouco, 
  pois reconhecerão nesse texto a sua fina ironia, esse espírito 
  engenhoso e essa maravilhosa mistura de simplicidade e elegância que colocava 
  tanto charme e originalidade, e às vezes o imprevisível, em suas 
  conversações mais elevadas e sérias.
  Não falaremos da obra quanto à sua forma e divisão, pois 
  acreditamos ser bastante clara, sobretudo agora que algumas pranchas do Arqueômetro 
  foram reproduzidas e difundidas por todos os lugares.
  OS AMIGOS DE SAINT-YVES
  Prefácio
  Os Estudos Clássicos; sua Influência. - As Hierarquias dos Povos. 
  - A Astronomia Humana. - Atenienses e Romanos; seu Caráter Anárquico. 
  - Origem dos Gregos. - Os Ciclos Antigos. - As Metrópoles. - A Proto-Síntese2 
  Verbal. - O Paganismo Mediterrâneo. - As Invasões. - Aparição 
  de Pitágoras, - A Época Atual Comparada à de Pitágoras. 
  - Porque Escrevemos este Livro.
  Faz cinco séculos que nasceram os estudos clássicos, três 
  que usurpam cada vez mais os governos europeus, conduzindo-os a um prejuízo 
  sucessivo, em proveito da América e da Ásia. Desde os príncipes 
  herdeiros, até os bolsistas dos colégios, há cada vez menos 
  cristãos, e, ao entrar nessas catacumbas invertidas, tornam-se cada vez 
  mais pagãos.
  As jovens gerações necessitam muito de uma segunda saída 
  desta descida para os infernos, a saída deste país (França) 
  das Trevas, nas quais elas se afundam rosadas e saem pálidas. O que falta 
  é uma comparação, um julgamento, uma iniciação 
  em plena vida, a cura de verdadeira Humanidade, de ar celestial, de luz divina.
  Ao serem publicados estes estudos, já tínhamos seu espírito 
  em suspeita. Nossos altos estudos nos fizeram descobrir a seqüência, 
  apesar dessa anarquia, os Ensinamentos, o Princípio Universal do conhecimento 
  e da sociologia de que as leis do Estado se constituíram mais tarde no 
  objeto de nossas demonstrações históricas.
  Existem hierarquias entre os povos; principalmente entre seus guias, de acordo 
  com a sua Essência original e o enxerto que estes povos possam trazer.
  Como regidos por uma astronomia humana, esses Guias reaparecem de era em era, 
  de povo em povo, iluminando as trevas, removendo os obstáculos e guiando 
  os rumos das coletividades.
  Eles desenlaçam, por um tempo mais ou menos longo, de acordo com a natureza 
  de seu ambiente, as deformações intrincadas, dando-lhes um sentido 
  geral e uma recrudescência de destinos. Eles vêm no momento certo 
  para cumprir uma das funções que descrevemos3, as quais se atraem 
  e se arrastam, como um sistema gravitacional.
  Sendo a Teocracia o grau mais alto, os povos são sempre visitados, no 
  momento certo, por um Guia de uma hierarquia da primeira Ordem, que também 
  possui seus graus: Orfeu, Numa, Pitágoras. São convidados a participar 
  como expoentes máximos da vida social e da civilização 
  para encontrar sua própria paz, bem como para servir de exemplo à 
  Humanidade.
  Nossas Missões provam que ninguém admirou tanto como nós 
  os grandes homens de todos os tempos e, conseqüentemente, os ancestrais 
  greco-latinos. Porém, não podemos dizer o mesmo dos atenienses 
  e dos romanos, oponentes declarados dessas notáveis individualidades. 
  Realmente, entre todos os relatos históricos, nunca tivemos maiores opositores 
  ao Organismo Supremo do que os atenienses e os romanos. O caráter humano 
  nunca teve de se defrontar com uma individualidade tão caótica, 
  incoerente, essencialmente anarquista, uma massa banal e individualista e conseqüentemente 
  mais rebelde.
  A trepidante atomicidade nunca foi menos suscetível de uma coesão 
  molecular que não fosse outra que a pressão sob a força 
  das coisas, representada pelas forças armadas. É um atoleiro civil 
  permanente, dedicado ao regimento militar ou à invasão armada.
  É então que, para a proteção momentânea desses 
  ambientes, reaparece um Guia da segunda Ordem, uma estrela secundária 
  da Astronomia humana. Chama-se Alexandre e César; e para que a desordem 
  civil não o devore ali mesmo, seu chefe de Estado-Maior o faz devorar 
  o mundo.
  A primeira Ordem era social; a segunda, política, Uma cria, a outra conserva 
  o que existe, porém somente modifica o exterior. A podridão intelectual 
  e social permanece internamente.
  Foi por isso que tudo se desmoronou no Baixo Império Romano Bizantino; 
  pois era a continuação das atividades da Babilônia. A Europa 
  foi concedida como um feudo a essa recordação velha, mas não 
  animado como em uma novela de aventuras e de escândalos. Graças 
  a Deus, não é esta a norma da longa História universal, 
  mas uma série seqüencial de decadências, tais como as ondulações 
  da serpente. Os atenienses e os romanos não eram originalmente naturais 
  dessas regiões, mas refugiados decadentes de outras, eram quase estrangeiros 
  nessas cidades, especialmente na Grécia e na Itália.
  A Arqueologia entre os modernos, a Mitologia entre os antigos - uma vez que, 
  sob a ordem das Universidades Sacerdotais indo-egípcias. a História, 
  bem como as outras Ciências, não era escrita em forma clara, mas 
  envolta em enigmas -, os Livros sagrados, enfim, nos permitiram abrir os véus 
  das idades remotas4.
  Não teremos jamais a suficiente veneração sobre as duas 
  Penínsulas que atraem a nosso continente as cadeias montanhosas dos Bálcãs 
  e dos Alpes. Em cada passo que percorremos, podemos dizer: "Sta viator, 
  heroem calças!*". Onde o viajante não vê somente um 
  pobre herói espalhado na história ancestral, quase recente, são 
  as necrópoles das Idades heróicas e, mais ainda, as Metrópoles 
  dos Ciclos patriarcais que estão debaixo dos seus pés.
  Quando Filipe da Macedônia respondia com uma doce ironia à arrogância 
  dos embaixadores do Peloponeso: "Quantos verdadeiros gregos existem entre 
  vocês?", dava-lhes, sem que percebessem, uma pequena lição 
  de História, sabendo melhor que eles que os Graios, os Totemistas de 
  Gruya, eram epirotas celta-eslavos e que a própria Grécia antiga 
  era eslava e pelasga, até a invasão dos revolucionários 
  exploradores da Ásia: Yonijas e Yavanas de Manu, Yavanim de Moisés. 
  Um Larto etrusco e um Numa teriam podido igualmente dizer aos Levantinos do 
  Tíber: "Quantos verdadeiros italianos existem entre vocês?".
  De fato, os verdadeiros gregos eram eslavos dos Bálcãs; os verdadeiros 
  italianos eram celto-eslavos que tinham descido dos montes Alpes ocidentais 
  e orientais. Todos faziam parte da imensa confederação dos Pelasgos 
  de Harakala, e antes disso, de Rama de Moisés e dos brâmanes, o 
  Baco dos greco-latinos, e antes ainda do primeiro Ciclo dos patriarcas.
  Esses governantes de rios, de mares, de terras inundadas, esses domadores dos 
  animais e da natureza selvagem eram sacerdotes, sábios, engenheiros militares, 
  lavradores e fundadores de cidades como nunca mais se viu.
  Os Aryas5, agrupados em dodecápolis, estendiam-se desde a Itália 
  até a Grécia, desde os Bálcãs até o Cáucaso, 
  desde a Táurida até as planícies da Tartária, desde 
  o Irã dos Ghiborim até o Hebyreh dos Nephilim*. e do Aryavarta** 
  inteiro.
  "Oh Hebyreh, residência da pura lei no Aryavarta." Assim falava 
  o primeiro Zoroastro6, 28 séculos antes de nossa era, 12 séculos 
  antes de Moisés. Este último cita fielmente o Heber do Hebyreh, 
  mencionando-o na sua linhagem entre os patriarcas que consideram como ancestrais 
  os hyksos, aos que Maneton chama de párias do Egito. Os brâmanes, 
  no que concerne à Índia, dizem a mesma coisa que Maneton, porém 
  é Zoroastro quem explica tudo.
  
  
  
  Somente na Itália, podem-se citar as Metrópoles destes zodíacos 
  de cidades, as Argytas, grandiosamente belas, como Tebas e Mênfis, tão 
  antigas quanto a Babilônia e Nínive, e que testemunham a mesma 
  ciência que ilumina as cidades universitárias do norte do Índia, 
  tais como Kaçi, querida pelos caldeus, e Tirohita, amada pelos sacerdotes 
  egípcios. Assim, na própria Europa, o declínio social antediluviano 
  cai como um véu mais opaco, até a vinda do Redentor.
  Porém, se o levantamos prega por prega, o véu rasgado por Jesus, 
  Verbo Encarnado, atenua-se permitindo revelar, e depois resplandecer, a luz 
  da civilização primordial, o Império universal dos aryas 
  e dos rutas,7 a Teocracia indo-européia e egípcia de Ishva-Ra 
  e de OshiRi, de Jesus, Verbo-Criador; Jesus Rex patriarcarum, dizem com razão 
  as nossas ladainhas.
  "No princípio era o Verbo", diz o discípulo que Jesus 
  amava e para o qual o Mestre nada ocultava. Não é possível 
  determinar mais claramente o Ciclo da proto-síntese governamental, a 
  era primordial na qual o Verbo Criador, adorado sob seu verdadeiro nome, foi 
  profetizado como o Verbo Encarnado, como o Salvador do Estado social decaído.
  Quando se produziu o Paganismo mediterrâneo, o sabá dos burgueses 
  escravistas, foram as Sociedades regulares da Europa, da Ásia, da África, 
  suas Universidades, seus Templos que não deixaram de protestar contra 
  os Sofistas, os falsos democratas, os políticos e os retóricos 
  rebeldes a qualquer ordem e a toda paz social.
  Roma e Atenas foram banidas da Humanidade, como a Babilônia, Tiro e toda 
  a podridão intelectual e moral da Jônia.
  Druths celto-kímricos, droths celto-eslavos, volas escandinavos, vellés 
  germânicos, lartos da Itália e da Ibéria, profetas do Egito, 
  nabis de Israel, magos da Pérsia e da Caldéia, brathmas manávicos, 
  rishis védicos, lamas do Tibete, xamãs tartaros e mongóis, 
  por toda a parte o mesmo anátema contra o Edom8 e o Yavan de Moisés, 
  contra os Yavanas e o Mlektas de Manu.9
  Se Alexandre, o Grande, não tivesse destruído tantas obras sagradas 
  dos masdeistas, a verdade e a filosofia o apontariam nos anais da História 
  com o título de "Grande Vândalo".
  Finalmente se levanta o justiceiro do Norte, o grande Ase10 de Asgard,11 Frighe 
  filho de Fridolf, e o furor secular dos povos ruge com ele. Metade druida e 
  metade budista, ergue-se Vodan sobre seu pavês,12 armado com as doze espadas 
  de seus Apóstolos. Adota o nome de Trismegisto Boreal para reunir sob 
  sua divindade militante toda a Europa do Norte, do Centro, do Leste e suas reservas: 
  Og, Gog e Magog, até o coração da Alta Ásia.
  Depois, essa multidão de homens amontoados lentamente rola sobre a civilização 
  de Satanás. Realizando a profecia de Cristo, a Roma pagã, sem 
  saber, vinga o céu devorando Jerusalém; a Europa vinga a Terra 
  entregando Roma vazia aos pontífices de Jesus Cristo.
  Permanece Bizâncio, onde todas as pestilências de Roma e de Atenas 
  tinham-se fundido para corromper os Bárbaros e os Cristãos. Então, 
  surge o Vodan do Sul, e Maomé sopra o Corão, a Sunna e o Djehad 
  nas trombetas humanas do Islã. O que a raça das neves não 
  pôde terminar é realizado pela raça das chamas e dos carvões: 
  árabes, turanianos, turcomanos e osmanelitas.
  A Europa atual sofre os mesmos destinos. Provoca todos ao mesmo tempo, quando 
  troca o Espírito Vivo pelo Espírito Morto, o Espírito Cristão 
  pelo Pagão. 
  E se as energias humanas não são suficientes para conduzi-la ao 
  seu Princípio, Jeová liberará as energias dos elementos 
  sobre este novo Adamah e sobre sua Atlântida.
  De bom grau ou pela força, pelo Filho ou pelo Pai, a Cristandade voltará 
  ao Espírito Santo.
  Seis séculos antes que N. S. Jesus Cristo, na sombria escuridão 
  do Paganismo mediterrâneo, que sucede à celestial claridade da 
  síntese órfica,13 no período anárquico consecutivo 
  à revolução dos sudras14 em favor da burguesia escravista 
  e do clero agnóstico; com toda a altura de um Epopt, sobressai um homem, 
  Pitágoras, que lembra a um patriarca do Antigo Testamento que merece 
  muito mais do que tudo o que foi dito sobre ele, e que, por este motivo, mencionamos 
  nos cabeçalhos deste livro, destinado a preparar a inteligência 
  e a compreensão para o uso do instrumento de precisão que torna 
  experimental a Revelação Universal do Verbo, a Sabedoria Divina.
  Acontece há 25 séculos de distância da nossa época, 
  quando o estado mental europeu apresenta uma identidade notável como 
  a de Pitágoras. No momento em que este empreende sua Missão de 
  Europa, síntese órfica de recuperação da proto-síntese 
  patriarcal ou verbal, tinha quase desaparecido, afogada pela onda invasora do 
  Paganismo dos letrados asiáticos e jônicos. Da mesma forma, em 
  nossos dias, o Cristianismo, ofuscado desde a sua concordata no século 
  IV e totalmente privado de sua mestria desde o Renascimento, cede lugar por 
  todos os lados ao Humanismo neopagão.
  Pitágoras, sua época, sua obra e suas conclusões nos oferecem 
  uma base sólida para o estudo que empreendemos e a exposição 
  dos meios científicos a serem usados para levantar o Estado social decaído 
  e restabelecer a síntese que o grande filósofo tentou em vão 
  reconstituir.
  Agora, então, desde o nosso vigésimo ano, tínhamos resolvido 
  ser o Pitágoras do Cristianismo, suplantado desde o Renascimento pelo 
  espírito pagão. Daí, vinte anos depois, nossas quatro missões 
  entre os pagãos modernos, e nossa ação em Paris, Bruxelas, 
  Roma e outros lugares, e, neste testemunho em verdade, contamos somente com 
  Deus e com a sua ajuda de campo: o tempo.
  E agora, em plena velhice, lançando um olhar retrospectivo sobre a longa 
  trajetória de nosso dever cumprido, vemos, com uma grande paz de espírito 
  e de consciência, que não nos desviamos da Verdade nem em nossos 
  livros, nem nos nossos atos públicos ou privados. Ela plaina sobre o 
  desconhecimento e sobre a calúnia, mais alta do que o desprezo, tão 
  alta quanto a piedade divina, para estes infelizes cegos, que são conduzidos 
  vendados ao Inferno humano que haverá de engoli-los.
  É esta mesma caridade que, apesar do mais cruel dos lutos, da idade e 
  da doença, faz-nos terminar a obra, cuja composição foi 
  prometida ao divino Mestre e executada com a sua ajuda.
  A glória disso se deve tão-somente a Jesus Cristo, e nele, à 
  sua Alma Angelical que nos uniu e que quis que a própria morte não 
  nos possa separar. Assim, antes de ter a indescritível alegria de implantar 
  neste planeta nosso cartão de visita com P. P C, estamos felizes de saudar 
  a gloriosa memória de Pitágoras com o mesmo respeito que tínhamos 
  em nossa juventude.
  PRIMEIRA PARTE
  A Sabedoria do Domem e o Paganismo
  Omnis homo mendax 
  Saímos CXVI, II.
CAPÍTULO 
  PRIMEIRO
  A Regressão Mental
  DA SÍNTESE VERBAL UNIVERSAL À FILOSOFIA INDIVIDUAL 
  A INSTRUÇÃO PAGÃ E A EDUCAÇÃO CRISTÃ
  Definição do Paganismo. - Seu Caráter. - Sua Essência 
  é a Anarquia. - A Vontade Humana Erigida em Princípio. - A Trimurti 
  de Krishna. - Os Sudras. - A Mentalidade da Terceira Casta. - Sua Rejeição 
  pelos Corpos Religiosos. - O Milenar Paganismo do Mediterrâneo. - O Paganismo 
  Domina o Clero e a Instrução há mais de Quatro Séculos. 
  - Instrução Exclusivamente Pagã. - A Educação 
  Religiosa Reduzida à Catequização. - Desequilíbrio 
  em Pavor do Paganismo. - O Ser e o Possuir. - Frinéia e o Areópago. 
  - O Paganismo Experimental na Criança. - O Pai e a Mãe; seu Papel. 
  - A Escola da Vida. - Onde Encontrar o Espírito de Vida? - A Riqueza. 
  - A Evolução Pagã da Criança, - O Sacerdote; seu 
  Papel. - O Catecismo - A Universidade. - A Possessão Pagã.
  O Paganismo é um estado mental e governamental que vai da gema à 
  árvore silvestre.
  Sua fórmula é: Primo mihi et sequere naturam. Sempre é 
  sintomático, não de uma evolução, mas de uma revolução. 
  Vem de uma instrução corrompida, fruto de uma educação 
  viciosa. Uma é como a outra, como o possuir e o ser, e ser corrupto, 
  seja por si mesmo ou seja por seu intermédio, corrompe tudo até 
  mesmo o verdadeiro possuir, principalmente o falso.
  Seu caráter é ser filosófico e político, anti-religioso 
  e anti-social. É filosófico e anti-religioso porque subordina 
  a razão universal à individual, a dois critérios: objetivo 
  da primeira, e subjetivo da segunda. É político e anti-social 
  porque essa subversão do entendimento provém da suplantação 
  da vontade, e porque tende a tomar por todos os meios a Legalidade para fazer 
  oposição à Legitimidade.
  Suas crises históricas são periódicas, crônicas em 
  sua causa ontológica, e esse estado mórbido é natural ao 
  espírito humano decaído, privado de seus dois verdadeiros critérios: 
  a ciência e a Vida, que estudaremos mais adiante.
  Ousou levantar seu próprio sistema de Filomania,15 com o nome de Filosofia 
  ou até mesmo de Teosofia; sua essência é a anarquia, e esta 
  é: Fiat voluntas mea! É a vontade do homem. Fazer disso um princípio 
  e colocá-lo numa balança com um ou muitos derivados da palavra 
  Providência e Destino é não reconhecer princípio 
  algum. É como criar três deuses, dos quais dois ficam sobrando, 
  e essa é, realmente, a essência intelectual do Paganismo, tendo 
  o politeísmo como o grau mais alto.
  Fabre d'Olivet, sobre o qual voltaremos a falar depois, seguindo outros autores, 
  atribuiu esta doutrina a Pitágoras, porém essa nunca foi a doutrina 
  desse grande homem. Ele conhecia bem a fundo a Trimurti,16 pela qual, sob diversos 
  nomes, na Índia, na Caldéia, no Egito, haviam substituído 
  Krishna à Trindade Patriarcal da Proto-síntese referida por São 
  João.
  Independentemente da concessão que o fundador do Brahmanismo atual tenha 
  querido fazer, cinco mil anos atrás, ao estado mental dos letrados sudras, 
  nunca pretendeu dizer que Brahma, Shiva e Vishnu não fossem outra coisa 
  que a personalização dos três Poderes de um só e 
  mesmo Deus Criador, Transformador e Conservador, e essa mesma Tríade 
  não é mais do que a inversão desejada da Trindade anterior, 
  que descuide desde o princípio eterno até a origem temporal das 
  Hierarquias Criadoras,17 dos seres e das coisas; do Universo Divino ao Universo 
  Astral; da Biologia para a Fisiologia; do mundo das espécies para o embriogenia 
  dos indivíduos; da involução para a evolução.
  A mentalidade desta terceira casta usurpadora, dos sete sudras, correspondia 
  apenas ao ensino primário antigo e a uns poucos fragmentos do secundário. 
  Sua ganância homicida tinha invadido e aniquilado o Estado social das 
  duas penínsulas, suas metrópoles contemporâneas de Nínive 
  e da Babilônia, a Aliança Templária dos eslavo-arianos, 
  argianos, aqueus e dos pelasgos indianos reconstituída por Orfeu, o Ribhou 
  dos Vedas. Eles tinham fechado seus sentidos correspondentes aos graus superiores 
  da Revelação, tanto no Direito religioso como na Ontologia.
  Com raras exceções iriam expiar, de metrópole em metrópole, 
  o preço das mais rudes provações, suas anatematizadas origens 
  de yavanas, de mlechtas, de pinkshas, de Sudras e de revolucionários 
  hyksos.
  Foi isso o que Pitágoras fez durante mais de vinte anos, outros dizem 
  que são quarenta. O postulante era admitido, depois de todas as purificações 
  físicas, morais, intelectuais e espirituais, aos corpos eruditos religiosos, 
  mantendo-o por um longo período de observação antes de 
  reabrir nele os sentidos íntimos da graça e da vida superior. 
  Na maioria dos casos, eles somente revelariam isso aos internos.
  Quanto à massa instruída, degenerada do Verbo Órfico dentro 
  de sua própria verbosidade, estava mais longe da Verdade, que é 
  a Vida, que seus últimos escravos. E assim que nunca viram na sua Filosofia 
  mais que sua própria Filomania de desafio, de casuística, de uma 
  dialética sem fim, de uma anarquia mental e governamental. E, apesar 
  de tudo, essa plebe intelectual se transformou na classe dirigente, permanecendo 
  sempre curiosa, ao mesmo tempo que profanadora da perdida Sofia.
  De Pitágoras a Hiérocles se estende todo um horizonte entre os 
  estudos greco-latinos secundários e os superiores, onze séculos 
  se passam contra sessenta, que contam a História melhor documentada de 
  nossa humanidade terrestre, já que ela, exceto nos Livros sagrados, não 
  ultrapassa seis mil anos.
  Faz quatro séculos que este Paganismo milenar a favor da escravidão, 
  da burguesia anti-social, é o único que impera na mentalidade 
  da população e dos dirigentes governamentais, bem como em todas 
  as Universidades européias, tanto sacerdotais como laicas.
  Tanto o Clero como a Instrução, cuja diferença trataremos 
  em outra ocasião, usam o mesmo clichê da anarquia em tantos livros 
  quantos são os educandos. Estes, por sua vez, consentem em tudo: arte 
  e vida, ciência, legislação, política e costumes. 
  Mas, quanto mais longe vamos, mais diminui o modelo da imitação, 
  estéril e mortal, do gênio cristão da nossa raça 
  nesta era.
  Cada pessoa instruída, alfabetizada dessa forma, desde o príncipe 
  herdeiro de um trono até o último bolsista que estuda nos seminários 
  ou nos liceus, recebem a mesma instrução vulgar, fruto da mesma 
  mentalidade banalizada. A educação difere um pouco nas casas onde 
  o verdadeiro espírito cristão está mais arraigado. Mas 
  essa possibilidade é cada vez mais rara, podemos dizer que é até 
  mesmo uma exceção, principalmente em razão da discrepância 
  das fortunas, da erradicação das existências, da anarquia 
  econômica, fruto desse sistema clássico, incapaz de governar o 
  mundo que procura governar. Em todo caso, a instrução e a educação 
  religiosa são limitadas para todos, indistintamente, à pura e 
  simples catequização.
  Colocando-se esses fatos numa balança, eles nos mostram que pendem a 
  favor do Paganismo, com uma enorme diminuição em detrimento do 
  Cristianismo. É então a demagogia intelectual dos pagãos, 
  fracamente temperada com uma pitada de Cristianismo, que predomina tanto nos 
  tronos europeus como em todas as cátedras de instrução, 
  incluindo os elevados estudos das religiões comparadas, ponto culminante 
  dessa anarquia.
  Não é necessário ser um grande clérigo para ver 
  como resultado que a luz dos mistérios do Pai e do Espírito Santo 
  está totalmente ausente, desde os mais baixos aos mais elevados escalões 
  dessas hierarquias laicas. Ao mesmo tempo, a luz contida nos mistérios 
  do Filho, pontífice e Rei do Universo, Verbo Criador, Encarnado, Ressuscitado 
  e Glorificado, é completamente obscurecida por esse Paganismo mental 
  e governamental.
  Porém, a Instrução foi feita para a vida, e não 
  o contrário. Da mesma forma, a lei foi feita para o homem, e não 
  o homem para a lei, de acordo com as palavras de São Paulo.
  O método do Verbo é sempre aquele que formula em todas as coisas 
  da vida, e se trata aqui da vida social. A educação prima, pois, 
  sobre a instrução, porque a primeira aponta ao ser e segunda ao 
  ter. Uma é essencial, a outra é auxiliar. Mas o caráter 
  do espírito clássico é o de substituir com suas tagarelices 
  ao Verbo e suplantar o espiritual para usurpar o temporal. Quer ser ao mesmo 
  tempo a razão que ensina e a razão de Estado, cabeça e 
  braços seculares. É, pois, exclusivo da educação, 
  porque a imitação política dos pagãos é exclusiva 
  do ser, e não leva mais a uma possessão demoníaca.
  Podemos possuir bilhões e não sermos nada. A pessoa pode não 
  ter nada e ser de um valor incalculável. Assim, o valor da instrução 
  depende do erro que se faz dela, como a fortuna, o talento e a beleza.
  Quando os helenistas do Areópago absolvem Frinéia de todos os 
  seus crimes, porque ela deixa cair suas vestes até os pés, Têmis18 
  marca nas costas esses javalis da Vênus terrestre, para o carro de triunfo 
  do chacineiro romano. É o sistema penitenciário que substitui 
  a ausência de educação. Tal é o Mistério: 
  é preciso que a vida social devore a morte ou todas as causas da mortalidade 
  coletiva. E assim que, mil anos depois de Zoroastro, Moisés repete: "Nosso 
  Deus é um fogo devorador". A história militar, desde a Babilônia 
  até nossos dias, não é mais do que o longo e doloroso comentário 
  dessa não menos terrível palavra.
  A observação prática e a experiência direta do Paganismo 
  estão diariamente ante os nossos olhos. As pessoas, na infância 
  e adolescência, passam pela família, depois ficam sob o crivo do 
  estado político, usurpador do estado social e do seu poder de ensino. 
  A instrução pública, assim erradicada, é a Arvore 
  da Morte, cujas raízes estão no ar; o espírito anda com 
  a cabeça baixa. Obtém da sociedade, representada pela família, 
  uma moeda corrente de ouro vivo de boa e verdadeira cunhagem, marcada com J. 
  C. (Jesus Cristo), e, por uma transformação inversa, recebe em 
  troca uma moeda de cobre, também marcada com J. C, porém falsa 
  (pois representa Julio César, pontífice e imperador dos pagãos).
  A criança é uma página em branco, sobre a qual podemos 
  escrever tudo, sobre o céu ou sobre o Inferno. É uma pequena e 
  querida arvorezinha silvestre humana, na qual podem ser enxertadas todas as 
  flores das árvores do Paraíso. À sua direita, existe um 
  Anjo de Luz invisível, mas, à esquerda, há um Demônio 
  preto. O Anjo contribui com os sete dons que irradiam do Espírito Santo 
  Universal; o Demônio contribui com os sete dons tenebrosos do auto-espírito 
  individual.
  Temos, então, desde o berço, uma luta entre a revolução 
  cristã e a reação pagã, e essa batalha invisível 
  travada entre a Luz e as Sombras é visível na criança.
  Somente quando se propõe realizar algum empreendimento, torna-se um indivíduo 
  encantador, por exemplo: um verdadeiro sans-culotte (patriota da revolução 
  francesa), que se considera o único, o bom, aquele que pode ser amado. 
  Que faz, a sua maneira, a declaração dos direitos humanos... individualmente. 
  Isso de imediato significa para sua jovem compreensão que os deveres 
  são para os pais; porém, o Anjo está ao seu lado!
  Como é cativante ver eclodir essas belas manifestações 
  da primeira idade, esses esboços do livre pensamento, da liberdade de 
  consciência, da livre ação com todas as suas conseqüências, 
  do pote de balas degustadas secretamente, até as eólicas e as 
  meias estragadas. Porém, o Anjo faz um sinal: a religião e a sociedade 
  estão ali! Jesus é representado pelo pai; a Igreja, pela mãe; 
  pois a profundidade do laço conjugai mede todo o comprimento da vida 
  eterna. Assim, bem-aventurada a mãe, pois o Santo Espírito de 
  Jesus vive nela, que com gosto assume todos os deveres do amor aos quais todos 
  os jovens têm direito desde que nascem. E seu amor não quer asas, 
  tão pesadas! Não quer liberdade, nem pensamentos, nem consciência, 
  nem ação; quer apenas todas as correntes; seus fardos, como são 
  leves!
  Assim como o Divino Mestre, que lava os pés dos apóstolos, ela 
  se dedica por completo à celestial servidão, à pequena 
  árvore silvestre bem-amada. Jesus disse: "Aquele que quer ser o 
  primeiro entre vocês, que seja vosso primeiro criado". Essas palavras 
  do grande Pai Celestial só podem ser compreendidas pelas mães, 
  porque elas possuem uma compreensão celestial: a do coração.
  Insuflando-lhes seu espírito na alma e na vida dos seus filhos, ela quer 
  que o seu rebento se tome a mais bonita das rosas do Paraíso humano e 
  divino. Porém, no atual alvoroço deste mundo e principalmente 
  do seu espírito, poucas jovens conseguem libertar-se dessa seráfica 
  escravidão, e menos ainda conseguem resguardar seu clarividente amor, 
  com os olhos vendados pela sua própria idolatria. É aí 
  que começa o perigo temido pelo Anjo e aguardado pelo Demônio.
  O berço, e depois o pequeno leito, é o centro da eterna epopéia 
  épica da vida. Este pequeno ser sorridente é a maior e a mais 
  grave das coisas que interessam ao mesmo tempo ao céu e à Terra, 
  todo o presente, todo o futuro terrestre e celestial, não só de 
  uma família mas de uma sociedade.
  É por isso que o divino Mestre permitiu que se deixassem aproximar dele 
  as crianças, e é por isso que ele disse: "O Reino dos Céus 
  é para os que são semelhantes às crianças". 
  Parecer-se com as crianças é saber escutar e entender. A criança, 
  bem como a mulher, possui a verdadeira compreensão: a do coração; 
  a criança escuta tudo o que a pessoa diz, mas só entende por meio 
  do exemplo. Também o educador tem de praticar o que prega; caso contrário, 
  ele só está instruindo sem educar, o que é bem pior do 
  que deixar na ignorância. Pior, pois a escola da vida é o único 
  ensino verdadeiro; todas as Universidades juntas não valem uma única 
  humilde lição de vida.
  O pequeno obreiro tem essa escola entre seus pobres pais, e é por isso 
  que ele ultrapassa em grandeza de coração todas as classes eruditas 
  de origem universitária. Dos sete dons negros do auto-espírito, 
  apenas possui os dois últimos; por essa razão, não possui 
  nada próprio, ou apenas poucas coisas, exceto suas afeições 
  que são os bens de ser, mais do que ter, e os únicos verdadeiros.
  Porém, a educação não deve limitar-se a saber viver 
  no mundo, pois então seria simplesmente o saber de parecer e não 
  o de ser, que é o verdadeiro saber da vida. O último sem o primeiro 
  está embalsamado em grande profundidade; o primeiro sem o segundo é 
  um pote de pomada: perfumado na superfície; embaixo é apenas ranço.
  Encontra-se hoje em dia essa essência, esse espírito da vida? Raramente 
  na alma dos Instruídos; todavia existe um pouco dessa essência 
  entre os seres que possuem dedicação ou disciplina voluntária, 
  sacerdotes e soldados de vocação; muitos entre as pessoas pobres, 
  entre os que levam o peso do dia sem a certeza do amanhã, entre os cavalheiros 
  do trabalho, que sobre suas costas carregam todo o peso do Paganismo contemporâneo. 
  Porém, isso não deverá durar por muito tempo, graças 
  aos eruditos, mendigos do sufrágio universal, esses cavalheiros da indústria 
  política.
  "É mais difícil um rico entrar no Reino de Deus que um camelo 
  passar pelo buraco da agulha", disse Jesus. (O Buraco da Agulha era o nome 
  de uma das portas da baixa Jerusalém.) A riqueza é tudo o que 
  a pessoa tem de próprio, começando pela instrução; 
  e, quando esta é falsa, quando a pessoa não acredita que é 
  a simples detentora responsável ante Deus, não lhe vale nada, 
  não lhe serve a riqueza nesse caso mais que para carregar o peso do Eu 
  e inflá-lo. Quando o Nosso Senhor nos recomenda a simplicidade do espírito, 
  entende ser a disponibilidade para a reflexão da vida, do coração 
  para a cabeça; mas se a cabeça está entupida de coisas 
  inúteis ou nocivas, ela é a maior contestadora, e sua reflexão 
  estará fechada à incidência.
  É por isso que não deveria haver qualquer instrução, 
  salvo a elementar, ou toda a instrução possível dirigida 
  à simplicidade, para a unidade, para a humildade da razão individual 
  antes da incidência do Verbo-Deus na reflexão universal do homem.
  Assim se manifestarão as três raças da verdadeira hierarquia 
  terrestre e celestial, porém não devemos nos antecipar sobre o 
  que haverá de vir, e voltemos à pequena criança mimada 
  para a qual lhe é difícil a entrada para o Reino dos Céus. 
  A mulher na igreja é a única educadora, o homem no Senhor é 
  o único educador. A criança que não sente esta manifestação 
  de amor e de sabedoria se torna o dono da idolatria paterna e materna. Pouco 
  a pouco, seu pequeno raciocínio subordina o grande, sua pequena vontade 
  domina a média, a pequena planta acaba suplantando todo o jardim e o 
  jardineiro do Éden19 conjugal. De ano em ano, a mente da criança 
  se colocará dentro de uma caixa de brinquedos para defender-se, uma arca 
  de Noé cheia de ídolos, toda uma filosofia pagã para seu 
  uso, e terá transformado rapidamente essa filosofia em imposições 
  governamentais, primeiro com afeto e cortesia, depois quebrando tudo. O presente 
  fica escurecido, o futuro será negro. O Demônio ri, a mãe 
  chora, pois perde cada vez mais o controle das coisas e não sabe mais 
  a quem recorrer. Em vão, invoca o braço da justiça paterna; 
  ocorrendo a imposição de disciplinas, castigos, tapas, surras, 
  uso do chicote, todo o arsenal da sabedoria de Salomão se mostra impotente 
  lá onde a sabedoria desarmada do Evangelho teria conduzido tudo com perfeição.
  O Anjo reza; corifeu20 das sete virtudes sociais, a piedade religiosa é 
  a mãe da piedade dos filhos. O sacerdote vem socorrer a sacerdotisa materna. 
  Conta com a ternura dela, porém lhe acrescenta a doce gravidade das primeiras 
  duas raças, as do sacrifício, a sacerdotal e a real. Irradia de 
  si o alento do Espírito Santo que exorciza o Espírito do Ego e 
  no qual se retifica a mentalidade da criança rebelde. A mãe coloca 
  seus joelhos acima de seu modelo, a Igreja; a catequização retoma 
  sua obra indecisa, para não dizer comprometida. Começa a implantação 
  divina no ponto em que haveria podido ter êxito quando o Verbo, por meio 
  dos lábios maternais, ensinava a Palavra na sua fonte divina: a oração 
  e o próprio Deus Vivo davam sua resposta por meio da jovem mulher com 
  sorrisos, carícias, beijos, luz e calor da vida.
  O catecismo é o ensinamento primário do Evangelho, é o 
  melhor que poderia existir. Mas, onde está, ó!, o ensinamento 
  secundário; o da segunda raça, superior ao primeiro? São 
  indispensáveis nas idades viris, nas fases iniciáticas da vida, 
  à iniciação e à condução dos indivíduos, 
  e, para as suas Fraternidades, bem como para as Ordens de suas raças, 
  para a condução das sociedades.
  O Evangelho não possui mais do que uma única Luz, a da Vida Eterna, 
  mas essa Luz tem muitos graus, da vela à lâmpada, da lâmpada 
  à Lua, da Lua ao Sol vivente das existências e de seus espíritos.
  Logo após a primeira comunhão, quando o infante sai pelas portas 
  de ouro da Igreja, abertas sobre a Cidade de Deus, as portas de bronze do Universo 
  se abrem, engolem-no e voltam a se fechar. Completada sua educação 
  da vida, que está apenas começando quando a instrução 
  da morte vem soprar por cima. Por trás das grades vigiadas pelo carcereiro, 
  a criança vai descendo novamente os graus que tinha acabado de subir, 
  mudando novamente sua alma e seu espírito. Então, os outros graus 
  do abismo se abrirão ante esse jovem, que passa da puberdade para sua 
  plena virilidade; a mente da sua alma sente pouco a pouco pesar sobre ela o 
  espírito glacial, a morte; as políticas que ensinam aos mercenários 
  do governo, em lugar do espírito cálido da vida; o social de todas 
  as dedicações gratuitas.
  O enxerto novamente murcha, a arvorezinha silvestre retoma seus direitos, a 
  seiva dos sentidos usurpa a do coração, e, como não é 
  mais exorcizado, o jovem espírito se levanta rebelando-se ou se debilita 
  na constrição.
  Mas aparece aqui a lanterna mágica do Paganismo que começa as 
  projeções, suas evocações e, ó, suas reencarnações 
  mortuárias, sobre uma atenta turma de jovens médiuns, almas vi 
  ventes: Homero, Horácio, Virgílio, Demóstenes, Cícero, 
  e depois todas as saturnais do individualismo filosófico e dos políticos, 
  dos sofistas e dos retóricos, toda a Licantropia21 burguesa da loba romana, 
  toda a Aigotropia medíocre do macho caprino grego.
  Que possessão infernal se abate sobre as crianças! E como poderão 
  resistir elas, se agora que têm a razão dos homens feitos, falta-lhes 
  uma educação completa, falta-lhes um ensino integral, que controla 
  cada uma das doutrinas para verificar nelas os erros ou as verdades à 
  luz dos critérios objetivos, sobre os quais nos ocuparemos na segunda 
  parte deste livro.
  CAPÍTULO SEGUNDO
  O Erro Triunfante
  A LUTA DE PITÁGORAS CONTRA A MENTALIDADE PAGÃ 
  SEUS ESFORÇOS PARA A RECONSTITUIÇÃO DA PROTO-SÍNTESE
  O Paganismo no Tempo de Pitágoras. - Resistência das Terceiras 
  Ordens. - Pitágoras e Aristóteles. - Pitágoras é 
  um Filósofo? - Seus Mestres. - A Unidade Religiosa Antiga. - As Diferentes 
  Sínteses; sua Superposição. - Adão. - Menção 
  de Moisés. - Koush; os Kashidim. - Pitágoras, Peregrino da Unidade. 
  - Livros de Orfeu. - Thoíth e Thoth. - Nomes do Verbo nas Duas Primeiras 
  Sínteses. - Pitágoras Repudia o Paganismo. - Teofania de Pitágoras, 
  - O Orfismo. - O Domínio Noaquida. - Os OSI-oï. - Pitágoras 
  Destrói seus Próprios Trabalhos.
  O Paganismo filosófico é resultado desta regressão mental 
  que acabamos de expor há pouco, seguindo a marcha de uma criança 
  que se torna um letrado e domina a Europa atual, já escravizada na época 
  de Pitágoras. É contra ele que o grande Iniciado e as Ordens que 
  fundou de acordo com os planos da síntese órfica tentaram, em 
  vão, agir como terapeutas sociais, entre as sobras (detritos) das Terceiras 
  Ordens jônicas e fenícias que haviam corrompido o espírito 
  e subvertido as antigas organizações da Grécia e da Itália, 
  dos celto-eslavos e dos pelasgos, das quais falamos antes.
  Esses seculares teólogos laicos, principalmente Pitágoras e Aristóteles, 
  que se destacaram sobre o fundo banal do seu tempo como homens de outra raça 
  e de outro Ciclo, vieram dos seus templos metropolitanos do politeísmo 
  para esforçar-se em debelar uma dupla praga instalada perpetuamente no 
  seu povo, como a revolução civil e seu corretivo militar, a guerra. 
  São Paulo, em suas Epístolas aos romanos, define maravilhosamente 
  a mediocridade da terceira casta mental e moral e podemos dizer até que 
  estes filósofos a haviam previsto.
  A história comprova mais que suficientemente, ó, o quão 
  refratários permaneceram esses meios à ação desses 
  homens, a todo espírito hierárquico, a toda a sociologia, e como 
  somente a segunda raça mental, a dos Estados-Maiores militares, poderia 
  uni-los em paz forçada.
  Esse admirável Pitágoras, que criou a palavra Filosofia no idioma 
  grego, era um filósofo no sentido em que entendemos o termo Filosofia: 
  possuir sua própria sabedoria? Um religioso, sim; um fundador de Ordens, 
  que seja; o São Benito do quase divino Orfeu, bem; porém um filósofo, 
  é dizer muito, e não é o bastante.
  Os chefes das confrarias órficas que naquela época dirigiam a 
  Grécia e a Itália foram chamados, por muitos séculos, de 
  teólogos e profetas.. Antes de Pitágoras, Numa tinha sido um dos 
  enviados à nascente anarquia dos romanos. Era o rei eleito de um Colégio 
  Sacro etrusco de acordo com os ritos patriarcais. Os Mestres mediterrâneos 
  do Grande Samien possuíam as mesmas características: Epimênides; 
  Ferécido, de Siros; Aristeas, de Proconesis; todos eram teólogos 
  e profetas, o segundo é taumaturgo; o terceiro é sacerdote. Seu 
  antecessor na Itália, Xenófanes, pai espiritual dos Eléates, 
  era igualmente teólogo, combateu a peito aberto o Paganismo dos jônicos 
  e mesmo o seu politeísmo, como também o dos fenícios.
  Além disso, os hierofantes que instruíram Pitágoras não 
  eram filósofos: Temístocles era grande sacerdotisa de Delfos; 
  Abaris era sacerdote do Verbo Solar entre os hiperbóreos; Aristeas, já 
  mencionado; Zalmoxis era o chefe dos sacerdotes trácidas; Aglaofemo era 
  grão-sacerdote de Lesbetra, etc, etc.
  Não mencionamos aqui mais que os chefes dos templos da proto-Grécia, 
  a Órfica, a Eslava, que se interligam com as federações 
  celto-eslavas e pelasgas, as quais se remontam à Igreja patriarcal que 
  Manu e Moisés designam pelos nomes de Koush e Rama.
  Mas vamos prosseguir com Pitágoras nas metrópoles iniciáticas 
  da África e da Ásia. Seus Mestres sacerdotais são: em Sais, 
  o profeta de Oshi; em Om, Heliópolis; no templo no qual Moisés, 
  com o nome de Oshar-Sif, tinha sido o profeta de Oshi-Rish e o iniciador de 
  Orfeu, o profeta Hôn-Ofi. Na Babilônia é Nazarath (este nome 
  é sugestivo, porque o profeta Daniel, o nazareno, era então o 
  Grão-Mestre da Escola Sacra dos magos). Na Pérsia, é o 
  chefe dos neo-zoroastrianos, o Gheber Zarothosh. No Nepal, visitado também 
  por Lao-Tsé, é o primeiro pandit do Sacro Colégio de Brahma, 
  depois de Krishna, e antes deste último de IShVa-Ra.
  Detemo-nos aqui para mostrar algumas etapas importantes da antiga unidade religiosa. 
  Esta contava com numerosas sínteses e alianças superpostas, como 
  segue:
  1º A Universal de IShVa-Ra;
  2° A Índia das raças morenas e douradas, as de Bharat e de 
  IShVa-Ra;
  3º A Ária conquistadora, a de Pavan, do Hanouman, escrita de Rama;
  4º O sistema de Nareda, que foi aderido à proto-síntese;
  5° A brahmânica concordatáría, a de Krishna, fonte do 
  abrahamismo dos cashidim, sendo estes últimos uma ramificação 
  dos iyotishikas de Caçi, Cashi. O egipcianismo concordatário segue 
  os Pouranikas, de Tirohita.
  
  Essa superposição dos sistemas pré e pós-diluvianos, 
  de seus Ciclos e das suas doutrinas, é quase impossível de captar 
  em razão da inversão do Selo de AMaTh, que, feito por Krishna 
  cerca de 3 mil anos antes de Pitágoras, envolve a Palavra do Verbo BRA-ShITh, 
  do seu ShéMa e do SéPheR. Mas, com o Arqueômetro, é 
  relativamente fácil de reconhecê-la (a inversão), e a sobreposição 
  indicada anteriormente se torna então muito clara.
  Moisés chama à proto-síntese a primeira aliança: 
  Adão, em veda AD-Am, Unidade-Universalidade; e ela se multiplica em tantas 
  Igrejas étnicas quanto Moisés, seguindo os egípcios, os 
  caldeus, os brâmanes, os magos, o Kouo-Tsé-Kien do Extremo Oriente 
  e os Votánidas do Extremo Ocidente, mencionam os patriarcas até 
  Noé.
  Então, começam a deutosíntesis e a segunda aliança 
  universal. Se tivéssemos que mencionar todos os documentos históricos 
  dessas duas Igrejas católicas, este livro quase não seria o bastante 
  para isso. Moisés, que os teve todos sob sua vista, registra alguns entre 
  eles, com sua habitual precisão, os que concernem, e interessam hoje 
  mais do que nunca para a vanguarda da raça branca na Ásia, no 
  Nepal e na Pérsia. A seguir, a tradução das palavras, extremamente 
  misteriosas e ocultas com uma arte grande, porque seu fundamento é muito 
  simples, muito real e, sobretudo, sem metáforas, nem filosofia.
  Bereshith, c. VI, vers. 1, 2, 3, 4.
  1. "Tendo-se pervertido a Igreja do patriarca Adão, em razão 
  da multiplicação das raças e da sua mistura, sobre a face 
  visível (PhaNa-I) da Terra espiritual (ADa-MaH), resultando na formação 
  de numerosas confrarias de virgens.
  2. "Os filhos dos Alhim celestiais amaram estas filhas de Adão. 
  Tomaram-nas por esposas espirituais, por inspiradas, por Nashim, aquelas cujo 
  amor os tinha cativado mais em espírito: (B'HaROu, inversão de 
  BaROu-aH).
  3. "Porque os Nephilim* existiram sucessivamente sobre a Terra astral desses 
  Ya-Mim, Épocas e Ondas luminosas do Yá. Com efeito, desde que 
  os filhos dos Alhim tinham freqüentado as confrarias virginais da Igreja 
  de Adão, a aliança ghiborea, a grã Boreal havia nascido 
  desta inspiração e havia fundado, desde a mais remota Antigüidade, 
  o Anosh-yá, a corporação masculina do Yá, o Estado-Maior 
  sagrado de Ha-Shem, do Shema celestial da glória divina."
  Eis a antiga aliança chamada hoje em dia ariana, fundada por uma reação 
  das virgens inspiradas contra a decadência universal. Pitágoras 
  não esquecerá, como chefe de Ordens, de agradecer ao verdadeiro 
  feminismo toda a sua Missão, toda a sua parte legítima de influência.
  Além da aliança citada, porém muitos séculos depois, 
  temos que mencionar a aliança que data do patriarca Koush antes da Revolução 
  Nemródica. As metrópoles orientais, cujos Sacros Colégios 
  tinham como correspondentes todos os outros centros mais ou menos aderidos à 
  Antiga Ordem, eram: a capital de Jana-Cadesha; Mithilâ, para a seção 
  das ciências divinas e humanas chamadas Purânicas, ou Humanidades 
  Santas, e Kashi, para a seção das ciências chamadas positivas 
  ou iyóticas, porque a Astronomia, levada até a fisiologia cósmica, 
  era considerada a síntese dessas ciências.
  São dessas épocas históricas que datam, muito antes de 
  Moisés, as relações sacerdotais da Índia com o Oriente 
  e o Extremo Oriente, de uma parte, e o Norte da Ásia e a Europa, incluindo 
  Grécia e Itália, de outra. E por último, com Egito e Etiópia. 
  Foi de Kashi, hoje em dia Benares, que veio o Colégio dos Kashidim (literalmente, 
  dado por Kashi), os caldeus. Era aí também que os magos do velho 
  Irã iam terminar seus Altos Estudos Iyóticos. Mas, depois do primeiro 
  Zoroastro e da reputação do culto dos Devas, que considerava como 
  oponente a velha Ortodoxia, abstiveram-se de Mithilâ, o Grande Colégio 
  Purânico freqüentado pelos sacerdotes egípcios, cólquidos, 
  délficos e outros.
  Pitágoras era, pois, um religioso, um piedoso peregrino da Unidade e 
  da Universidade Patriarcal, um fiel de sua dupla revelação e de 
  seu duplo critério, que estudaremos mais adiante: a vida e a ciência. 
  A vida, vida eterna, porque sem ela o Thanatismo, que é a finalidade 
  de todo ser, seria o Princípio da vida, o que é absurdo. A ciência, 
  não a do homem, mas aquela que antes dele já estava escrita, com 
  todos os seus feitos, desde o infinitamente grande até o infinitamente 
  pequeno. A biologia do Universo invisível e a fisiologia do Universo 
  visível.
  À parte disso, escutemos por intermédio dos seus discípulos, 
  e eles nos dirão se os critérios da verdade são objetivos 
  ou subjetivos, reais ou metafísicos, vivos ou .mortos, universais ou 
  singulares.
  "A razão humana não tem, por si mesma, mais do que um valor 
  de conjetura. A ciência e a sabedoria pertencem somente à Divindade 
  e nós só temos a capacidade de obter esse conhecimento de acordo 
  com o nosso grau de receptividade."
  Essas palavras, a que nos refere Proclo, exalam cheiro de incenso, aos altares 
  do Verbo, seu Cristianismo Uno e Universal, sua Revelação descontínua 
  desde os primeiros patriarcas até os de nosso tempo.
  Comecemos pelos altares do Verbo.
  É historicamente certo que Pitágoras reconstituiu, graças 
  ã documentação dos templos, um dos livros de Orfeu: O Verbo 
  hierático. Dedicou-o à memória desse profeta eslavo, renovador 
  da Grécia e da Itália patriarcais. Com certeza, os sacerdotes 
  egípcios conservavam, com o nome de Thoth, livros provenientes da proto-síntese 
  pré-diluviana do Verbo, e, debaixo do livro de Thoth, os da Deuto-sínteses 
  pós-diluviana. Não temos dúvidas de que o fundamento desses 
  livros era comum às Universidades religiosas da Europa, da África, 
  da Ásia e inclusive da América, até a revolução 
  política e filosófica que, em 3100 antes da Encarnação, 
  quebrou esta Santa aliança e a obrigou a ser ocultada. É indiscutível 
  que entre os títulos miriônimos do Verbo, disseminados entre essas 
  duas sínteses, figura desde toda a Antigüidade seu nome direto e 
  invertido; em etíope ShOu-I, em zenda IOSh, em caldeu IShO, em veda IshVa, 
  em sànscrito ISOua, em chinês ShOuI e SOul. É o IeShU, Rei 
  dos patriarcas de nossas liturgias. Esse mesmo nome era o de Moisés, 
  escrito tal como o do Infante Thermouthis, que foi: M'OShI, dedicado a OShI.
  Os Qabbalistas têm toda a razão, quando dizem por hábito 
  de tradição: o nome de Deus está dentro do de Moisés; 
  porém eles não podem apresentar as provas disso: elas estão 
  no que precede.
  Nós teremos que voltar detalhadamente sobre todos esses pontos; porém 
  o que notamos aqui demonstra que o ponto de apoio tomado por Pitágoras 
  sobre o Verbo nos Templos de Europa e da Ásia é religioso e não 
  filosófico. Pertence à revelação universal una e 
  contínua da Igreja e das Igrejas Patriarcais. Dessa forma, Pitágoras 
  não pôde deixar de repudiar o Paganismo lônico, seu politeísmo 
  ateu, sua anarquia mental, suas políticas anti-sociais. E nisso não 
  fez mais que seguir as pegadas de Numa e de Xenófanes no Ocidente, de 
  Lao-Tsé na China, de Daniel na Caldéia, de Zaratas na Pérsia. 
  Muito mais ainda, o próprio Invisível o teria enviado.
  Seus biógrafos, gregos e alexandrinos, dizem efetivamente que recebeu 
  a graça de sua primeira teofania ou sua vocação em Creta, 
  pelo ano de 550 ou 553. Tinha então alcançado e até ultrapassado 
  seu trigésimo ano. Estava assim em uma das condições ritualísticas 
  impostas pelas Igrejas Patriarcais ao segundo nascimento, o espiritual, para 
  a abertura dos sentidos fisiológicos na biologia divina, a entrada, pela 
  Porta da Morte, para sua experiência da imortalidade.
  Levando o Verbo Encarnado ao cumprimento total de sua própria lei, como 
  Verbo Criador, observou esse rito no seu retiro no deserto.
  Foi assim que Pitágoras teria visto o céu e o Inferno pela primeira 
  vez, e, nos círculos mais espantosos deste último, os dois corifeus 
  do Paganismo, os dois magos do Jonismo mediterrâneo: Hesíodo e 
  Homero, cujos admiráveis cantos haviam deleitado sua elegante juventude 
  na casa do seu pai, o rico banqueiro de Samos. Desolado, não ousava acreditar 
  no que seus olhos viam, olhava para esses espíritos vítimas do 
  Espírito das Trevas, da turba dos Demônios, da sua luz preta e 
  vermelha. "Por quê?", gritou-lhes. E eles lhe responderam: "Oh! 
  Por ter maculado a deuses e homens; aos deuses, por haver-lhes dado como Mestre 
  o Ateísmo, caluniando-os, mostrando que são corruptos como nós 
  homens; e aos homens, divinizando seus vícios".
  Eis pois uma antinomia perfeitamente resolvida cortada pela raiz pelo espírito 
  de primeira linha de Pitágoras. De um lado, o profeta Orfeu e o Verbo 
  Divino cuja santidade é ocultada na sua majestade celestial; de outro 
  lado, a tagarelice humana nua e crua, notoriamente de sua arte emprestada à 
  arte sagrada do panteísmo, em que tudo é Deus, com exceção 
  do próprio Deus, de seu teosofismo, no qual tudo é divinamente 
  verdadeiro, com exceção da verdade, e de Amath, o Selo do Verbo 
  eterno, e d'Ele mesmo.
  O Orfismo, mil anos antes de Pitágoras, havia sido na Europa um dos máximos 
  esforços da aliança Templária contra a invasão da 
  revolução asiática, de seus retóricos, de seus sofistas, 
  de seus exploradores, de seus políticos suplantadores e escravistas.
  Na época de Moisés e de Orfeu, a Creta das cem cidades tinha sido 
  reafiliada à Santa aliança dos Templos de Manu e de Menes. Os 
  curetes eram uma missão sacerdotal dos Kouros celebrados nos poemas hindus. 
  A Minoa de Minos22 os tinha visto renovar um dos nós górdios,23 
  símbolos do Orço24 e do Orcus órfico, do juramento de aliança 
  com Deus. A filosofia e as políticas cortaram facilmente estes nós 
  sagrados, para desgraça dos povos; somente a religião poderia 
  refazer a sua paz.
  Estes nomes - Mínoa, Minos, Menes, Manu - significam, na língua 
  do Bereshith: Na-NoaH, a regra, a ortodoxia de Noé. Durante este tempo, 
  o O-Rifeo, o Ribhou dos Vedantas, o filho dos reis Sármatas daTrácia, 
  Orfeu, renovava o mesmo prazo no santuário eslavo e pelasgo de Delfos. 
  É a Daliph egípcia, a Daliph sânscrita. Em devanagárico,25 
  Dalapha ou Dalapa expressa um desses lugares santos, neutralizados, e também 
  um desses tesouros sagrados da aliança. A mesma observação 
  para Dodona,* uma das Dyomnas do Danu védico e dos Dodonim de Moisés.
  A Grande Soberania Noaquídes, renovando o Adâmica, semeou de Dalaphas 
  semelhantes a sua marcha sacerdotal de um extremo a outro do planeta.
  Na Europa, existiam siríngos26 desse gênero do Cáucaso até 
  os Pireneus, e o catálogo dessas bibliotecas subterrâneas era propriedade 
  dos soberanos pontífices metropolitanos. A Cólquida também 
  teve sua Dalapha, que motivou a expedição órfica dos Argonautas.27 
  Este último nome designa uma das antigas épocas da aliança 
  chamada Arga ou Arka. Seu conselho de vigilância era chamado de Argus, 
  o cachorro de Pan, de Phanés e do Grande Pan.
  Orfeu havia sido encarregado de ser, na Europa, o renovador da Anfictionia celto-eslavo 
  e pelasga, cuja data vem de Krishna no que concerne ao culto dos Deuses, dos 
  Devas, dos Alhim, fruto pagão da revolução das burguesias 
  asiáticas.
  Atrás desse neoconcordato, havia-se salvaguardado a antiga ortodoxia 
  dos OSI-oï, da qual os pontífices de Delfos conservaram, porém, 
  o Santo Nome. Havia assim mesmo ligado a paz sagrada - na Cólquida, na 
  Grécia; na Táurida, na Itália; e até na Gália, 
  na Espanha - aos invasores revolucionários, contidos de século 
  em século sobre a Europa pela represa oriental dos magos e depois pelos 
  reis da Pérsia. Seus ensinamentos, registrados na língua deva 
  e depois na dórica sobre placas de cobre, eram, em cada cidade central, 
  guardados por famílias nativas que, até mesmo em Atenas, desfrutavam 
  ainda de grandes prerrogativas no tempo de Pitágoras. Com maior razão, 
  esses costumes subsistiam ainda na Grécia e na Itália.
  A obra destruída de Orfeu foi, como já dissemos, reconstituída 
  por Pitágoras, o qual, para selar melhor sua imparcialidade de pensamento, 
  a submissão de sua própria razão suprema, desprezando colher 
  os louros fáceis dos jônicos, não escreveu nem destruiu 
  suas próprias obras para não confiar na essência delas mais 
  que à memória de seus adeptos. Esse desprezo por toda a sua doutrina, 
  de todos os sucessos individuais, junto com muitos outros sinais, faz de Pitágoras 
  um grego sem igual; aproxima-o tanto dos sacerdotes patriarcais quanto o afasta 
  dos filósofos.
  Essa forma de compreendê-lo é a verdadeira, a cristã, a 
  que temos desenvolvido em nossa primeira Missão.
  II
  OS SUCESSORES DE PITÁGORAS
  OS VERSOS DOURADOS
  
  Manuscritos Comprados por Platão. - Os Pitagórtcos Perseguidos. 
  - Lysis e os Versos Dourados. - O Grande Pan. - Os Três Credos. - O Juramento 
  de Orço e a Tríplice Certeza. - Fundação do Estado 
  Social Universal.
  Não tendo Pitágoras deixado, pelas razões expostas anteriormente 
  e quem sabe, talvez também, por outras, impostas estas pelas Iniciações 
  Templárias, outra documentação além da memória 
  cada vez menos certa de seus discípulos, seu ensinamento superior permanece 
  na reserva sob um véu que o oculta, porém não o torna impenetrável.
  Três manuscritos comprados por Platão escaparam felizmente à 
  disciplina cruel. Édipo e Sófocles digno de uma Esfinge, pois 
  o autor do Timeu,28 tanto em data como em classe, é o primeiro dos comentaristas 
  das mesmas notas, se não dos resumos de Pitágoras.
  O título que o amigo de Arquitas e de Timeu, de Locres, dá ao 
  seu admirável diálogo indica a sua filiação. Vistas 
  as circunstâncias, a Ordem não tinha dúvidas sobre aquilo 
  que Platão punha mais em evidência, como seguidor de Pitágoras. 
  Os apoios independentes eram necessários a esta Ordem; a invejosa burguesia 
  que ele tinha dizimado e dispersado continuava a aborrecê-lo como uma 
  ameaça às suas usurpações. Ela sentia atrás 
  dele e do seu Fundador, a síntese sagrada, ressuscitada pelo real filho 
  de Eagro, a quem Pitágoras, no que concerne à Europa, referia, 
  como todos os outros, sua teologia cosmológica que nos transmitiu em 
  Timeu.
  Entre as relíquias fragmentárias dos ensinamentos da Escola italiana, 
  um dos mais conhecidos são certamente os Versos Dourados, escritos por 
  Lysis no século V antes de nossa era, e que formulam o esoterismo, o 
  ensinamento primário da Ordem semi-órfica dos Pitagóricos 
  dispersos.
  Esses versos, efetivamente, são o catecismo do Grande Pan, mas não 
  do Panteísmo. Pan é um dos nomes cósmicos do Verbo, o pastor 
  cósmico das estrelas, das potências que as guiam, das almas que 
  as povoam. Essa palavra vem do sânscrito, Pana, o Tutelar. Esse símbolo 
  expressa, também, do ponto de vista terrestre, a aliança universal 
  dos Templos nesse mesmo Verbo, do qual Argus significa a vigilância. O 
  que precede esclarece o que vem a seguir.
  Os dois primeiros versos são um credo, e esse credo, na sua oposição 
  dos términos, é semelhante aos dois hierogramas de Moisés: 
  ALHIM, os Deuses ou as Potências de Deus, e IHOH, o Ser Absoluto. E enquanto 
  o Epopte egípcio diz: "Escuta, Israel, Deus, teus deuses, o Ser 
  absoluto, o Um", Orfeu, discípulo de Moisés, Pitágoras, 
  renovador de Orfeu, e Lysis, redator de Pitágoras, dizem:
  Rende a homenagem legal aos deuses das nações, 
  E guarda seu juramento ao Deus legítimo.
  
  Todos os cultos antigos derivam, com efeito, mais ou menos fielmente, de uma 
  mesma fonte una e universal: a revelação primordial, a proto-síntese 
  ou religião cristã dos patriarcas: Religio vera, disse Santo Agostinho, 
  e esse fato culminante, chave da abóbada da ciência, das religiões 
  comparadas, mina todos os sistemas anticristãos que presidem hoje o duplo 
  grau dos ensinamentos clássicos e sua conseqüência: os Altos 
  Estudos.
  No Império dos patriarcas, antes de Krishna,29 o ato de fé era: 
  "Om, Sas, Tal, IshOua-Ra, Hamo!". Om, Sas, Tat; em IeShU-Rei, Glória! 
  Glorificava dessa forma o Verbo, usando o nome conforme a aliança. Depois 
  de Krishna foi: "Om, Sas, Tat, BRA-H-Ma, Hamo!". IshVa expressava 
  o Ser existente por Ele mesmo, BRA-H-Ma expressa sua imagem refletida nas ondas 
  do tempo sem limites, sua energia criadora trabalhando na substância e 
  para a subsistência dos seres.
  Lendo as primeiras Slokas* do Manava-Dharma-Sastra, entender-se-á que 
  o que precede é a sua chave. É assim, efetivamente, que o Vyasa 
  Krishna, ao reformar as Leis de Manu, indicou a filiação da deutosíntese 
  indiana, a de Noé, Ma-NoaH, a proto-síntese dos primeiros patriarcas, 
  a Universal, a Adâmica do Éden, a cristã-católica.
  Mil e quinhentos anos depois de Krishna, oitocentos anos depois de A-BRA-HaM, 
  Moisés, fazendo voltar tudo para a Unidade Primordial, subordina os ALHIM 
  não ao BRA-H-Ma. mas ao BRA-ShITh, o Verbo da Héxada genesíaca: 
  "BRA-ShITh BRA ALHIM", e o nome de IHOH somente é pronunciado 
  no cumprimento do sétimo IOM cósmico. O Credo que impõe 
  aos párias indo-egípcios, dos que se fazem um povo shemático, 
  é: "SheMWa IShRAL! IHOH ALHI (M)-NO, IHOH AHD". Escuta, ó, 
  Israel! Deus teus deuses; o Ser Absoluto, Uno.
  Para o judeu, não para Moisés, não para os profetas, Israel 
  é somente e!e; para os filhos de Jafet, é a Humanidade em seu 
  Zodíaco ou Organismo Universal. Em veda, Israel lido à moda européia 
  é a inversão de RAShI, o Zodíaco; L é o símbolo 
  monolítero* de Indra, o céu astral divinizado.
  Por trás de Moisés, Pitágoras e Lysis.
  Os diferentes cultos étnicos que surgiram da religião universal 
  não concordavam mais no seu trigésimo ano, somente entre os melhores, 
  como vimos para o epopte Samien, a terrível revelação do 
  invisível, a reintegração da existência humana na 
  vida absoluta, por e nesse êxtase tão pouco conhecido dos europeus 
  modernos, bem como a validez de todos os outros mistérios religiosos. 
  Mesmo nas iniciações, mais ou menos das três ramificações 
  da deutosíntese, o nascido duas vezes do Evangelho, o Dwija das Toras 
  patriarcais, referia-se ao outro Mundo dentro deste, às três confirmações 
  fundamentais que seguem: a Existência de Deus, de Seu Verbo e de suas 
  Potências; a imortalidade da alma, que dito de outra forma é a 
  existência humana e, por último, sua responsabilidade perante o 
  tribunal desse mesmo Verbo e das mesmas potências: o Osíris do 
  Amenti, segundo os sacerdotes egípcios; o Mahadeva Ishvara, segundo os 
  sacerdotes arianos. Neste juízo, no qual está contido o nome de 
  Jesus, que, durante o seu duplo nascimento, o Iniciado prestava o Juramento: 
  ao Orcos, ao Orcus dos Órficos, à Grécia e à Itália 
  patriarcais. E esse nome, Orcus, designava também o grande Juiz, o Senhor 
  da Triloka Védica.
  E é sobre a tríplice certeza que precede que foi fundado o primeiro 
  Estado Social Universal, e sempre que se tentou ou que se tenta tirar-lhe esse 
  tríplice fundamento sagrado, o Espirito da Besta terá retornado 
  ou retornará, voltando à sua lei de guerra, de anarquia e a todos 
  os castigos do mundo invisível.
  Lysis não deixou de registrar este Orcos em seu segundo verso, que junto 
  com o primeiro é explicado assim: "Respeita a diversidade dos Cultos, 
  a Potência e o papel do Nome, e seja fiel ao Orcos, quer dizer, à 
  religião una e universal que recebeu seu juramento".
III
  O FALSO PITÁGORAS ANCIÃO E MODERNO 
  AS TRÊS RAÇAS MENTAIS
Os Versos Dourados 
  se Curvam ao Panteísmo. - Os Principais Comentaristas de Lysis. - As 
  Três Conclusões; as Três Raças Mentais e suas Relações 
  com o Cristianismo. - O Ecleticismo Alexandrino. - Hierocles. - Os Teólogos 
  Concordatários. - Dacier. - O Neopaganismo. - Giordano Bruno. - Fabre 
  d'Olivet. - Reservas Sobre os Últimos Versos Dourados. - Empédocles. 
  - A Raça Branca Pura. - Perigos Resultantes do Compromisso com o Paganismo.
  Apesar desta reserva de primeiríssima importância, mas que era 
  acessível tão-somente às mentalidades dos dois graus superiores, 
  os Versos de Lysis, pelo fato de esse nível desejado, mas perigoso, de 
  ensino primário, não podiam deixar de pender para um filosofismo 
  pagão de tendências panteístas, motivo pelo qual fizeram 
  dele seu código filosófico e religioso.
  Isso foi o que aconteceu à maioria dos seus comentaristas, à maior 
  parte dos que se dizem de boa-fé e acreditam ser verdadeiros pitagóricos.
  Entre esses comentaristas, é necessário destacar três: Hierocles, 
  Dacier e Fabre d'Olivet; pois ninguém melhor do que eles pode fazer observar 
  claramente esse desvio da verdadeira doutrina de Pitágoras: do Cristianismo 
  universal e eterno para o Paganismo; nem sintetizar mais exatamente para os 
  ardentes estudiosos dos estudos pagãos as três conclusões 
  que comportam esses estudos com respeito ao Cristianismo e à Cristandade, 
  que são:
  1ª Conclusão: a Eclética, como Marco Aurélio; 
  2ª Conclusão: a Concordatária, como Constantino;
  3ª Conclusão: a Pagã propriamente dita, como Juliano, o Apóstata.
  
  Essas características têm por finalidade facilitar o discernimento 
  das raças de espíritos correspondentes. Para compreendermos melhor, 
  nós chamaremos de Negro ao Paganismo; e Branco ao Cristianismo teológico, 
  inseparável de sua verdadeira forma, que é o Catolicismo. Em conseqüência, 
  chamaremos naturalmente de "mulata" à raça Eclética, 
  "quarta" à raça Concordatária, e "negra" 
  à raça Pagã pura: Nigra sed pulchra. Pois bem, se preservamos, 
  como Pitágoras, nossa fé a uma quarta, a totalmente branca ocultada, 
  que é a mesma Sabedoria, razão demais para cobrir de flores as 
  três Graças das quais recusamos a maçã.
  Essas três conclusões apenas nos interessam em suas relações 
  com o Cristianismo. Desse ponto de vista, o representante da primeira é 
  Marco Aurélio. É o liberalismo de M. Prudhomme; é bom apoiar-se 
  sobre as baionetas, porém é ruim sentar-se sobre elas. Esse liberal 
  não é menos perseguidor delas, em nome da razão que orienta 
  o Império e o Estado. Entretanto, os tempos mudaram desde Constantino. 
  As baionetas desse tempo mudaram pouco a pouco ao Cristianismo, e a Filosofia 
  esconde as unhas, porque os bispos mostram suas garras que defendem vigorosamente 
  os fiéis.
  A segunda conclusão merece o nome de Concordatária entre a autonomia 
  teológica e essa mesma filosofia. De uma parte e de outra, faz-se com 
  que as garras entrem novamente, deixando-as sair de vez em quando, segundo as 
  direções políticas, se operadas do flanco direito ou do 
  flanco esquerdo.
  A terceira conclusão é a de Juliano, o Apóstata; em pleno 
  flanco esquerdo. Esse personagem tipicamente parisiense durante a sua vida, 
  como dizia minha cara Lutécia, teve participação considerável 
  na Enciclopédia do século XVIII e em suas amáveis conseqüências 
  tanto políticas como anti-sociais.
  Voltando à primeira que, sucedeu a Eclética Alexandrina há 
  mais de quinze séculos, foi revisada e corrigida por um admirável 
  professor oficial de filosofia: Hierocles. Ela, no fundo, não é 
  mais do que a Imperial Greco-Romana, a razão de ensino dos filósofos 
  que algemam a razão do Estado ao Panteão, e inclusive à 
  Santa Sofia, desde Augusto até os Augústulos. Mais ou menos impregnados, 
  sabendo ou não do duplo Cristianismo anterior e posterior à Encarnação 
  do Verbo, desconhecem a sua essência divina e seu alcance humano, acreditando 
  que possam ser capazes de eliminá-la ou subordiná-la a seu critério 
  e aos seus métodos.
  Hierocles foi nomeado pelo imperador bizantino para pacificar uma terrível 
  guerra civil pagão-escolástica e eclesiástica. Ele sente, 
  na doce beleza e na profundidade dos seus ensinamentos, que o período 
  concordatário irá nascer. É um teólogo órfico 
  como todos os pitagóricos. Não é um filósofo no 
  sentido vulgar da palavra. Sem dúvida, Pitagoras continua sendo, depois 
  de Orfeu, o maior unitário que o politeísmo eslavo e pelasgo, 
  depois grego e romano, já produziu; porém, desde o fundador da 
  Academia até Hierocles, a tendência do pitagorismo inicial torna 
  a encontrar tanto mais à medida que os sistemas individuais se baseiam 
  em seus partidos, formando uma última glória estática à 
  porta da Lua da Doxia dos Templos.
  
  Podemos seguir com o pensamento de Hierocles, na Alexandria, no Bruchium que 
  havia sobrevivido à destruição do Serapeum. As tradições 
  acerca de Pitágoras estão espalhadas em mais de 40 autores e 60 
  volumes. Sucessor de Hypatia, após um longo período, o qual foi 
  encerrado com a morte de São Cirilo, o elegante mestre, dos cabelos brancos 
  como a sua túnica, teve também como amigos todos esses incontáveis 
  livros empilhados de estante em estante. Em uma semelhante alma, em uma inteligência 
  esclarecida, todos esses tesouros mais ou menos contraditórios buscam, 
  por várias formas de atração, a unidade perdida, o acorde 
  perfeito da Lira. Quantas meditações teve esse homem em cerca 
  de meio século; quantos diálogos com os misteriosos afiliados 
  da Liga dos filósofos e dos sacerdotes dos deuses, irremediavelmente 
  vencidos pela Igreja, depois de ter tentado esmagá-la em vão sob 
  o braço justiceiro dos imperadores.
  Ó! Os mistérios degenerados de sua época não lhe 
  tinham dado uma Epifania verdadeira como a que tiveram tantos cristãos 
  sem que Pitágoras lhes tivesse dito: "Encontrem Jesus!". Porém, 
  soube guardar sobre a carne profana um simples e real ensinamento de majestade. 
  Nem a sombra, nem uma simples expressão, mas o movimento da alma indicador 
  de um ressentimento qualquer contra o triunfo do Cristianismo: como pitagórico 
  não se aflige nem um pouco pela derrota do Paganismo; pelo contrário, 
  talvez, e com toda a sua alma que está no Helenismo, beijaria a Cruz 
  se tivesse sido plantada no monte Olimpo e não sobre o Calvário.
  As trevas se amontoam cada vez mais, e, desde todos os horizontes, o dilúvio 
  dos bárbaros vem a submergir desta civilização, a filha 
  decadente de uma mãe que, pelo contrário, é bela e pura, 
  imortalizada pelos livros sagrados de todos os povos. Assim, a vontade de Hierocles 
  é não só conduzir à ancestral unidade de Pitágoras 
  uma anarquia de ensinamentos já harmonizados desde Plotino, mas fazer 
  competir com o Evangelho este Helenismo ideal, torná-lo novamente religioso, 
  para fazê-lo sobreviver luminoso apesar dessa luz das luzes.
  Quer que sua encantadora Feba seja a irmã maior deste deslumbrante Apoio, 
  e que seu último sorriso ilumine ainda as gerações por 
  vir, submetendo a sua inteligência ante o passado das glórias mais 
  raras de sua raça. É por isso que seus comentários, animados 
  sem o saber pelos evangelistas e pelos sacerdotes, têm um ligeiro acento 
  de adeus, a majestade do último suspiro da alma nacional que se rende 
  à alma da Humanidade. É um legado social que das mãos de 
  Fidías se eleva para o incomparável testamento de Nosso Senhor 
  Jesus Cristo; algo belo, recolhido piedosamente, quase divino, também 
  diversos Testamentos, o de uma Hélade transfigurada, posta artisticamente 
  em seu ponto de imortal perspectiva, com Orfeu por Moisés, Pitágoras 
  por Elias, Lysis por EIiseu. 
  É com essa nobre raça de espíritos, tão bem representada 
  por Hierocles, que a segunda é neoconcordatáría, especialmente 
  desde 1648; mas sem dominá-la cientificamente com a invencível 
  potência de suas reservas e de seus princípios. Esta segunda raça 
  é a tomista,* depois a oportunista de Lovola,** a luterana da Confissão 
  de Augsburgo, a calvinista, passando pelas ortodoxias nacionais gregas, pela 
  anglicana e outras, que classificaremos como irmãs e primas da Igreja 
  romana, desde o ponto de vista dos interesses comuns.
  Em seu modesto papel de tradutor, o bom Dacier representa muito dignamente essa 
  segunda raça, e tem muito mais importância do que fariam supor 
  a sua falta de caráter, sua humildade e, principalmente, suas pobres 
  vestimentas. Que roupas! Que paletó de intermináveis períodos 
  desfiados, que estilo!... Sim, entretanto, que consciência e que bela 
  luz cristã nessa pobre lanterna que honrou a Academia. Foi dito dele 
  e de sua esposa que eram o matrimônio do grego e do latim; matrimônio 
  de amor, e como foi prolifero! Dacier é o pai "Gigogne*** das traduções. 
  Uma multidão de eruditos se debruçou nas suas traduções 
  sem esgotá-las.
  Porém, há muito mais do que isso na obra que nos ocupa. Deixando 
  de lado a sua erudição, Dacier sempre tão perspicaz, à 
  parte de seu valor como filólogo e escolastico, é um apaixonado 
  calculista que ama profundamente seu Hierocles, que sabe acrescentar, sem imitar, 
  pedras preciosas a seu rosário. Como são sérios seus estudos 
  cristãos, que sua admiração pelos comentários de 
  Hierocles nunca o fizeram esquecer! Que cuidado discreto tem em prevenir a juventude 
  estudiosa contra o desvio que arrasta por todos os lados professores e alunos. 
  É por isso que nas notas se encontram, disseminadas, suas próprias 
  conclusões que conduzem o Renascimento pagão ao Renascimento patriótico, 
  no ponto justo da Concordata.
  Cuida de não ser enganado com a hora histórica. Não acerte 
  seu relógio de bolso com as estrelas da Escolástica, nem com a 
  Lua da Suma. Vá, se não ao sol teológico, pelo menos ao 
  Sol de seus adoradores, que depois dos Apóstolos foram os mais próximos. 
  E um bom católico, um honesto cristão dos ensinamentos religiosos 
  primários, da catequização. Esse grau de instrução 
  religiosa é puramente teológico; porém, os outros dois 
  são da mesma natureza: os graus secundário e o grau superior faltam 
  desde Constantino.
  Essa sagacidade real foi também, desde o século de XIV, um dos 
  méritos de Petrarca. Sem dúvida, São Tomás de Aquino 
  continua sendo, por seus méritos, o mestre teólogo do Clero; mas 
  não solicita menos a instrução, para defender-se, que o 
  Grande Mestre, Santo Agostinho, que é seguido por todos os sacerdotes, 
  cuja compreensão é mais próxima ao Supremo Mestrado, do 
  Verbo Criador e do Verbo Encarnado, a do duplo Cristianismo anterior e posterior 
  à Encarnação. Mas, que diferença entre a fé 
  de Dacier e a de Petrarca! Petrarca é a fidelidade dos eruditos e letrados 
  católicos apaixonados pelo intelecto pagão, oferecendo a ele sua 
  razão e reservando seu coração aos sentimentos cristãos. 
  É um adultério menos o último ato. Dacier, ao contrário, 
  muito mais sólido na sua dupla erudição pagã e cristã, 
  não libera todo seu raciocínio aos atrativos da Filosofia. Mais 
  ainda, a monomania da glória, o atavismo, o patriotismo necropolitano 
  da República e do Império romanos, o desencadeamento silencioso 
  da possessão pagã, no amor de si próprio e em todos os 
  instintos, são rejeitados sem o menor esforço, e não alcançam 
  o nível moral de Dacier.
  Como nunca tivemos a vocação tão expandida de voar para 
  socorrer os vencedores, damo-nos a honra de acrescentar que a conclusão 
  mais próxima da rainha das inteligências e da perfeita Imaculada 
  é a nobre vencida hoje em dia: a Concordatária, no sentido mental 
  e governamental do termo. Pagã pela sua cabeça, sim, está 
  aí sua debilidade atávica, sua falta clássica, e nela somente 
  se lembra de suas duas irmãs Atridas, das que não sobraram mais 
  do que a pequena lúnula escura no branco perolado das suas unhas. Porém, 
  seu coração é cristão e isso é suficiente 
  para acreditarmos que este fogo vivo se transformará novamente na divina 
  luz cerebral.
  Mas ainda, e desta vez um tanto sacerdotal, ela é a única depositária 
  da Sagrada Tradição e da Promessa. Com este título, ela 
  é a mãe venerável para sempre de todos os cristãos, 
  a salvaguarda da cristandade, e a Europa pagã de hoje em dia não 
  supõe mais tudo aquilo que deve a ela e tudo o que ainda tem para receber 
  dela.
  Em Fabre d'Olivet, enfim, temos o Anticristianismo clássico, o laicismo 
  pontificial dos filósofos e dos eruditos letrados, que se opõem 
  aos ensinamento secundários e superiores greco-latinos, ao ensinamento 
  religioso primário do Catecismo, à Filosofia pagã e à 
  Teologia dos concordatários.
  Vemos já despontar esta raça, que é próprio na pessoa 
  de Fabre d'Olivet, o neopitagórico do século XVIII, entre os imundos 
  secretários apostólicos, dos quais falaremos em outra parte, que 
  exploravam o papado na primeira metade do século XIV. Sua figura moderna 
  mais verdadeira é o pobre pitagórico Giordano Bruno, desarmado 
  do Catolicismo para o Humanismo, para cair primeiro no Protestantismo, repicar 
  a seguir fora do Cristianismo da revelação, para finalmente atirar-se 
  de cabeça no Pitagorismo. Foi dado o fim de Pitágoras, numa fogueira, 
  quando uma ducha e algumas boas palavras teriam sido suficientes para conduzi-lo 
  a Jesus Cristo. Quanto a Fabre d'Olivet, foi apunhalado. Não se renuncia 
  em vão ao Cristianismo; e este gênero de Humanismo é o de 
  Juliano, ò Apóstata, uma verdadeira possessão infernal. 
  Fabre d'Olivet sofreu esta possessão; porém, existe alguma coisa 
  de curioso que eleva deliberadamente altar contra altar. É o espírito 
  mais sistemático da Franco-Maçonaria de então, que a ultrapassava 
  em cem cúbitos* a de hoje. Entre os pontífices laicos que trocavam 
  a erudição por uma mitra, poderíamos citar muitos, e não 
  dos menores: Couit de Gébelin, Boulanger, Dupuis. Volney; na Alemanha, 
  Scheiling e muitos outros amigos do comentarista de Lysis. Não esqueçamos 
  Lá Reveillére-Lepeaux, o famoso teofante e teofilantropo. que 
  ninguém conhece nos dias de hoje e que pontificava também com 
  sonâmbulos por Pytias.
  É certo que Fabre d'Olivet fundou um culto neogrego desse gênero, 
  que felizmente não sobreviveu. Como morreu em 1824, e eu nasci em 1842. 
  seria-me difícil falar diretamente dele, e a única pessoa que 
  poderia falar sobre ele com conhecimentos de causa ocultava tristemente esse 
  sujeito. Porém, um manuscrito que me foi indicado por M. Rosen, em 1885, 
  provou-me que render um bom serviço à memória desse grande 
  clássico é deixar seu culto lá onde se encontra, nas masmorras 
  da História. Isso por outro lado não tira em nada o valor dos 
  seus comentários, que se constituem num bonito e paciente mosaico de 
  encontros, no qual apresenta como uma novidade sua conclusão anticristã 
  dos Estudos secundários e superiores.
  Antes de deixar Lysis, devemos ter as mais expressivas reservas a respeito das 
  últimas linhas dos Versos Dourados, as que consideram o super-homem intelectual, 
  caro à mentalidade pagã, o Homúnculo filosófico 
  que se auto-administra em honras da deificação. Documento de certo 
  modo diferente para a forma como nos comportamos hoje em dia, adverte-nos caridosamente 
  que essa apoteose é de Empédocles. Esse ilustre filósofo, 
  que não podemos considerar filoneísta, é o Nietzsche do 
  século XV antes do nosso. A Confraria o achou demasiado comprometedor 
  e lhe mostrou discretamente uma porta de saída. Mas este, sem dúvida, 
  acreditou que o seu dia de glória tinha chegado, continuou sua parada 
  ao ar livre. Vestido rídiculamente com uma túnica roxa, os cabelos 
  esvoaçantes, uma coroa na cabeça como a Pitia, cantava na rua 
  sua própria divindade, em versos que evocam involuntariamente as cantatas 
  da Deusa Razão e dos "teofilantropos", na catedral de Paris.
  No peito dos imortais, surge um Deus, tu mesmo.
  Nada menos do que isso!... Conselheiro municipal, deputado, senador, ministro, 
  presidente do Conselho, presidente da República, manequim dos palácios, 
  estátua nas encruzilhadas, tudo a expensas da economia social; que aconteça 
  ainda, mas. Deus!... Esses tipos de grego, protótipos de nosso Jourdains 
  e do seu professor de filosofia, não duvidavam de nada, nem deles mesmos, 
  menos que de qualquer outra coisa.
  Mas, como estavam longe do verdadeiro pensamento e caráter de Pitágoras, 
  o desejo desses gregos pela glória estrangeira, sua busca por opiniões 
  e um prazer desmedido em progredir!
  Para resumir, levantando as menores dúvidas sobre nosso pensamento em 
  relação às três raças, faltou-nos acrescentar 
  que: toda nossa fé, como já dissemos e voltamos a repetir, vai 
  desde o colorido até o branco puro da Teologia autônoma, sem nenhuma 
  mistura; mas a segunda, a Teologia concordatária, também tem o 
  nosso respeito. O que nós criticamos na Teologia cristã é 
  todo o flerte de compromissos sinalagmáticos com a pagã, com o 
  preto-branco mais ou menos mitigado. Não podemos nunca esquecer que este 
  é anti-social, mediocrata, suplantador e escravista. Quando oferece os 
  bens deste mundo, ou melhor, do seu mundo, faz isso sempre de uma forma obrigatória, 
  porém nunca gratuitamente. É "cabotino",30 mas também, 
  ó, farsante da Antigüidade patriarcal, que não fornece nunca 
  o conhecimento sem alterá-lo. É um "faz-de-contas" filosófico 
  e político. O seu estado mental sempre tem um governo atrás do 
  seu ouvido (monitorando-o), não há nada de ortodoxia* na república 
  romana ou grega.
  O cesarismo bizantino possui um raciocínio para o ensino e um raciocínio 
  para o Estado; em todo caso, sempre é anti-social. Pode deixar sobreviver 
  sua soberania um pouco ao Cristianismo sentimental no coração; 
  porém, expulsa radicalmente o Cristianismo do cérebro. Pois bem, 
  é isto, o único modo de juntar um com o outro, que poderá 
  conduzir ao domínio do mundo atual e devolver o negro à sua hierarquia.
  O negro é Mefistófeles, pois Fausto não é mais que 
  o Polichinelo. O concordato, inclusive o mental, é a cena das jóias, 
  qualquer que seja a música que se toque. Nós queremos ser ternamente 
  respeitosos para com as três graças clássicas, que tanto 
  amamos, sem com isso aborrecer as outras, às quais não queríamos 
  mesmo converter. Porém, não ignoramos a Margarida que estes tipos 
  de histórias renovadas de Constantino, o Grande, terminam sempre deploravelmente 
  com um Fulano qualquer. É o adultério sacerdotal, dizem severamente 
  os profetas aos dirigentes judeus que se tornaram teólogos concordatários. 
  A Raça que derivou disso nos valeu como a de Esdras para a sua Judéia, 
  como golpes de Jehovah, entre os quais se encontram o Islã e os mongóis, 
  que podem reiniciar o Sabá mais bonito e mais forte do que nunca. Mas 
  essas moxas,** essas pontas de ferro e fogo, são benfeitoras se comparadas 
  aos males interiores, passados, presentes e futuros, causados à Cristandade 
  pela imprudência da mesma raça.
  Acontece assim por que ela é sacerdotal? Sim! Clamam os pretos-brancos. 
  Não é o bastante? Nós respondemos: não é 
  o bastante. É porque ela é teológica? Sim! Vociferam os 
  Demônios de Juliano, o Apóstata. Nós dizemos: acontece assim 
  porque ela é Teológica Concordatária.
  CAPÍTULO TERCEIRO
  A Morte Espiritual
  
  O Renascimento e a Vitória do Paganismo sobre o Humanismo Moderno
  Nascimento do Humanismo no Século XIV. - Seu Espírito. - Sua Ação 
  sobre o Estado Social Cristão. - Suas Conseqüências. - Papas 
  e Igreja Educadora em Face do Humanismo. - Perigos dos Estudos Pagãos. 
  - Utilidade da Catequização. - O Clero Poderia Evitar o Perigo; 
  seu Ponto Vulnerável. - O Renascimento Pagão Acolhido sem Temor 
  pelos Regulares. - Os Estudos Pagãos e a Instrução. - Eclosão 
  Infernal entre os Eruditos do Renascimento. - Os Secretários Apostólicos: 
  Petrarca, Eoccaccio, Coluccio Salutati, Poooé, Laurent Valla, l'Arétin, 
  etc. - Sua Influência sobre os Séculos Seguintes. - Resultado Pagão 
  do Humanismo; é Inevitável? Quem o Fez Assim? - Os Papas Deveriam 
  Receber os Orientais? - O Verdadeiro Humanismo. - Os Dois ESPÍRITOS da 
  História. - Os Fatos e as Leis. - O Princípio da Sociologia; sua 
  Chave - Leis Reguladoras do Humanismo. - As Três Ordens Sociais e os Três 
  Graus de Ensinamento.
  É no século XIV, na Corte pontifícia, que nasce o Humanismo. 
  Da Itália para a França, e depois de Avignon para Roma, elogiado 
  pelos eruditos laicos que já o antecipavam, explorando-o e fazendo com 
  que fosse celebrado por príncipes temporais e espirituais, o Renascimento 
  se surpreendeu, deslumbrando, subornando a Igreja educadora, na sua mais alta 
  representação humana: papas e cardeais.
  Qual Renascimento? Pois temos dois deles: a forma e o fundo, a carne e o espírito. 
  O do espírito, e este espírito é mortal a todo estado sintético 
  e vivente, religioso e social. É chamado de razão mental e governamental 
  pagã. Na sua origem, no seu ovo, é, já o dissemos, a razão 
  individual erguendo-se exclusivamente em princípio, em lei, em critério 
  do espírito humano; e o último vai para o diabo sem o primeiro. 
  É a Soudra semi-alfabetizada renegada que desmembrou a Igreja e o Estado 
  social dos patriarcas, faz cinco mil anos; foi a apóstata Soudra moderna 
  que matou há mais de um século a verdadeira burguesia e a economia 
  social de nossa nação.
  Ela desmembrou também a Igreja e os Estados gerais de Nosso Senhor Jesus 
  Cristo; pois, em todos os tempos, sua marcha é a mesma: desestruturar 
  para ocupar tudo; fazer-se de intermediário ilegítimo, parasitário 
  de toda á economia pública para subjugá-la à sua 
  venal voracidade. Seu verdadeiro nome é: a anarquia, o individualismo, 
  a inveja e a cupidez, até a loucura coletiva do homicídio e da 
  esmola. O pensamento deles vem sempre do ventre, até mesmo quando parece 
  que emana do cérebro.
  Marca todas as coisas com esse sinal de "gulodice" que faz com que 
  seja reconhecido onde quer que vá e em todas as coisas. Pensando com 
  o estômago, atua com os olhos e o cólon, e tudo aquilo que usurpa 
  e toca fica irreparavelmente maculado, assim: ensinamentos, justiça, 
  economia, fé, leis, costumes, ciência, arte, vida. Monstro humano, 
  que se fez por ele mesmo à imagem de Satanás, rendendo-se cegamente 
  aos vícios, encobrindo todos os raios da luz de Deus.
  E a Senhora: "Afaste-se daí, para que eu possa instalar-me". 
  E ainda: "Ela corta a sua cabeça", em caso de necessidade; 
  a Senhora é uma "Cesta" sempre disposta a receber tudo para 
  ela e o seu bando. Essa mãe de todos os "colapsos" e dos sete 
  pecados capitais não é a Eva, mas a Lililh* do Espírito 
  humano. Também é a Senhora Jourdain,** louca pela cobra, sua professora 
  de lógica, que matou seu marido, nobre homem que poderia torná-la 
  baronesa e arrendatária geral de seus bens, como de tantas outras coisas. 
  Depois de ter medido o pano com uma falsa medida, submete tudo à mesma 
  fraude, tudo, até para os tambores*** e os calvários;31 chama 
  a esta Exegese32 feita com as prebendas33 dela à nossa custa. Hoje em 
  dia, seu clericalismo de instrução nos custa milhares de moedas 
  por ano, tal como nos custa o clero em dez séculos.
  De acordo com os tempos, às vezes é a tecedora, outras é 
  a gulosa guilhotina. Esse era o seu sonho de tornar-se de sua maneira a princesa 
  do sangue. Essa mentalidade começa e termina com dois pronomes; confirmados 
  pela sua compreensão: Eu e a minha vontade. Eu, com maiúscula, 
  no estilo inglês. Nascida "Pickpocket", procura sempre "biscatear", 
  procurando uma carteira qualquer para apoderar-se do seu conteúdo e, 
  de acordo com as circunstâncias, torna-se: ateia, filósofa, filantropa, 
  teósofa, teofílantropa, humanista concordatária, tudo aquilo 
  que quiser, menos cristã. Tem horror das relíquias dos santos, 
  dos altares consagrados e, quando na presença de um crucifixo, é 
  possuída pelos piores demônios, espumando pela boca. Acaba de atirar 
  um no Monte Pelado e a resposta do fogo central não acabou ainda.
  A revolução babilônica, que provocou um segundo dilúvio 
  de sangue e de lama, havia-lhe conferido honradas, não só imperiais 
  mas também divinas, sob o nome de Senhora Nemrod: a razão do mais 
  forte. Sem Moisés que o reconstituiu, teria aniquilado o testamento dos 
  patriarcas, pois, uivando contra o Verbo Criador, gritava: "Morte ao infame!".
  A sua revolução antifrancesa, que trouxe de Roma, também 
  fez dela um ídolo de sangue vermelho, lançando a mesma blasfêmia, 
  porém contra o Verbo sob todos os seus aspectos: Criador, Encarnado, 
  Ressuscitado, pontífice e Rei da Vida Eterna. Na pessoa de uma prostituta, 
  a Camarilha filosófica a fez sentar no altar maior da Catedral de "Notre 
  Dame" sob o nome de Deusa Razão, tal como na Babilônia.
  Lutero, como homem do Norte, tinha conservado mais moderação e 
  mesura. Havia-se limitado a preparar sua apoteose dizendo: "Todo o homem 
  dotado de razão é intérprete nato das Escrituras". 
  A interpretação da harpia consistiu em pousar-se sobre as Escrituras 
  e sobre Lutero.
  Essa razão tem, pois, como última palavra: Sitpro ralione voluntas 
  Mea!, entendamos bem! É o facínora dos Estudos Clássicos. 
  De lá, suas conchas de ostra que proscrevem todas as pérolas, 
  seus odiosos ostracismos, esse amontoado infernal de condenados, patriotas necropolitanos, 
  fanáticos, pagãos, mediocratas rancorosos calçando alpargatas 
  ou coturnos, sandálias de tiras de Roma e de Atenas, sofistas do Agora, 
  retóricos do Fórum, que pagam à sua clientela eleitoral 
  com novidades "circenses" à sua custa, para depois retomar 
  as despesas sob forma de impostos. Disso derivam todos esses monastérios 
  violados e vazios, todas essas escolas abandonadas e viúvas, todos esses 
  asilos sagrados profanados e desertos. Daí, provém essa multidão 
  lamentável e inúmeros exilados, mulheres e homens, irmãos 
  celestes das pessoas pobres, Anjos da verdadeira democracia, religiosos de todas 
  as ordens que insuflarão sobre este Ocidente o espírito militante 
  da vida cristã, a responsabilidade dos grandes para os pequenos, a disciplina 
  sempre pronta à dedicação, ao sacrifício de si mesmo. 
  Adiantam ao estrangeiro da Igreja episcopal da França e ao último 
  de seus fiéis, nesta execrável expatriação que expulsa 
  novamente com eles a alma deste corpo nacional. Não ficarão para 
  guiá-la mais que as legiões de Satanás que já a 
  possuíam. Acredita em vão escapar assim do terrível castigo 
  que a aguarda; porém a guerra social, como nos tempos da Roma pagã, 
  devora-la-á, pois sua política a desencadeia, assim como abre 
  a porta à invasão estrangeira. 
  A razão ruim é, com efeito e ao mesmo tempo, a má vontade, 
  que não terá jamais a paz, nem dentro, nem fora. Nunca a terá 
  porque não a deixa com ninguém, desde Caim até a Torre 
  de Babel, do sabá filosófico e político dos gregos e dos 
  romanos a favor da escravidão, até a enciclopédia e a anarquia 
  dos ensinos atuais.
  Como os papas e cardeais se deixaram levar até a vertigem na beira do 
  abismo do qual hoje tocamos seu fundo? Suas santidades não percebiam 
  o mal; sua fé acreditava que a fé do mundo laico fosse tão 
  sólida quanto a deles, outros motivos não menos nobres os animavam.
  Temos que reconhecer, por outro lado, que seus estudos pagãos ofereciam 
  um perigo muito menor para o clero que para a clerezia, em razão da concordata 
  intelectual firmada em 313, sob o nome de Teologia Escolástica. Esse 
  tratado bilateral não era certamente o mais perfeito. Deixava subsistir 
  o Paganismo ao lado do Cristianismo: os ensinamentos cristãos de uma 
  parte; a filosofia pagã da outra. Rebaixava a Teologia, instituindo uma 
  inevitável confusão entre as raças, e é por isso 
  que vemos perpetuamente a tendência da concordata para o Paganismo; mas, 
  da mesma maneira que era, manteve e ainda mantém uma disciplina mental, 
  que era afirmada pela catequização primária e pela teologia 
  secundária. Assim, pois, repetindo, é a esta raça concordatária, 
  que apesar do seu desfalecimento e imperfeições, vão ainda 
  os nossos cumprimentos.
  Esses estudos poderiam inclusive não conter nenhum perigo para o clero, 
  sob a condição de que o Secular recrutasse na Regular toda a Igreja 
  ensinante, a episcopal, e molhasse periodicamente com um banho de vida intelectual, 
  moral e espiritual, absolutamente puro de toda mistura mundana. Nessas condições 
  de ambiente, o sacerdote de Nosso Senhor Jesus Cristo tinha para defender seu 
  domínio todas as armas diretas e indiretas do Evangelho: uma sólida 
  educação cristã lhe asseguraria a invulnerabilidade do 
  coração e da vida; uma poderosa instrução, não 
  somente teológica, mas teológica e científica, saturando 
  a inteligência, tornando-a soberana e sintética de todas as análises; 
  o controle mútuo e hierárquico da caridade cenobítica; 
  a disciplina, não da obrigação, mas da obediência 
  voluntária, ao Fiat voluntas tua em todas as coisas; a independência 
  econômica, territorial e mobiliária, frente a todo poder político 
  e civil; a segurança de viver longe do indivíduo e de todas as 
  suas sugestões do ventre; a renúncia ao mundo rejeitando do ser 
  todos os requerimentos dos sentidos, todos os de parecer e prosperar.
  As Ordens gregas e latinas, viveiros do clero secular, juntaram a maioria dessas 
  condições; mas todas ofereciam um duplo ponto fraco, universitário 
  e social. O primeiro teve como causa a Teologia, concordatária mental 
  de interpretação entre a Teológica objetiva e a Filosofia 
  subjetiva dos gentis, a razão individual e a subjetividade metafísica 
  e dialética. Tal era o primeiro lado vulnerável, inclinando a 
  compreensão sacerdotal a conformar-se com a mentalidade pagã, 
  em vez de submetê-la em todas as coisas à invencível intelectualidade 
  cristã, armada, como mostraremos em outra parte, dos dois critérios 
  objetivos da tradição sagrada: a vida e a ciência. Tudo 
  isso é remediável e os remédios são atualmente: 
  ciência despojada de toda sua interpretação filosófica 
  e os textos teológicos tomados nas mesmas condições.
  Desde o ponto de vista social, isto é, da aplicação da 
  Tradição à boa vontade coletiva, faltava a certeza relativa 
  às condições orgânicas do Estado político 
  e as do Estado social; de onde vem a tendência para sofrer dos pagãos 
  escravistas.
  Essas duas lacunas dependem uma da outra, e o corretivo da primeira envolve 
  forçosamente a segunda. À parte disso, as Ordens gregas e latinas, 
  além de serem viveiros episcopais do clero regular, realizavam muito 
  mais coisas do que Pitágoras tinha tentado em vão realizar para 
  a reforma do Paganismo, depois de ter consultado toda a Tradição 
  Patriarcal.
  É assim que vemos, desde o século XIV, os Regulares, cujos chefes 
  têm o nível de bispos e tomam parte da Igreja educadora, e com 
  eles a hierarquia dos príncipes seculares dessa igreja acolhe sem medo 
  o Renascimento pagão e o alenta com uma liberalidade de inteligência 
  e uma pródiga hospitalidade sem rival.
  Foi Bento XII que, em 1335, nomeou Petrarca, que se constitui no verdadeiro 
  padrinho do Renascimento e do Humanismo, canônico de Lombez; é 
  Clemente VI quem confia a este mesmo Petrarca a embaixada de Nápoles, 
  em 1343, que em 1346 foi protonotário e secretário apostólico, 
  depois arcebispo de Parma, em 1348, e finalmente canônico de Pádua, 
  em 1349. Inocêncio VI, de espírito bem mais austero que seu antecessor 
  Clemente VI, nomeia Zanobi como secretário apostólico. Urbano 
  V continua as mesmas tradições e, sob seu mandato, nós 
  podemos assinalar entre os secretários os humanistas Coluccio Salutati 
  e Francesco Bruni, cujo sobrinho Leonardo, diz l'Arétin, foi secretário 
  apostólico, chefe de serviço e de certo modo da Chancelaria pontifícia, 
  no começo do século XV.
  Sob Martinho V, que voltou de Avignon para Roma, é nomeado Poggé 
  como chefe do Colégio dos Secretários, modelo de Academia que 
  não tinha nada além de humanistas. Nesse Colégio, os cristãos, 
  como Ambrosio Traversari, o Camaldulense, e Mafféo Vegio, confraternizavam 
  com pagãos corruptos e de hábitos ruins como Poggé e l'Arétin, 
  Beccadelli, o Panormita, e Filelfo.
  Finalmente, com Nicolau V, o Renascimento toma conta, por assim dizer, do trono 
  pontífice. Piedoso e devoto, distribuiu, sem distinção, 
  seus favores a todos os humanistas, tanto os pagãos como os cristãos. 
  Dá a Teodoro Gaza a cátedra de língua e filosofia gregas 
  na Universidade romana. Sob o seu mandato, Marsílio Ficino é o 
  oráculo da Academia de Florença, e é por sua inspiração 
  que Gianozzo Manetti empreende a erudita edição trilíngüe 
  da Bíblia, seguindo o texto direto.
  Não podíamos, sem estendermos indefinidamente este estudo, deixar 
  de enumerar todos os membros do Sacro Colégio que, seguindo o exemplo 
  dos Papas, interessaram-se pelo movimento do Renascimento. Entre o mais destacados, 
  podemos citar: Louis Alaman, arcebispo de Aries; Nicolau Albergati, bispo da 
  Bolonha; Hugues de Lusignan; Próspero Colonna; Dominico Capranica; Julián 
  Cesarini.
  É Cesarini quem descobre e protege a esse humanista destinado a tornar-se 
  uma glória da Igreja e das Letras: o alemão Nicolau de Cuso. Por 
  outro lado, o cardeal de Saintange, ponderando o valor moral e a cultura intelectual 
  de Bessarion, o ilustre metropolita de Nicéia, toma-o responsável 
  pelo Helenismo na Itália, e é a Cesarini que este erudito humanista 
  deve seu capelo de cardeal.
  Dominico Capranica foi promovido a cardeal ao mesmo tempo que Cesarini, tornando-se, 
  como este último, o mecenas dos estudantes, dos artistas e dos eruditos. 
  Manda construir um palácio em Roma para jovens pobres e institui 30 bolsas 
  de estudo para os alunos de Teologia e Literatura. É deste colégio 
  que surgiu Aeneas Sylvius Piccolomini, que foi secretário de Capranica. 
  Ele era pobre, mas muito inteligente e enérgico, de forma que mais tarde 
  chegou a ser papa, adotando o nome de Pio II. Desse mesmo colégio saíram 
  também Santiago Ammanati, futuro cardeal-bispo de Pavía; Agnili 
  e Blondus.
  Entre esses protetores e promotores do Humanismo, não podemos nos esquecer 
  do cardeal Pedro Barbo, artista, colecionador e arqueólogo, que manda 
  construir um esplêndido palácio para abrigar suas ricas coleções; 
  nem de Gérard d'Estouteville, parente dos reis da França, o qual 
  compete com Barbo em luxo e em liberalidade.
  Essas poucas citações farão entender com que liberalidade, 
  com que ardor e com que espírito livre de todo temor ou perigo para o 
  entendimento e a fé do clero se lançou a Igreja ao renascimento 
  dos estudos pagãos.
  Mas esses mesmos estudos pagãos, se não são um perigo real 
  para o clero tanto regular como secular, explodem desde o começo como 
  um perigo social sem precedentes para todo o sistema de ensinamento cristão, 
  começando pelos seus professores, mestres, eruditos, filósofos 
  ou juristas do mesmo gênero.
  Uma fraca educação cristã, muito mais forte, porém, 
  que a de nossos dias; uma débil instrução religiosa limitada 
  ao grau primário, à catequização e, assim mesmo, 
  muito mais extensa que a dos nossos dias; uma disciplina relaxada e, entretanto, 
  conservada por uma série de organismos sociais e familiares, totalmente 
  quebrados desde mais de um século; um controle mútuo hierárquico 
  impregnado ainda de espírito cristão, porém corrompido 
  já no alto pela Corte, no meio pela moda e nela opinião dessa 
  mesma Corte; a preocupação por viver é menor que em nosso 
  tempo, graças às corporações e à garantia 
  que ofereciam aos indivíduos; as sugestões do ventre entre os 
  eruditos seculares laicos em ruptura com a sua Ordem, que são forçados 
  a passar do diletantismo para o parasitismo; os requerimentos em todos os sentidos 
  para o naturalismo e para o espírito do mundo, ambos pagãos; a 
  sede de parecer para prosperar; o aborrecimento instintivo contra toda obrigação 
  social neste desprendimento da anarquia individual: tais eram as condições 
  do meio no qual o Paganismo deveria acordar como se fosse na sua própria 
  casa, sob todas as formas possíveis, porém infinitamente piores 
  que seus modelos, pois o espírito de imitação exagera os 
  defeitos e nunca as qualidades.
  Assim, foi a infernal eclosão entre todos os eruditos dessa época 
  e particularmente entre os imundos secretários apostólicos.
  O primeiro desses humanistas, Petrarca, permanece não obstante cristão 
  e se esforça para conciliar a instrução pagã com 
  a educação cristã. Respeita a Igreja e seus dogmas, visita 
  os santuários e as tumbas dos Apóstolos e dos Mártires, 
  porém é amigo de Boccaccio e de Leontius Pilatus.
  Se Santo Agostinho é o inspirador de sua consciência, Cícero 
  e Virgílio são seus mestres literários, dos quais é 
  um sincero devoto. Possui um amor desenfreado pela glória que chega a 
  ser até monomania; uma vaidade sem limites o impele a invejar e odiar 
  seus rivais, e ele mesmo lamenta este amor pagão pela fama do qual não 
  pode corrigir-se.
  E já, desde o século XIV, faz o tipo de Poggé e de Maquiavel. 
  Seu patriotismo antiquado o faz saudar o sucesso de Rienzi, e se estende em 
  amargas críticas contra os papas; pois imbuído das idéias 
  políticas que circulam entre a maioria do humanistas do Renascimento, 
  sonha com uma Roma rainha das nações, mais do que uma vila pontífice, 
  porém pagã e arcaica: República romana ou Império 
  Universal. Mais tarde, Valia e Maquiavel denunciarão da mesma forma o 
  papa como inimigo de Roma e da Itália.
  O Paganismo ainda se mostra timidamente em Petrarca, exemplar da raça 
  concordatária, que tardaria em impor-se como indiscutível mestre 
  do Humanismo. Desde o começo do século XV, escreveu Coluccio Salutati, 
  o professor de Poggé, em seus Trabalhos de Hércules, que "o 
  céu pertence aos homens fortes". Isso era proclamar que o homem 
  tira de si mesmo e de seus esforços sua meta final e sua perfeição. 
  Já era o Humanismo pagão, a quarta raça mental, a negação 
  radical do Cristianismo. O Colégio dos Secretários Apostólicos, 
  emparelhando seus passos, desenvolveu esta tese: "A natureza humana é 
  boa por si mesma", e, no século seguinte, compartilhando esse otimismo, 
  Rabelais escreverá a respeito dos thelemistas: "Em suas regras não 
  havia mais que esta cláusula: 'faça o que você quer', porque 
  os bem-nascidos, muito bem educados, convivera em companhias honestas, têm 
  por natureza um instinto 'agulhão' que os impulsiona sempre a realizar 
  fatos virtuosos". É a moral submetida à satisfação 
  de todos os instintos.
  Cada vez mais pagão, o Renascimento, sob o pretexto de seguir a Natureza, 
  dá a preferência ao desfrutar dos prazeres em todas as suas formas. 
  O futuro favorito de Nicolau V, Laurent Valia, é sensual. Em 1431, publica 
  seu tratado, De Voluptaie, no qual afirma que o prazer é o verdadeiro 
  bem, e dedica a Eugênio IV sua obra De vero bono, que desenvolve a mesma 
  doutrina: o desfrute do prazer sem freios.
  Não podemos nos surpreender se tal teoria levou ao desenvolvimento dessa 
  literatura obscena apresentada na corte dos papas por tantos ilustres humanistas. 
  Para memória dos mais notáveis, mencionamos: Leonardo Bruni l'Arétin, 
  que, em seu discurso de Heliogábalo, discute com as cortesãs de 
  Roma sobre as diferentes formas de voluptuosidade; livros como esse deliciam 
  os secretários apostólicos. Ao mesmo tempo, Panormita escreve 
  o infame livro O Hermafrodita; Poggé publica uma coleção 
  de piadas licenciosas. Sob o comando de Nicolau V, Pedro Niceto e Aeneas Sylvius 
  Piccolomini, futuro Pio II, trocam uma correspondência sobre o matrimônio 
  e a união livres.
  Os costumes dos Secretários correspondem à sua literatura: Poggé, 
  que recebeu as Ordens menores, reconhece catorze filhos bastardos. Como laico 
  diz: "Eu tenho filhos"; como diácono diz: "Passo pelas 
  mulheres". Filelfo, Porcello, Vallas, Poggé são também 
  sodomitas, e quando Pomponius é reprovado por seus hábitos ruins 
  e ignóbeis, ele alega o exemplo de Sócrates.
  Mas, por que mexer por mais tempo nesse lodo? Pessoas eruditas capazes de tudo, 
  crápulas do espírito humano, pornográficos, panfletários, 
  mestres cantores, cúpidos, vaidosos, de costumes podres, convencidos, 
  venais como as moças públicas, desavergonhados maculadores de 
  tudo aquilo que merece respeito, eis o que foram os secretários apostólicos, 
  os humanistas do Renascimento pagão, os representantes da quarta raça 
  mental; e, graças a eles e aos seus sucessores, desse Renascimento ao 
  Protestantismo, deste para a Apostasia completa da Instrução Enciclopédica, 
  o abismo foi aberto o suficiente para que o fogo do Inferno saia dele com todos 
  os seus demônios. Descreveremos em outra parte essa possessão mental 
  e a influência anti-social sobre a Revolução Francesa.
  Essa é a razão mental pagã: Agripina, mãe de Nero, 
  ou Frinéia, soberana do Areópago. E eis o porquê, desde 
  o Renascimento, a Igreja sacerdotal, como a boa galinha do Evangelho, choca 
  a sua ninhada de tantos pagãos, como bacharéis diplomados pelo 
  Estado usurpador da instrução pública. A incubação 
  é cristã, a instrução é pagã e pior 
  que seu modelo, o Paganismo jônico. Da Igreja para a anti-Igreja, do mar 
  para o Charco,* está o Humanismo concordatário da Universidade 
  que dirige todos os patinhos, da água pura do Batismo para a água 
  salgada da inundação.
  Alma Mater!... Alma é muito dizer, e Mater mais ainda depois que o Estado 
  político, novo Caim, aniquilou o Estado social, Abel, seus Estados gerais, 
  o povo em corpo vivente, e escravizou seus três Poderes: o Ensino, a Justiça 
  e a Economia públicas.
  Essa desumanidade pagã, cujo Juízo Final segue seu curso, é 
  o resultado do Humanismo. Ela é um resultado necessário dele? 
  Admitir isso seria ser pagão como ela. Seria ignorar o Evangelho e as 
  suas chaves, sua ciência, sua sabedoria velada, sua síntese divina 
  e humana, sua religião una e universal. E aí, e tão-somente 
  aí, está a soberania suprema de todos os humanismos; como ela 
  é espírito e vida, quer que todos ressuscitem, lavados em sua 
  luz, purificados em seu amor, transfigurados em sua glória.
  Que são todas as Igrejas étnicas da Terra senão, os corpos 
  espirituais de todos os povos mortos pela Roma pagã e devolvidos à 
  vida, como outros tantos Lázaros, pela Igreja de Jesus Cristo? Esses 
  corpos glorificados são os anjos guardiões dessas nações 
  e de toda a sua História, passada, presente e futura. Porém, ai 
  dos que expulsam esses Anjos! Pois os demônios exorcizados entram novamente 
  nelas, tão pior do que antes, que acabam morrendo por sua causa.
  O resultado do Humanismo não era fatalmente o pagão. O que o teria 
  tomado assim? A vontade, a livre decisão dos eruditos tanto do clero 
  como da instrução, sendo responsabilidade completa e plena desta 
  última, principalmente com as sanções penais das leis em 
  função dos fatos e princípios contidos nessas Leis.
  Podemos por acaso repreender os pontífices romanos por terem aberto seus 
  braços, seu coração, seu espírito, seus palácios, 
  seus tesouros, toda nossa Igreja a seus santos e venerados irmãos do 
  Oriente, aos monges e aos abades dos conventos orientais, fugitivos de Bizâncio, 
  sobre os quais se abatia a cimitarra dos Turcos? Eles haviam apelado em vão, 
  demandado, rogado, implorado, suplicado por uma Cruzada à incorrigível 
  e anárquica Europa, a batalhadora, que atravessava ela mesma por problemas, 
  permanecendo surda às suas vozes. Como, nessas condições, 
  repreender os papas por terem ajudado os patriarcas bizantinos a salvar do ferro 
  e do fogo dos sectários muçulmanos os monges eruditos, que traziam, 
  confusamente, de todos os conventos das terras eslavo-gregas e jônicas, 
  não só os manuscritos dos seus ancestrais pagãos mas também 
  os dos padres de suas Igrejas? Como lamentar que esses pastores dos povos europeus 
  tenham abraçado com entusiasmo, consolando-os ante o triunfo insolente 
  dos invasores asiáticos anticristãos, toda essa solidariedade 
  cronológica de nosso continente, que compreendia a idolatria mediterrânea 
  dominada pela Cruz!
  Este grito, "o Humanismo!", como era bonito nessa hora crucial da 
  História e do espírito vivente, dessa crise de vergonha e de dor! 
  Sobre os lábios dos Santos eruditos significava: caridade. Essa majestosa 
  Igreja latina foi, realmente, a irmã da caridade de sua nobre e infeliz 
  irmã oriental. Oh! Essas duas irmãs! Na prosperidade ficam rivais 
  de beleza, ciumentas de seu poder, até mesmo hostis; porém se 
  uma dobra os joelhos e cede em face da adversidade, a outra toma as suas dores, 
  levando a cruz, resplandecendo o amor, e assim será de século 
  em século.
  Esse Humanismo da primeira hora é o nosso em seu primeiro grau; mas temos 
  mais dois de reserva, no mesmo espírito: lembrança e esperança. 
  As obras mestras da humanidade inteira testemunham a mesma cidade de Deus, a 
  mesma civilização anterior e futura. Todas pertencem à 
  fonte divina de toda a verdade, estando nela somente as gotas diamantinas recebidas 
  por ela; e os puros raios humano-divinos, que brilham nessas águas sempre 
  vivas, provêm do mesmo Sol de onde procedem todas as razões e todos 
  os idiomas humanos: o Verbo Deus.
  Portanto, quem dentre nós não faria a mesma coisa se estivéssemos 
  nas mesmas condições que esses papas e cardeais? Por esse motivo 
  se levantaram as vozes dos protestantes contra o papismo e a grande Babilônia, 
  tornando-se outras tantas ejaculações de humanista energúmenos 
  e de ébrios bíblicos analfabetos; arrotos políticos, que 
  merecem ser tratados a pontapés pelo asno escolar.
  Não se trata dos atos dos papas em relação ao Humanismo, 
  mas do uso que poderia ser feito desse ato. O ato em si mesmo está acima 
  de qualquer elogio como também de crítica, pois toda a Europa 
  não tem mais que agradecer com veneração a Roma pontífice, 
  como uma criança à sua mãe, por tê-la rendido aos 
  autores gregos. Os jesuítas merecem a mesma gratidão por ter-nos 
  revelado os Kings chineses, e os anglicanos, sacerdotes e nobres, fiéis 
  letrados, por ter-nos transmitido os textos sânscritos, os vedas, as puranas 
  e as interpretações que fizeram então de acordo com o brâmanes.
  Nós levamos longe, bem mais distante do que qualquer um, esse sentido 
  da Universalidade humana que no fundo é o do infinito celeste. E imperioso 
  em nós manter a fé na universidade da Palavra Primordial; mas 
  não menos imperioso falar ao nosso espírito do sentido da Unidade, 
  do Absoluto ou do Divino, cujo eixo polar é a ação direta 
  do Verbo, seu Cristianismo eterno, no princípio, no meio e no fim de 
  todos os Ciclos, não somente na Terra mas no céu inteiro.
  Nós nos faremos ainda entender melhor mais adiante, enquanto isso descemos 
  do superlativo ao positivo. A história tem dois espíritos conhecidos, 
  dos quais o menor não é o que nos conduz à escala evolutiva, 
  é julgado pelo número de seus escritores modernos e no concerto 
  pouco harmonioso de suas interpretações. Que esses continuem tocando 
  ao seu bel-prazer esta música de varias árias, tocadas ao mesmo 
  tempo, mas sem conjunto. Inauguramos para nós, para nossa melhor compreensão, 
  um terceiro espírito. Este conserva intacto o primeiro, o dos fatos; 
  afasta de nossa consciência o que não interessa; um segundo, o 
  das reflexões subjetivas, substituído por um terceiro, o das Leis.
  Das Leis, mas não no sentido individualista, jurista, político 
  e pagão de Montesquieu, nosso sentido é objetivo, da ciência 
  pura. Este é inseparável da vida que a sustenta, e essa vida, 
  a do Verbo legislador, é a própria religião e as três 
  juntas formam a sabedoria sagrada.
  O espírito dos fatos é pura e simplesmente a observação; 
  no homem, é a experiência humana em todos os seus graus históricos 
  e sua solidariedade em todos os tempos. É o "Como". E a continuação 
  vem o "Por que da existência dos povos e das raças?" 
  Qual a razão de seu nascimento, seu crescimento, seu apogeu mais ou menos 
  longo, a sua decadência, sua decrepitude, sua morte? Finalmente, por que 
  sua sobrevivência no Verbo, por sua palavra? Por que sua ressurreição 
  em um novo corpo glorificado por Ele? Esses corpos gloriosos são as Igrejas 
  das nações, sem prejuízo para as das raças e, por 
  fim, da Humanidade inteira.
  Esse por quê, repetido de grau em grau, é o espírito das 
  Leis sociológicas intrínsecas dos fatos, e essa ciência 
  é sagrada como toda ciência real. O Princípio da Sociologia 
  está em todos os Livros Santos, no dos arianos, no dos iranianos, no 
  dos mongóis, no dos egípcios, nos de Orfeu, no dos druidas, enfim, 
  em todos, desde os patriarcas até os Evangelhos. Mas, neste vórtice 
  da universalidade, é necessário que a mão sustente com 
  força a unidade, o centro absoluto e o eixo polar que passa por esse 
  centro, sob pena de ser arrastado pelas forças centrífugas. Esse 
  centro é o Verbo Divino, seu eixo vai do pólo patriarcal ao do 
  Juízo final, passando por todos os patriarcas, por Moisés, pelos 
  profetas, pelo Verbo Encarnado, Crucificado e Ressuscitado, pelos apóstolos 
  e por seus sucessores, passados, presentes e futuros.
  E útil voltar a essas coisas, pois a essência pagã da intelectualidade 
  contemporânea, filha do Renascimento, terá repetido seu Sabá 
  à custa da Sociologia como de todo o resto. Cada bacharel terá 
  o seu no bolso, seu socialismo, que para ele é o oposto da verdadeira 
  sociologia.
  Sem a chave, ao mesmo tempo científica e religiosa desta última, 
  a história é um farol apagado. É a lanterna dos burgueses 
  que moram no morro à beira do precipício. Graças a esta 
  chave, o farol se ilumina, e é mais útil aos homens do Estado 
  e da Igreja que aos eruditos curiosos ou diletantes, sendo muito útil 
  aos guias conscientes e responsáveis pela marcha da humanidade. E por 
  isso que sujamos nossos dedos de tinta, vinte anos atrás, para escrever 
  as nossas Missões; e é pela mesma razão de caridade que, 
  hoje em dia, numa época em que existem muitas classes de pessoas que 
  vivem do ofício de escritor, voltamos mais fones do que nunca, livres 
  para dirigir nosso recado para alertar os fariseus e pagãos e todos os 
  seus sub-répteis.
  Vejamos agora quais são as Leis regulares do Humanismo, entendendo-se 
  por essa palavra os Estudos Clássicos. As Leis vigentes são do 
  Cristianismo, soberanas sobre os pagãos, tal como mostraremos na segunda 
  parte deste livro, tanto a soberania intelectual como a espiritual, pois que 
  direito temos de separar as duas entre os apóstolos e seus discípulos 
  desde Pentecostes?
  Para que essa soberania sagrada, pelo seu incessante controle sobre o acesso 
  da ascensão do neopaganismo do Renascimento, pudesse evitar as catástrofes 
  que já têm alcançado e ainda alcançarão a 
  Humanidade, teria sido necessária uma dupla intervenção 
  de sua parte na compreensão laica secular e na sua vontade coletiva.
  Na compreensão, os remédios preventivos indicados pela soberania 
  teológica eram os três graus de ensino do Tri-Reino, correspondentes 
  às três pessoas da Trindade: Pai, Filho, Espírito Santo; 
  Essência, Existência e Substância.
  Na vontade coletiva, a prevenção evangélica indicava as 
  três ordens sociais correspondentes aos três graus do ensino.* Está 
  aqui, de cima para baixo, a relação destes graus e destas ordens.
  1º. À Instrução da Ordem econômica corresponde 
  o grau primário da catequização, completado solidariamente 
  com a comunhão e com uma seleção sempre aberta, que se 
  relacionam a:
  2º. Instrução da Ordem Jurídica, a da espada e da 
  Toga. Corresponde ao grau secundário, que já não é 
  simples como o anterior, mas iniciático. Relaciona-se por uma solidariedade 
  de comunhão e de seleção a:
  3º. Instrução da Ordem de Ensino Universitário. Corresponde 
  ao grau superior da Sociedade dos Fiéis, ao grau iniciador, unido ele 
  mesmo à Igreja ensinante, à abacial mitrada regular e â 
  episcopal secular para um acoplamento de comunhão e de seleção: 
  1° Sacerdócio privado, ad missam; 2°. Mitrada abacial, Canonnicat; 
  3º Púrpura cardenalícia.
  Em suma, os estudos secundários e greco-latinos superiores, adequados 
  ao segundo grau, não deveriam conduzir a nada além de estudos 
  mais profundos ainda, com o Sânscrito como língua ariana protoclássica. 
  Tudo se tornaria vazio rapidamente e somente ficariam nos bancos escolares as 
  verdadeiras elites que buscavam a verdade por si mesmas e não uma banal 
  instrução para tirar proveito dela, um meio anormal de existência, 
  ou parasitária, ou corruptora.
  SEGUNDA PARTE
  A Sabedoria de Deus
  e o Cristianismo
  
  Ego sum Via, et Veritas, et Vita 
  São João. Ev. XIV. 6.
  CAPÍTULO PRIMEIRO
  A Estrada
  A MATESIS CRISTÃ
Re constituição 
  da Proto-Síntese. - Nossos Guias. - O Cristianismo é a Única 
  Religião. - A Matesis Cristã e as Três Sínteses. 
  - Quadro Sinóptico. - Os livros Sagrados Divididos em Três Sínteses. 
  - Sua Origem Comum. - O Evangelho. - Jesus. - A AMaTh. - A Matesis e São 
  João. - Daniel, Esdras; Reconstituição da Síntese. 
  - A CaBaLaH e suas Chaves. - As Universidades Antigas. - O Selo do Deus Vivo 
  nos Vedas; no ARKA-METRA. - O Nome de JeShu e suas Correspondências. - 
  A Tradição em Face da Mentalidade Européia Adormecida. 
  - Nossos Esforços para Despertá-la.
  
  Alguns esqueletos foram o bastante para que Cuvier reconstituísse a paleontologia 
  antediluviana. A História e a pré-história relatadas nos 
  livros sagrados de todos os povos nos diminuem o mérito relativo à 
  proto-síntese humana. A maior dificuldade consiste em deixá-la 
  recuperar-se por si mesma de acordo com o duplo método objetivo e seu 
  duplo critério.
  Nossos principais guias têm sido, entre os sacerdotes da Igreja, Santo 
  Agostinho; entre os evangelistas, São João; entre os outros apóstolos, 
  São Pedro e São Paulo; entre os escritores sacros do Antigo Testamento, 
  Moisés; entre os autores anteriores a Moisés e de acordo com a 
  mais pura Tradição Patriarcal, Jó; entre as antigas universidades 
  dos patriarcas, que ainda estão em atividade nos nossos dias, temos a 
  do Brahmanismo, que vem desde a época de Krishna, mas que contém 
  uma documentação muito anterior ao século XXXII antes da 
  Encarnação do Verbo.
  A essa Universidade acrescentamos a iraniana, representada pelo Guebres, e, 
  no Extremo Oriente, o Kouo-Tsé-Kien; e no Extremo Ocidente, temos os 
  documentos da Raça Vermelha.
  Toda esta documentação pode ser lida e está situada, com 
  todas as suas correspondências, no Instrumento de Precisão, do 
  qual falamos várias vezes, o Arqueômetro; assim como todos os ensinamentos 
  derivados dele, centraliza-se e resume-se em um momento do Verbo Vivo: o CRISTIANISMO.
  O Cristianismo, realmente, não é uma entre as religiões 
  deste mundo: todas as outras não passam de um desmembramento dele. E 
  a religião de todos os mundos, a Matesis do Universo duplo: o visível 
  e o invisível; e de seu anfíbio: a Humanidade.
  A Matesis cristã contém três sínteses: o Universo 
  visível, o Universo invisível e a Humanidade, anfíbio dos 
  anteriores, tal como são resumidos no Quadro Sinóptico seguinte:
  UNIVERSO
  INVISÍVEL, VISÍVEL, HOMEM ANFÍBIO
  A Glória Divina: She Ma
  A vida eterna:
  " Essência = Sujeito - Suporte - Centro - Apoio - Pai.
  " Existência = Verbo - Princípio - Raio - Poder - Filho.
  " Substância = Objeto - Finalidade - Círculo - Movimento - 
  Espírito Santo.
O Céu da 
  Glória, o Involutivo Radiante: SheMaY
  A Existência eterna:
  " Poderes específicos do Verbo: ALHIM.
  " Poderes específicos do Espírito Santo: RoHa.
  " Poderes específicos da Espécie: Ha-OR.
O Céu Reflexo 
  da Glória Refletida, 
  o Involutivo das Ondas Etéreas: SheMaYm
A existência 
  imortal:
  " Sociedade cosmogônica dos Anjos da palavra viva: ATh-Ha-Sha-MA-Ym.
  " Faculdades androgônicas involutivas: ATh-Ha-ADaM.
  " Sociedade dos eleitos glorificados: Ath-Ha-AReTs.
O Céu Físico 
  Involutivo e Evolutivo
  das Forças e das Atmosferas: SheMi-DWu
A existência 
  intermediária:
  " Anjos e faculdades antropogônicas: Involutivas.
  " Sociedade das almas evoluídas.
  " Anjos e faculdades animais e vegetais: Involutivas.
A Astralidade Shematízada 
  - Involutiva e Evolutiva: AReTs-AsTRa
  A existência física evoluída:
  " Os homens individuais visíveis.
  " Os Animais - -
  " Os Vegetais - -
  
  A Astralidade Dinamizada - Involutiva e Evolutiva
  A substância física evoluída:
  " As forças reflexas e os gases.
  " Os metais: suportes das forças. Oclusão dos gases.
  " A matéria cadavérica voltando a entrar em transação 
  de substâncias.
A Astralidade Absorvente, 
  Desagregadora, em Contra-Shema
  A existência infernal:
  " Poderes sarcófagos das Trevas.
  " Demônios não-evoluídos.
  " Condenados evoluídos de homens.
O Fogo do Caos 
  Desagregador, Putrificante e Aniquilante
  A existência satânica:
  " Demônios das forças repulsivas e dos gases explosivos.
  " Demônios dos ódios e das pragas.
  " Satanás: o antiverbo de perdição e destruição.
  
  Cada grau dos sete primeiros ternários da história humana é 
  comentado do princípio ao fim nos Livros Sagrados de todos os povos. 
  Esses livros dividem-se em três, de acordo com a Matesis Divina, em três 
  sínteses relativas ao duplo Universo e à dupla Humanidade: Invisível 
  e Visível.
  Apesar de suas aparentes divisões sob as bandeiras das várias 
  religiões, das Universidades, das línguas e das legislações 
  em que se divide a humanidade terrestre, os Vedas, os Kings, a Avesta, os Livros 
  de Moisés, os Livros dos Profetas e até as mitologias asiáticas, 
  européias e africanas não são nada mais nada menos que 
  a expressão de sistemas individuais presididos pela anarquia. Não 
  são filosóficos; não emanam do critério subjetivo, 
  e demonstraremos que existe entre eles um laço de união que aponta 
  uma origem comum neste mundo e um mesmo princípio revelador no plano 
  espiritual. A mesma coisa podemos dizer dos sistemas científicos que 
  acompanham essas obras, bem como os sistemas sociais que são a sua aplicação.
  Todos os eruditos que tiveram a curiosidade de estudar-se uns aos outros chegaram 
  às mesmas conclusões que as nossas, isto é, que esses desmembramentos 
  estão tanto mais de acordo com as leis reais dos fatos universais quanto 
  mais longe se remonta a sua antigüidade, até um ponto de partida, 
  oculto mas translúcido, no qual se descortina a tríplice síntese 
  primordial. E. pudemos verificar, com todo o rigor possível de um raciocínio 
  mais exigente, que esta tríplice síntese primordial e sua Matesis 
  são a religião cristã, aquela do Verbo Criador, antes de 
  encarnar-se para a salvação dos homens. Além disso, o Evangelho 
  nos diz isso com todas as letras e, depois dele, os apóstolos e seus 
  discípulos que o pregam para todas as nações. Os sacerdotes 
  da Igreja, saídos em sua maior parte das iniciações mediterrâneas 
  e orientais, continuam a conquista cristã lembrando aos pagãos 
  este fato incontestável.
  É por essa razão que Jesus fala como Verbo Criador, Inspirador 
  de toda a Revelação passada e futura, e como Verbo Encarnado antes 
  de ascender novamente à glória de onde ele desceu, quando disse: 
  "Eu sou a AMaTh", a verdade vivente de onde procede toda verdade.
  AMaTh, com efeito, contém:
  1º ThaMA, o milagre da vida, sua manifestação na existência 
  universal;
  2º AThMa, a existência infinita da Essência Absoluta, a Alma 
  das Almas: ATh;
  3º MaThA, Mata, a Razão Suprema de todas as razões verdadeiras, 
  a incidência de todas as reflexões, a legislação 
  de todas as leis, a eudoxia de todas as doutrinas.
  
  Ao falar assim, o Senhor expressa, não só toda a Tradição 
  Sagrada revelada por ele aos patriarcas, não apenas a Tora de Moisés 
  que os resume, mas sua própria Tora direta, a do duplo Universo e da 
  dupla Humanidade.
  Nós dissemos o bastante, em outra ocasião, que o confidente mais 
  íntimo do pensamento divino de Jesus, São João, registrou 
  a antiga Matesis e os Princípios das três sínteses no começo 
  de seu Evangelho. É impossível, lendo este livro e o Apocalipse, 
  com um espírito ao mesmo tempo religioso e científico, não 
  perceber que são do mesmo autor. Eles expressam os mesmos Mistérios, 
  da mesma forma hierática, e em particular a AMaTh de que estamos tratando 
  aqui.
  "Eu vi um anjo ascender do Oriente com o Selo do Deus Vivo." Peço 
  ao leitor guardar bem essas palavras do Apocalipse, VII, 2. Profetiza que a 
  Matesis do AMaTh, inseparável em Jesus, porém aparentemente separada 
  na humanidade religiosa, científica, universitária e social, será 
  reconstituída entre o Oriente e o Ocidente. O eco de Daniel por meio 
  de Esdras, relativo a certas tradições e as chaves dos Mistérios; 
  o Talmud diz: "O Selo do Deus Vivo é AMaTh."
  Os profetas, sabendo seu significado, poderiam reconhecer imediatamente o Messias 
  a cada enunciado que este fizesse de Mistérios tão decisivos. 
  Mas os profetas estavam todos mortos pelo estado mental e governamental da burguesia 
  suplantadora, aquela da tribo de Judá.
  Remontando o curso do tempo, examinemos as fontes universitárias em que 
  os textos de Moisés foram reconstituídos em caracteres assírios 
  vulgares e numa língua metade hebraica e metade caldéia. Daniel 
  era nessa época o Grão-Mestre da Sagrada Escola dos Kashidim. 
  As chaves dadas por ele abrem as portas de todos os Santuários da Tradição, 
  como também de sua unidade e de sua universalidade pré-diluvianas 
  e até pós-diluvianas por alguns séculos.
  Entre essas chaves comuns direta ou indiretamente a todas as universidades patriarcais, 
  temos que mencionar a Ca-Ba-LaH, da forma em que a definimos em nossas notas, 
  com sua interpretação solar-lunar, lunar, horária, mensal, 
  decânica, etc, de acordo com as línguas e sua sinalização 
  sagrada. Essas chaves são científicas e tão claras quanto 
  as profecias de Daniel, tão exatas como a época que ele indica 
  para a encarnação dos Messias. Tudo isso, e muitas outras coisas, 
  fazia parte da Matesis da AMaTh.
  O mesmo Mistério nos conduz de sua segunda para a primeira transcrição, 
  da Babilônia a Tebas, onde, sob o nome funcional de Oshar-Shiph, Moisés, 
  como filho de um rei, foi epopte e depois chefe do Estado-Maior real comissionado 
  como engenheiro militar para compor fortalezas e máquinas de guerra. 
  Sua fama como sábio e como inventor passa dos egípcios aos romanos.
  A universalidade tebana nos leva, voltando ao tempo, a outra que não 
  foi sua mãe, mas sua irmã maior: Tirohita, uma vila erudita dos 
  antigos brâmanes do Norte. Os sacerdotes tebanos e os da Etiópia, 
  bem como os iniciados reais, iam terminar ali seus elevados estudos relativos 
  ao Universo Invisível. Da mesma forma, os Kashidim da Babilônia 
  iam aperfeiçoar seus estudos relativos ao Universo Visível, na 
  sua Universidade de origem: Kashi (em sânscrito Caçi, hoje em dia 
  Benares).
  Detende-nos em Tirohita, e para observar a universidade e a universalidade cristãs, 
  em um fato tão importante quanto a AMaTh, o Selo do Deus-Vivo; abrindo 
  o Atharva-Veda: "O Selo do Deus-Vivo traz o Sol, porque sua Revelação 
  ilumina o Universo." Assim, Nosso Senhor Jesus Cristo, nestas como em todas 
  as suas palavras shemáticas, não fez mais que resumir a si mesmo, 
  como Verbo Criador e Inspirador de sua religião eterna, una e universal.
  O Atharva-Veda nos conduz a uma filiação antediluviana. E aí 
  que voltamos a encontrar novamente a impressão do Selo da Matesis, seu 
  Shema verbal e cosmológico solar no ARKA-METRA que reconstituímos 
  baseados nos documentos antigos verificados pela ciência moderna. É 
  o Arqueômetro dessa Palavra Primordial do Verbo que São João 
  registra em seu Apocalipse. A leitura de um e do outro não deixa nenhuma 
  dúvida de que essa impressão do Selo não teria sido revelada 
  por seu Divino Mestre.
  Assim, fomos conduzidos pelos Vedas ao Ciclo antediluviano, ao da tríplice 
  síntese e de sua Matesis confirmada sobre o mesmo Selo: JeshU-Verbo e 
  MeShIaH. Em nossas notas sobre a CaBaLaH, na primeira parte desta obra, lembramos 
  que as litanias de nossa Igreja chamam o Senhor de: "Rei dos patriarcas". 
  É um fato, e não uma forma de falar, e isso ocorre, com toda a 
  tradição religiosa, desde seus textos teológicos até 
  o Arqueômetro litúrgico, que os enquadra em todas as correspondências 
  do duplo e do triplo Universo.
  Em Vattan, a língua shemática do primeiro Ciclo, encontramos IShVa-Ra, 
  JeShU, Rei dos Rishis. O sânscrito é articulado e procede do Vattan, 
  de onde procede também o Veda, que diz IShOua e ISOua; porém, 
  é necessário reintegrar as línguas sagradas sistematizadas 
  cosmo-logicamente às 22 letras do Vattan que estão incluídas 
  no Selo e em todas as suas correspondências arqueométricas. Aqui 
  mencionaremos somente as correspondências dos números. A correspondência 
  numérica do nome Divino é 316. Encontramos também o número 
  316 no nome do deus egípcio Osíris ou Oshl, Ri e Risch, Rei de 
  Amenti, o Universo Visível. Em hebraico é ISnO, porém, 
  antes deste, temos em etíope: ShOI. E sempre, qualquer que seja sua posição, 
  o nome é verificado pelo seu número. Em sânscrito ISh significa 
  o Senhor; Va, o movimento cíclico universal.
  Depois do que precedeu, não podemos surpreender-nos em ver, dezessete 
  séculos antes de nossa era, uma Iniciada no Ensino Superior da Tradição, 
  a Infanta egípcia, dedicar a OSHI-RI uma pequena criança salva 
  das águas, chamando-o de M'OSHI, que corresponde ao que nós chamamos: 
  Menino de Jesus, Menino de Maria.
  Voltaremos em outro momento para dar mais detalhes de todos esses pontos, mas 
  agora queremos mostrar a seguir como, confirmando-se a AMaTh, Nosso Senhor Jesus 
  Cristo afirmava ser o Verbo Criador, fundador do Cristianismo, religião 
  eterna, confirmada por toda Tradição, tanto a antediluviana como 
  a pós-diluviana.
  A mentalidade européia dificilmente poderá entender tudo isso, 
  dominada como está pela mentalidade dos pagãos greco-latinos, 
  e apenas despertada da razão individual para a razão divina pelos 
  recentes métodos científicos. Veremos isso mais adiante, voltando 
  aquelas a levantar o Éter dos antigos, seu sistema ondulatório 
  e o meio intermediário da transmissão dos Poderes divinos: ALHIM, 
  das forças físicas: SheMaIM, para as vibrações musicais 
  dos números.
  Porém, faz mais de vinte anos que não poupamos esforços 
  para explicar tudo o que a Matesis evangélica ofereceu como recurso para 
  aliviar os males nacionais e internacionais que ameaçam a vida de nosso 
  país e do que foi a cristandade. Tudo o que aconteceu, tudo o que está 
  em vias de acontecer foi fielmente revelado por nós, como uma conseqüência 
  das Leis divinas que regem a História e da ignorância destas Leis 
  pelos nossos eruditos da Igreja e da Universidade, do clero e dos sistemas de 
  instrução, desde o Renascimento pagão. Tudo podia ser evitado, 
  e durante três anos nós conjuramos a esquerda e a direita, o governo 
  de nosso país,d para que se tomassem as medidas necessárias, simples, 
  porém eficazes que a Tradição nos indicava. Naquela época 
  ainda estávamos em tempo; mas agora já é tarde, e nós 
  estamos escrevendo para o futuro, o amanhã das catástrofes de 
  todo tipo, no qual haverá de edificar novamente o que o Paganismo destruiu.
  II
  OS CRITÉRIOS CONSTITUTIVOS DA MATESIS
  Ciclos Sociais dos Patriarcas. - AD-aM. - Origem da Religião. - A Certeza 
  e a Evidência. - Os Três Critérios.
  O Cristianismo foi a religião do Verbo Criador, Conservador e Salvador 
  desde os primeiros homens em seus Ciclos sociais, designados em cada época 
  com o nome dos patriarcas que as fundaram. Muito antes dos hebreus, os primeiros 
  povos da Índia registraram essas memórias em sua enorme documentação 
  histórica e mítica. AD-aM significa em sânscrito a unidade, 
  a universalidade e a indivisibilidade do conjunto, O mesmo patriarca é 
  nomeado pelos Kashidim sob o nome de Al-OuR-OShl, Deus-Luz, e este mesmo nome 
  invertido determina JeShU Espírito Santo-Deus.e O Verbo era, pois, conhecido 
  sob esse nome arqueométrico, e os patriarcas levantavam o estandarte 
  desse divino hierograma e o inscreviam com letras de ouro e de pedras preciosas 
  em suas frontes.
  Como essa religião foi imposta à razão humana? Ela veio 
  da ignorância ou do terror, tal como afirma Voltaire? Nenhuma dessas duas 
  formas.-Essa religião nasceu de duas Revelações que trouxeram 
  aos homens o verdadeiro sistema do mundo e o verdadeiro sistema da Humanidade.
  A certeza está na verdade, realmente, a evidência está na 
  Luz. Mas a mesma evidência, mesmo que não mude, tem diversos aspectos 
  segundo o estado dos olhos, de sua abertura e seu ponto de vjsia; não 
  existe para os olhos que se fecham voluntariamente ou para os cegos. O mesmo 
  acontece para a certeza. Ela tem suas condições, seus graus críticos, 
  seus signos crisíacos, que correspondem no homem à sua existência 
  coletiva e individual, que ensina e é ensinada, progressiva e regressiva. 
  É o que a escola chama de critérios, porém podemos acrescentar 
  à essa palavra abstrata seu substrato vivo.
  Podemos dizer sem medo de errar que existem três critérios dentro 
  do espírito humano. De acordo com a ordem de sua influência, são 
  os que nos proporcionam:
  1ª a Filosofia;
  2ª a ciência;
  3ª a Vida.
  
  Se a filosofia ocupa, pela sua influência, a primeira categoria entre 
  esses três critérios, está muito longe de ocupar esse lugar, 
  tendo em vista seu valor real.
  PRIMEIRO CRITÉRIO
  Critérios dos Filósofos. - Suas Conseqüências sobre 
  a Vida Social. - A Ciência e a Vida.
  Esse primeiro critério, o dos filósofos, não tem por si 
  mesmo nada além de um simples valor de opinião e de conjetura; 
  é uma tagarelice mais ou menos elegante, de acordo com a eloqüência 
  nativa; mais ou menos inocente, segundo a educação; porém 
  sempre semi-inconsciente e que tende a erguer no Princípio o individualismo; 
  na autoridade, a opinião; em todas as coisas, a anarquia. A primeira 
  parte desta obra e todas as nossas obras anteriores o comprovam exaustivamente.
  A fórmula recuperada por Descartes; "Eu penso, logo existo", 
  evidentemente não é exata; pois o homem não vive somente 
  porque pensa, ele pensa porque vive, e o seu pensamento deriva proporcionalmente 
  da educação recebida pela vida e da instrução que 
  recebeu da ciência.
  Se não estiver subordinada às outras duas, a via filosófica 
  não conduz à verdade, que é a Vida; afasta-se dela, e a 
  supremacia dos Filósofos no governo das sociedades normalmente contribui 
  com o declínio destas últimas.
  Esse foi o destino do mundo antigo a partir da divisão das línguas 
  e do aparecimento do Naturalismo pagão. Babel começou entre os 
  judeus que haviam deixado a Babilônia, manteve-se o reino dos escribas 
  e dos fariseus; entre os gregos que haviam esquecido a Sinarquia órfica, 
  como os judeus, esqueceram de Moisés, os filósofos e sofistas 
  nos deram até o final a prova do que vale para o Estado Social o critério 
  filosófico por si mesmo. Enfim, vimos aqui mesmo, e ainda veremos, qual 
  a tendência e o destino atual da Europa, graças aos estudos secundários 
  que, desde o Renascimento, têm patrocinado a ressurreição 
  pagã, o despertar da anarquia mental e, em conseqüência, governamental, 
  digna filha da filosofia individual.
  Terminado o primeiro critério, encontramo-nos em face dos outros dois: 
  a ciência e a vida.
  A ciência é a verdade constitutiva do Universo visível, 
  seu fato consumado.
  A Vida é a Verdade constitutiva dos dois Universos, o visível 
  e o invisível, seu Princípio legislativo verbal.
  Esses dois critérios são objetivos. Ambos são demonstrados 
  pela observação e pela experiência. Ambos procedem da Revelação, 
  e essa dupla revelação é a religião.
  O Universo visível e o Universo invisível estão um para 
  o outro como a relação existente entre exoterismo e esoterismo, 
  que são semelhantes, porém, inversamente proporcionais. Sua concordância 
  é a própria sabedoria.
  SEGUNDO CRITÉRIO
  Primeiro grau: Positivo
  O Sacerdote e o Sábio. - A Ciência não é um Produto 
  do Espírito Humano. - A Ciência, Legislação do Fato. 
  - O Pensamento Humano. Reflexão da Incidência Universal. - Os Sentidos 
  Externos, Individuais, Coletivos. - Biologia e Fisiologia. - Os Instrumentos, 
  Órgãos Epigenéticos. - Os Diferentes Graus de Verificação. 
  - As Séries são Evolutivas, seu Encadeamento Involutivo - As Duas 
  Leis de Atração. - O Tempo Orgânico. - O Fato Cósmico 
  não é Puramente Mecânico. - A Harmonia, Testemunho de uma 
  Razão Suprema. - Onde Pára o Critério Científico. 
  - Sua Conclusão.
  O sacerdote que sobe para o altar do Verbo e do Mundo invisível diz: 
  "Eu lavarei minhas mãos entre os justos". O sábio, abordando 
  o Mundo visível, lava todas suas habilidades de observação, 
  todos os seus instrumentos de experiências na justiça e na precisão.
  É uma nova raça mental em nosso Mundo neopagão, raça 
  pura e não bastarda, tão poderosa quanto era a raça primordial, 
  a que, pelo mesmo caminho, chegou da análise até a síntese, 
  da ciência à religião. Seu método não tem 
  nada de humano no mau sentido da palavra; é o oposto da fantasia filosófica.
  Quanto mais poderoso é o pensamento do sábio, mais tem medo de 
  enganar-se e induzir os outros a cometer erros; é assim que afasta, como 
  criança, toda a metafísica, toda a filosofia, todas as cogitações 
  deixando-as no vazio. Faz uma tábua rasa da anarquia multiforme, cujos 
  estudos secundários pagãos acumulam a inteligência e a opinião 
  do Renascimento, sabendo melhor do que qualquer um que o que ele constata existe 
  desde sempre sem sua permissão.
  "Extraíamos a água do Oceano com uma concha", dizia 
  Newton. A emissão newtoniana era essa concha, porém a ondulação 
  permite refazer o antigo Périplo dos patriarcas: a volta ao mundo conhecida 
  desde seu Princípio.
  A ciência, tal como a religião, não pode ser um produto 
  do espírito humano; tanto uma como a outra receberam seu conteúdo 
  por Revelação, existindo uma verdade que constitui o Universo 
  Visível, que vem administrando por ciclos e séculos a fio antes 
  que o homem aparecesse. O homem apenas tem o poder de tomar conhecimento da 
  ciência de acordo com os progressos de sua própria evolução.
  A ciência é a administração cíclica do conjunto 
  de fatos do Universo Visível, sua Tora cosmogônica, seu código 
  cosmológico, seu Habeas corpus. Não está embasada na razão 
  humana, mas na razão social deste Universo. O homem somente toma conhecimento 
  dela, mais por abnegação de seu pensamento pessoal; pois este 
  é por si só a mentira por essência, ou, se preferir, uma 
  ilusão conjetural. Não é mais que uma estrita disciplina 
  mental rígida e até um certo ponto moral que se eleva ao seu verdadeiro 
  valor cultural. Deste modo, a arvorezinha silvestre retificada pelo enxerto 
  se toma uma árvore de uma espécie superior.
  O pensamento humano enxertado pela ciência é a reflexão 
  da incidência universal do Verbo considerado desde a razão do Universo 
  Visível.
  Assim, pois, aqui estamos tratando da revelação exotérica 
  que envolve o homem desde o seu berço, por meio de todos os seus sentidos 
  externos. Essa peneiração da reflexão pela incidência 
  se faz por uma inversão proporcional; de tal forma que a incidência, 
  que consiste no ciclo inteiro da fenomenologia, o involutivo, descompõe-se 
  na reflexão em tantas séries evolutivas quanto objetos correspondentes 
  a cada sentido.
  A fenomenologia universal afeta a existência cósmica inteira, podendo 
  dizer que a existência não é a vida, mas seu modo exotérico: 
  como expressa claramente seu nome.
  O processo mental do erudito, ou melhor, de um estudante é semelhante 
  ao de uma criança, ainda que retificado. Interroga, mas não conclui; 
  observa, mas não imagina; experimenta, mas aumentando e retificando seus 
  sentidos externos, aqueles da fisiologia terrestre que são os mesmos 
  dos animais.
  Esses sentidos são individuais, suficientes no animal, porém insuficientes 
  no homem em relação ao seu poder de reflexão, que corresponde 
  à incidência universal. Este poder, em razão de sua espécie, 
  coloca-se por cima e por fora da série fisiológica, como um biólogo 
  anfíbio da Terra e do Universo, da evolução planetária 
  à involução cósmica.
  É por isso que, aos órgãos individuais de seus sentidos, 
  somam-se outros coletivos, mas correspondentes à sua vida os da sua existência. 
  São, acima de tudo, os animais que geraram aparelhos sensíveis 
  mais desenvolvidos que os nossos: o falcão com sua visão, o cachorro 
  com seu olfato e audição, o cavalo com o seu movimento, o touro 
  com a sua força, etc, etc. Mas vêm a seguir os instrumentos de 
  precisão que substituem a limitação dos órgãos 
  terrestres da vista, da audição, do tato, do gosto, do olfato 
  e, por último, do sexto sentido, o movimento.
  A existência desses suportes orgânicos e transorgânicos comprova, 
  como veremos mais adiante, que a Biologia precede à Fisiologia, transformando 
  o organismo de acordo com suas necessidades. Comprova também que o homem 
  implantado pela Revelação, inclusive a exotérica, deixa 
  em parte de ser terrestre para tornar-se cósmico e dominar as condições 
  fisiológicas, as séries sujeitas à duração 
  do tempo, e sua extensão de espaço.
  Assim, quando o astrônomo observa uma estrela invisível a olho 
  nu, por meio do telescópio, que aumenta sua visão milhares de 
  vezes, equivale em duração e extensão a uma aproximação 
  proporcional não somente do fenômeno observado mas da visão 
  que observa.
  Acontece da mesma forma, no concernente, não ao infinitamente grande, 
  mas também ao infinitamente pequeno, ao microscópio. Esses exemplos 
  são multiplicáveis para todos os instrumentos científicos, 
  verdadeiros organismos que o homem acrescenta ou pode acrescentar a seus outros 
  sentidos conhecidos ou desconhecidos.
  O grau positivo da verificação científica, que incide no 
  conhecimento reflexivo, tem por objetivo todas as séries de fatos e leis 
  concernentes às forças e aos suportes, a suas existências, 
  a seus organismos e a seus meios. Em seqüência, temos a verificação 
  do grau comparativo. Por meio dessa se descobrem as relações entre 
  as séries, toda uma nova ordem de fatos e de leis nas quais a involução 
  domina a evolução. Então se desvenda a harmonia, a organização 
  e a lógica das espécies invisíveis que presidem aos indivíduos 
  visíveis, então os poderes que especificam e envolvem tudo, desde 
  os menores detalhes até o nível cósmico.
  As séries individuais são evolutivas, seu entrelaçamento 
  cíclico é involutivo. À primeira vista, parece que os primeiros 
  são os apoios dos segundos; porém um exame mais profundo nos mostra 
  que o contrário é o verdadeiro. É a Ordem Universal que 
  específica toda a Ordem Particular.
  De forma que, enquanto todo indivíduo em sua série é regulado 
  por uma lei de auto-atração particular, suas relações 
  são reguladas por uma lei de atração universal que atua 
  de um reino para outro e entre todos os reinos, para que se prestem mútuo 
  apoio, com a finalidade sempre atual de seguir um único e mesmo princípio 
  de existência geral. Este é o fato cósmico supremo, o fato 
  cíclico dessa lei, que é, ao mesmo tempo, fisiológica, 
  harmônica e lógica. Esse Fato Supremo tem muitos aspectos e mencionaremos 
  somente os de mais fácil percepção.
  Chamamos de Tempo Orgânico o ciclo universal do ano cósmico que 
  inclui todos os sistemas solares, do grande ano de um só desses sistemas, 
  o do simples ano de um só planeta ou de um dos seus satélites.
  O tempo está para o espaço como o número está para 
  o intervalo sobre a corda sonora.O Porém, no Universo, a corda é 
  todo o dinamismo possível, todo o céu fluídico do qual 
  o céu astral é o tensor.
  O fato cósmico não se limita a este caráter mecânico. 
  Este último não existe se não em função da 
  fisiologia geral, na qual, do menor ao maior, os próprios ciclos anuais 
  são os renovadores das condições da existência. Sua 
  atuação fisiológica está subordinada a uma lei superior 
  de harmonia, que regula sua própria organização, ajustando-a 
  de modo em modo, de número em número, de intervalo em intervalo.
  Essa mesma harmonia não é ainda mais que uma expressão 
  de lógica, de pensamento no Ato Perpétuo. E o ato é testemunho 
  da vontade consciente de uma razão suprema legisladora, una em sua essência, 
  universal em sua forma, global em seu modo de operar, que tende sempre para 
  a mesma finalidade; a garantia e a renovação da Existência 
  Cósmica e de todas as coisas que resultam dela.
  O critério da ciência pára por aqui, e esta verificação 
  suprema da razão social que governa o Universo Visível nos leva 
  imediatamente para a reflexão de uma das incidências experimentais 
  do Verbo: a exotérica. Esta incidência, que abrange todo o Ciclo 
  das séries e das harmonias do conhecimento exotérico, corresponde 
  dentro do Verbo à gênese e à síntese englobadas com 
  o nome de ciência, e no espírito humano à hierarquia e à 
  síntese dos conhecimentos naturais e humanos. Nessa hierarquia, a fisiologia 
  nos leva à verificação da imutabilidade da forma e da alma 
  de vida, quaisquer que sejam os meios astrais ou fluídicos a que essa 
  alma e essa forma se adaptem em sua dupla existência; visível e 
  invisível.
  Essa dupla existência é acessível à observação 
  e à experiência interior como conclusão da imortalidade, 
  da liberdade moral, da responsabilidade individual. Isso sem deixar as condições 
  de observação e experiência próprias do critério 
  determinado com o nome de ciência, que é a única, junto 
  com a vida, que nos pode levar à certeza.
  Segundo grau: Comparativo
  Marcha dos Patriarcas em Direção à Síntese. - Os 
  Fatos Conduzem às Leis; Estas ao Princípio. - Negação 
  da Matéria e do Espírito Puro. no Sentido Metafísico. - 
  A Raiz do Mal. - Matéria e Substância. - O Corpo não Implica 
  o Estado Material. - Os Minerais e os Vegetais. - Ressurreição 
  Experimental de suas Formas. - O Homem não Cria os Números. - 
  O Som. - As Forças e as Potências; suas Relações; 
  sua Natureza. - Ondulações e Vibrações. - Lei da 
  Intensidade Dinâmica. Leis das Potências Viventes. - Da Primeira 
  à Segunda Revelação.
  Em sua marcha ascendente em direção à síntese, à 
  sabedoria e à religião universal, os primeiros Mestres do espírito 
  humano, conhecidos com o nome de patriarcas, percorreram todo esse duplo Ciclo. 
  Rapidamente abandonaram o primeiro critério, por ser muito novo, carente 
  de ciência e de consciência, passando para o segundo; este aos poucos 
  foi liberando todos os seus graus para levá-los ao terceiro critério; 
  porque a observação e a experiência da perfeição 
  são as condições comuns do conhecimento de todos os fatos 
  reais. Pois bem, o mundo divino é a realidade supra-etérea do 
  mundo astral.
  O inventário dos fatos físicos termina assim como as suas leis 
  de harmonização e organização; a razão e 
  a consciência humana chegam sempre por meio dele, como uma conclusão 
  necessária, ao Verbum Vitae do Sum qui Sum: lei suprema, princípio 
  verbal nas leis, como estas o são sobre as placas vibrantes dos fatos.
  A harmonia universal de cada coisa e de todas as coisas entre si são 
  as leis dos fatos, e elas proclamam o princípio comum de que são 
  os equivalentes funcionais e conversíveis.
  É assim que, depois de ter observado e experimentado, por todos os procedimentos 
  da análise, os organismos do três reinos: os minerais terrestres 
  e cósmicos, os vegetais e os animais da Terra, as substâncias e 
  as forças; depois de ter estudado a cristalização dos primeiros, 
  as células e a organização dos segundos, as resistências 
  e os movimentos destes últimos, sempre foi e será conduzido ao 
  que segue.
  A negação da matéria e do espírito puro é 
  no sentido metafísico pagão e grego destas palavras. Se consultássemos 
  as línguas arqueométricas ou shemáticas da Antigüidade, 
  como a etimologia da palavra matéria, teríamos as seguintes correspondências:
  - O caldeu, o siríaco e o hebreu nos dizem que: MaT = passividade, inércia 
  e mortalidade.
  - Os vedas, o sânscrito e o pali indicam a idéia de ter, de coisas 
  que o ser possui.
  É claro que, na situação atual da anarquia das relações 
  entre os cleros e as instruções, na guerra civil apresentada entre 
  os teólogos filósofos e os eruditos, que procuram seus argumentos 
  na ciência contra a religião e os outros na religião contra 
  a ciência, é bom dar as costas às costas desses políticos 
  baderneiros de um e de outro lado
  Podemos dizer: a matéria e a substância orgânica, longe de 
  serem a mesma coisa, são opostas. A matéria é um desperdício, 
  um Caput mortuum, um excremento inorgânico, amorfo, da substância 
  orgânica e mórfica. Mas, no momento em que é expelida de 
  um organismo anterior, apenas caos e matéria, é reciclada pelas 
  forças que trabalham no meio da organização. Então, 
  sua atividade se arrasta novamente para sua inércia, para sair de sua 
  condição de matéria caótica e volta a entrar na 
  substância definida em um corpo e qualificada em uma forma. Pois o estado 
  do corpo não implica de forma alguma o estado material, mas, pelo contrário, 
  o da substância e da forma em função da sua harmonia e organização 
  específicas.
  Um pedaço de ferro ou de qualquer mineral não é da matéria, 
  pois esta é inorgânica e amorfa, enquanto aqueles estão 
  totalmente organizados de acordo com sua espécie, cada um caracterizado 
  para uma aritmologia e uma morfologia especiais. Essa aritmologia corresponde 
  ao equivalente dos químicos e essa morfologia corresponde à arquitetura 
  molecular ou a cristalografia dos físicos.
  Mais ainda, a harmonização e a organização dos metais 
  e dos minerais em si mesmos são exatamente correspondentes em relação 
  aos reinos vegetal, animal, hominal e cósmico, incluindo os gases por 
  oclusão, as forças para a condutividade, e todo o resto de suas 
  relações conhecidas ou não.
  Da mesma forma, um fragmento vegetal qualquer não pertence à matéria 
  enquanto não está desorganizado; é da substância, 
  a de seu reino, na forma da sua espécie, de seu gênero e de sua 
  variedade. Sua aritmologia é a expressão de sua função 
  na harmonia vegetal, sua morfologia é a comprovação de 
  seu organismo em seu reino, e a célula é sua estrutura rudimentar, 
  como a molécula cristalina é a do mineral e a do metal. Mais ainda, 
  qualquer que seja a destruição física que se faça 
  tanto no vegetal como no minerai e no metal, poder-se-á sempre fazer 
  reaparecer sua forma típica por meios muito simples: pela ação 
  do calor polarizado sobre o mineral, e da luz polarizada sobre o vegetal.
  Essa é a ressurreição dos corpos gloriosos e a afirmação 
  da permanência da vida ao estado de fato, obtida no laboratório.
  Essa aritmologia que governa as substâncias organizadas nos leva diretamente 
  aos números que o espírito humano não criou, bem como às 
  outras coisas. Ele os verifica pela observação e as experiências, 
  pois tudo é numerado, pesado e medido. O número é a própria 
  harmonia, inseparável de todas as leis e de todos os fatos, inclusive 
  os que nos parecem estar fora dela.
  A música dos sons não é mais que um dos aspectos dessa 
  música universal, porém, como há uma correspondência 
  entre o número experimenta! e o da cifra registrada na escala, tem uma 
  excepcional importância científica.
  O regime das forças cósmicas, das que o som faz parte, é 
  exatamente correspondente e obediente às potências cósmicas 
  do Verbo, com suas leis viventes de involução e de evolução.
  Equivalentes verbais do Princípio, as Potências e o Mundo da Glória 
  são supra-etéreas nelas mesmas. Elas são intra-etéreas 
  em sua ação, em sua onipresença e em suas manifestações. 
  Estas dispensam o terceiro grau do terceiro critério: a religião.
  As forças correspondentes às Potências são intra-etéreas 
  em seu estado direto; são subetéreas e atmosféricas em 
  suas manifestações. Estas dispensam o segundo critério: 
  a ciência positiva.
  Neste grau, o observador não percebe o regime das forças no próprio 
  Éter, mas em sua reflexão por meio do prisma da atmosfera, das 
  substâncias terrestres e de seus próprios órgãos.
  Acrescentando a estes últimos os instrumentos apropriados, estes são 
  dualísticos, por serem os métodos deste grau.
  A ondulação é o movimento direto das forças em seu 
  meio: o Éter imponderável. A Vibração é seu 
  movimento reflexo em todos os meios densos. O Éter atravessa esses meios 
  com seus sete modos dinâmicos. Os entes físicos submetidos ao peso 
  central não percebem, pois, tão facilmente, as forças mais 
  que pela vibração de seus meios densos; porém, um fato 
  nos permitirá entender que não é a vibração 
  dos corpos ponderáveis que produz, a força.
  A uma certa altura na atmosfera, os órgãos físicos já 
  não sentem as vibrações. Em pleno meio-dia, a luz mais 
  brilhante do Sol dá lugar a eles para uma noite de Érebo; ultrapassando 
  essa altura (que possui um número correspondente a uma densidade menor 
  que o prisma atmosférico), tem-se o potencial vibratório do sistema 
  nervoso.
  As forças não se originam na vibração dos corpos; 
  o certo é o contrário, pois o Sol não parou de brilhar 
  mesmo que o homem no confim de nossa atmosfera não perceba seu esplendor.
  Outro fato que ocorre na superfície da Terra completará o que 
  foi dito no primeiro.
  Os sons graves causam menos vibrações que os agudos, pois possuem 
  uma potência dinâmica maior; portanto, eles se propagam mais rápido. 
  Abaixo das 60 vibrações por segundo, o ouvido humano não 
  percebe mais sons; isso significa que os sons universais de toda a dinâmica 
  etérea são inaudíveis para nossos ouvidos de carne, e o 
  som fundamental não é ouvido nem mesmo pelo próprio Cosmos, 
  porque sua audição seria o fim do mundo visível: é 
  a trombeta do Juízo Final.
  A intensidade dinâmica, então, é diretamente proporcional 
  à ondulação e aos números no Éter imponderável; 
  é inversamente proporcional à vibração e à 
  cifra nos meios densos e, em conseqüência, refratários.
  O que é certo para as forças cósmicas que dispensam o segundo 
  critério também é certo, com maior razão, para as 
  potências viventes e os modos orgânicos do Verbum Yuae observado 
  e experimentado pelo terceiro critério.
Consultar o Arqueômetro, 
  seu Padrão, sua Aritmologia e sua Música
  Quando os especialistas observam e experimentam suficientemente os fatos da 
  superfície, que se constituem no objetivo da ciência positiva; 
  quando estes os classificam de forma independente uns dos outros; quando aplicam 
  em cada um a lei de acordo com sua espécie física, química, 
  geológica, vegetal, mineral, botânica, zoológica, etc, eles 
  os comparam e os levam ao segundo grau de seu critério. Os fatos de reflexão 
  os conduzem aos fatos de incidência, as coisas indiretas para as coisas 
  diretas, a aproximação das leis para as próprias leis, 
  os anéis para a sua cadeia, a vibração dos corpos ponderáveis 
  para a ondulação das forças no Éter imponderável, 
  a cifra desarmônica para o número harmônico, o mutismo para 
  a palavra. Então, uma segunda dobra do véu se abre e a beleza 
  da verdade permite-nos ver os fatos e as leis em sua harmonia e em sua organicidade.
  É a segunda Revelação que começa. Teve de desprender-se 
  pessimamente do sistema de Newton; porém já está feito, 
  e o primeiro quarto do século XX esgotará essa fase preparando 
  o grau seguinte: o da ciência superlativa que nasce da comparação, 
  como já havia nascido da positiva.
  Será então a indissolúvel união da ciência 
  e da religião, do segundo e do terceiro critérios, para a síntese 
  na sabedoria.
  Terceiro Grau: Superlativo
  O Testemunho dos Patriarcas. - Alfabetos Sagrados. - O Selo COSMOLÓGICO. 
  - O Estado Social Humano. - Os Dois Modos de Existência Abertos pelo Nascimento 
  e a Morte. - A Civilização Primordial. - O Culto aos Mortos. - 
  A Fisiologia do Tempo. - Nenhuma Universidade Existente Inventou a Proto-Síntese. 
  - A Razão Social do Universo Visível é o Verbo? - O Homem. 
  Está Nele o Verbo e a Vida? - As Potências do Verbo. - Os ALHIM 
  são para o Verbo como as Letras são para a Palavra. - Sua Harmonia. 
  - A Existência é a Vida?
  A este ponto chegaram os patriarcas. Foi por essa razão que eles testemunharam 
  em diversas formas, das quais mencionaremos duas:
  1º: Eles têm enxertado a Palavra humana na cosmologia ou razão 
  social das Potências e de suas funções do Universo. Daí 
  os alfabetos sagrados solares-lunares, seus derivados horários, lunares, 
  mensais, decânicos, etc, e toda essa língua maravilhosa dos equivalentes 
  cientistas da Palavra, chamada língua dos anjos. Nós reconstituímos 
  todo esse conjunto cosmológico perdido desde a divisão das línguas. 
  Permaneceram, não obstante, alguns traços com o nome de Selo cosmológico 
  do Deus Vivente. Entre os arianos, é o Arka-Metra dos Vedas; entre os 
  egípcios, é o Selo divino comportado levado pelo profeta nas procissões 
  hieráticas; entre os judeus, é o selo de IHOH, chamado AMaTh por 
  Moisés, pelos seus ALHIM e seus sucessores, os colégios de Nabim 
  fundados por Elias e Eliseu. Por último, na Barith ha Kadosha, é 
  o Selo de Deus mencionado por São João em numerosas ocasiões, 
  é o sinal do anjo ou enviado divino, regulado sobre o Oriente espiritual:
  
  2°: Os patriarcas fundaram o Estado social humano de acordo com o padrão 
  do Estado social cósmico e de suas Potências. Um teólogo 
  diria com razão a mesma coisa com outras palavras: eles fundaram a Igreja 
  militante sobre a triunfante.
  
  Esses termos devem ser usados somente quando se trata de religião; diremos 
  aqui apenas que, desde o ponto de vista da ciência, os primeiros patriarcas 
  conheceram a solidariedade dos dois modos de existência que abrem o nascimento 
  e a morte e dos meios próprios a esses dois modos. Esses meios são: 
  o céu astral, para a assimilação fisiológica de 
  suas substâncias por via da reprodução e da nutrição 
  vegetativa e, depois da Morte, ou melhor, após a passagem, o céu 
  fluídico, para o retorno à espécie e à assimilação 
  direta das substâncias supra-etéreas.
  Isso, conforme o grau de pureza realizado pela liberdade e pela responsabilidade 
  da alma.
  Todos os sábios dignos desse nome que estudaram a Antigüidade sob 
  qualquer ponto de vista ou especialidade, todos chegaram à mesma conclusão 
  sobre uma civilização primordial, em uma unidade e universalidade 
  do espírito humano tanto mais perfeita quanto mais nos aproximamos dessa 
  fonte única. Nossa civilização, ainda selvagem, permite 
  apenas entender seu Estado mental, governamental e a sociologia. É por 
  isso que também se vê todo esse Estado social fundado sobre o culto 
  aos pretensos mortos, quer dizer, sobre a vida imortal verificada na ciência, 
  pelo conhecimento e pela consciência.
  Se falarmos disso com profundidade, com as provas na mão, seríamos 
  pouco compreendidos, inclusive pela corrente de inteligências que temos 
  levantado, há mais de trinta anos, um pouco por todas as partes.
  Entre os monumentos que são testemunhas do grau de conhecimento dos mais 
  antigos patriarcas, temos que inscrever na primeira categoria a fisiologia do 
  tempo, a organização de suas funções, a harmonia 
  de suas potências, a lógica de suas revoluções. É 
  essa síntese que encerra em si mesma todas as suas análises competentes, 
  o que era para eles a mesma ciência, subordinada a consciência e 
  à previsão ou providência da razão cósmica 
  do Verbo universal, criador de toda a existência e seu conservador para 
  uma perpétua renovação cíclica.s
  Nenhuma Universidade existente, por mais antiga que seja: a Brahmânica 
  ou a Chinesa, ou outra Universidade desaparecida, tão antiga quanto suas 
  precedentes: a etíope, a egípcia ou a caldéia, pode gabar-se 
  de ter inventado essa maravilhosa proto-síntese. Todas têm preservado 
  seus vestígios, suas fórmulas, sem possuir por completo nem sua 
  unidade, nem suas leis. Todas têm algumas chaves parciais da proto-síntese, 
  porém lhes falta a chave geral. Todas elas a afirmam e confirmam; mas 
  nenhuma pode considerar-se a sua conservadora completa, nem mesmo sua intérprete 
  cientista. O Arqueômetro preencherá as lacunas existentes para 
  todas as provas que podem dar o Princípio supremo: o Verbo, a observação 
  das leis na experimentação dos fatos.
  O que aparece como razão social, como acordo de Potências e de 
  funções harmônicas no Universo visível, é 
  o próprio Verbo? A existência universal, renovada incessantemente, 
  é a vida? O homem, como reflexão da incidência universal, 
  possui esse Verbo e essa vida? Tais são as questões que se propuseram 
  necessariamente perante a inteligência dos primeiros patriarcas, quando 
  tiveram conhecimento do Ciclo da ciência, de sua unidade racional e de 
  sua universalidade fisiológica. A força da verdade os levará 
  a concluir com a negação de todos esses pontos, e isso por observação 
  e por experiência.
  A razão social do Universo visível leva o Selo do Verbo, porém 
  ela não é mais o próprio Verbo, não mais que o Selo 
  real, não é o rei, o mesmo que uma Tora escrita não é 
  Deus.
  Essa razão é social por associação de Potências 
  em funções harmônicas, e essas potências são 
  inteligentes e livres. Sua harmonia é o fruto da liberdade de sua inteligência 
  e de seu amor. Seu Estado social tem como base não só a Tora divina, 
  que é sua carta de constituição, a ciência de que 
  o Universo visível é o fato confiado à sua guarda, mas 
  o ser inefável, adorável desde sempre, que as criou antes deste 
  Universo. Para esse ser, a mesma ciência não é mais do que 
  um instrumento da suprema inteligência, de amor inconcebível, de 
  previsão e de providência inesgotáveis para tudo e para 
  todos os que, sem ele, não seriam mais que o caos e o nada.
  Com qualquer nome que se lhes atribuam - Potências, ALHIM, anjos ou deuses 
  -, esses guardiões das funções universais estão 
  para o Verbo como as letras para as palavras. Cada um, de acordo com a sua função, 
  preside todo um regime das Forças dos Céus astrais. De modo que, 
  pelos Ciclos do tempo orgânico, essa função se estende imediatamente 
  por meio do Éter, em todo o Universo, em todas as hierarquias de seres 
  e de coisas que o duplo céu visível contém em si, até 
  o fogo central de cada globo, fogo que ele mesmo não faz somente parte 
  do céu astral, mas sobre todo o céu fluídico.
  Tais são as Potências, cada uma em sua função tomada 
  isoladamente. Porém, sua harmonia funcional constitui seu estado social, 
  e seu produto é a existência universal, renovada continuamente 
  de acordo com os reinos, as espécies, os gêneros, cuja conservação 
  e, se existe lugar para isso, destruições lhes são confiadas 
  pela razão suprema.
  A existência é a vida? Os primeiros patriarcas não tiveram 
  que fazer nada além de observar-se para encontrar a resposta. O homem 
  não tem o verdadeiro pensamento mais que por reflexão. Não 
  tem existência mais que por reprodução. A mesma coisa acontece 
  com todos os astros, com todo o Sistema Solar e com a totalidade do Universo 
  astral. Somente o que é reflexão no homem se chama, aí, 
  evolução na involução anual, e o que é reprodução 
  na fisiologia humana se chama, aí, de renovação na fisiologia 
  geral.
  Porém, a existência proclama a vida, fato supremo, inegável; 
  ela confirma esse milagre inexplicável somente para a ciência exotérica.
  TERCEIRO CRITÉRIO
  A Religião
  
  O Critério da Religião, União dos Dois Critérios 
  Verdadeiros. - Os Sentidos Externos e Internos; os Íntimos e a Biologia. 
  - Relação entre os Internos e os Íntimos. - Seu Último 
  Vestígio: a Consciência. - Os Sentidos Interno e o Desenvolvimento 
  Autônomo do Ser Individual. - O Homem Não Pode Alcançar 
  por si Mesmo Este Grau, que no Entanto Não é sua Ultima Possibilidade 
  da Vida. - Integração dos Patriarcas na Vida. - Sua Certeza da 
  Vida Verbal. - O Instase. - A Revelação Oculta do Verbo. - A Revelação 
  Suprema do Princípio.
  
  O critério da religião, união íntima dos dois verdadeiros 
  critérios, o da ciência com o da vida, tem por condições 
  a observação e a experimentação internas, não 
  somente as da existência manifestada, mas da vida e de sua revelação. 
  Quando se trata do Universo visível, a observação e a experimentação 
  têm por instrumentos os sentidos fisiológicos terrestres simples 
  ou ampliados mecanicamente. Quando se trata do Universo invisível e da 
  vida, a observação se transforma em observância; a experimentação 
  em experiências preliminares do conhecimento (sapiência), as quais 
  prosseguem pelos sentidos internos e pelos íntimos destes.
  Os externos têm como sentido comum ou central o local da reflexão 
  cerebral que se chama Sensorium commune.
  Os internos têm por sentido comum seu ponto de convergência com 
  os íntimos, ponto vital conhecido pelo nome de consciência e correspondente 
  ao assento direto da vida, no coração.
  Os sentidos internos são os diretos da biologia, como os externos são 
  os diretos da fisiologia. É errado confundir essas duas ordens orgânicas 
  correspondentes e inversamente proporcionais.
  A biologia não pertence propriamente mais que à vida, qualquer 
  que sejam os meios que ela assimile para existir. A fisiologia não pertence 
  propriamente mais que à existência evolutiva, segundo os meios 
  astrais e dinâmicos ponderáveis ou não; pois o organismo 
  não pode ser pesado com quilogramas, e existem muitos meios e condições 
  possíveis, além dos submetidos ao peso e à atração 
  central de um determinado astro. Uma onda etérea, um raio de Luz, um 
  som, carregam consigo os regimes de harmonia e de organização 
  dos quais são veículos.
  No que concerne aos seres, esses mesmos regimes correspondem aos sentidos internos 
  ou diretos da vida. Os metafísicos chamariam esses sentidos de faculdades 
  da alma; porém, a metafísica é uma abstração 
  humana e suas definições estão longe de expressar as qualidades 
  viventes de seus objetos; existe toda uma diferença entre a abstração 
  inútil e a própria vida.
  Da mesma forma que os sentidos externos, ou melhor, seus órgãos, 
  podem ser ampliados mecanicamente, ou seja, penetrar mais profundamente as exterioridades 
  da existência e do Universo visível inteiro, os sentidos internos 
  podem ser ampliados com os íntimos.
  A comunicação dos externos com os internos se faz fisiologicamente 
  por meio do Sensorium commune, quer dizer, de uma forma orgânica mecânica, 
  porém quase biológica.
  A comunicação dos internos para os mais íntimos se processa 
  por meio da Consciência; entretanto aqui não existe mais nada de 
  mecânico, tudo é organicamente vital, com uma reação 
  imediata no suporte fisiológico.
  Para convencer-nos disso, é só fazer a observação 
  e a experiência que segue: pensar com força, tanto no coração 
  como no raciocínio mental, que poderíamos, até inconscientemente, 
  ter feito algum mal a um ser muito bom. Imaginem esse ser, concebam-no e coloquem-no 
  no presente, visualizem o seu espírito com todas as qualidades que nos 
  fazem admirá-lo e amá-lo. Então, ao pensamento, que agora 
  é o reflexo da vida, responde um problema da própria vida; notaremos 
  que a fisiologia registra essa emoção sob a forma de uma contração 
  no coração e de uma sensação de angústia 
  ou sufoco nos pulmões.
  A consciência é, então, biológica e não metafísica 
  e ela sofre as influências da vida sobre a existência e a sua fisiologia.
  A palavra consciência significa: com a ciência, quer dizer, de acordo 
  com a verdade constituinte do Universo visível. Essa verdade não 
  é ela mesmo mais do que uma das manifestações do Verbo. 
  A consciência é, então, o bom senso pelo qual o Verbo legislador, 
  o da ciência, esclarece diretamente a vida pela sua própria sabedoria. 
  Esse sentido, pelo qual os internos se comunicam com os íntimos, pertence 
  ao mesmo tempo aos dois regimes, e é o único que sobra destes.
  Como conseqüência desse profundo mistério que é chamado 
  "Queda dos Anjos", todos os sentidos íntimos do ser humano 
  se fecharam e atrofiaram, com exceção do sentido interno ou sabedoria.
  O que chamamos de sentidos internos corresponde ao desenvolvimento autônomo 
  do ser individual, que se apóia no esgotamento prévio de seus 
  sentidos externos, ou de sua fisiologia. Equilíbrio e saúde resumem 
  esse esgotamento. A razão e a consciência resumem o desenvolvimento 
  que se apóia sobre aquele desenvolvimento, mas que não resulta 
  dele. O maior grau desse desenvolvimento como razão e consciência 
  dá a ele o máximo da somatória de vida que o homem é 
  suscetível de viver dentro de si e de suas manifestações 
  externas? Não, já que não se trata de um segundo desenvolvimento 
  de autonomia individual.
  Tanto pela sua razão como pela sua consciência, o homem não 
  viverá e não manifestará mais do que esses dois estilos 
  de vida lhe podem oferecer: a justiça em relação à 
  ciência; a justiça em relação à consciência. 
  Isso já é o bastante, e longe de nós pensarmos em retirar 
  ao tipo humano esse grau: não é pelo seu mérito que retorna 
  ao indivíduo, como muitos homens dessa espécie são levados 
  a acreditar.
  O espírito de justiça não é uma característica 
  do homem, pois é a razão universal que o revela aos sentidos íntimos 
  do homem, à ciência e ao seu conhecimento.
  Não é mais o espírito de justiça próprio 
  do ser humano, porque é o ser dessa razão universal que o revela 
  ao ser íntimo do homem; é à sabedoria vivente que fala 
  na sua consciência.
  O mérito do indivíduo é ter sido esperto o bastante para 
  que esse duplo enxerto o levasse a esse desenvolvimento que se constitui, na 
  verdade, como ser intelectual e moral, capaz de servir de base nesse grau superior 
  da vida, ou de participação da vida, da qual falaremos a seguir.
  Assim como existe comunicação entre as existências pela 
  sua relação, há comunicação entre as vidas 
  e entre estas e a vida absoluta que as especifica pelo seu Verbo.
  Quando os primeiros Mestres da Humanidade, os patriarcas, na flor de sua virgindade 
  psíquica, chegaram à confirmação do Verbo pelo seu 
  caráter exotérico, sentiram no coração o choque 
  do Deus vivo. Até na mais profunda solidão, sentiram que essa 
  emoção não vinha só deles, mas que era dupla, compartilhada 
  e, ao mesmo tempo, recíproca, com uma doçura de atenção 
  e de energia ao mesmo tempo humana e sobre-humana.
  Como sua substância psíquica ainda não havia sido corrompida 
  e os seus sentidos internos ainda não estavam atrofiados pela longa seqüência 
  secular de sofisticações mentais, nem degenerações 
  ontológicas, observaram piedosamente, no seu interior, a experiência 
  dessa emoção extraordinária.
  Então, os de coração e pensamentos mais poderosos, supondo 
  e mais tarde confirmando que o Verbo criador estava não só vivo 
  mas presente, oraram e o adoraram.
  A reciprocidade do amor foi aumentando, e quando o Verbo de vida os sentiu fortes 
  o bastante para não ficarem confusos de sentir a plenitude absoluta desse 
  amor, envolveu-os na sua essência, e por meio da abertura de seus sentidos 
  internos, os íntimos se abriram penetrados de lado a lado.
  Esse Estado divino e essa suprema experiência, que revelam ao homem o 
  Universo invisível, seus feitos, suas leis, seus graus e seu Ciclo, recebem 
  um nome muito conhecido, mas que é ainda insuficiente: êxtase. 
  Esse nome é insuficiente, pois o assunto do qual estamos tratando aqui 
  merece o nome de Instase, de integração, se não de reintegração 
  na vida direta e em seus meios. Estes últimos são intra-etéreos 
  e supra-etéreos, como o Universo invisível da vida.
  Esse é o Estado teológico, quer dizer, a Instase do homem no Verbo 
  divino da vida.
  É assim que foi dada a Revelação esotérica do Verbum 
  viate, a do Universo invisível. Desse modo, a palavra humana foi levada, 
  como dissemos, a uma concordância perfeita entre o Verbo de Deus e a síntese 
  suprema, aquela da vida eterna, da religião, que foi revelada com a mesma 
  precisão que seu exoterismo, a ciência. Mas o que era ciência 
  na Revelação externa é conhecimento na Revelação 
  interna. O Verbo não tinha sido percebido, até então, mais 
  que em sua sombra, que consiste na Luz exterior de suas leis. Foi conhecido 
  na Sua glória e na Luz direta de Sua vida.
  Se o Universo visível contém todos os signos da lógica 
  do Verbo, somente o Universo invisível contém, com o seu significado 
  vivente, a verbalidade direta. Somente o Princípio revela o verdadeiro 
  sentido das leis que são seus meios e a finalidade de seu ato eterno.
  Sem ele, o homem prisioneiro dos condicionamentos evolutivos não verá 
  mais que os indivíduos submetidos à formação e à 
  deformação fisiológica. Cego às espécies 
  biológicas que não pertencem ao mundo visível, será 
  levado a concluir que a morte é definitiva que consiste na suprema atração 
  de todo o centro astral e que passa pela morte, ã irresponsabilidade 
  individual e à anarquia coletiva. Essa conclusão, no entanto. 
  será falsa, inclusive do ponto de vista do critério externo, que 
  nos conduz por si mesmo por meio da universalidade para a unidade, para o Ciclo 
  inteiro das leis e à afirmação dos legisladores.
  Mas para um espírito de águia, que irá até os confins 
  do poder reflexivo de sua razão, sob a incidência externa da razão 
  suprema, quantos espíritos corujas serão incapazes desse esforço 
  vitorioso e negarão sua epifania, a visão desde o alto, porque 
  jamais serão dignos dela.
  CAPÍTULO SEGUNDO
  A Verdade
  I
  
  Identidade do Cristianismo antes e depois da Encarnação
  
  
  Constituição da Primeira Igreja. - Necessidade de um só 
  Pastor. - Só a Religião do MeShI-aH Pode Dar a Paz. - Adão, 
  Primeiro Chefe Eclesiástico Terrestre. - Pitágoras e a Filo-ShOPh-Ya. 
  - Sabedoria e Filosofia. - ShOPh-Ya e Minerva. - Definição de 
  ShOPh-Ya. - A Trindade: seus Dez Aspectos. - O Nome do Pai; sua Importância. 
  - A Chave de Conhecimento Revelado por Daniel. - O SheMaM e o SheMa. - Manifestação 
  de ShOPh-Ya pelo Verbo Divino. - Os ALHIM Patriarcais e Pitágoras. - 
  Existem Duas Religiões; Duas Sabedorias? - Resposta Evangélica. 
  - Pitágoras e São Pedro. - AMaTh e BRAShITh. - O Número 
  1440. - BRA e BaRat em Bharata-Varsha. - A Necessidade de Proclamar a Verdade. 
  - Nosso Acordo com a Ordem Teológica. - Santo Agostinho. - Corcel e Cavalheiro 
  na Língua Profética.
  Foi seguindo o caminho que acabamos de percorrer, de ciência em ciência 
  e de verificação em verificação, que a Primeira 
  Universidade da Terra formou a primeira Igreja, dito de outra forma, o primeiro 
  Estado social terrestre, em correspondência com a celeste. Foi por etapas 
  e graus sucessivos da hierarquia dos fatos e das leis que o espírito 
  humano chegou ao espírito divino: substância; ao Verbo divino: 
  existência; e ao ser, à vida em si: essência de Deus.
  Nós dissemos e acrescentamos que a Humanidade havia perdido sucessivamente, 
  pela sua própria falta, todo um conjunto de faculdades, das quais somente 
  sobrou uma: a consciência. Exceto esta, o homem hoje em dia está 
  surdo e cego ao que era praticado em experiência. Ser inteligível 
  e sensível, é evidente que Jesus lhe deu tudo isso; porém 
  o espírito pagão o fez perder tudo de novo.
  Depois de sua organização primordial relatada por São João, 
  enquanto o homem foi fiel, o gênero humano era cristão do Verbo 
  Criador e Salvador, que havia prometido aos seus aliados descer à Terra 
  e encarnar-se nela, com todas as suas faculdades, de forma a reunir novamente 
  tudo quanto tivesse sido dividido pelos seus adversários.
  É por este motivo que, de Ciclo em Ciclo, seus representantes, pontífices, 
  reis, patriarcas bíblicos, rashis dos Vedas, tis dos Kings, chamavam-se, 
  como menciona o dicionário hebreu: MeShlaH-Im, cristãos. Da mesma 
  forma, a partir do ano 590, os reis da França eram chamados assim; mas 
  nesse caso não são os verdadeiros sucessores dos patriarcas MeShIaH-IM. 
  Apenas nossos papas os sucederiam, se o Neopaganismo não fizesse regredir 
  a marcha normal da cristandade em direção ao cumprimento da promessa, 
  na direção de um Estado social e de uma civilização 
  universal, na qual todas as chaves de ouro estão no Evangelho.
  Um único pastor: a Humanidade nunca teve nos Ciclos antigos, e não 
  terá jamais nos tempos futuros, a possibilidade de uma unidade que não 
  fosse aquela, e é por isso que no nascimento de Jesus, os anjos divididos 
  em dois coros cantam os versos da seguinte estrofe: "Glória a Deus 
  nas Alturas. Paz na Terra aos homens de boa vontade!"
  Realmente, sem a religião do MeShIaH, sem o seu duplo Estado universitário 
  e social, não existe, como veremos mais adiante, a possibilidade de paz 
  entre as nações, quando até reis, imperadores e monarcas, 
  no sentido moderno e pagão dessas palavras, com todos os seus súditos, 
  comeriam na mão de Julião, o Apóstata. Portanto, para obter 
  a paz de Deus na Terra, é necessário glorificar seu Verbo até 
  nos mais altos dos Céus: SheMa dos SheMaIM; pois a paz é Ele mesmo 
  na reflexão de seu Shema, e em seu organismo social vivo.
  O Adão terrestre de Moisés foi o primeiro patriarca a fazer passar 
  o gênero humano da Antropologia para a Andrologia, do pó individual 
  a um mesmo espírito, a uma mesma alma, a um mesmo corpo eclesiástico, 
  que tinha um chefe semelhante àquele dos ALHIM e de seu MIHLA, ao MeShIH 
  celestial representados na Terra. E é o início da unidade de todos 
  os ensinamentos, a unidade das línguas estruturadas sobre a palavra divina, 
  a unidade social de um extremo a outro da Terra, com a exclusão de toda 
  a política, de toda a anarquia. Dissemos, em outra parte, como essa tradição 
  se confirma pela etimologia sânscrita do nome AD-aM.
  Pitágoras, herdeiro da tradição patriarcal, que fez passar 
  das línguas sagradas ao grego jônico o termo Philo-SoPh-Ya, amor 
  pela sabedoria de Deus. Entretanto, essa sabedoria da proto-síntese do 
  Verbo, ou dos vestígios que permaneceram espalhados nos cantos escuros 
  das Universidades ortodoxas da Europa, da África e da Ásia, que 
  consistiam na Filosofia humana que apontamos como o falso critério por 
  excelência. Objetivo, experimentalmente demonstrável, era o terceiro 
  grau do ensino patriarcal, que constituiu por si só o ápice dos 
  altos estudos: a sabedoria. Era o objeto supremo da Revelação.
  É esta sabedoria original que empresta de cima, ao espírito humano 
  e à sua vã filosofia, um nimbusn de Paraíso perdido, uma 
  glória dos tempos antes da Queda, uma auréola de semideus caído, 
  fulminado e cego. Ela é a rainha do céu do pensamento, a estrela 
  do pastor das inteligências, o refúgio sagrado das asas e dos impulsos, 
  a musa dos verdadeiros poetas, a advogada dos verdadeiros filósofos, 
  inclusive dos extraviados. Porém, ela é também a terrível 
  acusadora que, em um abrir e fechar de olhos, eleva todos os anjos, aponta todas 
  as suas espadas, lança todas as suas flechas contra os prevaricadores, 
  os simoníacos, contra os maculadores, os pensadores, os eruditos, os 
  artistas que levam a escuridão nas almas, que acumulam nuvens de inferno 
  entre o espírito humano e o divino.
  Ela tem em Jesus nove raios: nove, número do Leão solar, nove 
  maldições rugentes e trovoantes contra os escribas e o fariseus 
  da Igreja, do Estado e da universidade e. além disso, das ágoras, 
  dos fóruns, dos empóriuns, das ruas e dos riachos de todas as 
  babilônias e de todos os tempos. Neste ponto, pedimos ao leitor que preste 
  atenção ao Siboleth-Shiboleth.34
  ShoPh-Ya, a Teogenia, não deve ser confundida com Minerva, a Cosmogônica: 
  a incidência divina com a reflexão não somente humana, mas 
  cósmica; nem com o "Ya" do Pai e do Filho, nem com o "M" 
  de Adão e de Adamah. Em outra parte desta obra, a propósito da 
  CaBa-LaH das XXII potências do Verbo e de sua proto-síntese, revelamos 
  esse mistério, mas voltaremos ainda uma vez sobre isso.
  ShOPh-Ya é a união, Ya, do infinito psíquico SOPh, e do 
  absoluto espiritual; Ya mais uma vez é a união de IShO e de IHOH, 
  do Filho e do Pai, da palavra e do pensamento vivo.
  Golos e Logos, do Verbo pelo que tudo existe: IPhO, e da adorável essência 
  gênica que o gerou: IHOH, está em quem somos e no Verbo. E esta 
  união é feita na Potência coexistente, a que preside a função 
  da letra "Ya", comum ao Pai e ao Filho. Em resumo, é a união 
  do Pai e do Filho com a substância igualmente divina, que pelas suas virtudes 
  luminosas a tudo subsiste: ROaH, Ha-OR.
  Essa união é feita na Potência de conjunção 
  divina que preside à letra "O": IHOH; IPhO-IshO; RoaH. Esta 
  terceira união é Ya-O no IO-Ga ou o IO-Va evangélico,35 
  e as três - Essência, Existência e Substância - são 
  um só Deus e somente uma vida, representada por três pessoas ou 
  aspectos funcionais de Um Ser Único, que quer dizer Único, Absoluto, 
  Infinito e Universal.
  Uma longa investigação nos Livros Sagrados conhecidos por toda 
  a Terra nos levou a concluir que este Mistério era absolutamente conhecido 
  pelos patriarcas ortodoxos e, em conseqüência, pelos dissidentes, 
  sob um dos dez aspectos seguintes, ou sob vários desses aspectos, ou 
  por todos ao mesmo tempo.
  
  
  
  I. Pai Filho Espírito Santo Um Deus Único II. Essência Existência 
  Substância Um Ser Único III. Sujeito Verbo Objeto Uma Compreensão 
  Única IV. Pensamento Palavra Cumprimento Uma só Vontade V. Suporte 
  Princípio Finalidade Uma só Direção VI. Apoio Potência 
  Radiação Uma só Energia VII. Absoluto Relação 
  Infinito Um só Movimento VIII. Unidade Correspondência Universalidade 
  Uma só Eternidade IX. Centro Diâmetro Circunferência Um só 
  céu, ou Ciclo X. Universo Invisível Humanidade Anfíbia 
  Universo Visível Uma só Revelação 
  O Pai é IHOH, Deus, Vida. Esse nome é lido em caracteres vattan, 
  traçados com pedras preciosas sobre o frontão de ouro dos bratmahs 
  do Nepal, antigos Soberanos pontífices Universais, os quais Moisés 
  denomina como ancestrais antediluvianos, com o nome de Népalim ou Nefilim; 
  e, neste Nome do Pai, como o comprovaremos em outra parte, esta expressa a sua 
  essência, que é a vida; sua existência, que é o Verbo 
  vivente; sua substância, que é o Fogo Criador vivente e vivificante. 
  É por essa razão que Moisés, citando os Vedas e o primeiro 
  Zoroastro, diz: "Nosso Deus é um fogo devorador". E esta palavra 
  é repetida no Evangelho.
  Esse Fogo espiritual é, realmente, tão terrível para os 
  malvados como doce para os bons, e quando a sua cólera se acumula contra 
  os primeiros em defesa dos segundos, desencadeia até o fogo central dos 
  astros. Que não pretenda, ó, nenhuma Babilônia moderna mergulhar 
  instantaneamente nas brasas das entranhas da Terra, embaixo dos trovões 
  do Céu.
  Enquanto a ShOPh-Ya reúne os dois nomes do Filho; sua chave do conhecimento 
  é aquela que Daniel indicou secretamente a Esdras, com o nome "Nicod 
  bilo ShOPh". Esdras reteve somente mais que sua abstração 
  SOPh, que foi adotada por todos os Cabalistas judeus.
  Estas três palavras, "Nicod bilo ShOPh", assim grafadas, significam 
  realmente: "o Ponto no Infinito". Porém, Nicod significa também 
  a letra I ou o Ya divino. Não obstante, este véu seria impenetrável 
  e sua interpretação metafísica não faria mais que 
  tornar o véu mais espesso, sem o Arqueômetro, no qual as letras 
  se posicionam por si mesmas e não seguem a vontade do homem, de forma 
  objetiva e não subjetiva.
  Então, as que fazem vibrar o primeiro triângulo, aquele da Trindade 
  divina e de seu ângulo com o Norte que define o Círculo do Infinito, 
  são precisamente as letras: Sh, O, Ph, Ya, as três pertencentes 
  ao Nome do Verbo: IphO, e ao Nome de Jesus: IShO. Aqui não temos mais 
  a abstração, mas um fato que traz em si mesmo sua lei, e o Nicod 
  bilo ShOPh de Daniel deriva, então, de ShOPh-Ya, do qual procede Sofia, 
  pela união do Ya com o SheMaM.
  O SheMaM realmente define o ângulo do solstício Norte (Capricórnio; 
  Saturno) do Verbo Criador e Encarnado, a natividade na Terra e nos Céus 
  e seu número é: Sh = 300 + Ph = 80, sua somatória é 
  igual a 380. Este número, 380, eqüivale também a 300 = Sh, 
  40 + 40 = M + M, e portanto à SheMaM. É por essa razão 
  que Daniel chamava essas duas letras de SheMaM, o Sinal Supremo, o Rei da Glória, 
  em hebraico do Meshiah e de SheMa. E esta glória é a divina teogônia 
  das letras sagradas, das Arcangelicais Potências da Palavra.
  Falando do SheMa cujo número é 340, tem também por equivalente 
  SPhR, SePheR, Círculo e Livro; em sânscrito céu em Svar-GA, 
  em eslavo antigo e dialeto russo: Svar-OG.
  Assim é demonstrada experimentalmente, com a ajuda do Arqueômetro, 
  a diferença entre a Qabbalah metafísica dos judeus e a CaBa-LaH 
  matésica dos patriarcas, de Moisés, dos profetas e dos apóstolos, 
  isto é, do Cristianismo eterno. Mais ainda, o Nicod bilo ShOPh, de Daniel, 
  é demonstrado por este instrumento de precisão, que dá, 
  ao mesmo tempo que a palavra ShOPh Ya, o Arcano Divino que a manifesta, não 
  só como essência em Ya, mas como existência em Ph e Sh, e 
  ao final em O, como substância dos seres viventes.
  O que se manifesta, então, é o Verbo de Deus: I-PhO; o Filho de 
  Deus: I-ShO, porque em sânscrito este último termo significa também 
  I-SOu.
  No Shema arqueométrico, com o qual Moisés tinha encerrado e selado 
  com Deus, incluindo seus párias negros e semitas, toda a vida esotérica 
  de seus ALHIM egípcio e patriarcais seria projetada pelo Verbo Criativo, 
  no sentido do seu retorno como Verbo Encarnado.
  Pitágoras não estava dentro dessa corrente terrível e ao 
  mesmo tempo doce do Espírito e do Fogo divino; seus sentidos íntimos 
  não estavam abertos, mas seus sentidos internos estavam fortemente guiados 
  pela Tradição Órfica em direção ao Verbo 
  Criador, ao Princípio da Palavra perdida e contra a reconquista da finalidade. 
  Seu grau de vida é menor, e, entretanto, podem ser qualificadas sua direção 
  e sua influência como soberbas conforme as Leis da antiga sabedoria.
  Será que eu errei? Será que eles possuíam dois conhecimentos, 
  o patriarcal e o cristão? Existiriam duas religiões, duas sínteses 
  da verdade objetiva? Se fosse assim, ambas oponentes, seriam por esse motivo 
  erradas; encaixariam-se na categoria dos sistemas humanos que geram e arrastam 
  o vento da decadência; desmoronariam-se do alto do trono da objetividade 
  do verdadeiro.
  Os santos oráculos do Barith Ha-Kadosha vão confirmar. Pilatos: 
  "Então, você é rei?"; Jesus responde: "Você 
  diz isso, eu sou rei. Eu nasci, eu vim para este mundo para prestar testemunho 
  da verdade" (São João, Ev. XVIII, 37).
  Por ser rei, deve dar a Luz e a verdade, diziam os antigos sacerdotes do Verbo: 
  "São a raça escolhida, a ordem dos sacerdotes-reis, a nação 
  santa, o povo conquistado e conquistador, a fim de que publiquem as sublimidades 
  Daquele que os tem chamado desde as trevas para a Sua admirável Luz" 
  (São Pedro, Ep. I, v. 9).
  Pitágoras teve grande alegria quando, do fundo do Limbo, escutou o Éter 
  transmitir-lhe a palavra do Rei dos Reis, e depois de seus Apóstolos, 
  opondo-se, assim, a legitimidade do verdadeiro à legalidade do falso. 
  Não adianta o ranger dos dentes dos Apóstatas do Verbo no mais 
  fundo dos infernos, quando as trombetas angelicais do primeiro Juízo 
  os fazem cair de costas, entoando para eles essas mesmas palavras.
  Certamente, estamos longe do Renovador de Orfeu; de Jesus Cristo, o Incomparável, 
  mas com São Pedro, o humilde pescador da Galiléia, divinamente 
  transfigurado pelo Senhor em verdadeiro pontífice e verdadeiro rei. O 
  espírito de Pitágoras está sob o reflexo lunar, o do Apóstolo 
  está sob a irradiação solar. Um é interno, humano, 
  superior, individualizado para a vida imortal por sua razão e por sua 
  consciência; o outro acaba não sendo nem externo, nem interno, 
  pois já está reabsorvido no íntimo, reintegrado à 
  própria vida na Terra, não só da imortalidade individual, 
  mas da eternidade divina. Esse Dwi-Ja de Jesus se doa por inteiro - Razão, 
  Consciência, Existência - para receber essa vida suprema. Está 
  no Espírito Santo, no redemoinho divino e vivo da Ascensão do 
  Filho, por meio das hierarquias angelicais de onde havia descido, da direita 
  do Pai, que havia deixado, para conceder-nos a existência e a substância 
  celestial, até seu trono de rei da glória, que havia abandonado 
  para ser por nós ignorado, caluniado, insultado, machucado com golpes 
  de varas, coroado com espinhos e pregado em uma cruz. Porém, não 
  existe talvez uma relação espiritual entre os últimos fiéis 
  do Verbo Criador e os adoradores do Encarnado? Será que não existe 
  um pouco da coroa de espinhos sobre a fronte de mártir de Pitágoras, 
  assim como também na do seu Mestre Orfeu.
  Se fosse de outra forma, existiriam dois Verbos divinos, o que eqüivale 
  dizer, nenhum.
  Então existe somente um Rei dos Reis, com o Selo real de sua verdade, 
  segundo nos diz São João com os ALHIM de Moisés, e eles 
  mesmos estão por trás da Protogênese ariana dos Vedas.
  Já comentamos suficientemente sobre o que era esse Selo do Deus Vivo, 
  que foi transmitido aos ouvidos de Moisés e aos seus colegas egípcios 
  e patriarcas, que o profeta israelita Daniel, Grão-Mestre da Universidade 
  dos magos caldeus, havia consignado a Esdras, esta Chave do Selo, este AMaTh 
  da Matha ou Mateus patriarcal. Porém, a palavra a que se refere São 
  João vai ainda mais longe do que isso; ela sempre une a religião 
  e a ciência. Segundo escreve São João no primeiro versículo 
  do seu Evangelho: "BRA-ShITh é a Ha-dá-BRa, o dom verbal, 
  a Palavra e DaBRa é o ATh dos ALHIM". Portanto, teremos que explicar 
  em outra parte o que são os ALHIM, mas já podemos compreender 
  por que o Verbo Encarnado disse: "Eu sou o A e o Th",r o raio e a 
  circunferência, a alma divina do Universo divino AthMa.
  O termo AthMa, na linguagem angelical primordial, aquela das Correspondências 
  da Palavra do Verbo, é ao mesmo tempo um número: 1440. Este mesmo 
  número, na sonometria moderna, representa a hierarquia verbal do modo 
  central cromatico de "mi", e na linguagem angelical é a Harpa 
  Solar arcangelical de nosso sistema zodiacal. Multiplicado por 100, é 
  o número hierárquico no modo enearmônico da sabedoria divina. 
  É a Harpa do seu Arcanjo: Herm-es-Thoïth, Rafaêl-Trismegisto; 
  porém, aposto no Mundo de Glória cujo Sol vivo é o Lumen 
  de lumine, do Credo de Santo Atanásio e da Gênese de Moisés: 
  HA-OR. E, de forma a não cometer nenhum engano, São João 
  (Apocalipse VII, 4, 9, 10 e XIV, 1, 2, 3, 6) o faz tocar em 144 mil Harpas e 
  ser cantado por 144 mil eleitos. O padrão áureo do Arqueômetro 
  dá a sua verificação sonométrica, bem como no próprio 
  Arqueômetro estão todas as suas correspondências sagradas.
  Deixando agora o Selo régio do Rei da Glória, retornemos a um 
  ponto que já abordamos anteriormente, que diz respeito à existência 
  de dois Verbos Divinos.
  Podemos verificar historicamente em documentos brahmânicos, que a proto-síntese 
  de São João é a de IShVa-Ra, alterada foneticamente em 
  ISOua-Ra. E esta é a síntese universal, ou primordial. A seguinte, 
  abreviada da primeira, é étnica tanto no antigo Império 
  Indiano como em suas colônias. Recebe o nome de BRA e de Bha-Ra-T; a palavra 
  é representada de forma pontífice e real. É por essa razão 
  que a Índia dessa época antediluviana era chamada de Bharata-Varsha, 
  o continente do Verbo Criador.
  Para não deixar margem a dúvidas de que Jesus - IShO, IShVa, OShI 
  = 316 - tinha sido reconhecido como o Verbo Criador desde a Antigüidade, 
  podemos consultar os Vedas. Esses documentos foram escritos na linguagem vattan, 
  reescritos e abreviados pelo Vyasa, de Krishna, 3.200 anos antes da encarnação 
  de Jesus; eles chamam o Verbo de ShVa-DHA, que eqüivale ao número 
  316 em vattan. Em linguagem védica e em sânscrito, pronuncia-se 
  SWA-DHa. Essa palavra é formada por dois Datous, que significam "que 
  possui um dom em si mesmo". É o Datou-Sho do primeiro Zoroastro, 
  o Doador de Si mesmo.
  Não existem, pois, dois Verbos Divinos, bem como não existem duas 
  Religiões desse Verbo, nem dois conhecimentos dessa religião, 
  nem duas sabedorias de Deus.
  O Evangelho de São João nos disse em vão, há mais 
  de vinte séculos, que é preciso reafirmar a verdade dessa forma, 
  o AM ATh do AThMa, e reaplicar definitivamente o Selo do Deus Vivo no topo dos 
  estudos superiores, sem considerar os escribas e os fariseus modernos, que entronizaram 
  a agnosia e mais tarde a anarquia, e finalmente o anti-Deus e o anti-Cristo.
  Verificamos que estamos completamente de acordo com a Ordem Teológica 
  Universal, aquela do Verbo e de seus Inspirados de todos os tempos e de todos 
  os templos.
  Vejamos agora se estamos na mesma harmonia com a Ordem Teológica pós-apostólica, 
  aquela da Igreja que ensina, quer dizer, Igreja Episcopal, composta de papas, 
  patriarcas, primados, metropolitas, arcebispos e bispos de todos os cultos unidos 
  ou não a Roma. Incluo aqui o Episcopado Anglicano laico, sendo completamente 
  fiel ao meu culto, planejo as minhas obras sobre o terreno puramente laico dos 
  Estudos Superiores, para paz de Jesus sobre todos os cultos da Terra, a começar 
  diretamente pela religião cristã.
  Santo Agostinho nos responde em relação ao Cristianismo e à 
  Cristandade pós-apostólica. Se o escolhemos, é porque ele 
  chegou ao Senhor pela sua Igreja, depois de haver esgotado, como Pitágoras, 
  até o fel, a taça de todas as iniciações conhecidas 
  de seu tempo.
  "Li todos os seus livros e eu encontrei neles todas essas grandes verdades: 
  que o Verbo estava em Deus e que o Verbo era Deus; que aquele era Deus desde 
  o Princípio; que todas as coisas foram feitas pelo Verbo; que de tudo 
  que tenha sido feito, não há nada que Ele não tenha feito; 
  que nEle está a vida; que essa vida é a luz dos homens, porém 
  que as Trevas não têm compreendido isso; que ainda que a alma do 
  homem renda testemunho à Luz, ela não é a Luz, mas o Verbo 
  de Deus; que o Verbo de Deus é o próprio Deus e a verdadeira Luz 
  com que são esclarecidos todos os homens que vêm ao mundo; que 
  Ele estava no mundo, e que o mundo foi feito por Ele, e que o mundo não 
  o soube reconhecer de nenhuma forma. Pois bem; embora esta doutrina não 
  estivesse nesses termos nos livros, ela está presente nesse sentido e 
  é confirmada por toda sorte de provas. Mas o que eu não encontrei 
  aí de forma nenhuma é que este Verbo veio para sua própria 
  morada (a da palavra e da sua CaBa-LaH), que os seus não quiseram recebê-lo, 
  e que deu àqueles que o receberam, acreditaram nEle, e que invocaram 
  seu santo nome, o poder de tornarem-se filhos de Deus.
  "Eu achei nos livros que o Filho nasceu na semelhança do Pai, e 
  que ele não usurpa nada quando disse ser semelhante a Deus, desde que, 
  por sua natureza, é da mesma substância que Deus, e essa doutrina 
  está expressada em seus livros de muitas formas diferentes. Mas o que 
  não se encontra naqueles livros é que esse filho de Deus tenha 
  sido aniquilado, tomando a forma de um servidor; que se tenha tomado semelhante 
  aos homens; que tenha aparecido externamente como um homem comum do povo; que 
  se tenha humilhado e tornado obediente até a sua morte na cruz; e que, 
  em recompensa, Deus o tenha ressuscitado dentre os mortos; que lhe tenha dado 
  um nome que está acima de qualquer outro nome, de tal sorte que, ante 
  o nome de Jesus, todo joelho se flexionará tanto no céu como na 
  Terra e nos Infernos, e que toda língua publique que o Senhor Jesus Cristo 
  está na glória de seu Pai."
  "Bem, encontra-se nesses livros que Vosso Filho único está 
  antes de todos os tempos, acima de todos os tempos, que é eterno, imutável 
  como Vós, e que é de sua plenitude que nossas almas recebem o 
  que pode torná-las felizes; que é participando dessa sabedoria 
  eterna que habita em si mesma; que elas se renovam e que se tornam sábias. 
  Porém, que este Filho único tenha sido morto no tempo, pelos ímpios, 
  que não o tenha perdoado, e que o tenha entregue para a morte por todos 
  nós, é o que não se encontra neles de modo algum."
  Que impulso! E que rumo ao verdadeiro! E com que precisão corcel e cavalheiro 
  chegam ao termo: a unidade do Verbo por meio de todos os ensinamentos, todos 
  os cultos, todos os desmembramentos da religião eterna. Religio vera, 
  ele diz em outra parte, a síntese verdadeira, o Amath do Athma, e o Athma 
  do Amath e de sua Matha.
  Disse corcel e cavalheiro; esses dois termos usados na língua profética 
  merecem uma menção que não é estranha ao tema.
  Sempre entre os profetas e, às vezes, entre os poetas, os sentidos íntimos 
  percebem vivas suas correspondências, as relações da reflexão 
  humana à incidência divina do verdadeiro, e vice-versa: correspondências 
  mortas, relações de geleiras e de avalanches no pensamento dos 
  metafísicos que os acreditam puramente subjetivos, como sua reflexão 
  sem incidência vital.
  A mais direta dessas relações, desses "caminhos caminhantes", 
  como Rabelais diz, desses Sefiroth no sentido matésico do termo, aparecem 
  em certos casos às almas mais divinamente "biologizadas", aos 
  profetas, como cavalos celestiais de diferente cores. Poderia ser dito que um 
  desses corcéis leva Santo Agostinho.
  Nenhum pintor jamais viu, nenhum poderá pintar a perfeita beleza de todos 
  estes tipos, primeiros modelos não apenas dos indivíduos fisiológicos 
  visíveis mas também da sua espécie invisível.
  Em sua Séfira correspondente, os profetas os vêem, entendem-nos, 
  montam-nos ou os contemplam montados por uma das 22 potências da palavra, 
  ou para um dos anjos de sua arcangélica divina e cosmológica.
  Estas teofanias objetivas se sucedem sem continuidade no Apocalipse de São 
  João.
  É Santo Agostinho um Profeta? Não sai apenas da gentileza greco-latina 
  mesmo que ela gere legiões de Santos. Em qualquer caso, é um metafísico 
  descongelado diretamente pelo sol do Evangelho que aproximou desde seu berço 
  oriental. Essa luz tem despertado nele a alma vivente; fez dele um Bardo, um 
  Vates, um Aede, um Cavi sagrado, diriam os védicos. Ainda não 
  tem a visão divina direta, a íntima; não fala qual seria 
  a inspiração teológica, como São João, como 
  São Paulo, como São Pedro; expressa-se como teólogo, porém, 
  de forma tão poderosa, que não pode ser comparado a ninguém 
  até os nossos dias.
  Realmente, ninguém até agora tem pensado ou sentido assim (não 
  somente com essa clareza mas também com esse calor) a Luz e o Fogo, a 
  universalidade e a unidade solar do verbo, a autonomia de sua religião 
  de onde tudo saiu, e para onde tudo deverá retornar.
  Vemos subjetivamente, racionalmente, mas com a força surpreendente da 
  influência evangélica, esta gênese e esta síntese 
  eternas dos dois mundos, invisível e visível, que, de ambos os 
  lados, levam a mesma marca, porém invertida, o mesmo Selo do mesmo Senhor. 
  E a Sabedoria de Deus, a que se inclina em direção a esta sublime 
  inteligência e que se dobra na sua frente. Esplêndido ofuscamento 
  de Luz vivente, auréola resplandecente que desvela todo o Ciclo do pensamento 
  e ilumina ao mesmo tempo seu espelho: o espírito humano.
  Verbo Criador por uma parte, Verbo Encarnado e Crucificado, da outra, tal é, 
  na música das inteligências, o acorde de segunda que ajusta e que 
  modula muitas vezes repetidas o anjo da Teologia cristã, o grande e santo 
  filho de Santa Mônica. Mas, nessa fuga sagrada que ascende de tom em tom, 
  se não de modo em modo, sofre demais as Leis da Harmonia eterna, para 
  não resolver suas segundas e sétimas, suas oposições 
  em amplexões sabáticas de raios, em setenários sinfônicos 
  da universalidade alcançada radiantemente.
  Consultar o Arqueômetro, seu Padrão, sua Aritmologia e sua Música
  II
  Cristianismo esotérico
Santo Agostinho 
  e Moisés. - AReTs. - Origem da Palavra Cristianismo. - MEShI-Ha e MeShIaH. 
  - ShaNaH e NaHaSh. - O Bapti. - O IONaH. - A Letra N. - I.N.R.I. - Função 
  de N; suas Relações com IONaH e NaHaSh. - A Queda e suas Conseqüências. 
  - Necessidade da Encarnação do Verbo. - A Geração, 
  - Os Dois Cérebros da Mulher. - A Concepção na Mulher e 
  na Santíssima Virgem. - Mistérios da Mulher. - O Erro de Eva. 
  - O Amos Recíproco do Homem e da Mulher. - A Necessidade de uma Virgem 
  na Encarnação do Meshiah. - A Religião Única Confirmada 
  por Santo Agostinho. - Os Neo-Sabeus. - A Razão Divina e suas Potências 
  no Universo. - A Ação de Jesus Verbo, Shematizada na Substância 
  Humana. - O Mito Solar. - Concordância dos Livros Sagrados. - O Ensino 
  Anticristão; suas Conseqüências. - O Bahou Simbólico. 
  - As Epístolas de São Pedro. - O Humanismo Anticristão; 
  suas Conseqüências. - O Gihen. - Citações de São 
  Lucas. - A Água: sua Função, seu Símbolo. - As Leis 
  Viventes. - O Destino. - A Ontologia Humana; seu Triplo Hierograma. - O SHIN. 
  - Os SHeMAH-IM. - A Energia se Apóia nela Mesma. - A Função 
  dos ALHIM. - O Verbo Criador é Jesus. A Chave do 5. - MAeTa-TRON. - O 
  Nome do Fai Proclama o do Filho. - IG e AG; IGnis e AGni; AGnus Dei.
  
  Se compararmos Santo Agostinho a Moisés, poderemos vislumbrar e perceber 
  o espaço que separa o maior dos teólogos do Cristianismo pós-apostólico 
  de um profeta teológico do Cristianismo patriarcal.
  Quando o bispo de Hipona nos disse: "Todos os astros estão ante 
  Deus como uma Terra única", comentou cora muita lucidez o teimo 
  de Moisés: AReTs, a unidade e a universalidade gravitacional, a AsTeR-idad, 
  a astralidade. Mas o Universo visível, o Ciclo astral, não é 
  outra coisa que o caos shematizado. Não é shemátíco 
  por si só, mas pelas Potências das lógicas, de harmonia 
  e de organia que contém o Universo invisível, e dos Céus 
  ondulatórios fluídicos: SheMa-IM, SheMa das ondas enormes, segundo 
  nos narra Moisés, resumindo nisso, como em ludo, seus antecessores MeShIaH-Im, 
  os cristãos patriarcais.
  Pois, se nosso glorioso nome de cristãos vem do latim christiam, e este 
  do grego Chrístos, não deixa de ser derivado de MeShIaH-Im, os 
  realistas do Rei dos Céus, e de seu reino subastral, cósmico, 
  solar e zodiacal: ISh-Ra-El, três termos, que em tibetano, em védico, 
  assim como em sânscrito, significam: Senhor-Rei-Terra-Celeste. Christos, 
  realmente, é a tradução em língua vulgar de um dos 
  mais importantes hierogramas da Palavra Sagrada comum a todas as universalidades 
  patriarcais até a divisão das línguas, e até muitos 
  séculos mais tarde. É essa língua que nos transmitiu a 
  palavra MEShI-Ha = 360 por meio do vattan e do védico. Sobre o Selo do 
  Verbo, sobre seu escudo arqueométrico, 360 é o número musical 
  que preside o duplo círculo dos graus. É um dos modos cromáticos 
  do ano luminoso divino - a Eternidade - e de sua correspondência com o 
  ano litúrgico do HâOuR celestial, o tempo sem limites, e depois 
  o ano astral e todos os seus ciclos solares.
  O MEShI-Ha, 360, é então o Rei da Glória, o SheM-a dos 
  SheMa-Im, do Ciclo dos Céus fluidos, e do AReTs, a astralidade, e não 
  apenas na Terra, como vislumbrou muito bem Santo Agostinho.
  Por intermédio das variações do sânscrito, do zenda, 
  do caldeu, do egípcio e, por último, do hebraico, temos o MeShIa-H 
  = 358. Sobre o Selo do Verbo, este número, 358, preside no diâmetro 
  solsticial, no eixo dos pólos do duplo Universo, ao ano lunar: ShaNaH, 
  358, é o número das encarnações e dos desencarnes. 
  Seu oposto é NaHaSh, a serpente das gerações, aquela sobre 
  a qual Moisés profetiza que a mulher deveria seguir. Realmente, a Santíssima 
  Virgem Maria pisoteia vitoriosa debaixo dos seus pés a serpente do crescente 
  lunar, escudo astral do anjo anunciador Gabriel, que a exalta em assunção 
  peto MEShI-Ha.
  Depois do que precedeu, compreende-se por que os antigos patriarcas dividiram 
  as línguas em prácritos, selvagens ou naturais, e em devanagáricas, 
  idiomas da Cidade divina, da civilização celestial, dito de outro 
  modo, assinaladas sobre a palavra cosmológica do Verbo.
  Enquanto a NaHaSh é a oponente do MEShI-aH, é a serpente do Éden, 
  o dragão das Águas-Vivas, celestiais, que conduz a biologia até 
  a fisiologia evolutiva. E a besta mais sutil no campo da extensão substan-cializada 
  pelo ROuaH-ALHIM.
  No trabalho dos mistérios patriarcais que eram feitos a partir do trigésimo 
  ano, o Bapti, nas águas fluentes, as mãos juntas sobre o peito, 
  e com os olhos fechados, recebia o Espírito Santo, o ROuaH dos ALHÍM. 
  Quando seus sentidos internos mais íntimos eram abertos dessa forma, 
  com a cabeça voltada para o Sol e os olhos fechados, enxergavam essa 
  Luz Espiritual.
  E nesta Luz descia até ele o IONaH, sob a forma de uma pomba (Representação 
  do Espírito Santo), e um NaHaSh em forma da cruz patriarcal ou de bastão 
  cerimonial. São João Batista não recebeu à toa um 
  nome arqueométrico que contém a pomba. Não é o IOHaN 
  do IONaH senão porque o Verbo o havia marcado com a sua Shema, cumprindo-se, 
  assim, a Tora celestial de seu Selo, antes de completar o que havia sido inspirado 
  pela terra.
  Na é a letra central e, em Deus, a Potência que preside todos os 
  centros luminosos e solares. É atribuído ao Filho do homem enquanto 
  é Filho de Deus. É assim que, para cumprir com a sua Palavra em 
  todas as línguas sagradas inspiradas por Ela, Jesus terá que colocar 
  na inscrição sobre a sua Cruz as quairo letras I.N.R.I.: em vattan, 
  em védico, sânscrito: I-NRI, Ele, a Humanidade; I-NaRa, Ele, a 
  Alma do Universo; I-Na-Ra-Ya, Ele, o NaRa-Dêva, ou o Homem-Deus.
  Tornamos a encontrar novamente, embora menos puros, os traços da Tradição 
  Sagrada da mitologia indo-egípcia de Orfeu e dos outros profetas étnicos. 
  Em Delfos e em Dodona, Apoio, a Serpente Piton, as pombas proféticas, 
  os carvalhos votivos, as águas fluentes dos mananciais e fontes consagradas 
  indicam outras correspondências com a Matesis patriarcal.
  O que é o NaHaSh? É uma criatura espiritual que executa seu papel 
  e sua função de passar a alma de sua forma invisível para 
  uma encarnação visível para a sua geração.
  A letra N, de IONaH e de NaHaSh, é o foco arqueométrico central 
  e, nas Potências verbais do Verbo, a que homologa ao centro, com seus 
  raios brancos, todos os raios complementares do círculo radiante do infinito, 
  360; quer dizer da substância luminosa biogenada, distribuída universalmente. 
  Esta casa é o Sol nos SheMa-IM, nos Céus fluidos ondulatórios, 
  antes de estar na astralidade gravitacional. Deste modo, esta última 
  pode desaparecer em uma vibração fundamental do Éter, que 
  não permitiria subsistir nenhum corpo "grave"; porém, 
  os astros seriam, então, transfigurados em substâncias imponderáveis, 
  radiantes, reguladas pela mesmo Shema, e diversamente luminosos, como mostra 
  sua espectroscopia.
  A Potência N naturaliza, pois, as almas e suas formas tanto no Universo 
  Invisível como no Visível. No primeiro caso, a Luz é direta; 
  no segundo, é o reflexo por meio da série nos modos musicais que 
  regulam o regime das forças e de seu desdobramento. No primeiro caso, 
  seu único veículo é o Éter dos SheMa-IM; no segundo 
  caso, o mesmo se complica com o dinamismo que desce dos Céus ondulatórios 
  até a astralidade e seu mentalismo suporte das forças e opressor 
  dos gases, condensador e condutor de suas transações lógicas, 
  harmônicas e orgânicas. Enfim, no primeiro caso ele é o IONaH 
  que está em jogo, no segundo, é o NaHaSh.
  É assim que, quando a neutralização psíquica se 
  faz somente no NaHaSh, a volta à vida mortal não pode ultrapassar, 
  no melhor dos casos, o ponto do trígono das Águas Vivas, de onde 
  ela desceu sob o sopro do Dragão das gerações. Isso é 
  o que acontece depois da Queda.
  Essa viagem das almas é chamada, de acordo com as antigas línguas, 
  de Limbo ou Nirvana, Seio de Abraão ou de Brahma. E esse retomo às 
  águas de sua embriogenia cósmica não tem como resultado 
  mais do que as renovações anuais do tempo, e uma nova embriogenia 
  matricial. É a Queda do mundo do Princípio Eterno, em que as origens 
  temporais da porta divina do Arqueômetro, vai do Solstício Norte 
  em direção à porta lunar dos homens, no Solstício 
  Sul.
  Para que aconteça de outra forma, para que o homem possa ser reintegrado 
  às suas origens evolutivas, no principio da involução divina, 
  é necessário que toda a trajetória da substância 
  que o constitui seja novamente "biologizada" pelo próprio princípio, 
  assumindo por caminho descendente, por rebaixamento voluntário, por espírito 
  vivente de sacrifício, os modos invisíveis e visíveis da 
  existência humana.
  Daí a encarnação do MeShIa-H, 358, após a descida 
  do mesmo MeShI-Ha, 360. na pureza divina do ROuaH-ALHIM, subordinando de uma 
  Ordem angelical a outra, até a de Gabriel, toda a potência de NaHaSh.
  Uma vez mais, este último não é pior, em si, que qualquer 
  criatura invisível ou visível. A luz polarizada e a dos raios 
  calóricos e químicos, infravermelhos e ultravioleta tendendo para 
  o azul não são piores em si mesmas, supondo-se que não 
  possam romper a onda luminosa em que paira o IONaH.
  Quando o Deus Vivo disse às espécies invisíveis: "Crescei 
  e multiplicai-vos sobre toda a astralidade", abençoou toda a geração, 
  supondo que ela se cumpra entre os homens, no Espírito Santo dessa bênção. 
  É por isso que o perigo de NaHaSh é o de fazer esquecer a espécie 
  celestial em virtude da individualidade terrestre; a involução 
  pela evolução, a biologia pela fisiologia, a andrologia pela antropologia, 
  a imortalidade pela mortalidade, o princípio pela origem. Seu perigo 
  é o de apresentar a geração como uma fatalidade animal 
  e não como uma cooperação da mulher com todas as potências 
  constituintes do duplo Universo, visível e invisível, com suas 
  correspondências angelicais nos dois cérebros femininos e em sua 
  dupla imaginação. Desses dois cérebros, um é o nervoso, 
  o outro é sangüíneo; um é ideal, o outro é 
  plástico e imediatamente realizador; um é a víscera da 
  cabeça, o outro é o da iluminação.
  A mulher realiza o que concebe, não só fisicamente mas, sobretudo, 
  espiritualmente.
  Alma dos templos até sua puberdade, a Santa Mãe de Jesus designada 
  por Ele como Verbo, com o nome das Águas Vivas celestiais, ofereceu o 
  incenso aos ALHIM, e comeu seu pão celestial no templo do Deus Vivo. 
  Ela concebeu plasticamente ao Messias Encarnado MeShIa-Ha, 358, porque havia 
  concebido e visto idealmente o Messias, Rei da Glória, MeShI-Ha, 360. 
  Como o viu e o concebeu idealmente? Eis:
  Como dissemos e repetimos, o homem possui somente sentidos externos servidos 
  por órgãos do mesmo nome. Esses sentidos não são 
  mais que pontos de apoio epigenéticos e evolutivos para uma dupla série 
  de sentidos internos e íntimos, a metade dos primeiros é evolutiva 
  e a outra metade é involutiva, e os segundos manifestam tão-somente 
  a involução, o Universo biológico e suas Potências.
  Os desenvolvimentos possíveis da vida humana são ilimitados, já 
  que poderão voltar a entrar na mesma vida divina por meio de seu mediador, 
  o Verbo, e, suas potências espirituais: ROuaH-ALHIM.
  A profanação da mulher pelo homem, e reciprocamente, representa 
  uma Queda formidável dos mais altos modos da vida para os mais baixos, 
  da pomba à serpente, do Espírito Santo à besta sutil, que, 
  sem ser essencialmente impura por si mesma, torna nossa compreensão limitada, 
  de forma que nós não concebemos mais do que ela, e por nossa vontade 
  não amamos mais que a ela.
  No primeiro caso, existindo o amor entre o homem e a mulher, estão no 
  ROuaH-ALHIM; no segundo caso, havendo o egoísmo, não necessariamente 
  dos dois, mas de um só, coloca-se por baixo do NaHaSh, em vez de estar 
  por cima dele.
  Porém, o mistério se estende ainda mais. A mulher pode situar-se 
  diretamente no Uno, que os egípcios diziam o Mesmo, aquele que é 
  sempre idêntico a si mesmo, o Eterno, ou no Outro, aquele cuja essência 
  é a de mudar de acordo com o curso do tempo. NaHaSh está para 
  o tempo em espiral como RouaH está nos ciclos da eternidade. A falha 
  de Eva, a esposa do patriarca, foi acima de tudo cosmogônica, e se lembrarmos 
  que a pitonisa de Delfos cooperava com o Píton de Apoio, que em seu delírio 
  extasiava seus ouvintes, não é de surpreender que NaHaSh expresse 
  também o gênero de adivinhação que o precede.
  A esposa sacerdotal do primeiro patriarca, que controlava as iniciações 
  do Sacro Colégio feminino, forçosamente arrastou em sua Queda 
  todas as formas de vida humana, e reduziu seu sentido à existência 
  temporal.
  Existe aí um Mistério e uma transmissão de fundamentos 
  que não têm a ver de nenhuma forma com a negação 
  do amor recíproco do homem e da mulher, com todas as suas conseqüências; 
  pois se acreditássemos nisso, seria como blasfemar contra o Deus da vida 
  e o próprio Espírito Santo. Pelo contrário, esse Mistério 
  combate o perigo de uma grande separação das faculdades iniciáticas. 
  É por essa razão que São Paulo diz: "O homem não 
  está em Nosso Senhor sem a mulher, nem a mulher sem o homem".
  A época do maior perigo dessa penetração da substância 
  humana no NaHaSh temporário havia sido solenizada pelos mais antigos 
  ancestrais. Porém, não era o Espírito Santo que estava 
  presente nos Mistérios Orgíacos, era o Outro, que não era 
  dominado pelo Espírito Santo.
  Então, somente o MeShI-Ha poderia refazer, como MeShla-H, toda a trajetória 
  divina que vai desde a substância espiritual do homem até a carnal, 
  descendo do seio da divindade por meio de todos os graus de duplo Universo, 
  angelical e astral. E para isso era necessário uma virgem, não 
  só de corpo, mas também de alma, que poderia ser violada sem que 
  o seu corpo deixasse de ser virgem, não levando em consideração 
  a monstruosidade desse atentado. Fazia falta uma virgem de imaginação, 
  de coração, de fato, que não olhasse, não imaginasse, 
  que não concebesse o mal, mas somente a vida verdadeira - IHOH - e sua 
  imagem -IShO-MeShI-Ha.
  Em conclusão, a necessidade da encarnação de um único 
  MeShl-Ha nos informa que não existe e não poderá existir 
  mais do que uma religião verdadeira nos Céus, sobre a Terra, sobre 
  todas as Terras; na eternidade, no tempo, de um extremo ao outro dos tempos; 
  e o grande bispo africano não deixa de promulgá-la, por outro 
  lado, com essa clareza de inteligência e essa potência de consciência 
  que o caracterizam. Por quê?
  Porque, pelo fato de sua investigação prévia, pela sua 
  peregrinação a todos os centros de iniciação conhecidos 
  - de seu contato, não somente com a racionalidade superficial e tanto 
  mais presunçosa do mundo latino, com a puerilidade sofisticada, problemática 
  e particularmente dialética do mundo grego, mas com a mentalidade atávica 
  mais profunda e mais reflexiva das outras comunhões humanas -, elevou-se 
  desde as planícies até as montanhas do espírito humano.
  As relações universais que ele engloba correspondem de fato ao 
  ponto de observação e à orografia dos estudos superiores 
  dos nossos dias. Da mesma forma, a jovem e anárquica mentalidade greco-latina 
  responde pelos nossos ensinamentos secundários e, ó, Superiores. 
  Estes últimos, sem o duplo contrapeso científico e religioso, 
  constituem o que com muita propriedade tinha visto Molière, o Humanismo 
  mais elevado, o Paganismo científico dos novos sabeus, bem piores que 
  os antigos.
  Entretanto, à Luz radiante do novo critério científico 
  e religioso, que ignora ou despreza, não poderiam constatar que todo 
  o sistema zodiacal solar, por exemplo, é um modo vibratório da 
  razão divina e de suas potências? Sua lógica, sua harmonia 
  e sua organização she-matizam dessa forma toda a ondulação 
  dinâmica do Éter, do som, da luz, do calor, da eletricidade, do 
  magnetismo e depois de todas as substâncias dinamizadas: gases, líquidos 
  e sólidos. Uma placa vibrante circular manifesta, debaixo do arco de 
  violino, um shema solar zodiacal, por uma qualidade objetiva e que somente tem 
  de humano sua observação, por uma Potência, que é 
  ao mesmo tempo Lógica, Harmonia e Organização, regula as 
  equivalências e as correspondências do número e da forma, 
  como todos os outros sinais da Palavra Cosmogónica.
  Pela mesma razão sobre-humana, manifestada nos fatos, na gota d'água, 
  vista por meio do microscópio, mostra-nos a Shema com a qual está 
  marcado todo o Universo visível.
  Vibrando sob o número em sua forma, e debaixo do som inaudível 
  desse número, ordena que o grau zero seja seu ponto de congelamento; 
  este círculo é definido primeiramente em um triângulo eqüilátero 
  equivalente ao número 3, depois em estrela hexagonal equivalente ao número 
  6, depois em dupla estrela hexagonal ou dodecagonal, equivalente ao número 
  12, e assim é "solarizada" e "zodiacalizada".
  A gota d'água, como tudo no céu etéreo de um Sistema Solar, 
  é verbalizada por uma aritmologia correspondente à sua morfologia. 
  É assim que, quando com uma arrogância e uma imprudência 
  que se igualam somente à sua ignorância, nossos Sabeus pseudocientistas 
  se aliam contra a religião, porque acreditam ter achado a mentira do 
  Mito Solar, fariam-nos rir, se não fizessem chorar a Jesus por nossa 
  humanidade governada por uma tal raça.
  Em resumo, se Jesus, o Verbo Encarnado, shematizou sua ação na 
  substância humana decaída, escolhendo 12 apóstolos e 72 
  discípulos e, ainda mais tarde, 360 membros, ele não fez mais 
  que completar sua própria lei lógica, harmônica e orgânica, 
  como Verbo Criador. E não cabe mais à mentalidade da terceira 
  casta do espírito humano, que usa a sua própria tagarelice em 
  ensinamentos contra a Palavra Santa, entender a razão da Razão 
  Suprema.
  E se o mesmo Selo arqueométrico marca as obras dos MeShIaHIM, anteriores 
  à Encarnação: Numa, Minos, Orfeu, Moisés, Zaratustra, 
  Fo-Y, Krishna e Manu, que ainda hoje, apesar de sua decrepitude, leva a marca 
  patriarcal da Universidade sede do Brahmanismo, prova-se com isso uma coisa 
  bem diferente do que a inepta conclusão dos párias voluntários 
  do reino, reino supremo da Razão de todas as coisas, como também 
  da consciência que prepara a compreensão delas. Que um desses papagaios 
  de Macróbio se eleve até a função operatória 
  que recobre seu pretendido Mito Solar, até a unidade e a universalidade 
  de ação central e cíclica sobre o Ciclo Humano.
  Assim cai de uma vez todo o sistema de interpretação neopagã 
  dos Livros Sagrados de todos os tempos, o alegorismo panteístico e naturalista 
  dos metafísicos, como Fabre d'Olivet. Longe de ser o resultado da vontade 
  individual e da razão subjetiva de uma série de teósofos 
  moderninhos, religiões e livros sagrados concordam com aqueles que compreendem 
  sua sabedoria e sua ciência. Mas a mestria desta concordância pertence 
  somente ao MeShI-Ha, porque somente ele é a religião das religiões.
  Oh! Em nossos dias, nossos ensinamentos universitários, vendados e complementados 
  por Macróbio e Dupuis, constituem-se na anti-religião e no anticristianismo 
  a péssima instrução burguesa, política, suplantadora, 
  anti-social e sectária. Ela cumpre sua função diluviana 
  e reabsorvente, embora pestilenta, que os brãmanes chamavam de a Bahou 
  do Caos, a Porca dos Mistérios, a Gastromame dos detritos e dos excrementos 
  da erudição. Trata-se do símbolo que foi reivindicado pelos 
  troianos, e depois deles pelos romanos, na Gcns Jtáia, planejando, assim, 
  diretamente, o caráter que teria a civilização selvagem 
  que fazia oposição aos templos: primeiro como lobo devorador, 
  e a seguir como porca exegética.
  E è esta raça que o Profeta e São Pedro descrevem: Ep. 
  2 Pd 2, 22: "Deste modo, sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio 
  se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada, 
  ao espojadouro de lama". Pode-se notar neste II, 22, o propósito 
  de oposição ao Verbo apostasiado e das XXII Potências da 
  Palavra Divina, assim renegada e novamente perdida.
  Mas o Apóstolo não se limita aí, na Ep. 1 Pd 4, 17: "Porque 
  já é tempo que se comece o julgamento pela casa de Deus; e, se 
  primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são 
  desobedientes ao evangelho de Deus?". Trata-se aqui das divisões 
  da Igreja em igrejas rivais, da religião em cultos hostis, do Catolicismo 
  em etnias cainitas; em resumo, do Estado Social Cristão em nacionalidades 
  fratricidas. Aqui está a instrução renunciada, que é 
  examinada depois pelo clero. Continua o Apóstolo, Ep. 2 Pd 2, 17: "Estes 
  são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, 
  para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva".
  Ep. 2 Pd 2, 18: "Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam 
  com as concupiscêncías da carne e com dissoluções 
  aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro".
  Ep. 2 Pd 2, 19: "Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos escravos 
  da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do 
  tal faz-se também servo".
  Existe aqui a advertência que vem esclarecer as regras e as profundas 
  penumbras reservadas aos povos vendados que permitem ser guiados por estes homens 
  cegos da instrução.
  Ep. 2 Pd 2, 21: "Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho 
  da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que 
  lhes fora dado". Da mesma forma, o Senhor disse a Judas: "Mais lhe 
  havia valido não ter nascido".
  Nesse mau humanismo para a Humanidade, existe toda uma diferença entre 
  a regressão e o progresso; o instinto e a inteligência; o pequeno 
  galho selvagem e o enxerto; o pior Paganismo e o Cristianismo, a anarquia por 
  agnosia e o Princípio Divino da razão e da consciência humana.
  Consultando novamente o Apóstolo sobre esse tema: Ep. 2 Pd 2, 11: "enquanto 
  os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra 
  eles juízo blasfemo diante do Senhor".
  Ep. 2 Pd 2, 12: "Mas aqueles, semelhantes a animais sem raciocínio, 
  nasceram para ser presa dos homens que os fazem morrer (os conquistadores e 
  as invasões militares). Atacam com suas blasfêmias aquilo que ignoram 
  (agnosia), e morrerão em conseqüência dos enfrentamentos revolucionários 
  em que se envolvem (anarquia). Receberão a recompensa que merecem por 
  sua iniqüidade".
  E esse humanista anticristão realmente um desumanizado; de mente vazia; 
  está castrado do Espírito Santo e sadio de vida e de seu verdadeiro 
  critério: vida celestial, vida terrestre, vida social, vida individual, 
  em todos os graus dessas hierarquias. 
  Foi esse humanista que, em nome da filosofia, lançou Pitágoras, 
  novo Hércules, às chamas. Foi ele que lançou ao rio Ebro 
  a cabeça sangrenta de Orfeu, novo Abel. Foi ele, enfim, que, depois de 
  haver sacrificado os Profetas sucessores dos ALHIM de Moisés, substituiu 
  a lei social de Deus pela sua própria lei política.
  Entre nós, o gênero de Humanismo do qual tratamos foi severamente 
  qualificado por Voltaire como "raça de macacos e de papagaios'.". 
  Era expressar de forma egípcia uma mentalidade de imitação. 
  Pelas leis secretas da assimilação psíquica, pode-se chegar 
  até a possessão infernal, crisíaca, e decair da suposta 
  Filosofia para a Filomania, da tolice racional individual para um delírio 
  racional coletivo, montado pelo espírito dos Demônios antropófagos 
  que os vedas chamam de Rakshasas.
  Os brâmanes, depois dos antigos patriarcas devido a observações 
  e experiências, atribuem como morada desses demônios alguns desertos 
  tórridos dos quais precisam um lugar geográfico, correspondente 
  ao seu estado psíquico. É a Gühanna, dos Vedas, o Gihen ou 
  Gihenan, da Bíblia, e complementam: "No deserto dos Shuman, ponto 
  de partida das trombas, dos tufões e dos hábitos mortais do meio-dia". 
  O império destruído do Dahomey havia estado sob esta influência.
  Como todos os mistérios, aquele é desvelado no Barith-Ha-Kadoshah: 
  Ha-Bashorah, Ha-Kadoshah, de São Lucas, 8, 27. Observai estes números 
  lunares e mensais: Lu 8, 27-31:
  8:27 - "E, quando desceu para a terra, saiu-lhe ao encontro, vindo da cidade, 
  um homem que, desde muito tempo, estava possesso de demônios e não 
  andava vestido nem habitava em qualquer casa, mas nos sepulcros."
  8:28 - "E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo 
  com alta voz: Que tenho eu contigo Jesus, filho do Deus Altíssimo? Peço-te 
  que não me atormentes." (O Helião de Melquisedec.)
  8:29 - "Porque tinha ordenado ao espírito imundo que saísse 
  daquele homem; pois já havia muito tempo que o arrebatava. E guardavam-no 
  preso com grilhões e cadeias; mas, quebrando as prisões era impelido 
  pelos demônios para os desertos."
  8:30 - "E perguntou-lhe Jesus, dizendo: Qual é o teu nome? E ele 
  disse: Legião; porque tinham entrado nele muitos demônios."
  8:31 - "E rogavam-lhe que os não mandasse para o abismo."
  Aqui, como em todas as partes, resplandece a humanidade celestial de Jesus, 
  a do divino modelo, da divina imagem de IHOH, sobre o tipo no qual foi criado 
  o homem no mundo divino, no Aïn-Shoph do Verbo: Aïn, o Anterior, como 
  disse Moisés.
  O Verbo Criador e Encarnado satisfaz aos demônios. Graças à 
  sua piedade, passarão da mais terrível prova, a do Fogo, para 
  uma mais doce, a da Água.
  8:32 - "E andava pastando ali no monte uma manada de muitos porcos; e rogaram-lhe 
  que lhes concedesse entrar neles; e concedeu-lho."
  8:33 - "E, tendo saído os demônios do homem, entraram nos 
  porcos, e a manada precipitou-se de um despenhadeiro no lago e afogou-se."
  Quantas coisas podíamos dizer sobre o que foi dito! Em toda a Sabedoria 
  Ancestral, a água é o veículo do espírito, e o espírito 
  que anima tem como correspondência zoomórfica uma pomba aérea 
  e aquosa e o espírito do animal impuro, uma porca. E assim que o nome 
  do Bautista é o da pomba que se pode ler no Arqueômetro na conjunção 
  das letras trígono da Terra dos Viventes, debaixo da linha de horizonte 
  do Triângulo das Águas Vivas.
  Esse hierograma é IO unido à letra solar N. E o Ioni cosmogônico 
  dos Vedas e o IO-NaH de Moisés. iOaN, Juan.
  Para que possam subir um grau na existência do mundo, que é invisível 
  somente aos olhos semicegos da carne, esses Demônios sabiam que precisavam 
  da graça de Jesus, e a possibilidade de repelir, sobre corpos impuros, 
  o fogo subetéreo que os consumia. Sabiam também que, depois desse 
  sacrifício à Divina Substância, precisavam da água 
  lustrai que somente a divina presença do Senhor vivificava.
  E como eram almas de homens, que de algum modo foram infernalizadas pelos seus 
  crimes, sofriam: a piedade divina os perdoou porque eles lhe suplicaram. Ela 
  perdoará da mesma forma o ladrão à direita na cruz.
  Mesmo que os filósofos que fabricam Deus e o Universo segundo a sua imagem, 
  em geral não admitem a graça, a piedade e tudo o que de perto 
  ou de longe tem mais a ver com o coração que com o cérebro. 
  Seu ideal subjetivo é uma espécie de impassibilidade desdenhosa 
  das paixões e até do sentimento, já que, passível, 
  voltamos a encontrá-lo também na Psicologia chamada animal e, 
  no fundo, analítica do homem. Esquecem que atrás da passividade 
  que implica o termo paixão existe uma energia mãe, ativa, que 
  expressa o termo afeto, o fogo cujo pensamento é a claridade; mas é 
  surpreendente quando nos encontramos com a abstração em lugar 
  da vida.
  Eles teriam deixado morrer ao possesso em supremo ataque de epilepsia, de catalepsia 
  ou de paralisia, porque seus sentidos internos, e com mais razão os sentidos 
  íntimos, estavam fechados; não teriam visto, entendido nem compreendido 
  nada.
  Seja o Verbo Criador, Encarnado ou Ressuscitado é a existência 
  da vida eterna e esta vida, em toda a sinergia da sabedoria divina, em toda 
  a energia do divino amor; a existência da vida soberana com seu dom real 
  da graça. Suas Leis diretas não são abstratas, são 
  viventes; são seres criados, existente e subsistentes.
  Elas afetam, no Universo visível ou fisiológico, muitos aspectos 
  de equivalência. Um dos últimos é mecânico e de aparente 
  fatalidade. Mas esses decretos viventes da divina liberdade não são 
  nem mais, nem menos que o antigo Fatum, que o Ananké, que o ateísmo, 
  injustamente encarregadas pela Escola Iônica, por Hesíodo e por 
  Homero, do governo dos deuses que são nossos anjos (às vezes nossos 
  demônios), e da ordem universal invisível aos nossos olhos terrestres.
  Esse suposto Fatum é, no fundo, um dom do Verbo: Phao, Fa-ri, um dom 
  de graça real outorgado pela Existência Divina ao nada ou ao caos. 
  É um Habeas corpus universal; e a chamada Ananké é, de 
  fato, a providência, a previsão, a provisão dessa mesma 
  graça soberana. Mais ainda, essa carta constitucional da existência 
  divina é livre e aceita eternamente em sua mesma substância, pelos 
  mesmos seres arcangelicais, e esses seres são a palavra vivente do Verbo, 
  como as letras de seu alfabeto psíquico: A-Th.
  É por essa razão que São João, lido na língua 
  das XXII letras, em siríaco, ou em hebraico, diz: "O Princípio 
  é o Verbo, e o Verbo é o ATh dos ALHIM"; o que significa 
  que os ALHIM são o Verbo como na ontologia andrônica das funções 
  ou faculdades do ROuaH ao NePheSh, e as do NePheSh ao NiShema.
  Tudo isso é lido novamente com objetividade sobre o Arqueômetro. 
  Procuremos nele, por exemplo, os três hierogramas da ontologia humana. 
  Veremos imediatamente todas as suas correspondências no duplo Universo, 
  começando pela divina Trindade, sua héxada e seu centro solar, 
  aquele do Lumen de lumine, ou de qualquer Sol ou coração astral 
  de qualquer coração solar que seja.
  TEOGONIA ANDROGONIA Essência: IHoH 
  Existência: IPHo-ISho 
  Substância: ROuaH NiShAMaH hebreu HaMCnISHIN vattan e védico NePheSh 
  hebreu ShaPhaN vattan e védico 
  ROuaH hebreu HaOuR vattan e védico 
  
  Nisso, corno sempre, temos que descartar as letras de pronúncia vulgar 
  (comum). As que permanecem aqui são, como vimos anteriormente, comuns 
  à Androgonia e à Teogonia.
  Os dois primeiros hierogramas se apoiam na central solar N. Esta, pela Luz invisível 
  e visível, prepara o Nó, opera a naturalização: 
  NaT. - O .
  Temos que assinalar também que NiShAMaH, tal como está escrito, 
  tem como equivalente o número 396. Reflete, pois, ShOPh-Ya, na soma de 
  seus números dados pelas letras de IPhO e de IShO. O controle do hebraico 
  pelo vattan e o védico dá HaM-SHIM, pois não temos que 
  considerar a transformação da M em N, de acordo com as regras 
  da tabela eufónica do Ramayana; apenas uma questão de pronúncia 
  que, por outro lado, não tem uma importância especial.
  O duplo hierograma HAM e SHIN tem por número 45, de uma parte, e 360, 
  da outra. Sua soma é o número 405 = 45 x 9. Quarenta e cinco é 
  o número de Adão. Trezentos e sessenta é o número 
  do espírito que preside à harmonia do tempo sem limites, o Ga-Na 
  hebraico do Na-Ga védico. 360 = 45 x 8; 8 = H que governa Câncer, 
  a Porta do Homem. É o H de Heva. 360 = 9 x 40 e 40 = M. Veremos, ao descrever 
  a reforma de Krishna, a função desta última letra.
  Todos esses fatos que o Arqueômetro torna experimentais, revelando suas 
  Leis, lançam uma luz celestial no Mistério que expressa o grau 
  da vida supereterna que somente é dada pela divina sabedoria da Santíssima 
  Trindade.
  SHIN, em todas as línguas do Oriente central e do Extremo Oriente, tais 
  como tibetano, japonês e chinês, expressam o espírito enquanto 
  ser vivente e existente na substância dos Céus fluidos e não 
  astrais. Esses Céus fluidos são o Universo invisível. A 
  atração universal vem por eles do ROuaH-ALHIM. Ela involuciona 
  a massa evolutiva ou atração central de cada astro. Ela contém 
  a tríplice soberania - lógica, harmônica e orgânica 
  - de suas relações entre eles, quer dizer, das Leis que os regulam 
  em conjunto.
  Voltando agora ao termo hebraico que tem, por equivalente subordinante, o número 
  396 da sabedoria divina, não é indiferente ver que os Céus 
  fluidos escritos assim: SheMAH-Im, dão também o número 
  396. E essa forma de escrever esse nome corresponde ao céu dos Céus, 
  aquele do espírito puro, do ShIN de IShO, ou céu divino supra-etéreo. 
  Esse céu, por estar sujeito ao ROuaH-HaOuR dos ALHIM, governa toda a 
  enarmonia vista por São João, todo o cromatismo, toda a diatonia 
  das Potências, das Forças orgânicas, que lhe são submetidas, 
  e da astralidade, suporte ponderável destas forças. Dissemos ponderável, 
  pois existem outros suportes ascendendo do céu astral ao céu fluido.
  A observação e a experiência armada, como estão hoje 
  em dia, não tardarão em descobrir que, em seus modos diretos, 
  a energia se auto-sustenta de modo em modo, até os fundamentos que os 
  englobam em sua universalidade, ascendendo do Individual para o Universal, da 
  astralidade para o Éter e ainda mais para cima. De sorte que, nisso, 
  como em tudo, temos que retornar â Essência absoluta, que constitui 
  toda a existência relativa por sua Potência de existência 
  e de substância que, dita de outra forma, é o suporte.
  É isso precisamente que, de acordo com São João, disse-nos 
  Moisés desde as suas primeiras palavras: "BRA-ShITh, o Princípio 
  Hexadino, o suporte vivente da Héxada, o Criador dos Seis, da Sexta fenomênica, 
  BRA criou os ALHIM, ATh-Ha-ShaMa-Im, Alma dos Céus fluidos e Ath-A-ReTs, 
  alma da unidade e da universalidade gravitante". Pois A = 1, e ReTs significa: 
  gravitar, correr em círculo; em sânscrito: StaR: estrela, astro, 
  astralidade.
  Agora, então, qual o Princípio do hexágono inscrito, e 
  depois do círculo, se não for o trígono? Resulta disso 
  e do que precede que os ALHIM estão para a Trindade como reflexão 
  para a incidência; que são a alma lógica, harmônica 
  e orgânica da dualidade do céu fluido e do céu gravitante; 
  que são, enfim, a Realidade, a substância do primeiro e do último, 
  até mesmo se a matéria, que parece servir de apoio à substância, 
  recaísse no Caos primordial, no Tohij - amorfia - e no Bohu - inanidade 
  nebulosa, inorgania.
  Não podemos nos esquecer que os ALHIM operam de acordo com o ROuaH, o 
  AH-OuRa do primeiro Zoroastro.
  Não poderíamos provar que o Verbo definido pelo nome de Princípio 
  Criador da divina héxada, o inspirador de Moisés, é o mesmo 
  que Jesus. Como sempre, não ficaremos satisfeitos somente com a tradição 
  de uma única Universidade.
  O nome dado pela infanta egípcia a Moisés engloba, como vimos, 
  o nome do Jesus M-OUSHI, ISHO. Se os rabinos não puderam encontrá-lo 
  na escrita habitual do nome de Moisés, MOShE, é porque eles ignoravam 
  a separação da Chave de 5,36 dada por Daniel em várias 
  palavras cujo significado precisava ser ocultado. Em hebraico, porém, 
  essa Chave é dada em outro hierograma: MOUShI-Wo, o Libertador. Moisés 
  foi realmente o libertador, não tanto dos judeus, mas da ortodoxia patriarcal, 
  na qual impôs o Selo divino em nome de Jesus.
  O Talmud e a Qabbalah chamam o Inspirador celestial de Moisés com o nome 
  de Moetatron, mas isso não é mais do que um véu do nome 
  verdadeiro. A pronúncia realmente foi alterada, afetando as interpretações 
  dos povos árabes e judeus no som do "e", em certas posições 
  da letra "a"; como em Alhim pronunciado Elohim; porém, escrito 
  desta forma: MAeTATRON = 316 = ISHO. Os rabinos têm procurado em vão 
  por toda a parte a etimologia de Matatron; está no sânscrito MATA, 
  Matesis. TRON, Tràna, salvador e salvação. 
  A correspondência dos termos com os números sobreviveu à 
  divisão das línguas. Por exemplo: M = 40, pronunciado MA, significa 
  a água em vattan, em védico e em muitas outras línguas 
  orientais. No extremo Ocidente, entre os incas, ATL = 40, raiz do termo Atlante, 
  também significa água. Essa chave, que explica somente uma das 
  correspondências sagradas da palavra arqueomeinca, pode ser aplicada em 
  todos .os Livros Sagrados, inclusive em todas as mitologias. Isso prova o que 
  dissemos em nossas notas sobre a CaBaLaH dos patriarcas e de Nosso Senhor Jesus 
  Cristo, seu inspirador. Nisso, os judeus foram apenas intermediários, 
  mas às vezes de uma forma involuntária e inconsciente, com exceção 
  dos seus Profetas.
  As dificuldades que envolvem o sentido do termo Matatron, tão nebuloso 
  aos que ignoram essas correspondências, surgem também em outro 
  nome, Shadaï que tem dado canseira e tirado a paciência de muitos 
  Rabinos; porque existem duas escritas deste nome, que é lido deste modo: 
  ShADAI = 316 é o Verbo, o ShVa-DHA em vattan, o Swadha em védico 
  e IShO, Jesus.37
  Por outro lado, incluindo os Cabalim dos alfabetos que chamamos de "lunares", 
  entre outros, os Koranitas esotéricos dizem, conforme o livro litúrgico 
  chamado Maksurâ, na folha 40: "Chama-se Maetatron ao chefe que vê 
  Deus cara a cara; é chamado igualmente de IeShOua". A figura bíblica 
  de IShO sob essa relação teóptica é Josué 
  olhando para o Sol.
  Esperamos que todas essas provas sejam conclusivas em relação 
  à identidade do Verbo e de Jesus, por meio de todos os desmembramentos 
  da proto-síntese patriarcal. Estamos longe de ter esgotado todas as provas 
  que podíamos apresentar, mas como precisamos encerrar, fecharemos a precedente 
  com uma só prova que não será a menos extraordinária.
  O nome do Pai proclama o Filho, a divina Essência e a divina Existência. 
  IHOH, que significa "Eu a Vida" e "Eu Sou", tem por número 
  26. Esse número misterioso, tomando as letras pelo seu valor numérico, 
  dará CO em vattan e em védico, e depois, em sânscrito, CV, 
  CaVi, o criador pelo seu Verbo, Deus Poeta. No primeiro trígono arqueométrico, 
  aquele do Verbo e de Jesus, essa poesia divina é lida como PhOSh-Ya, 
  e, dirigindo-nos pelo védico e o sânscrito ao grupo chamado semítico, 
  porém anterior a Moisés e à PhOSh-Ya de que já falamos 
  em outra parte, vemos que essas antigas línguas têm o mesmo sentido 
  da manifestação solar, da Cosmo-Fania do Ya, da Suprema Beleza 
  Criadora, e tem seu radiante esplendor nas mesmas letras do Nicod bilo ShOPh.
  Será que é necessário prolongar ainda essa verificação 
  ascendente das evidências hierárquicas da verdade divina? A Santa 
  Essência inacessível de IHOH nos responderá novamente por 
  meio da palavra de seu Verbo. Mas a interrogaremos piedosamente, porque a razão 
  suprema não tem medo de nossa razão; pois o Princípio Divino 
  demanda nossa verificação, enquanto o Verbo criador, como quando 
  tinha a nossa carne, permitiu a São Tomás verificar as feridas 
  de suas costas e de suas mãos.
  O que existe por trás dessa manifestação da Existência 
  Divina, atrás desta poesia de seu Verbo, atrás da mesma sabedoria 
  de que a Cosmo-Fania é o Esplendor criador? Qual é o seu fundamento, 
  o seu motivo, o seu motor, no mesmo centro da energia absoluta do Pai?
  É o desdobramento do pensamento sobre si mesmo? É o Me... da Escola 
  Védica Lunar, substituída por Krishna pela solar do Verbo, 3100 
  ou 3200 anos antes da Encarnação de Nosso Senhor?
  A resposta é a seguinte: 26 é a soma dos números de IHOH, 
  que nos dá o Ca-Vi dos vedas: "Brahma-Cavi", dizem os Livros 
  Sagrados da época de Krishna. Agora, então, não existe 
  qualquer correspondência numérica de extração entre 
  esses dois lermos justapostos, e a que existe inegavelmente entre Ca Vi e IHOH, 
  26, vem evidentemente da proto-síntese patriarcal, que a Escola Ariana 
  herdou sem conservar o primeiro Princípio.
  Avançando um pouco mais. O radical de 26, seu íntimo é 
  13. Então, em etmsco, 13 é IG; em védico e em sânscrito 
  decimal, esse mesmo número é lido AG, 1 e 3. Desta raiz nasceu 
  a IGnis, AGni, AGiosh. A inversão dá GA e GI; GA é, em 
  hebraico, o Esplendor; em védico, a Potência orgânica de 
  AGni, e também sua penetração universal. "Nosso Deus 
  é um Fogo devorador."
  Esse fogo da Divina Essência, que pode ser às vezes terrível, 
  não é menos do que o fundamento da Vida; seu Coração 
  é o Amor Criador, o Amor Conservador, o Amor Renovador e Salvador, Absoluto, 
  Eterno, Infinito. É o ShVa-DHA vattan, o Swadha védico e sânscrito, 
  o DatU-ShO do primeiro Zoroastro, 2800 anos antes de Nosso Senhor.
  É o sacrificador de si mesmo a todos, o Agni dos vedas, nosso AGNUS DEI.
  
  
 
  
  
  
  
  
  
CAPÍTULO 
  TERCEIRO
  A Vida
  O Cânon Orgânico da Vida da Humanidade e sua Revelação
Os Soudras. - Etimologia 
  do Termo Paganismo. - Go; Go-Y - Kahal e Kahalah. - Triplo Organismo do Kahal. 
  - As Paróquias ou Kahals em Disputa com o Estado Go-Y. - O Imposto do 
  Jejum e seus Recursos. - A Necessidade da Autonomia Cristã. - O Canon 
  Social da Tradição Sagrada. - Legitimidade e Legalidade. - O Canon 
  Social é Positivo ou Místico? Por sue o Sacerdócio não 
  Procurou seu Sentido Positivo. - Tendências da Igreja do Ocidente na Organização 
  Social. - Por que os Estados Gerais Europeus não Podem Estabelecer-se 
  Sobre o Modelo dos Estados Unidos da América. - Conseqüências 
  do Congresso de Westfalia. - Necessidade do Restabelecimento dos Três 
  Poderes Sociais. - A Revolução Européia e o Soberano Pontífice. 
  - A Revolução Francesa e suas Conseqüências Sociais. 
  - Nossos Esforços Junto ao Governo Francês. - As Leis da História 
  Trabalhando nos Fatos.
  Seria injusto envolver sob a mesma designação a casta inteira 
  dos Soudras do mundo antigo, a que as nossas Missões chamam a Econômica. 
  Ela é, realmente, a base de todo o Estado social de acordo com a Tradição 
  sagrada, religiosa e ao mesmo tempo científica.
  Se referida à Vida divina, corresponde à Substância na Trindade; 
  em sua categoria, dentro da vida social, é a subsistência coletiva. 
  O termo Paganismo não foi aplicado primitivamente a toda a classe econômica; 
  era reservado aos eruditos revolucionários e políticos do terceiro 
  Estado e a seus seguidores, e essa característica verbal data da época 
  conhecida com o nome de Divisão das Línguas, que significa também 
  e principalmente divisão das doutrinas.
  Em védico e em sânscrito, pakkana quer dizer burgo de refúgio 
  daqueles fora da casta, burguesia revolucionária. E assim que, quando 
  os jônios junto com os fenícios invadiram a Grécia e a Itália 
  patriarcal, levaram aí seu pakkana, pagos, pagus, de onde provém 
  o termo pagãos, o homem do burgo, o intermediário entre o campo 
  e a cidade, entre a economia provinciana e os outros dois poderes sociais. Mas, 
  ao arrastar para seu filosofísmo e seu politicismo de substituição 
  os burgueses para investir nos dois primeiros poderes e para escravizar toda 
  a economia provinciana do terceiro poder, os eruditos jônicos foram forçados 
  a renovar entre os ortodoxos o pior sentido do pakkana sânscrito.
  É por essa razão que os primeiros cristãos deram o nome 
  de Paganismo a todo o Estado mental e governamental do Império greco-romano 
  escravagista.
  Os Apóstolos, em sua língua shemática, diziam de outra 
  forma a mesma coisa: Go, Go-y, Göim. Esse termo, traduzido por profanos, 
  perde seu valor de hierograma não só pelo jogo de palavras, mas 
  pelo fato de passar de uma língua shemática para outra que não 
  o é. Go significa, em sânscrito, boi, vaca, rebanho; em hebraico, 
  é todo povo inorgânico ou privado de sua organização 
  direta, em proveito de um Estado político orientado por eruditos parasitas.
  Krishna, o fundador do Brahmanismo atual, foi chamado de Go-Pata por ter feito 
  um acordo à custa da proto-síntese, a de ISOua-Ra, com o Proto-Paganismo 
  dos Soudras.
  GO é o antinômio do tipo normal: Kahal, Kahalah, Kahalim. O cânon 
  social da Tradição sagrada foi encerrado neste último hierograma; 
  a raiz vattan, védica e sânscrita Ka em conjunto com AL. Ka significa 
  a união do espírito, da alma e do corpo, tanto no indivíduo 
  como na sociedade. AL expressa a forma perfeita da Essência pura, seu 
  continente, seu organismo integral, a beleza do Verdadeiro, etc. Kahal expressa, 
  nessas línguas, mais claramente que no hebraico, o padrão social 
  dos patriarcas, adotado por Moisés como antes o havia feito Manu.
  Eclésia, Igreja, no entanto, Estado social celestial e terrestre, e a 
  sociedade divina e humana, vem do termo hebraico Ha-Kahalah, como esse das línguas 
  sagradas daqui para cima. Temos tratado profundamente dessas questões 
  há muito tempo, porém atualmente não deixa de ter interesse 
  voltar sobre nossas Missões. Desde 1876, e mais tarde, em 1882, demos 
  provas reais das chaves históricas dos problemas religiosos, universitários, 
  sociais e, em conseqüência, políticos, os quais atormentam 
  a França e a Europa. Nós confiamos esses trabalhos à consciência 
  de nossos contemporâneos, e com maior confiança ainda à 
  comprovação dos acontecimentos pelo tempo. Isso já é 
  bastante para que possamos voltar sobre nossos passos a propósito das 
  palavras: Kahal e Igreja.
  Kahal é a paróquia, a municipalidade modelo, os fiéis presididos 
  pelos seus sacerdotes presbiterianos. A pressão secular da razão 
  mental e governamental GO-Y faz passar este tipo de Estado orgânico ao 
  estado místico e é sobre este fato tão importante que voltaremos 
  a falar.
  O organismo da paróquia ou do Kahal, quando está de acordo ao 
  mesmo tempo com o cânon científico e teológico, é 
  triordinal, Kahal ou paróquia é o primeiro agrupamento dos pais, 
  das mães, das famílias, hierarquizadas em três ordens.
  Kahalah ou Igreja, em um sentido mais geral, é a federação 
  provinciana das paróquias presididas pelo episcopado ou bispo.
  A seguir, temos outro grau federal, o das províncias e dos bispados presididos 
  peio Primaz. Finalmente, temos a universalidade terrestre, na qual o grau superior 
  é presidido pelo soberano pontífice.
  A Humanidade não teria necessidade de outra organização, 
  se os homens fossem dignos dela: é o socialismo científico e religioso, 
  e qualquer outro é um erro de idealistas ou uma política de eruditos 
  parasitas.
  
  Consultar o Arqueômetro, seu Padrão, sua Aritmologia e sua Música.
  Voltemos à molécula orgânica, a paróquia. Nas condições 
  do cânon patriarcal, da unidade e da universalidade da Tradição 
  sagrada, a paróquia tem um organismo tríplice.
  Consideremos uma disputa com um Estado social e governamental Go-y, com suas 
  razões que ensinam e suas razões de Estado pagas.
  Entre as atribuições do primeiro poder social do qual fazem parte 
  os sacerdotes, bem como os pais e as mães de família, encontram-se 
  o ensino, cujo caráter é o de administrar a educação, 
  e a instrução com predomínio da primeira, por razões 
  que nós já expusemos suficientemente.
  Nenhum estado Go-y, por mais adiantado que seja, poderá impedir que os 
  pais e as mães de família se dediquem a essa função 
  quando for escolhida livremente por eles. Veremos no momento certo os recursos 
  inesgotáveis com os quais eles podem contar no fim do cânon social.
  Entre as atribuições de Segunda Ordem está o Conselho Jurídico 
  dos Árbitros. Nenhum estado Go-y, qualquer que seja, poderá impedir 
  que a paróquia passe da Magistratura do Governo político recorrendo 
  a esse Tribunal de Árbitros para regulamentar suas próprias diferenças. 
  O resultado disso é uma enorme economia e sem escândalo público.
  São Paulo não nos deixa nenhuma dúvida sobre o valor teológico 
  de tudo o que foi apresentado anteriormente; e isso é teológico 
  apenas porque formula exatamente a verdade científica da sociologia. 
  Entre as prerrogativas da Terceira Ordem paroquial, a que representa a economia 
  da paróquia, encontra-se a apelação ao Imposto do Jejum, 
  tal como se praticava nos primeiros séculos. O ano eclesiástico 
  conta em torno de 60 dias que nos são demandados para praticar o jejum. 
  Hoje em dia, esse jejum é místico, interessa apenas ao indivíduo 
  e não possui nenhuma utilidade prática para o bem da comunidade. 
  Porém, se nos remontássemos aos tempos em que ele tinha uma utilidade 
  social, vejamos o que poderia resultar disso em nossos dias.
  Basta dizer que o Imposto do Jejum era reivindicado como necessário pela 
  terceira Ordem, puramente laica, sendo considerado obrigatório para as 
  três Ordens, com exceção dos indigentes.
  Supondo que, do mais rico ao mais pobre, o custo da nutrição diária 
  esteja na relação de 30 a 3 francos por dia, a tradição 
  fixa o dízimo: 3 francos para os primeiros e 30 centavos para o segundo, 
  dando uma média de 1,65 francos.
  Supondo ainda que na França existam apenas 20 milhões de católicos 
  que queiram ou possam observar os cerca de 60 dias de jejum que comporta o ano 
  litúrgico, um cálculo simples nos fará verificar a colossal 
  soma que este imposto pode render, que não custa nada a ninguém, 
  desde que é uma quantia irrisória sobre um supérfluo. E, 
  depois de dez anos, essa soma qual seria?
  A Igreja da França, então, somente com isso, poderia deixar de 
  ser um feudo do Estado Go-y para conquistar sua autonomia econômica, que 
  não só asseguraria sua independência e sua dignidade mas 
  o cumprimento de sua organização cristã e da promessa de 
  Nosso Senhor Jesus Cristo. Estritamente laica em relação à 
  sua ordem econômica, poderia colocar-se também no resguardo da 
  fiscalização dos pagãos.
  O dízimo proveniente apenas do imposto sobre o jejum seria mais do que 
  suficiente para assegurar-se contra mendicância de qualquer lixo dos Seminários, 
  dos Liceus e da Cúria, cuja cupidez eterniza entre nós o Estado 
  mental e governamental pagão.
  E quando essa raça Go-y, depois de ter maculado tudo, tiver estragado 
  tudo, seu lado Eclesiástico poderá sempre fazer a sua reconstrução, 
  sem exigir qualquer coisa do governo dos vadios, deixando-os tranqüilos 
  em seus cantos. Poderá ainda pagar seu exército, sua marinha, 
  suas delegacias e sua própria polícia para assegurar essa tranqüilidade 
  em caso de necessidade.
  A autonomia cristã não tem necessidade de qualquer pessoa, porém 
  o Universo dela precisa. É devido a essa autonomia mental e social que 
  dissemos vinte anos atrás: "Não somos nem conservadores, 
  nem destruidores, mas aliados ao Criador". Esta aliança é 
  em nome do Evangelho, em hebraico, Há-Barith, Ha Kadoshah, o que significa 
  a Santa aliança, a Santa Palavra dada.
  Depois de ter descrito o organismo cristão, escutemos o que nos disse 
  sobre este assunto de capital importância o Apóstolo dos Gentios,* 
  em sua língua shemálica, para não perder nem uma vírgula 
  de seu pensamento.
  Rogamos ao leitor comparar o que vem a seguir com as traduções 
  em idiomas não shemáticos, pois verá, assim, por que apelamos 
  para isso, em caso de necessidade, destas últimas, ao hebreu ou ao siríaco. 
  Sabemos que o Concilio de Trento deu à vulgata uma preeminência 
  que não tinha antes. Isto foi feito com o objetivo de manter os católicos 
  na escorregadia rampa da interpretação livre, cujo procedimento 
  sem princípios nem leis científicas estava à mercê 
  de uma filosofia individualizada sob o nome de Protestantismo.
  Porém, não esqueceremos jamais, e ainda o recordamos há 
  pouco, referindo-nos a uns anos atrás, em que o papa Nicolau I encorajou 
  o emérito erudito religioso Gionozzo Manetti a traduzir a Bíblia 
  em três colunas, em três versões, uma das quais seria direto 
  do hebraico; o mesmo encorajamento foi dado em relação ao Novo 
  Testamento. O papado, então, praticou a exegese antes do surgimento do 
  Protestantismo e apenas não se manteve nesse caminho por medo das conseqüências 
  anarquistas.
  Agora, os tempos mudaram e a liberdade de expressão não infunde 
  mais medo a ninguém. Pelo contrário, é percebida em qualquer 
  lugar como o escudo mental mais seguro contra a anarquia mental e governamental 
  do Estado Go-y.
  Por outro lado, como laico, nós mantivemos sempre sobre o livre terreno 
  dos Altos Estudos, tais como eles são, mesmo que não sejam muito 
  bem compreendidos, mas pelo menos em nossos dias são praticados de um 
  extremo a outro da Europa. Por isso, em todas as questões vitais, e entre 
  todas na Sociologia, comparamos sempre a Igreja cristã com a mosaica, 
  e esta com a Patriarcal, a tradução dos livros teológicos 
  em línguas não shemáticas com o hebraico ou com as outras 
  línguas de XXII letras, e estas com o sânscrito, o vedas e o vattan. 
  As versões hebraicas que utilizamos são datadas: Londres, 1828 
  e 1886.
  Eis o cânon social da Sagrada Tradição na qual São 
  Dionísio, o Areopagita, chamava os santos oráculos teológicos, 
  dito de outra forma: o Evangelho.
  "Da mesma forma que o BWâL, o Sol, o Senhor da casa, o Marido, é 
  o RASh, o Chefe da AïShaH, a Lua, a Senhora, a Esposa, da mesma forma o 
  MeShÏaH é o chefe de Ha-Kahalah, o estado social, e o MOShIWo, o 
  libertador, Ha-GO, da gentüidade". Epístola aos Efésios, 
  5, 23; em hebraico: AGaRTha AL APhSIM. - H. CG.
  Assim, o Messias, pelo fato de ser o rei do Estado social, é o libertador, 
  o salvador do Estado político. Ele o liberta de sua mentalidade pelo 
  Espírito Santo, de sua governabilidade pelo Evangelho, de sua lei de 
  morte pela lei da vida, de sua legalidade mortal pela sua legitimidade eterna.
  Destacamos estas duas condições: a legitimidade e a legalidade. 
  A primeira não pertence mais que unicamente ao Estado social, a segunda 
  ao Estado político. A legalidade política é sempre ilegítima, 
  quando não é legitimada pelo Estado social. Essa legalidade é 
  a arvorezinha selvagem suscetível ao enxerto, sob a condição 
  de que o enxerto crie raízes, e que a pequena árvore não 
  regresse a sua natureza selvagem. Neste caso, pode ser considerada apenas como 
  madeira morta, boa para o fogo. A legalidade é o Eu humano, unicamente 
  a vontade humana, elevada a um princípio metafísico para a posse 
  e a manutenção do governo político pagão. A legitimidade 
  é a verbalização do Princípio vivo no Estado social, 
  sua manifestação por meio das leis eternas vivas da lógica, 
  de harmonia e de organização.
  Não sabemos se devemos entender o cânon social dos textos teológicos 
  no sentido místico ou no sentido positivo.
  De um extremo ao outro da Tradição sagrada, desde os primeiros 
  patriarcas até os Apóstolos, o mesmo Cânon considera a dúplice 
  Sociologia do Universo visível e do Universo invisível. Seu sentido 
  é positivo em relação ã organização 
  do Estado social terrestre, em perfeita correspondência com a realidade 
  dos outros dois: o divino e o intermediário celestial. Mas esse sentido 
  é místico e ao mesmo tempo prático. É místico 
  em relação à ciência e à arte dos mesmos Mistérios 
  abertos.
  Falta dizer que neste mundo Ha-Kahalah, o Estado social, devia estar organicamente 
  constituído para que o MeShIaH tenha a função de MOShIWo 
  com relação a Ha-GO, o Estado político; se não for 
  assim, Ha-GO, pela sua natureza selvagem, escravizará toda a Kahalah 
  mística não constituída e organizada praticamente. Por 
  quê? Porque os pastores do MeShlaH, em vez de manifestar somente seu reino, 
  ficarão à mercê de Ha-GO, com o qual o Apóstolo não 
  concorda que seja chefe direto: GO-y.
  E, por que os pastores estariam à mercê do Estado mental e governamental 
  dos Go-ïm? Pela falta de fiéis socialmente organizados. Estes últimos 
  teriam sido individualmente Kahalim por direito, e politicamente são 
  Go-ïm de fato. Mais ainda, eles são Go-ïm, mentalmente cegos 
  à Sociologia sagrada, surdos ao seu Cânon, pagãos parasitários 
  que competem com o mesmo Estado político Go-Y. Ouvimos São Paulo 
  em seu Oráculo teológico definindo o verdadeiro Socialismo. Vamos 
  agora escutar os sacerdotes teólogos que elaboraram o Catecismo. Será 
  que eles conservaram e registraram fielmente o Cânon e a Tradição 
  sagrada? Leiamos:
  "A Igreja é o Estado social dos fiéis sob a direção 
  dos pastores de Jesus Cristo." Não se podiam expressar melhor, uma 
  vez que não temos que recorrer aos textos teológicos para que 
  o Cânon social revele sua lei orgânica.
  Quem impediu ao Sacerdócio procurar o sentido positivo de sua fórmula 
  para passar da Palavra à Ação, do Princípio para 
  a Finalidade, do espírito para a vida, esta vida de cada dia que a oração 
  do Meshiah chama de Pão nosso de cada dia, não só dos indivíduos 
  mas das sociedades? Essa pergunta pode receber somente uma única resposta 
  verdadeira. O obstáculo, o impedimento, não vem propriamente do 
  sacerdócio. Ele provém, em primeiro lugar, de todos os Estados 
  mentais e governamentais Go-y, da seqüência de assuntos do Paganismo 
  desde o Acordo de Constantino I; a seguir do Renascimento do Neopaganismo, de 
  sua razão mental e governamental no humanismo moderno desde o século 
  XIV, e, principalmente, desde o Acordo de Francisco I. Poderíamos apresentar 
  muitas provas disso. As mais importantes são desenvolvidas em nossas 
  Missões e principalmente na Missão dos Franceses; mas, sem voltar 
  ao ano 313, ponto de partida da solda e da amálgama dos Go-ïm pagãos 
  e dos Kahalim evangélicos, é impossível dominar cientificamente 
  a História do Cristianismo e da cristandade. Então, o espírito 
  de confusão faz com que se atribuam ao Cristianismo, pelos não-crentes, 
  o que é a ação do Paganismo, e leva ao mesmo tempo os crentes 
  a defender este último em vez do primeiro. Todo o possível renascimento 
  do Cristianismo foi atrelado por nós há trinta anos ao Paganismo, 
  tendo por chave esse simples discernimento.
  Porém, desde que foi liberada da pressão do Império bizantino, 
  a Igreja do Ocidente, freqüentemente de acordo com a Igreja do Oriente, 
  tende à organização direta dos seus governados e ao cumprimento 
  de sua lei de vida: Concílios em três Ordens; Franco-Maçonaria 
  arquitetônica triordinal; Cavalheirismo de três graus; Estados comunais 
  ou paroquiais. Estados provinciais, gerais e, mais tarde, continentais de três 
  Ordens: Zollverein, ou melhor Economia européia; união das Hansas, 
  desde Novorogod até Burdeos; Consulado do mar, desde a Espanha até 
  a Palestina, etc.
  Esses fatos não deixam dúvidas de que o Mistério do Cânon 
  social tenha sido o objeto de uma revolução teológica extraída 
  diretamente do Evangelho, seja em hebraico, seja em língua siríaca, 
  antes, durante e depois das Cruzadas. Estão de acordo com o período 
  apostólico e continuam, por sua vez, com o ensinamento iniciático 
  e a realização positiva.
  Nesta verdade, está o caminho da vida, e se o Humanismo não tivesse 
  ao mesmo tempo desmentalizado e desumanizado toda a direção laica, 
  se não sacerdotal, vejamos o que teria acontecido e o que deveria ser 
  feito dentro da eficácia social do Evangelho.
  A Unidade continental esboçada tão admiravelmente se haveria cumprido 
  por si mesma. A fórmula orgânica seria encarnada nos Estados Gerais 
  europeus. Cabe dizer que esses Estados Gerais não incluem os Estados 
  Unidos da América que nos pregam o Go-ïsmo anticristão e 
  antieuropeu.
  Os Estados Unidos não são ainda mais que o grau econômico 
  da Kahalah do Meshiah. Mas, a que distância está de realizar-se 
  esse grau! Toda a política desse grande país está à 
  mercê e à custa dos monopólios industriais e de outros, 
  como já demonstramos na Missão dos Franceses.
  Se a Europa, o que lhe seria impossível, inclusive com sacrifício 
  de revoluções e guerras sem fim, começasse a imitar os 
  Estados Unidos, como ela imita desde séculos os sistemas políticos 
  pagãos ou o sistema inglês, poderia escrever sobre o Cabo de Finisterre: 
  Continente à venda. Os trustes americanos não precisariam aqui 
  de intelectuais parasitas em sua folha de pagamento, de negociantes desonestos, 
  de políticos corruptos e de matutos. Toda a economia continental e colonial 
  passaria por ela. Sendo rebocado por esses trustes, o conjunto de povos não 
  pareceria mais do que um pequeno Bertrand atrás de um enorme Robert Macaire. 
  Não vemos em nosso antigo continente suas velhas raças, suas velhas 
  e regias nações sacerdotais - ricas de uma história deslumbrante 
  que se perde na noite dos séculos - abdicar elas mesmas em proveito desses 
  novos atlantes de anteontem e de seu Moloch industrial.
  Mas é chegada a hora de avisar, e para isso temos que começar 
  a refletir sobre os fatos e elaborar as leis.
  A Europa atual sofre as conseqüências de sua semi-apostasia. Tem 
  abandonado a lei social do Meshiah ao ignorar o alcance de seus Estados Gerais 
  que sua própria vida, melhor ainda, que a reflexão havia inspirado. 
  Esse abandono e sua atual constituição pagã não 
  são obras dos militares, mas dos humanistas. Isso foi mostrado em 1648 
  na redação do Congresso de Westfália, o que sua cegueira 
  e sua vaidade chamaram de Código das Nações. Esse código 
  representa a diplomacia e a guerra permanente, substituindo as antigas relações 
  sociais entre os povos, o controle da Igreja que ensina e a arbitragem imperial 
  sobre a política internacional dos Estados.
  Os nossos dois cardeais, Richelieu e Mazarin, o primeiro, que inspirou esta 
  obra; o segundo, que a realizou, eram humanistas concordatários.
  Foi assim que reconstituíram, estendendo-o para toda a Europa, o circo 
  romano das nações. Reabriram o Ciclo dos antagonismos universais, 
  religiosos, políticos e econômicos que desmembraram 5 mil anos 
  atrás o Estado social dos patriarcas. Nestas arenas planetárias, 
  estados, nações, raças, continentes estão à 
  mercê de animais selvagens e de seus domadores, de gladiadores e de suas 
  vítimas. Mas, tomada entre a América e Ásia, a direção 
  européia hoje em dia está sendo conduzida por nós ao seu 
  Princípio de coesão. Sob pena de morte, precisa mudar seu sistema 
  de antagonismos de acordo com a lei de Nosso Senhor Jesus Cristo. Como? Restabelecendo 
  seus três Poderes sociais e assegurando seu funcionamento de acordo com 
  as bases que indicamos em nossas Missões.
  O primeiro poder social: o Ensinamento: federação, aliança 
  e não a união das Igrejas; Federação das Universidades 
  em nome da promessa evangélica. Sua representação legítima 
  está na Assembléia de Arbitragem dos Primazes, dos grandes Mestres 
  universitários, dos Ministros da instrução pública, 
  presidida pelo soberano pontífice ou por um Representante seu.
  O segundo poder social: o Jurídico; sua base é dada por todos 
  os tratados políticos existentes. Sua representação provém 
  da Assembléia
  de Arbitragem dos Soberanos ou Chefes de Estado Cristãos, assistidos 
  por seus Ministros da Justiça, de Assuntos Exteriores, da Guerra e da 
  Marinha.
  O terceiro poder social: o Econômico: sua base é dada pelos Tratados 
  de Comércio e de Comunicações Marinhas e Terrestres. Sua 
  representação natural é a Assembléia de Arbitragem 
  dos Ministros das Finanças, da Indústria, do Comércio, 
  da Agricultura, da Marinha Mercantil e das Colônias de cada país.
  É assim que a Europa pode passar do Estado Go-y para o Estado social 
  da Kahalah messiânica. O Meshiah pode tornar-se ao mesmo tempo o Moshiwo, 
  o Libertador e o Salvador dos Estados políticos europeus, socializando-os 
  nele.
  Essa programação entrará mais cedo ou mais tarde no cérebro 
  de um pontífice, depois na cabeça coroada de um Imperador; desta 
  forma esse pontífice se tornará o maior de todos, e esse Imperador 
  ultrapassará a fama de Constantino, Carlos-Magno ou Napoleão.
  A maior revolução que vitimou como nunca grande quantidade de 
  pessoas tanto da Europa como em toda a Terra foi a Constituição 
  anti-social da qual acabamos de mostrar o remédio. A situação 
  em que ela deixou o chefe de todo o episcopado cristão, o Sumo pontífice, 
  que representa, em Jesus, a unidade européia, tem sido mostrada detalhadamente 
  por nós na Missão dos Soberanos*
  Resumindo numa palavra: Presidência de honra do Corpo Diplomático; 
  dito de outra forma: Enterro político de primeira classe. Todos os conceitos 
  políticos da França dessa época (1648) têm um caráter 
  semipagão, ineficaz, também concordatário, e decorativamente 
  mundano, mas com tendência mediócrata e centro-esquerda entre o 
  papado, o Império e o Protestantismo. Não podia ser de outra forma, 
  tendo o Humanismo passado o gênio de nossa nação da vida 
  para a morte, da criação para a imitação pagã, 
  em Filosofia, em Arte, em Política, em anti-sociologia, etc.
  Os católicos franceses deviam recordar sua própria História 
  antes de reprovar o atual papado em sua inércia e mutismo perante o seu 
  governo pagão. Quem reduziu a Cúria romana a este papel de "bela 
  adormecida" na floresta e de "Muda de Portici"? A Política 
  do Humanismo concordatário e galicano, dirigida pelos dois Cardeais.** 
  Que podia fazer diante disso o Sumo pontífice? O que ele tem feito foi 
  sob pena de perder totalmente qualquer controle sobre os dirigentes da Europa 
  e de ver afastarem-se os únicos pontos de contato que lhe restavam com 
  ela, isto é: essa presidência honorária do Corpo Diplomático 
  e suas conseqüências. Nunciaturas junto aos governos, embaixadas 
  perante a Santa Sé.38
  Para que o papado possa fazer outra coisa de tal forma que não perca 
  sua ascendência entre os dirigentes europeus, como o patriarca de Constantinopla 
  pressionado pelos Osmanlies, é preciso que a Constituição 
  européia seja modificada.
  E para que esta modificação aconteça, e deve acontecer, 
  para os próprios interesses dos Estados e de seus governos, é 
  necessário, sobretudo, que o Canon social do Meshiah seja promulgado 
  pelos sacerdotes em suas Igrejas e observado pelos seus fiéis. 
  A segunda revolução levantada pelo Paganismo é devida ao 
  trabalho dos Humanistas, não somente dos anticoncordatários, mas 
  dos renegados. É menos importante que a precedente, já que não 
  interessa somente a uma nação continental, que indiretamente está 
  ao alcance de todas as outras. É a Revolução Francesa.
  Temos dissecado tanto quanto possível essa Revolução39 
  e verificado que ela é uma reação pagã anti-social. 
  Tudo o que foi aproveitável dela provém diretamente dos cadernos 
  sociais redigidos pelos Estados Gerais, dito de outra forma, pelo Estado social 
  francês. Uma conseqüência fatal direta foi o desprezo pela 
  tradição nacional, que em primeiro lugar distorceu seu funcionamento, 
  e logo a seguir suprimiu toda a organização dos Estados Gerais, 
  provinciais e comunais, em vez de retificá-los de acordo com os padrões 
  da Sociologia.
  Esse trabalho dos Humanistas pagãos não poderia deixar de ser 
  anti-social, de acordo com os seus modelos. Quase matou toda a França 
  quando matou a Igreja francesa, bem como sua sociedade de fiéis, o Estado 
  social francês e a expropriação dos seus sacerdotes para 
  convertê-los em escravos políticos.
  Mas todo ataque deste gênero tem suas conseqüências irrefutáveis, 
  e hoje em dia o Juízo final faz ressoar suas trombetas sobre os fatos. 
  Falta o verdadeiro socialismo, científico e ao mesmo tempo teológico; 
  todo o trabalho da revolução pagã, regularizado imperialmente 
  por Napoleão I e convertido por ele em complacente, está em liquidação 
  legal, está falido. Essa inevitável bancarrota legislativa é 
  o Humanismo pagão, seja este radical ou concordatário, não 
  é de forma alguma a falência da ciência e menos ainda da 
  religião.
  Relatamos na Missão dos Franceses todos os nossos esforços em 
  face do governo republicano a partir da publicação de nossas primeiras 
  Missões. Tanto quanto nos foi possível, avisamo-nos e o esclarecemos. 
  Apelamos em nome de sua preservação, bem como a iodo o País, 
  para a conclusão de suas leis sobre os sindicatos profissionais: a renovação 
  dos Estados Gerais.
  Nós reivindicamos mudanças primeiro em toda ordem econômica 
  profissional porque ela é a base, a substância das outras; porque 
  sabemos que a riqueza pública está atacada em suas origens, ameaçada 
  de ruína, de liquidação devido ao socialismo anti-social.
  Fizemos essa campanha com alegria, considerando que era o nosso dever, e para 
  tal descuidamos momentaneamente até de outros serviços assumidos 
  com a cristandade, e que nos ocupam hoje em dia com exclusividade.
  A França está destinada a morrer? Não queremos admitir 
  isso. Não obstante, as leis da História estão trabalhando 
  sobre os fatos, e seu relatório é aterrador. Pode esse país 
  não ser aquela figueira estéril e maldita do Evangelho. A Judéia 
  era, em outros tempos, como ela; com suas terras férteis nutria seu povo, 
  como não poderia alimentá-lo hoje em dia. Quem pois teria ressecado 
  a vida dessa terra e do seu subsolo?
  O Pai vingava o Filho! Do quê? Da apostasia dos eruditos judeus que o 
  haviam crucificado? Nada disso. Esses humanistas da Babilônia, esses Kahalim 
  da teologia de Esdras, esses pontífices, esses sacerdotes, esses fariseus, 
  esses escribas, esses doutores da lei, esses saduceus ateus, esse sanedrim inteiro, 
  não eram apóstatas. Eram negadores sim, tão cegos quanto 
  ferozes. Porém renegados, não! Eles não queriam crucificar 
  o Deus Vivo no Verbo de sua vida
  Apesar do testamento profético dos patriarcas, de Moisés, de Elias, 
  de Eliseu, de todos os Nabim, apesar dos comentários e previsões 
  dos acontecimentos feitos por Daniel, apesar da humilhação a que 
  foi submetido o humanismo complacente sob todos os Impérios que, desde 
  a data do cativeiro, reduzira o pontificado e toda a direção política 
  de sua nação, eles não entendiam, eles não sabiam.
  O soberano pontífice chamado Jesus os restabeleceu do cativeiro, e não 
  perceberam que esse era o mesmo Jesus que mandaram chicotear, flagelar e crucificar, 
  era o Modelo eterno, a Essência, a Existência, a Substância 
  do soberano Pontificado, o Meshiah e o Moshiwo de sua Kahalah tornada Go-y sob 
  o Goïsmo universal.
  Se esse povo foi dispersado aos quatro ventos, se sua Terra foi esterilizada 
  pelo fogo central, se a tentativa de Juliano, o Apóstata, para dar-lhe 
  uma cidade fez surgir fogo da terra, e que esse mesmo fogo assola ainda esse 
  mesmo solo, como resposta antecipada de todas as tentativas deste gênero: 
  qual é então o castigo reservado para os povos, não só 
  negadores mas também apóstatas, no comando desses povos, da economia 
  que os sustenta e do próprio solo que os nutre?
  As sociedades da Terra não estão sozinhas, as sociedades celestes 
  as contemplam desde o seio do Invisível; seu Rei dos Reis teve por bem 
  não querer usar mais do que o seu direito de graça; quando se 
  atinge o Filho e o Espírito Santo, o Pai não escuta mais que sua 
  cólera, e seu coração é um Fogo devorador: Ca-Vi, 
  IGnis, o Fogo de amor, o Fogo divino que devora tudo o que lhe é contrário, 
  tudo o que tende a manchar a Essência, a Existência e a Substância 
  da vida e de toda a vida, de um extremo ao outro do duplo Universo.
  Poderíamos dizer que judaizamos porque vasculhamos as Escrituras por 
  meio de todas as línguas sagradas da Terra? Isso faria sorrir aqueles 
  que pela primeira vez leram nossos escritos sem prestar muita atenção, 
  mas com certeza mudariam se tivessem o incômodo de ler-nos novamente.
  Hoje em dia, os humanistas complacentes, mesmo que no seu devido tempo fossem 
  alertados, reclamam com muita razão de ser queimados politicamente pelos 
  Kahals judeus e pela sua aliança. Não poderia ser de outra forma, 
  e vinte anos atrás lhes dissemos o porquê.
  Esse mínimo de organização que está por trás 
  do Kahal, que possui a mesma lei da Caridade social no âmbito nacional, 
  o mesmo da raça, foi o bastante para que os judeus emergissem coesamente, 
  à medida que a cristandade ficava estagnada de forma geral, sob a influência 
  do Paganismo, que não possuía esse mínimo.
  Isso significa que o cetro foi retirado de Shilo para ser devolvido a Judá? 
  Os judeus têm ampla liberdade de acreditar nisso, porém os Profetas 
  não mentem. Somente significa que neste caso especial e aguardando que 
  se torne cristã, a graça divina permite à sociedade de 
  Judá não o cetro que será para sempre de Shilo, mas uma 
  pequena compensação; o malhete demolidor da Franco-Maçonaria, 
  ou o martelo do Leiloeiro.
  II
  A Vida Divina e a Revelação dos Mistérios
  
  A Revelação dos Mistérios da Trindade. - O Encontro de 
  São Cirilo. - A Escolha Iniciatica. - São Paulo e a Legalidade. 
  - As Correspondências Litúrgicas. - Natividade. - O Dia das Almas. 
  - O Verbo Encarnado Resumiu Toda a Tradição. - O Selo de Deus. 
  - A Forma de Mi. - MIHAeL e a MIHeLA. - Os Mistérios do Duplo Universo. 
  - A Ascensão; Pentecostes. - A Comunhão das Almas. - A Ação 
  do Espírito Santo.
  O ARKA METRA. - Lembrando a Proto-Síntese. - A Obra de Krishna. - Seu 
  Naturalismo. - As Castas. - Prudência Política da Inglaterra. - 
  Fundação da Universidade de Calcutá. - Leão XIII 
  e as Igrejas do Oriente. - Cristianização das Índias. - 
  Soldagem entre o Sistema de Krishna e a Proto-Síntese. - Zoroastro e 
  Moisés. - O Estado do Homem Reintegrado.
  Fora do Cânon social, os outros Mistérios podem ser igualmente 
  o objeto de uma Revelação teológica? E esta teria, em algum 
  momento, seu lugar como a precedente? O Evangelho é igualmente formal 
  nesse ponto. Atrás dele, a história da Igreja pós-apostólica, 
  a dos primeiros sacerdotes, testemunha no mesmo sentido. Quase todos os evangelhos 
  de São João, bem como os de São Paulo, devem ser consultados 
  simultaneamente com as Epístolas de São Pedro.
  A Kahalah do Meshiah, depois da ascensão para o céu desse Rei 
  da Glória, SheMa dos SheMaIM, permaneceu marcada com sua ordenação 
  triordinal para continuar, Nele, a tríplice Revelação superior 
  dos Mistérios do Pai, do Filho e do Espírito Santo; dito de outra 
  forma: da Essência, da Existência e da Substância divina; 
  somente um Deus único: essencial, existencial e substancial.
  Essa revelação triordinal dos Mistérios aparece novamente 
  alguns anos depois nos acordos de Constantino I, em São Clemente de Alexandria, 
  em São Cirilo e no seguidor por excelência da obra de São 
  Paulo, Santo Agostinho.
  "Existem duas ordens de Mistérios que não revelamos nem aos 
  pagãos, nem aos catecúmenos. Se falarmos daqueles em frente destes, 
  não o faremos mais que com palavras encobertas", disse São 
  Cirilo. Realmente, a razão mental e governamental dos Go-ïm estava 
  espreitando por meio de todos os Filósofos, e não era conveniente 
  dizer abertamente de que forma a Cidade de Deus devia e poderia substituir a 
  Cidade do diabo, como, por meio de sua Kahalah, o MeShÏaH, atuando como
  MOShIWo, poderia liberar os escravos governados pelo Estado político 
  greco-romano, convidando-os a participar do Esiado social divino.
  Além dessa prudente e sábia razão, existem outras razões 
  iniciáticas que se encontram de um extremo ao outro da Tradição 
  sagrada. Não devemos confundir, mas, pelo contrário, selecionar 
  uma a uma as três raças mentais da Igreja; sem isso, não 
  será feito mais do que uma burguesia de Kahal com tendências para 
  a demagogia. E as três raças têm como característica 
  a diferença entre elas, não segundo o Espírito de domínio, 
  mas de acordo com o da vida, o espírito da dedicação e 
  do sacrifício à coletividade. "Aquele que for maior entre 
  vocês será vosso servidor." (São Mateus, 23, 11.)
  A razão da catequização se envolve também na dos 
  pagãos. Ela se movimenta em função de interesses das razões 
  externas, que podemos resumir numa única palavra: Legalidade.
  As outras duas raças se movimentam somente por razões internas, 
  que podem ser resumidas em uma única palavra: Legitimidade. Existe um 
  abismo entre esses dois tipos, e é preciso toda uma iniciação 
  evangélica da vida para passar de uma à outra; do espírito 
  de dever por temor ao Espírito do sacrifício por amor.
  São Paulo é brilhante quando revela esses Mistérios da 
  Ontologia Espiritual, seja quando se dirige aos Kahalim judeus, ou quando inicia 
  a Kahalah cristã.
  Com sua franqueza e sua sagacidade de águia, o Apóstolo não 
  teme em dizer que inclusive a lei religiosa, a Tora, que ordena o dever, não 
  foi feita no fundo, mas para os malandros ou para os ignorantes que são 
  tentados a infringi-la. Enquanto que a lei puramente dos direitos civis, não 
  só foi feita para os malandros, mas freqüentemente eles mesmos a 
  elaboram.
  Cada um dos três graus, então, respondem a um desenvolvimento normal 
  da vida, de acordo com as idades que marcam suas fases iniciáticas no 
  Deus-Vivo e no duplo Universo, aquele do qual a humanidade é o laço 
  e o anfíbio.
  A correlação do tríplice Estado social deste duplo Universo 
  está muito bem identificada na correspondência da Kahalah terrestre 
  com as outras duas, que são bem identificadas na Liturgia e até 
  em seu ano de incidência, para não testemunhar uma extraordinária 
  Revelação teológica. Não existe uma festa principal 
  ou secundária dentro do ano sagrado à qual não seja dado 
  o seu justo valor, na qual a realidade positiva de seu Mistério se cumpra 
  nas três Kahalahs, ou Igrejas, de acordo com as Leis eternas do Verbo. 
  Não usaremos como exemplos mais que a primeira e as últimas das 
  Grandes Festas do ano litúrgico: o Natal e o Dia das Almas.
  O Natal marca a renovação universal. É o momento em que 
  o Sol sobe novamente na eclíptica. Porém, ele não faz mais 
  que cumprir uma lei conservadora, uma função orgânica, e 
  esta não é física, mas é, sobretudo, verbal na vida 
  e nele. E seu cumprimento não considera o Estado social dos corpos terresires 
  e sua Igreja humana militante, porque provém das Potências divinas 
  do Verbo, de seu Estado social divino e da Igreja triunfante. Esta última 
  é uma indicação de Moisés, como o relatamos no livro 
  Mission des Juifs (Missão dos Judeus), porém o próprio 
  Moisés não fez mais que repetir a Tradição dos patriarcas, 
  e estes a proto-síntese da qual nos fala São João.
  O Dia das Almas é a última e a maior festa do ano sagrado, sendo 
  igualmente uma realidade no Estado social psíquico intermediário 
  e no divino. É a época em que as almas se elevam desde a Terra 
  em direção ao eixo magnético do Universo: Olimpo de Orfeu, 
  Al-Borj do primeiro Zoroastro, Meru dos Vedas. Os hierogramas zend e pehlvi 
  indicam por que Pólo procede a esta inefável ascensão, 
  à que corresponde uma descida e uma recepção proporcionais 
  dos patriarcas e dos santos: Pitris brâmanes, Rkhis de Manu, Arquis dos 
  vedas, Shings e Tis das Escolas patriarcais do Extremo Oriente. Naquelas Escolas 
  que esses Mistérios ainda são praticados pelas primeiras Ordens, 
  os próprios animais, os psicomantes, sentem sua realidade, e em volta 
  dos templos os cachorros uivam durante toda a noite dos Pitris.
  O Verbo Encarnado tem resumido, devolvendo à verdade e à sua pureza 
  inicial, toda a Tradição sagrada que ele havia revelado como Verbo 
  Criador à consciência e à ciência dos patriarcas. 
  Cópia! Dizem os Go-ïm . Fatos e Leis eternas do duplo Universo, 
  nós respondemos após exaustivas verificações: unidade 
  e universalidade da religião do Verbo, Criador, Encarnado, Ressuscitado 
  e Ascendido sobre o Trono de Glória e à direita do Pai.
  Os Go-ïm dos altos estudos dizem e fazem em vão, o que eles chamam 
  de ciência das Religiões Comparadas não é mais do 
  que um inventário de avaliação de leilões, a vestimenta 
  dos mercadores de hábitos usados, um armazém de antigüidades, 
  uma estatística de ossadas áridas do Vale de Josafat. Não 
  é uma ciência no termo sagrado, leal e objetivo da palavra. Para 
  que exista uma ciência, é necessário que as leis representem 
  os fatos e que o princípio expressado nas leis seja determinado pelos 
  fatos.
  Agora, então, de que forma a mentalidade Go-y poderia conhecer os fatos 
  religiosos e.com maior razão suas Leis e seus Princípios? Para 
  conhecer os fatos dos Mistérios, temos que experimentá-los, e 
  o trabalho dos eruditos se parece com essa experiência, como o sepulcro 
  branqueado e o pó que contêm parecem-se com a alma e o espírito 
  que anteriormente vivificaram esse pó.
  O Verbo Encarnado não tem cumprido com a Tora de Moisés e a dos 
  patriarcas anteriores porque vinha da sua que como Verbo Criador havia dado 
  ao duplo Universo. É por esse motivo que assume a função 
  central como Meshiah da Kahalah, com a finalidade de assumir a função 
  de Moshiwo de acordo com a Ha-Go, por meio desse organismo. É por esse 
  motivo, como dissemos, que seu primeiro círculo orgânico, o dos 
  seus Malakim, anjos ou apóstolos, leva o número zodiacal 12. Pela 
  mesma razão que seu segundo círculo, aquele dos seus afiliados, 
  que serão todos chamados ao episcopado, leva o número decánico 
  72 que multiplicado pelo número extenso 5, dará, mais tarde, 360.
  Milo solar!, repetem os Go-ïm , os apóstatas fetichistas do zoo-morfismo 
  e da célula autógena desde Haeckel. Duvidamos muito que estes 
  filósofos neojônios alcancem alguma vez as honras do mito solar. 
  Seria preciso para isso que elevassem suas lamparinas até a função 
  do Sol social do duplo Universo. Então, seria a noite por excelência, 
  a Erebe de Orfeu, a Horeb de Moisés, o Caos, o Tohu-Wa-Bohu completo, 
  intelectual, moral e físico, político, social e econômico.
  O Verbo Encarnado aplicou sobre sua organização o Selo do Deus 
  Vivo, que, segundo dizem os Vedas, é solar, "porque o Deus Vivente 
  ilumina o Universo" (Atharva-Veda, VI, 128, 3).
  Os Quabbalim místicos, de acordo com as Esdras, dizem que o Selo do Deus-Vivente 
  é AMaTh; mas sem que o Zohar possa explicar cientificamente a positividade, 
  a realidade deste Mistério, nem o valor aritmológico (1.440) deste 
  termo.
  Pois bem, este número, como já o apontamos, é o hierarca 
  sono-métrico do modo musical de Mi.
  Os primeiros patriarcas sob o reino celestial de Jesus-Rei, ISOua-Ra, e por 
  trás deles a síntese cristã, atribuem esse número 
  ao modo musicai de Mi, aquele do Arcanjo solar cujo nome é MIHAeL e resume 
  sua função. Os Qabbalim procuram esse nome misticamente e na metafísica, 
  pelo método que cada um conhece; a Cabalah evangélica o encontra 
  mais simplesmente, porém exatamente, no nome invertido das potências 
  do Verbo, o ALHIM de Moisés. Essa inversão - MIHLA - diz: Milícia 
  celeste, da qual MIHAeL representa a função central.
  Em sânscrito, MI expressa tudo que atravessa e abrange, irradia e circunda, 
  penetra e compreende. LA é o hierograma de Indra, o céu fluido, 
  o Etéreo que Moisés opõe como continente ou céu 
  continental ao seu conteúdo gravitacional, astral: A-ReTs. Esta última 
  palavra significa, como dissemos em outra parte, a unidade gravitante, a A-sTRalidade, 
  que foi traduzida como Terra. Como em sânscrito, A significa a unidade, 
  o hebraico ReTs quer dizer tudo o que tende a gravitar. A função 
  orgânica central representada por MIHAeL atrai e impulsiona, dirige e 
  equilibra todas as outras funções angelicais. Ela mantém 
  a medida comum, proporcional à justiça e à exatidão 
  de seus homólogos e de todas as suas relações circunscritas 
  em todos os graus hierárquicos do duplo Universo.
  Esse duplo Universo é claramente distinguido tanto por Moisés 
  como por todos os patriarcas anteriores. SheM é o céu divino, 
  aquele do Verbo em suã glória, o da "palavra perdida", 
  porém encontrada novamente nEle e por Ele. No céu da glória 
  estão os Céus fluidos: SheMaIM, aqueles das forças sujeitas 
  às Potências das Palavras, aos ALHIM do Verbo e à sua MIHeLA. 
  Enfim, a A-ReTs, a astralidade gravitante e sua evolução na dupla 
  involução precedente.
  Estes Mistérios, ao mesmo tempo científicos e teológicos, 
  demonstram-se pela observação e pelas experiências da ciência 
  arqueométrica dos primeiros patriarcas; e esta ciência está 
  contida no Evangelho. É necessário, pois, que ela não seja 
  somente conhecida, mas também levada ao seu verdadeiro ponto por Nosso 
  Senhor Jesus Cristo. Teria sido comunicada por ele a São João, 
  depois aos 12, mais tarde aos 72 e finalmente aos 360 depois da Ressurreição, 
  e a perfeita inteligência que ela envolve teria sido dada depois da Ascensão. 
  Temos razões para acreditar também, que a nova redação 
  da Qabbalah judia feita por Simeão-Ben-Jokai teria recebido parte dessa 
  Revelação, porém não sua marhesis arqueométrica.
  A Ascensão nos leva a Pentecostes e à Revelação 
  teológica de um dos grandes Mistérios do Filho e do Espírito 
  Santo.
  A Ascensão é a subida do Meshiah eterno até o ápice 
  do Triplo Kahalah ou Igreja, sobre o Trono e sob a coroa da glória, SheMa 
  dos SheMa-IM, dos quais Jesus é o SheMaM.
  Porém, a substância específica, a espécie do homem 
  caído da substância divina, sobe em forma humana com o corpo glorioso, 
  luminoso e a alma de vida do Verbo Encarnado e Ressuscitado, Jesus. Pois, tem-se 
  reintegrado nele a Espécie no Reino; o caminho, a verdade, a vida eterna, 
  que é real e assim está positivamente aberta pela Ascensão 
  de Nosso Senhor Jesus Cristo, tanto embaixo como acima do Duplo Universo. Antes 
  da Redenção das vidas de humanos, não havia possibilidade 
  de subir além do céu dos Limbos, céu das Águas Vivas, 
  Seios de Brahma e de Abraão. A porta inferior do Reino (aquela do Anjo 
  Gabriel), chamada pela Tradição dos Templos com outros nomes, 
  estava de tal forma lotada de almas que mesmo as mais puras e sagradas não 
  conseguiam ultrapassá-la. Pela sua Ascensão, Nosso Senhor veio 
  esvaziá-la e reabri-la em termos biológicos e, ao mesmo tempo, 
  inverteu toda a trajetória da Queda.
  Em contrapartida, a Ascensão atuou como um movimento de redemoinho, na 
  Substância divina, de cima para baixo, desde a Stasis zenital, chamada 
  Porta de Deus, até sua homóloga, o Nadir, chamada Porta dos Homens, 
  passando pelo Centro radiante do Duplo Universo e da Mihela dos Alhim.
  É o lançamento zenital do Espírito Santo, pelo Pai e o 
  Filho Homem e Deus, Homem-Deus reunidos para sempre.
  Esse redemoinho da Substância divina, tendo por veículo o Etern 
  et Omnia pervadens Éter, biologizou-se definitivamente no Ha-OU do Deus 
  Vivo, a alma de vida dos Apóstolos, das santas mulheres, dos discípulos 
  e de sua psicologia fisiológica
  Neste mesmo redemoinho, esta mesma descida do Espírito Santo acompanha, 
  mesmo que em menor grau, a subida de toda a vida santificada, quer dizer, de 
  todas as almas boas e dignas da divina Humanidade de Nosso Senhor Jesus Cristo. 
  Essa experiência, esse mistério em Nosso Senhor e em seus Apóstolos, 
  pode acontecer também para cada um de nós, nas condições 
  requeridas do amor e da dor, isto é, da própria vida interna. 
  Todo ser que ama com intensidade suficiente outro, que por sua vez o ama com 
  a mesma intensidade e ascende para Deus, comove com isso, pela sua dor sem limites, 
  a Essência, a Existência, a Substância da Divindade e o duplo 
  Estado social celestial. Então, pode sentir essa comunhão das 
  almas em Deus, supondo que tenha apelado a Ele, homem igual a nós. Verbo 
  de nossa espécie e rei de nosso reino, apoiando-se sobre o critério 
  supremo da vida. Vita erat lux hominum, dizia São João quando 
  falava sobre a proto-síntese dos patriarcas. Supondo também que 
  não se duvide do Deus Vivo, que não se admita a morte, que se 
  apele por ela como Jó e que não se deixe pervertir sorrateiramente 
  por Satanás, pelo anjo negro da Morte, na memória, no passado, 
  em vez de erguer-se em direção ao Onipresente exigindo-lhe Sua 
  presença real.
  Nisso, como nas outras coisas, o Verbo Encarnado não faz exceções 
  para si próprio.
  Ele cumpriu sua própria lei de Amor, e esta lei é a vontade do 
  Pai, e se chama a Vida Eterna.
  O Cristianismo como um todo é sustentado na Ressurreição, 
  na Ascensão e no Pentecostes.
  É assim que os Apóstolos têm recebido pelo próprio 
  Deus a suprema vivificação de todo seu ser afetivo além 
  da sua parte intelectual ou reflexiva. O Espírito Santo é chamado 
  tanto pelos árabes como por Moisés de ROuaH-ALHIM; sua ação 
  reflexa acontece de acordo com a inversão proporcional de seu nome: HáOuR, 
  ou Luz das Luzes; Ha-OR disse Moisés; Ahoura disse o primeiro Zoroastro; 
  Ahaur dizem os Vedas; e o sânscrito confirma também em nome de 
  toda a Tradição Patriarcal: Ahar e As-OuRa, a Aurora Eterna, e 
  aquele que possui e dá a vida celestial nesta Luz.
  Tudo o que precede não é mais que um pequeno extrato fragmentado 
  de nosso trabalho, das aplicações de nosso Arqueômetro. 
  As pessoas que o viram tiveram conhecimentos experimentais sobre a inversão 
  de ROua-H em Ha-OuR e a ondulação luminosa que resulta disso, 
  em concordância com as mais modernas descobertas científicas.
  O Arqueômetro vem de dois termos (védicos e sânscritos) ARKA-METRA. 
  
  ARKA significa o Sol, emblema central do Selo Divino. Para que ninguém 
  erre e caia no antigo sabeísmo ou, pior ainda, no moderno, essas línguas 
  patriarcais informam também tudo o que seus guardiões possam ter 
  esquecido.
  AR é o círculo armado com seus raios, a Roda Radiante da Palavra 
  divina.
  KA lembra a Matesis primordial que une o espírito, a alma e o corpo da 
  verdade, demonstrando, assim, na observação das experiências, 
  a unidade de sua universalidade no Duplo Universo e em seu tríplice Estado 
  social.
  ARK significa a Potência da manifestação, da existência, 
  sua celebração pela palavra, sua solenização. A 
  inversão destes termos, KRA, KAR, K.RI, significa completar uma obra, 
  manifestar uma lei, governar, isto é, conservar uma criação 
  pela sua continuidade, render uma homenagem ilustrando-a, render glória 
  pela adoração, caracteres estes que são função 
  da Segunda Pessoa da Trindade com respeito à Primeira. Em latim se diz 
  creare, no dialeto celto-irlandês se diz Kara-Im.
  ARKA vai ainda mais longe como revelação dos mistérios 
  do Filho pela palavra, enquanto é o Verbo Criador. É a própria 
  palavra cantada com número e ritmo. É o Hino dos Hinos, a poesia 
  do Verbo.
  MATRA é a medida padrão por excelência, a do Princípio; 
  é o Barasheth dos Templos do Egito, o Bérazet do primeiro Zoroastro, 
  o BaRatA do Bharata divino.
  MATRA, medida padrão, está viva no Deus-Verbo como em todos os 
  seus pensamentos criadores. É ela que se manifesta em todas as coisas 
  da unidade, pela universalidade de suas proporções internas, a 
  substância em função das equivalências orgânicas 
  distribuídas em todos os graus. O que precede indica seus atributos; 
  porém, são colocados também nos mesmos termos aos pés 
  da Mãe divina, da energia feminina de Deus que ela representa.
  MAETRA é também o sinal métrico do grau psíquico 
  universal; Athma, Amath e Matha, são o Amor feminino, a bondade maternal 
  de Deus para com todos os seres e todas as coisas; em uma única palavra, 
  a caridade universal em sua fonte, abrangente e abrasante nas chamas das três 
  Kahalahs, as três Igrejas no IO-GA e o IHO-Va do Verbo.
  Experimentamos em outro lugar, com todo o rigor de uma demonstração 
  matemática, que a função criadora, conservadora e salvadora 
  do Verbo foi o descobrimento supremo, a coroação de todas as hierarquias 
  das ciências naturais, humanas, divinas, na proto-síntese dos patriarcas 
  invocada por São João no cabeçalho de seu Evangelho.
  Indicamos em nossas notas sobre a Cabala cristã e universal, e voltamos 
  a referir-nos aqui novamente com a profundidade da ciência da Tradição, 
  as misteriosas litanias que o Santo nome de Jesus tem registrado acerca deste 
  mesmo fato: JeSU, Rei dos patriarcas. O caráter
  histórico deste fato é atestado sobre toda a Terra, na Europa, 
  na Ásia, na África, no Oriente, no Extremo Oriente, nos Peles-Vermelhas 
  da América, entre aqueles que retornaram dos Iles e até no meio 
  dos índios Caraíbas. Nós temos disso mil provas contra 
  uma.
  Limitando-nos aqui somente com as Universidades existentes. pegamos como testemunha 
  uma das mais notáveis de todas no que diz respeito a sua documentação; 
  a Erahmânica chamada Agharta.
  Foi Krishna que, doze séculos antes do Verbo Encarnado, ocultou, em sua 
  deutosíntese complacente, esta proto-síntese do Verbo Criador 
  lembrada pelo evangelho de São João; a do ciclo de IShVa-Ra e 
  de OShI-RI.
  Em tempos passados, registramos nas notas de nossa obra Jeanne d'Arc victoríeuse 
  (Joana d'Axc vitoriosa) a composição arqueométrica da Universidade 
  Bramânica, que reproduzia em si mesma a Universidade Patriarcal antediluviana.
  Lá, como tudo o que concerne à mesma correspondência universal 
  restabelecida por Nosso Senhor Jesus Cristo, não é mais possível 
  dizer Mito solar, uma vez que esta Universidade ainda existe, mesmo que dobrando-se 
  sob o peso dos séculos e dos ciclos.
  Krishna, funcionando como Brahma, colocou-se à frente de seu Sacro Colégio, 
  o Vyasa, o Compilador, o novo Revelador, o Abreviador; em uma palavra dos Esdras 
  dos Vedas, que eram cinco, de acordo com a fórmula: "Pantcha-Vedam 
  Eka-Sastra" - "Cinco Vedas dos quais somente um é arma". 
  Para enfrentar a subversão que desmembrava tudo, doutrina, língua, 
  sociedade, Krishna teve que dar à sua Obra um caráter complacente 
  com o Naturalismo transcendente dos Palis prakritas. É assim que na manipulação 
  dos Vedas, incluindo o quinto, fez com que partisse da letra Medo Mar das Águas 
  Vivas, do ponto virtual da Embriogenia, da Matriz cósmica, do óvulo 
  metafísico, e nele da proto-célula imaginária, de onde 
  procede a continuação da evolução, que não 
  é somente terrestre, mas que é a fisiologia do Universo dinâmico 
  e astral. É o monismo transcendental que foi adotado pelas Universidades 
  caldéias e egípcias; pois bem, essa Mônada não é 
  outra coisa senão um Fetiche filosófico; é o mesmo fetichismo 
  ao qual retornam forçosamente todas as culturas científicas separadas 
  do Divino.
  Mas se o naturalismo era contido no trabalho de Krishna, estava aí em 
  seu grau, excluindo-se toda a metafísica, na Matesis primordial que o 
  Grão-Mestre hindu tinha ao alcance de seus olhos. O Universo visível, 
  desde o teatro de uma fisiologia, mostrava-se fortemente sujei-lo a um processo 
  de evolução universal, governado pelas espécies inter-astrais; 
  porém, essa submissão não era relativa senão às 
  suas origens planetárias, e não ao seu Princípio. E este 
  mesmo Universo estava contido inteiramente no outro, o invisível.
  Basta ler sob a nossa Luz evangélica o sastra separado dos Vedas por 
  Krishna, que se tornou o Manava-Dharma-Sastra, para ficar convencido desse fato 
  e para ver que a Doutrina sagrada do Ancião do Ciclo está nele 
  resumida nos primeiros versículos, deixando a continuação 
  em cena somente na segunda parte, base da concordância com o Naturalismo.
  Os homens da raça mental de Krishna, com efeito, são incapazes 
  de destruir a Tradição sagrada, inclusive invertendo-a sob a pressão 
  de uma concordância imposta por uma burguesia sectarista e suplantadora. 
  Eles permaneceram fiéis a ela, inclusive até sob aparências 
  contrárias, a que são, ou se acreditam, serem forçados 
  por uma razão de Estado ou de raça. É o caso de Krishna 
  e de sua obra.
  Temos que fazer justiça ao verificar que se conservou até os nossos 
  dias, apesar de todas as invasões estrangeiras, apesar de todas as revoluções 
  internas, o centro sacerdotal do antigo Império universal dos patriarcas 
  e a hierarquia individual das raças.
  No cume destas, seu sistema tem mantido até o presente, a nossa, a Ária 
  Bramânica pura e a suprema ordenação de sua ontologia correspondente 
  à primeira Ordem da Kahalah.
  Nós não somos a favor do regime das castas no que concerne â 
  Europa. Vemos nelas o abuso da triordenação, da tríplice 
  eleição patriarcal e evangélica. Não apenas é 
  anticientífico, como também anti-religioso e anti-social, fazer 
  um quadro comum desses fatos. Se nunca foi justificado o regime das castas, 
  a presença desse problema das raças em nenhum lugar é tão 
  complicado quanto na Índia, desde o Himalaia até o Ceilão.
  Agitar esse edifício é como esmagar todas essas raças ao 
  mesmo tempo, sem benefício para ninguém; um único proveito 
  seria talvez uma invasão futura da massa mongólica, que disputaria 
  o território com os árabes, após haver estado temporariamente 
  aliada a eles, compartilhando seu mesmo ódio alimentado pelo mercantilismo 
  americano, num mesmo massacre que faz retroceder a Europa antes de submergi-la.
  A Inglaterra há mais de um século tem procedido com uma prudência 
  política envolta de sabedoria, evitando agitar o antigo edifício 
  de Krishna, contentando-se em abrigar-se nele. O organismo inglês deve 
  sua força ao aspecto mais intelectual do que físico, mais psíquico 
  do que material, para uma eausa completamente diferente do que parece; embora 
  em um grau ainda muito fraco, está mais longe dos modelos pagãos 
  greco-latinos que os Estados políticos continentais, e todo o grau de 
  sua força reside nisso. Esse mesmo fato não se sustenta em um 
  sistema representativo, mas em suas bases sociais, que foram as nossas e que 
  organizaram a Inglaterra por meio de nossa invasão normanda. Estas bases 
  sociais são quase um Kahalah, e o Estado político não é 
  mais do que uma instrumentalidade deste Estado social. Na colonização, 
  a terceira raça mental tem o predomínio anglo-saxão; a 
  econômica desfila na frente, a segunda, a da dedicação, 
  o Estado-Maior militar, de predomínio celto-normando, não faz 
  nada além de segui-la, para proteger a obra de vida criada pelo precedente, 
  mesmo que às expensas mais ou menos vultosas da vida dos colonizados. 
  Mas a primeira raça, a espiritual e a intelectual, com predomínio 
  igualmente celto-normando, a da religião unida à ciência, 
  a da primeira dedicação à comunidade, não permanece 
  mais inativa.
  É assim que vemos os universitários da Igreja anglicana, que não 
  podem ser confundidos com os protestantes, dar na colonização 
  das Índias um exemplo que é para ser guardado.
  A fundação da Academia de Calcutá é este exemplo: 
  e, depois de ter-se aberto a esta nobre e elevada fraternidade dos espíritos, 
  tornou-se a fechar para o Brahmanismo, sendo a causa da intervenção 
  menos esclarecida das Ordens protestantes. Hoje em dia, as mesmas Ordens deixam 
  o campo livre, ou pelo menos sem escombros, para a Companhia de Jesus, que teve 
  muita prudência na China desde suas primeiras Missões, dirigem 
  para uma fraternidade espiritual e intelectual das Direções, porém 
  foram atravessados por impulsos menos graduados.
  No que concerne às Índias, não será feito nada útil 
  para a Europa e a Humanidade até que se estabeleça uma fraternidade 
  social seguida de uma aliança religiosa, entre o ensino religioso e o 
  universitário de uma parte, e do Sacro Colégio brahmânico 
  da outra. Em suas relações com as Igrejas orientais, Leão 
  XIII tem mostrado do que é capaz frente às questões européias, 
  se tivesse tido na Europa o campo tão livre como no Oriente, em lugar 
  do desempenho eclipsado que lhe impôs a Constituição diplomática 
  de 1648.
  Todas as instruções do soberano pontífice referentes às 
  Igrejas do Oriente são dignas do período apostólico e daqueles 
  dos primeiros padres da Igreja. O respeito dos costumes, da lei e da fé 
  de cada Igreja, até nas formas tradicionais de sua liturgia e de sua 
  língua sagrada, está promulgado nelas de uma forma admirável, 
  emocionante para toda inteligência que domina a fundo seu Cristianismo 
  e a história da cristandade.
  Esta direção pontífice se resume em duas palavras: substituir 
  com o espírito de caridade o espírito de dominação, 
  ajudar os pastores, não lhes tomar seu rebanho, reintegrá-los 
  à unidade espiritual, sem atentar contra sua posição histórica 
  e os seus direitos étnicos na universalidade.
  Em relação ao Sacro Colégio Bramânico, o mesmo espírito 
  se impõe, se não no mesmo grau, ao menos no grau da preparação 
  evangélica, por uma aliança universitária. Esse mesmo Colégio 
  Bramânico foi
  uma das Uitiversidades do Verbo Criador, da proto-síntese de Jesus, Rei 
  dos patriarcas, e de seu Cristianismo primordial. Na base de todos os seus livros 
  sagrados se encontra esta verdade, este fato; e sua lealdade, longe de eclipsá-lo, 
  tem deixado subsistir os irredutíveis testemunhos disso.
  Tratarei de dizer o que precedeu aos brâmanes de alto grau - Bagwandas 
  e inclusive os Richis - e vereis, ó, nossos queridos e veneráveis 
  missionários, abrirem seus lábios fechados para sempre para vocês.
  Eles finalmente compreenderão que não contribuíram para 
  a revolução de seu Estado social, a tendência da guerra 
  de influências, a morte de tudo o que foi sua vida, entendendo sua língua 
  sagrada, a língua européia dos patriarcas, mãe de todas 
  as nossas e de suas inteligências.
  A cristianização das Índias se tomou fácil, procedendo 
  a partir da cabeça e do corpo étnico instrutor. É desejável 
  que se opere desta forma, e isso por caridade cristã, porque, caso contrário, 
  cada conversão faz uma vítima quando atua fora da casta. O corpo 
  de ensino não pode ser convencido, mas poderá ser reabilitado 
  cientificamente elaborando seus próprios textos, no começo da 
  Tradição sagrada, e então se tornará fácil, 
  fazendo-se ordenar pelas Igrejas orientais, transformando-se na primeira Ordem 
  da Igreja universal, uma Ordem que ensina, ao mesmo tempo, a matéria 
  religiosa e a universitária, a cristã e a católica, tendo 
  sua própria liturgia, e, como língua litúrgica, o sânscrito.
  A Ele corresponderá, na unidade e a universalidade cristã, reformar 
  o Sistema de Krishna, renovando o de IShVa-Ra, a síntese do verbo Criador, 
  logo, Encarnado, de acordo com sua promessa patriarcal. Ressuscita como Rei 
  da Glória e, finalmente, reconstitui de século em século 
  o Estado social terrestre calcado no modelo celestial do qual é o Rei 
  pontífice.
  E assim serão consumadas a unidade e a universalidade cíclicas 
  de toda a Tradição sagrada, e a soberania ariana, a de Shilo de 
  Moisés e dos Shelatas de Manu. Em relação aos tempos antediluvianos 
  e a sua continuação, essa soberania ariana foi mostrada por Moisés 
  com sua precisão habitual. Ele a registra sob o nome de Ghi-Bor, uma 
  das Igrejas arianas que mais tarde se torna iraniana, e, com o nome de Nephal, 
  o Colégio Ariano que existe ainda hoje no Nepal. E é isso que 
  nos ocupa neste momento.
  Voltemos à solda que liga o Sistema de Krishna com a proto-síntese. 
  Desde o início do Manava-Dharma Sastra, desde as primeiras Slokas ou 
  versículos que representam a segunda Pessoa da Trindade, o ser existente 
  por si mesmo é interrogado no Universo divino por meio de Manu, o Noah 
  de Moisés, pelos Rishis supracósmicos, aqueles do Pólo 
  Norte celestial. Manu lhes responde e lhes mostra esse ser existente por si 
  mesmo, deixando o Universo divino para ser engolido no Mar das Águas 
  Vivas, desaparecendo lá e cumprindo, assim, com a criação 
  do Universo visível, com o nome de Brah-MA, ou Bra-Shith de Moisés.
  É desta transição que depende o retorno do Brahmanismo 
  ao Isvarismo, e, para uma conseqüência inevitável, por convicção 
  chega ao Cristianismo do Verbo integral. Krishna, de acordo com a ciência 
  e a Arte da Palavra Sagrada, usou cada palavra, cada letra sânscrita, 
  de acordo com suas relações, com as XXII letras do vattan. A palavra 
  que expressa o ser existente por si mesmo é: S Wa-Ya-M-Bouva, SWa YaMBü, 
  aquele que existe. As duas primeiras sílabas invertidas e lidas em vattan 
  dizem: I-ShVa, e o número dessa palavra é 316, e significa Jesus 
  Verbo Criador.
  Vimos em outro lugar a referência aos outros Vedas por meio de ShVa-DHA, 
  e, de acordo com nosso método evangélico (o das primeiras linhas 
  de São João), ao testemunho dos Nepalim arianos, temos acrescentado 
  o de seus irmãos patriarcais, os Ghiborim iranianos. É por isso 
  que depois de ter arqueometrizado a obra de Krishna, verificamos, com esse instrumento 
  de precisão, a obra do primeiro Zoroastro, e no Avesta voltamos a encontrar 
  ShWa-DHA, em vattan, e Swâda, em védico, sob o nome de Datou-Sho, 
  o doador de si próprio. Tornamos a encontrar esse nome também 
  nas previsões sobre o Salvador pelo mesmo Profeta: Sous-IOSh. Por último, 
  em Moisés, herdeiro dos patriarcas, o ShWa-DHA provém de SbADAI, 
  significando, literalmente, Deus Autodoador, e, como este termo não tem 
  suas raízes na língua hebraica, repetimos que é surpreendente 
  que os qabbalim e os rabinos talmudistas fiquem discutindo esse tema desde Simeón-Ben-Jokaí 
  até hoje.
  Essas correspondências que não podem ser obra do acaso são 
  uma das provas da proto-síntese e de sua atuação a partir 
  das deutosínteses, que se iniciaram na época de Krishna, continuando 
  sem interrupção por meio dos abramânicos, Moisés, 
  Orfeu e Pitágoras, até a Encarnação do Verbo Redentor, 
  Nosso Senhor Jesus Cristo.
  "E o Verbo se fez carne e tem habitado; e nos deu a todos, a todos aqueles 
  que acreditam em seu Nome, em sua SheMa, o poder de transformar-nos em Filhos 
  de Deus", em uma humanidade revertida para a imagem do Mundo da Glória.
  Essa é a informação, esse é o ponto de vista dos 
  Altos Estudos que o Cristianismo confirma, dando a evidência da verdade 
  e devolvendo todas as coisas para a sua perspectiva real e não ilusória.
  Esse pode ser o Estado do homem reintegrado na biologia divina. É o Estado 
  teológico completo, sobrevivente na unidade enarmônica e trina 
  de Deus, vida etema, em sua Matesis viva e em todas as virtudes vitais desconhecidas 
  de quem ignora as potências e as possibilidades inerentes a esse tríplice 
  Estado.
  Tudo é ali vivificado e é por isso que o intelecto e a palavra 
  escrita nos livros de teologia, e principalmente no Novo Testamento, estão 
  hermeticamente selados por sete vezes ao intelecto natimorto,
  o dos filósofos, o dos metafísicos subjetivos e dialéticos, 
  ao intelecto natimorto das inteligências que retornaram de seus sentidos 
  externos físicos e fisiológicos.
  Todos os sentidos têm seu grau de vida latente ou existente; os sentidos 
  externos têm o menor: o animal antropóide do Eu; os sentidos internos 
  têm a animação do humano: o andrógino do indivíduo 
  sociável; os sentidos íntimos têm a animação, 
  a personalidade objetivamente impessoal: a androtesta de Nosso Senhor Jesus 
  Cristo, o social da Biologia do duplo Universo, e seu centro na própria 
  vida.
  Ninguém nunca possuiu este último sentido por completo, senão 
  seria Deus em seu Verbo, a Essência em seu Princípio de Existência 
  ou de humanidade divina. É por essa razão que a qualidade que 
  significa este termo é a espécie divina dos homens andróginos 
  biologizados em Deus, acoplando neles a pessoa humana à segunda Pessoa 
  divina: a imagem vivificada da revitalizante do Deus-vivo: Jesus.
  Conclusão
  Reservas do Cristianismo Opostas ao Paganismo. - Ausência de Diretrizes 
  na Europa Atual. - Paganismo e Democracia. - Os Humanistas. - A Soberania do 
  Povo É Possível? - Lembrando as Missões. - Nossas Previsões. 
  - A Salvaguarda.
  Neste livro e naqueles que publicamos anteriormente, contrapomos ao Paganismo 
  algumas das reservas do Cristianismo.
  1° A lei social da qual é o único detentor e que somente ele 
  pode realizar;
  2º A aplicação dessa lei, primeiro numa única nação, 
  como a França, a continuação na Europa inteira, com acesso 
  dos representantes de todos os cultos, como o temos indicado em nosso Centenário 
  de 89.
  3° A soberania universitária cristã, que poderá estender-se 
  a todas as Universidades da Terra, seus três graus de ensino e de Iniciação, 
  sobre a base dos mistérios da Santíssima Trindade.
  
  Essas reservas e sua aplicação à mentalidade européia 
  são as únicas capazes de opor-se aos desastrosos resultados que 
  o Paganismo, por meio dos gregos e dos romanos, impôs a toda a Terra.
  Efetivamente, mostramos a mentalidade pagã comandando em todas as Universidades 
  européias e coroada em todas as cátedras dos estudos secundários 
  e superiores sem contrapartida real, pelo fato de que a catequização 
  era julgada insuficiente ainda na época dos Apóstolos e pelos 
  primeiros Sacerdotes, o que é muito pior em nossos dias.
  E assim, na Europa atual, não existem no comando sacerdotes ou dirigentes 
  que portem as identificações de sua Ordem e dos seus graus Iniciáticos. 
  As três raças espirituais estão misturadas sem poder destacar-se 
  umas das outras, neste caos pagão: possuir o Estado político sem 
  renovar o Estado social. A época atual apresenta, porém, algo 
  notável: essas três direções estão esgotadas, 
  no fim de suas forças, no fim de suas doutrinas, enfrentando as conseqüências: 
  a baixa anarquia, filha da anarquia das camadas superiores. Socialismo anti-social 
  de todas as formas possíveis. Entre os romanos pagãos, o protótipo 
  desse movimento foi chamado também de guerra social.
  O Paganismo, com efeito, deixa espalhar por todas as partes o seu escravismo, 
  que é adornado com um toque de sua mediocridade burguesa decorada com 
  o nome de democracia. Essa distinção entre riqueza e pobreza é 
  a mais bestial de todas as classificações humanas.
  Estaríamos deliberadamente seguros com os pagãos pobres contra 
  os ricos, se eles pudessem engolir a verdadeira democracia, a única que 
  é possível, a do Evangelho; porém, entra novamente em cena 
  a polêmica questão entre o sectarismo econômico e a mão-de-obra 
  e as outras derivações, solidárias com a mesma Ordem a 
  ser reconstituída. Se fosse planejado assim, a chamada "classe operária", 
  a mais elevada para meu espírito e coração, porque é 
  a menos humanista e a mais humana, teria feito regulamentar todas as questões 
  pela via da arbitragem com as outras faculdades da economia pública. 
  Isso acontece na Inglaterra porque se defronta com uma terceira Ordem: uma burguesia; 
  uma segunda Ordem; uma aristocracia; e uma primeira Ordem: a religiosa e universitária, 
  que são ainda regulares e quase conformes com o cânon social. Mas, 
  sobre o continente, o problema se complica devido aos humanistas da terceira 
  subordem de Estado, que também repete os termos do Abade Sièyes 
  em nome do Terceiro: O que sei? Nada! O que devo ser? Tudo!
  A terceira subordem não tem em vista outra coisa além de alcançar 
  o poder por meio do trampolim das questões sociais, e inevitavelmente 
  responderá com balas de chumbo aos eleitores aos quais tinha prometido 
  mundos e fundos e a Lua, quando estes sem-emprego lhe exigem um simples pão 
  de munição. No entanto, continuará a intitular-se democracia, 
  invocando a soberania do povo. É possível esta última? 
  Perfeitamente, se se entende este santo termo. O povo, como era entendido por 
  toda a França antes de ficar enlouquecido pelos humanistas: não 
  um rastro de poeira atômica de sufrágio universal, mas uma aglomeração 
  do corpo orgânico de todas as faculdades produtoras da nação.
  O Estado político é soberano somente com a condição 
  de ter seus três poderes definidos: o Deliberativo, o Judicial e o Executivo. 
  Assim, o povo é soberano quando aglomerado em Estado social; ele possui 
  também seu organismo de soberania, seus três Poderes - o de instrução, 
  o jurídico e o econômico - únicos que realmente o instalam 
  sobre a Terra com sua vida harmônica c orgânica, e que fica à 
  imagem viva do Deus Vivo.
  Este e todos os desenvolvimentos que comportam um tema como esse foram expostos 
  em nossas obras Missões. Com elas, inauguramos a biologia e as terapias 
  sociais, baseadas em observações e experiências clínicas 
  da história sobre as leis de série e de harmonia resultantes não 
  só da ciência natural, Antropologia, mas da Andrologia, ciência 
  humana subordinada à Cosmologia visível e invisível, física 
  e hiperfísica, ciência e sabedoria divinas.
  Foi assim que pudemos destacar sucessivamente o tríplice ponto de vista 
  do Estado mental, político e social da Humanidade: Mission des Juifs 
  (Missão dos Judeus); da Europa: Mission des Souverains (Missão 
  dos Soberanos); da França: Mission des Français (Missão 
  dos Franceses); prever exatamente pelo próprio curso dos fatos e de suas 
  leis evolutivas, seu sentido de acontecer fatalmente; apontar com uma precisão 
  que até agora só era possível às ciências 
  físicas exatas, como essas leis de série podiam e podem ser conjuradas 
  livremente para retornar à lei da harmonia.
  Nestas condições anormais a todo processo subjetivo, a todo sistema 
  pessoal, tivemos pouco trabalho e o mérito de anunciar:
  1° Aos judeus, com cerca de dez anos de antecipação, o anti-semitismo 
  na França. Mostramo-lhes as várias formas de sua salvação, 
  não na perda de outras ligações de reações 
  previsíveis, porém na lei social e universal do Verbo Criador, 
  enraizada novamente para toda a humanidade pelo Nosso Senhor Jesus Cristo, Verbo 
  Encarnado.
2° Aos humanistas 
  franceses, com vinte anos de antecipação, a soberania dos judeus 
  sobre eles não como cristãos, mas, pelo contrário, como 
  eruditos pagãos, Goïm, no Kahalim. Mostramo-lhes essa temível 
  força dessa pequena Companhia de Judá, graças a essa mesma 
  lei observada em suas Kahals ou Paróquias e na Santa aliança destas. 
  Conjuramos não somente a Companhia de Jesus, mas os Clérigos e 
  mestres instrutores de todas as seitas, a levar em consideração 
  mais do que nunca essa experiência histórica, esse mínimo 
  organismo laico, sem o qual a Igreja, a sociedade dos fiéis, não 
  é mais do que um nome, e o Estado social popular, uma ficção. 
  Pois Moisés tem relançado esse tipo por meio de todas as civilizações 
  anti-sociais ou derivadas de tais para servi-las de She-Ma, de signo regulador, 
  ao mesmo tempo andrológico e cosmológico.
  
  3° Na França também, à tríplice raça 
  de nossos eruditos clássicos, Irmãos Átridas, do tipo de 
  Marco Aurélio, de Constantino, de Juliano, o Apóstata, mostramo-lhes 
  a falência de sua razão instrutiva pagã e de sua razão 
  de Estado social comum ao Estado anti-social, os resultados passados, presentes 
  e futuros de seu tríplice Paganismo mental e governamental: fora isso, 
  desde a sua obra internacional mestra, o Tratado de Westfália, até 
  as suas conseqüências, o de Frankfurt; dentro deste, a revolução 
  chamada "francesa" até a sua continuação presente 
  e futura, assim definida: Suprema guerra civil destas mesmas raças, sobre 
  as ruínas dos três poderes sociais do Estado social escravizado 
  pelo Estado político desde 17 de junho de 1789; com a falência 
  econômica de repercussão mundial universal, e, para completar a 
  série de sucessos das burguesias pagas, os homens latinos responsáveis, 
  a guerra social sob o nome de Socialismo e invasão do estrangeiro e depois 
  dos bárbaros anticristãos.
  
  4º Às Potências contratantes européias, a sorte de 
  sua iniciadora pagã, França, sua decomposição, sua 
  decadência e sua ruína, graças ao mesmo espírito 
  de imitação e de morte, o espírito pagão.
  
  Temos mostrado a anarquia de cima, mãe da de baixo; a todos lhes provamos 
  o suficiente, que a Constituição continental de suas relações 
  naturais, tal como se comporta desde mais de dois séculos e meio, encarnando 
  o mesmo espírito de anarquia e de morte, e que a supremacia da Europa 
  morrerá depois de ter envenenado, até a raiva, os outros continentes 
  que se vingarão dela, esmagando-a.
  Por mais de vinte anos, auscultamos as sociedades asiáticas, africanas 
  e americanas da mesma forma que as nossas, até o fundo da tríplice 
  vida, quando previmos, a partir de 1880, em nossas Missões e até 
  no prefácio de Joana d'Are, o pontapé das raças jovens, 
  depois sua caminhada para a frente, o despertar do Islã e a instrução 
  dos Estados Unidos. Acrescentamos ainda que a guerra industrial e comercial, 
  em conjunto com a guerra justiceira, mesmo que seja predatória, assinala 
  a vitória aos continentes que possuem matérias-primas e massas 
  humanas suscetíveis à fé e à disciplina.
  É por isso que, por parte das potências européias, é 
  considerado um crime contra a Europa sustentar e atiçar países 
  como Japão, China e Turquia, enquanto se deveria ajudar a Rússia, 
  que é a nossa muralha continental, em suas necessidades, não só 
  de manutenção bem como de expansão para a Ásia, 
  para toda a Eslávia dos Bálcãs, para opor aos turcos um 
  escudo federal.
  Essas previsões resultantes da observação dos fatos e de 
  suas leis, essas pragas em via de cumprir-se, não as teríamos 
  desvendado se não fossem debeláveis. Teríamos deixado a 
  fatalidade seguir seu curso surdo e velado no aspecto inaudível e invisível; 
  pois, então, que bem faria despertar de sua falsa segurança aos 
  condenados à morte, que continuam com seu sonho de liberdade!
  Porém, a ciência e a sabedoria divina não esclarecem se 
  não é para salvar. Seu Sol de dupla face, que enfrenta o duplo 
  Universo, não mostra o caminho, a verdade, porque elas são também 
  a vida. A lei da vida da andrologia é a que nossas Missões têm 
  chamado de social. Estatutos dos governados, cânone orgânico da 
  humanidade, desde sua molécula paroquial ou comunal até seu organismo 
  provincial, depois o nacional, a continuação, o continental e 
  finalmente o mundial.
  Temos despejado essa verdade de primeira ordem, da dupla trilha dos fatos, que 
  mostram a história universal.
  Na primeira, a Pagã, não se encontra em nenhuma parte essa lei, 
  tanto observada como formulada. Os ensinamentos do Paganismo provenientes do 
  Grande Mestre universitário e político acerca do que foi a cristandade 
  são mudas sobre este ponto de capital importância. E isso é 
  a verdade, não só do Paganismo mediterrâneo, mas de toda 
  a sua antecedência asiática que remonta a mais de cinco mil anos.
  Mais ainda, e por uma conseqüência rigorosa, em lugar da lei social, 
  do estatuto dos governados, do cânon orgânico da humanidade, temos 
  a escravidão não só militar mas também a doméstica.
  Ao final, como a razão governamental é sempre o resultado da mentalidade 
  do ensino, a vontade de seu entendimento, a este fato inegável corresponde 
  este outro que não é menos: nenhum filósofo, nenhum poeta 
  pagão protestou alguma vez contra essa escravidão, contra o servilismo 
  da Economia popular ao sistema parasitário dos eruditos governantes.
  Mostramos todas as conseqüências dessa regressão da andrologia 
  à antropologia, do espírito de vida ao espírito de morte, 
  do homem a alguma coisa pior que um animal, da aliança divina à 
  infernal.
  Por outro lado, na outra trilha histórica que não se remonta tão 
  somente a cinco mil anos, mas à primeira Unidade andrológica, 
  ao primeiro Estado social universal e ao primeiro dos pontífices Meshiah-im, 
  fizemos ver essa lei social, esse estatuto e esse cânon revelados desde 
  o seio da dupla cosmologia em nome do único e verdadeiro Verbo, Razão 
  suprema do Universo visível, Palavra Criadora do Invisível, ciência 
  do Uno e Sabedoria do Outro:
  Glória a Ele
  
Apêndice 
  I
  Os Ciclos Milenares
  
  Os Ciclos de mil anos são cromáticos e se entrelaçam entre 
  eles em períodos similares ou oitavas de quinhentos anos. Sua harmonia 
  ou triplicidade se efetua durante três milênios, estendidos em períodos 
  de seiscentos anos.
  É assim que de Pitágoras a Hiérocles se estende um milênio, 
  e o Paganismo mediterrâneo tem vivido arrastando em sua morte, depois 
  de tê-las aniquilado, a maior parte das divisões étnicas 
  do antigo Império patriarcal, ele mesmo em decadência um milênio 
  antes que Pitágoras.
  Esse milênio se divide em dois períodos de quinhentos anos. De 
  Pitágoras a Júlio César, quinhentos anos, a apoteose de 
  Nemrod foi renovada. Todo o Paganismo oriental ancestral está completamente 
  refletido e agravado no Ocidente. É então que o Verbo adorado 
  pelos patriarcas se encarna e torna a erguer-se em si próprio, sobre 
  toda a humanidade, toda a sua tradição, toda a sua revelação 
  passada ou futura.
  Cinco séculos depois, continuando sua obra desde o topo de seu trono 
  do invisível, tem tirado a apoteose dos césares, cedido a Deus 
  o que pertence a Deus: o Princípio, a lei, a razão ensinante e 
  social da humanidade. Desde então, a cabeça dos césares 
  é curvada por Ele sob a potência espiritual dos Apóstolos, 
  representados pela ressurreição de um patriarca Universal e de 
  tantos patriarcas quanto de Igrejas étnicas.
  É nesse ponto que aparece Hiérocles. Cinco séculos depois 
  dele, todas as etnias aniquiladas pela Roma pagã são ressuscitadas 
  com a bênção dos patriarcas de Jesus Cristo, e sua vivificação 
  se encaminha para o cumprimento de sua civilização, de seu Estado 
  social, de sua promessa do reino de Deus, assim na Terra como no céu. 
  A França encabeça as nações que revivem o sopro 
  evangélico.
  Cinco séculos depois, o Antiverbo, o grande adversário, faz surgir 
  o espírito pagão de seu Inferno: o renascimento humanista pagão.
  Cinco séculos ainda e a unidade social de toda a Europa está aniquilada 
  a tal ponto que todo esse continente fica posteriormente à mercê 
  da Ásia e da América.
  Apêndice II
  Influência do Paganismo sobre a Revolução Francesa. Demonologia 
  de Charles de Sécondat
  
  Quando Charles de Sécondat, barão de Breda e de Montesquieu, procurava 
  o Espirito das Leis, no Templo de Gnide, e não no Evangelho, entregava-se 
  inconscientemente, porém com responsabilidade, a uma verdadeira Demonologia.
  Daí essas "ventriloquias" clássicas com as piores sociedades 
  do outro mundo: Solilóquio de Lisimaca, Diálogo de Sila e de Eucrates, 
  e depois todo o Sabá reunido: Grandeza e Decadência dos Romanos. 
  Mais espíritos gregos e latinos dos que precisavam para "giroscopear" 
  da direita para a esquerda a cabeça de um legista "gascão" 
  ou seu escritório. Porém, os velhos demônios do meio-dia 
  tinham um médium de primeira ordem nesse majestoso "bordelés" 
  pouco catequizado pelos reverendos padres. Além disso, eram estes Mentores 
  que fizeram que se passassem ao seu Telêmaco esses deploráveis 
  conhecimentos. Devido a essa demonomania que nos chegava da Santa Sé 
  e da Minerva, todos os chamuscados embaixo da crosta terrestre coziam com fogo 
  de enxofre alguma coisa que não cheirava bem. Esse guisado de arras-ta-couros, 
  de coturnos e alpargatas poderia chamar-se "A Revanche dos Gentios", 
  assim chamados porque representam tudo o que existe de mais baixo, de mais vilão.
  Um vapor de perdição saía das frestas do Abismo, onde a 
  neve e o gelo tutelares da Idade Média se fundiam até sua ebulição. 
  Isso era o que se considerava como primavera.
  Assim como os pivetes dos Campos Elíseos assaltam as vitórias 
  de ramos de violetas, assaltam a Rosa Ia Rose embaixo de todos os olhares. Porém, 
  ela era artificial, cheia de ungüentos, de ervas de feiticeiro, de beladona 
  de "belenho". Ela enlouquecia grandes e pequenos, mestres e alunos. 
  Como outros tantos papagaios e "chovas" que tivessem comido sobre 
  seus puleiros, muitos grãos de adormecideira, o clero e a instrução 
  vaticinavam o passado de Atenas, profetizavam o "rococó" romano.
  Os fantasmas com Toga, os lêmures com "enemidas", divulgavam-se 
  nos livros em plena luz do dia; e, à meia-noite, também, seus 
  demônios em todos os teatros. A corte e as vilas faziam deles suas "coqueluches".
  Hermes, o dos pés ligeiros, escrevia o "Mercúrio Galante",Vênus 
  dançava o minueto com o Rei Sol; ela punha a coroa sobre a cabeça 
  de Luís XV, cutucando-o às escondidas com seu lindo pezinho. Cupido
  preparava suas serenatas a todas as Chloris com cestinha; Netuno ondulava os 
  cabelos das mais bonitas para cobri-los "na fragata"; Flora flertava 
  com todos os jovens abades; Pomona oferecia a forte maçã aos velhos 
  canonigos, que deixavam nela até seu último dente.
  Os diabos colocavam pimenta na fonte de Castália. O Hipocrene sucumbia 
  à histeria, às abelhas do Himete, à taràntula. Todo 
  tinteiro tinha seu Narciso ou seu sapo e freqüentemente os dois juntos, 
  como hoje em dia. A serpente Píton saía docemente de seu negro 
  habitai e soprava em dátilos e espondeus o delirium tremetis das orgias 
  dos espíritos à espera das orgias de sangue. Silene e Sancho cantavam 
  juntos as Fábulas de La FontaineF e as Odes de Safo. Seus burros abriam 
  a era da fraternidade universal. Faziam um barulho infernal no mundo; rivalizando 
  em estrondos e incongruências.
  Baco e Dom Quixote, rio acima, rio abaixo, embarcavam em ziguezague para a ilha 
  da Utopia. Leiam sobre a tilha do navio de Argos, Ciro e do abade Terrasson.
  Pégaso e Rocinante davam coices nas cruzes das encruzilhadas, de onde 
  Panteu reinstalava a Príapo, enquanto no canto do bosque aguardava a 
  bacanal antropófaga e os viajantes na sela de Posta, no caminho de Varennes.
  Diana, com seus cornos de prata, arco de ébano e aljava de cristal, iluminava 
  com sua esbelta nudez as noites do Parque dos Cervos; as ninfas de pés 
  ligeiros atiravam ao longe seus lebréus. Eco gritava! As flechas voavam 
  e a deusa fazia entoar a "tocata de caça" de todos os maridos. 
  Assim era o prelúdio do rompimento do matrimônio cristão, 
  a união livre, o feminismo sem ovários.
  A Hidra de Lerna, debochando de Hércules e Dejanira, que eram de mármore, 
  voltava a fazer em todas as piscinas de Le Notre massas de horríveis 
  progenituras. Estas, sentindo a chegada de sua hora, corriam para todos os riachos 
  de Paris. Por último, a velha Loba dos bosques de Bondi, da anciã 
  Roma, amamentava excitada a um sem-número de lobinhos, mostrando sua 
  língua para as licantropias próximas, fazendo ranger os dentes 
  para o estalar dos ossos dos santos de todos os relicários, depois da 
  Igreja da França e do Estado social francês.
  Que um médium descobrisse sua fórmula política e o Paganismo 
  se instalaria sem Orfeu, os sete sábios e Pitágoras. Montesquieu 
  foi São Tomás de Aquino com casacão, saiotes curtos e sapatos 
  de fivela, cobre-punhos na camisa em ponto de Inglaterra, espada com ferrolho 
  de um lado, escritório embandeirado do outro. O Santo tinha passado um 
  concordato com a filosofia menos pior dos gentios; o barão passou aos 
  gentios sem concordato.
  É assim que os demônios "exultavam". Sua Companhia de 
  Judas puxava o tapete dos educandos da Companhia de Jesus, jansenistas, alguns 
  oratorianos, numerosos monges, todos os curas zelosos dos mitrados, dos cardeais 
  como Dubois, dos bispos como o de Autun, da juventude de espada e túnica, 
  de todo o gratinado do Gradus ad Parnassum, todo o Estado-Maiordo De Viris illustribus, 
  em "cuchufleta" de Mardi-Gras.
  Enquanto os arrogantes surravam à patrulha do Cristianismo, os simples 
  capitães de aventuras enrolavam os bobos de capuz e os burgueses e os 
  vestiam de carnaval romano.
  Todos os professores de lógica faziam desacreditar seus Jourdain, senhor, 
  senhora e a família, até o último e interessante pequenino. 
  O senhor provinha de Numitor, a senhora encarnava Lucrécia, flertando 
  com os moços do armazém com uma faca de cozinha na mão. 
  O interessante pequenino último não era batizado, falava latim, 
  chamava-se Brutus e batia no seu tambor esperando o de Santerre.
  Os monarcas, arruinados, jogavam a "catilina"; os senhores Domingos 
  tomavam sua última medida de pano para vestir-se no estilo Menenius Agrippa. 
  A estátua do comendador esboçada, com sua perna de pedra dando 
  o passo fatal do Rubicom.
  Tartufo postado na porta meditava a lei dos suspeitos. Insuflava o fogo das 
  cozinheiras para a confecção dos jacobinos e dos tecedores. O 
  Misantropo delirava com Burrhus, Filinto Sêneca, segurando a lira Oronte 
  Nero. Vadius ruminava "o Amigo dos Homens", Trissotin, "o Pai 
  Duchêne". Todos os Diafoirus sem clientes se trocavam em Pompilius, 
  com a seringa em viste. A corte e a vila não queriam morrer por suas 
  pílulas, aguardavam dialogando o dia de glória, com o bisturi 
  sobre as mais altas cabeças das dormideiras de seu jardim farmacêutico.
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  Com isso devia sair de seus níveis o Esculápio do Humanismo, o 
  grande "sangrador" da Filantropia, o excelente doutor Guilhotina.
  Dedicado aos pedantes com tabaqueira, as mulheres sábias ficavam bravas 
  com as graças das duquesas e seu enxame de mequetrefes janotas. Tinham 
  sua icterícia e, vestindo-se de musas, atemorizavam de dia os jovens 
  clérigos, pois à noite todos os gatos são pardos no "Jardim 
  das raízes gregas".
  Mas o que parece não era nada ao lado do advogado Patelin. Ele declarava 
  guerra a toda a sociedade francesa em nome dos De Cujus do fórum, da 
  agora e inclusive do Parlamentarismo inglês, ao que tratava como um moinho 
  de palavras.
  O tricómio em batalha, a cauda com poeira de enxofre, erguida horizontalmente, 
  brandindo o espírito das leis. Seus olhos de lobo cintilavam, seus clientes 
  "chasqueavam", sua voz uivava. Colocava o diabo no corpo da Basoca 
  e da Sorbona, da qual se formava a garganta secular. Apelava a isso a Mascarinha 
  contra os hotéis, a Cartouche e a Mandrin contra os castelos, aos direitos 
  do cidadão contra a Cidade, do homem contra a Humanidade, do summum Jus 
  na summa Injuria contra todas as causas das que sua bolsa plana não estava 
  carregada...
  Apêndice III
  Shema da chave dáctil de 5, E = 10, Y
  2, B
  
  OS 5 LIVROS SAGRADOS
  ORIENTE ÁRIO EXTREMO ORIENTE MONGOL PANCHAVEDAM ZEND-AVESTA KINGS l. 
  Rig-Veda
  2. Yadjour-Veda
  3. Sâma-Veda
  4. Atharva-Veda
  5. Manava-Dharma l. Vendidad Sadé
  2. Izeshné
  3. Vispered
  4. Yeshté-Sadé
  5. Siroz 1. Y-King
  2. Chou-King
  3. Chi-King
  4. Li-King
  5. YO-King (Krishna, 
  século 30 a.C.) (1º Zoroastro,
  século 30 a.C.) (Fo-Hi,
  século 30 a.C.) 
  ÁFRICA SEMITA CALDEU SEMITA PENTATEUCO Mesmo método de acordo 
  com Joséphe depois do estudo do historiador Berosio. 1. Gênesis
  2. Êxodo
  3. Levítico
  4. Números
  5. Deuteronônimo (Moisés,
  século 16 a.C.) 
  AS 5 FACULDADES DIVINAS
ORIENTE ÁRIO 
  EXTREMO ORIENTE ADI-BOUDDHA, BOUDDHESWARA
  Os 5 D'jaras PRADJNA
  Os 5 Boddhisativas SIOU-TO
  Os 5 graus da sabedoria 1. Vairotchana
  2. Akchobya
  3. Ratnasambhava
  4. Armitabha
  5. Amoghasidda 1. Samantabhadra
  2. Vadjrapani
  3. Ratnapani
  4. Padmapani
  5. Vishvapani l. Tsin
  2. Gi
  3. Ré
  4. Tsi
  5. Sin 
  
OS 5 GRAUS SACERDOTAIS
  ÁFRICA O SACERDÓCIO EGÍPCIO
  Os 5 graus dos Sacerdotes egípcios 1. O Aede: Lira, Livros de Hermes 
  (ThoTÏh) 
  2. O Horóscopo: Relógio, Palma, Livros de Hermes
  3. O Hirogramado: Penas, Livros de Hermes
  4. O Estolista: Cotovelo, Vaso, Livros de Hermes
  5. O Profeta: Selo Divino, Livros de Hermes 
  EUROPA, OCIDENTE, NORTE E NOROESTE O SACERDÓCIO DRUÍDICO
  Os 5 graus dos Druidas Bretães e Gauleses:
  Drotts, Ases, Varaighes e Eslavos 1. Vazios 1. Análogos
  2. Serónidas 2. -
  3. Bardos 3. -
  4. Eubagos 4. -
  5. Causídicos 5. - 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
Notas referentes 
  à Tradição Cabalística
  
  Meu querido amigoM
  Tenho um grande prazer em responder a vossa excelente carta. Não tenho 
  nada que acrescentar a vosso notável livro sobre a Cabala judaica. Pode 
  ser classificado entre os de primeira linha pela eminente e merecida apreciação 
  feita pelo saudoso Sr. Frank, do Instituto, o homem mais capacitado a tecer 
  um juízo sobre esse tema.
  Vossa obra completa a dele, não somente quanto à erudição 
  mas também na bibliografia e na exegese dessa tradição 
  especial, e, mais uma vez, crio este livro definitivo. Mas, sabendo meu respeito 
  pela tradição e, ao mesmo tempo, minha necessidade de universalidade 
  e de verificação por todos os processos dos métodos atuais, 
  conhecendo, além do mais, o resultado dos meus trabalhos, não 
  deveis temer que eu venha a ampliar o tema, e, ao contrário quereis pedi-lo.
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  Não aceitei até agora devido ao benefício que pode trazer 
  ao inventárioo dos livros sobre a Cabala judaica, apesar do seu interesse.
  Porém, uma vez feito o inventário, as minhas pesquisas pessoais 
  encaminharam-se para a universalidade anterior, de onde procedem esses documentos 
  arqueológicos, desde o começo, bem como as leis que puderam provocar 
  esses feitos do espírito humano.
  Para os judeus, a Cabala provém dos caldeus, elaborada por Daniel e Esdras.
  Entre os israelitas anteriores à dispersão das dez tribos não 
  judias, a Cabala provinha dos egípcios, composta por Moisés.
  
  Zodíaco chamado de DENDERAH (A figura da direita representa a Natureza)
  1. Leão 4. Escorpião 7.Aquário 10. Touro
  2. Virgem 5. Sagitário 8. Peixes 11. Gêmeos
  3. Libra 6. Capricórnio 9. Aries 12. Câncer
  
  
  Tanto para os caldeus como para os egípcios, a Cabala formava parte do 
  que todas as Universidades metropolitanas chamavam de Sabedoria, isto é, 
  a síntese das Ciências e das artes reintegradas ao seu Princípio 
  comum. Esse Princípio era a Palavra do Verbo.
  Um precioso testemunho da antigüidade patriarcal pré-mosaica confirma 
  essa sabedoria perdida ou transformada aproximadamente 3.000 anos antes de Nosso 
  Senhor Jesus Cristo. Esse testemunho é Jó, e a antigüidade 
  desse livro é autologicamente confirmada pela posição das 
  constelações que ele menciona: "Que foi da Sabedoria, onde, 
  pois, está?", disse esse Santo patriarca.
  Em Moisés, a perda da unidade anterior e o desmembramento da sabedoria 
  patriarcal são indicados com o nome de divisão da línguas 
  e época de Nimroud. Essa época caldéia corresponde à 
  época de Jó.
  Outro testemunho da antigüidade patriarcal é o Brahmanismo. Ele 
  conservou todas as tradições do passado, superpostas com os diferentes 
  acontecimentos geológicos da Terra. Todos os que o estudaram do ponto 
  de vista moderno ficaram surpreendidos pela riqueza de seus documentos e a impossibilidade 
  de uma classificação mais satisfatória, tanto do ponto 
  de vista cronológico como do científico. Suas divisões 
  em seitas bramânicas, vishnavistas, sivaistas, por não falar mais 
  daquelas, contribuíram da mesma forma para essa confusão.
  Não é menos certo que os brámanes do Nepal remontam ao 
  começo da época do Kaly-Youg," à ruptura da antiga 
  universalidade e à unidade primordial de ensino.
  Essa síntese primitiva levava, muito antes do nome de Brahma, o de Isvha-Ra, 
  Jesus Rei: Jesus Rex Patriarcarum, contam as nossas letanias.
  É a essa síntese primordial que São João faz alusão 
  no início de seu Evangelho; porém, os brámanes estão 
  longe de duvidar que seu Isoua-Ra seja nosso Jesus, Rei do Universo, como Verbo 
  Criador e Princípio da Palavra Humana. Sem isso, seriam todos cristãos.
  O esquecimento da Sabedoria Patriarcal de Isvha-Ra data da época de Krishna, 
  o fundador do Brahmanismo e de sua Trimurti. Aí também existe 
  concordância entre os brámanes, Jó e Moisés, tanto 
  quanto aos fatos como à época.
  Desde esse tempo babélico, nenhum povo, nenhuma Universidade, tem possuído 
  mais do que restos de pequenos fragmentos da velha Universidade dos Conhecimentos 
  divinos, humanos e naturais, reduzidos a seu princípio: o Verbo Jesus. 
  Santo Agostinho define como Religio Vera essa síntese Primordial do Verbo.
  A Cabala dos Rabinos, relativamente de redação recente, era conhecida 
  do começo ao fim pelos adeptos judeus, em suas fontes escritas
  ou orais, no primeiro século de nossa era. Certamente não havia 
  segredos para um homem de valor da ciência de Gamaliel. Porém, 
  não os havia também para seu primeiro e proeminente discípulo, 
  São Paulo, que se tornou o apóstolo do Cristo Ressuscitado. 
  Vejamos agora o que diz São Paulo na sua Primeira Epístola aos 
  Corintios, capítulo 2, versículos 6-8:
  "Predicamos a sabedoria aos perfeitos, não a sabedoria deste mundo, 
  nem dos principais deste mundo, que se destroem;
  Mas, predicamos a sabedoria de Deus, encerrada em seus Mistérios; sabedoria 
  que havia permanecido oculta, que Deus, antes de todos os séculos, havia 
  predestinado e preparado para a nossa glória;
  Que nenhum dos primeiros deste mundo a tem conhecido; pois se a tivessem conhecido, 
  nunca teriam crucificado ao Senhor da Glória."
  Essas palavras são pesadas em quilates como o ouro e os diamantes, e 
  não existe uma só dentre elas que não seja infinitamente 
  precisa e preciosa. Elas proclamam a insuficiência da Cabala judaica. 
  Antes de tudo, verifiquemos a origem do termo Cabala: ele tem dois sentidos 
  de acordo com a forma em que é escrito, conforme os judeus. Se o escrevemos 
  com Q, isto é, adotando a vigésima letra do alfabeto assírio, 
  a que corresponde ao número 100, ou com a letra C, a décima primeira 
  letra do mesmo alfabeto, que corresponde ao número 20.
  No primeiro caso, o nome significa transmissão, tradição, 
  e a coisa fica assim indecisa, pois, tanto vale o transmissor quanto a transmissão; 
  tanto vale o traditivo quanto vale a tradição.
  Acreditamos que os judeus nos transmitiram bastante fielmente o que receberam 
  de seus sábios em sua escrita caldéia original, e que foi refundido 
  nos livros anteriores por Esdras, guiado pelo Grande Mestre Daniel, da Universidade 
  dos magos de Caldéia. Mas do ponto de vista científico, isso não 
  amplia muito a questão, que foi recuando no tempo por meio do levantamento 
  dos documentos assírios, e assim subseqüentemente até chegar 
  à fonte primordial.
  No segundo caso, Ca-Ba-Lá, significa a potência das XXII letras, 
  CaBa, já que C = 20 e B = 2.
  Mas, então, a questão é resolvida exatamente, pois se trata 
  do caráter científico determinado pelos antigos patriarcas ancestrais 
  para os alfabetos de vinte e duas letras numerais.
  Temos que considerar esses alfabetos como um monopólio das raças 
  chamadas semitas? Talvez seja realmente um monopólio, ou muito pelo contrário.
  Segundo as minhas pesquisas sobre os antigos alfabetos da Ca-ba-Lá, de 
  XXII letras, o mais oculto, o mais secreto, que me serviu de protótipo 
  não tão-somente para todos os outros do mesmo gênero mas 
  também aos signos védicos e às letras sânscritas, 
  trata-se do alfabeto ário. É aquele alfabeto que fui feliz em 
  transmitir e que obtive de eminentes bramanes, os quais nunca, nem em sonho, 
  exigiram-me guardar segredo dele.
  DESCRIPTION BRAHMANIQUE (Descrição Brabmâniea) 
  GRAND CERCLE (Grande Círculo). 
  XII Voyelles simples et doubles a l'usage unique du vattan 
  (XII Vogais simples e duplas segundo serem usadas unicamente no vattan). 
  PETIT CERCLE (Pequeno círculo). 
  VII Voyelles mystiques dans les VII Datus des Mystéres 
  (VII Vogais místicas nos VII Datus dos Mistérios). 
RETANGLES (Retângulos). 
  
  XXII Lettres de l'Alphabet magíque de l'Ecriture Cachée 
  (XXII Letras do alfabeto mágico das escrituras Ocultas). 
L'Ensamble est 
  basé sur le Ordre étabili dans le Cieux visibles par lê 
  Sublimes CREATEUR SWAYAMBUHU LETRE DIVIN. Exitant par LUI MÊME 
  (O conjunto está baseado sobre a Ordem estabelecida nos Ciclos visíveis 
  pelo sublime CRIADOR SWAYAMBUHU. O SER DIVINO Existente por SI MESMO). 
  Lês XII Voyelles correspondant aux XII signes zodiacaux 
  (As XII vogais correspondentes aos XII signos zodiacais). 
  Lês VII datus aux VII Planétes 
  (Os VII Dats dos VII Planetas). 
Lês XXII 
  Lettres aux XXII Arcanes des Mystéres de tout Procede Celeste et du CHAR 
  DE BBRAHMA 
  (As XXII letras dos XXII Arcanos dos Mistérios de todo processo celeste 
  e do CARRO DE BRAHMA). 
  Français (Francês). Adamique (Adâmico)
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  Esse alfabeto se distingue dos outros chamados semitas porque suas letras são 
  morfológicas, isto é parlantesp exatamente pelas suas formas, 
  o que o transforma num alfabeto absolutamente único. Mais ainda, um estudo 
  cuidadoso me levou a descobrir que as mesmas letras são o protótipo 
  dos signos zodiacais e planetários, o que é também de máxima 
  importância.
  Os bramanes chamam a esse alfabeto de vattan; e parece que se remonta à 
  primeira raça humana, pois, pelas suas cinco formas matrizes, rigorosamente 
  geométricas, confirma ele mesmo: Adão, Eva e Adamah.
  Moisés parece apontá-lo no versículo 19 do capítulo 
  II de seu Sepher Barashit. Mais ainda, esse alfabeto se escreve de baixo para 
  cima, e suas letras se agrupam de tal maneira que formam imagens morfológicas 
  parlantes. Os pandits apagam esses caracteres do quadro-negro quando a lição 
  dos seus gurus termina. Escrevem-no também da esquerda para a direita, 
  como em sânscrito e, portanto, da forma européia.
L'ALPHABET SANSCRIT 
  (ALFABETO SÂNSCRITO)
  voyelles (vogais) - Consonnes (Consoantes) - Gutturales (guturais) -
  Palatales (palatais) - Cèrébrales (cerebrais) - Dentales (dentais) 
  - Labiales (labiais) - Semi-voyelles (Semivogais) - Sifflantes (sibilantes) 
  -
  Áspirées (aspiradas) - Doubles (duplas) - Ciffrés (cifradas) 
  - Signes
  derives (Sinais diversos) - Apostrophe (apóstrofe)
  
  
  
  Por todas as razões precedentes, esse alfabeto protótipo de todos 
  os Kaba-Lim pertence à raça ária. Não podemos continuar 
  a denominar com o nome de semitas os alfabetos desse gênero, pois não 
  são o monopólio das raças que se denomina assim, com razão 
  ou erradamente.
  E possível, e deve-se, chamar esses alfabetos de esquemáticos. 
  Agora, bem, o esquema não significa somente signos da palavra, mas também 
  signos da glória. É esse o duplo sentido que temos que prestar 
  atenção, quando lemos alguma passagem das sagradas escrituras, 
  como, por exemplo, algumas de São Paulo mencionadas anteriormente.
  Esses alfabetos existem também em outras línguas, como o eslavo; 
  assim, por exemplo, a etimologia do termo eslavo é slovo e slava, que 
  significam palavra e glória.
  Esses sentidos nos conduzem a significados muito altos. O sânscrito costuma 
  corroborar essa elevação. Sama, que encontramos também 
  nas línguas de origem celta, significa similar, identidade, proporcionalidade, 
  equivalência, etc.
  Mais adiante, veremos algumas aplicações desses significados antigos. 
  Por enquanto, continuamos com o que segue;
  O termo Cabala, tal como o compreendemos, significa o Alfabeto das XXII Potências, 
  ou a Potência das XXII letras desse alfabeto. Esse tipo de alfabeto tem 
  um protótipo ário ou jafético, que pode ser designado, 
  certamente por direito, com o nome de Alfabeto da Palavra ou da Glória.
  Palavra e Glória! Por que estes dois termos estão relacionados 
  em duas línguas antigas tão distantes uma da outra como o eslavo 
  e o caldeu? Isso é sustentado por uma constituição primordial 
  do espírito humano, em um Princípio comum ao mesmo tempo científico 
  e religioso: o Verbo, a Palavra cosmológica e seus equivalentes.
  Jesus, em sua última oração tão misteriosa, lança 
  nisso, como em tudo, uma luz esclarecedora sobre o mistério histórico 
  que nos ocupa agora:
  "Oh Pai! coroa-me com a glória que tive antes de que este mundo 
  fosse!"
  O Verbo Encarnado faz alusão, com isso, à Sua Obra, à Sua 
  Criação direta como Verbo Criador.
  Criação designada com o nome de Mundo divino e eterno da Glória, 
  protótipo do mundo astral e temporal, criado pelos Alahim sobre este 
  modelo incorruptível.
  Que o Princípio Criador seja o Verbo, a antigüidade não possui 
  sobre este ponto mais que uma voz unânime. Falar e criar são, aqui, 
  o sinônimo de todas as línguas.
  Entre os brâmanes, os documentos anteriores ao culto de Brahma apresentam 
  a ISOu-ra, Jesus Rei, como Verbo Criador.
  Entre os egípcios, os livros de Hermes Trismegisto dizem a mesma coisa, 
  e OShI-Ri é Jesus Rei, lido da direita para a esquerda.
  Entre os trácios, Orfeu, iniciado nos Mistérios do Egito pela 
  mesma época que Moisés, escreveu um livro intitulado "O Verbo 
  Divino". Enquanto para Moisés, o Princípio é o motivo 
  da primeira frase de seu Sepher. Não se trata da Essência de Deus, 
  IHOH, que é nomeado somente no sétimo dia, mas de seu Verbo Criador 
  da héxada divina: BaRa-Shith, em que Bara significa falar e criar; Shith, 
  significa a héxada. Em sânscrito, temos o mesmo significado para 
  BaRa-Shith.
  Este termo, BaRa-Shith, tem dado lugar a polêmicas e inúmeras discussões. 
  São João não defende o termo como Moisés desde o 
  começo de seu Evangelho, e escreve em Siríaco, língua cabalística 
  de XXII letras: "O Princípio é o Verbo. Jesus tinha dito: 
  'Eu sou o Princípio'".
  O sentido exato é fixado assim por Jesus, que confirma toda a universalidade 
  pré-mosaica anterior. O que precede explica por que as Universidades 
  verdadeiramente antigas consideraram o Verbo Criador como a incidência, 
  da qual a palavra humana é o reflexo exato, quando o processo alfabético 
  se encaixa perfeitamente no planisfério do Cosmos.
  O processo alfabético, junto com todos os seus equivalentes, representa, 
  então, o Mundo Eterno da Glória; e o processo cósmico representa 
  o mundo dos Céus astrais.
  E por isso que o Rei Profeta, eco de toda a antigüidade patriarcal, disse: 
  "CÉli enarrant Dei Gloriam", ou, em francês: "O 
  mundo astral reflete o mundo da Glória divina." O Universo invisível 
  fala por meio do Universo visível.
  Permanecem assim dois casos a serem resolvidos: primeiro, o processo cósmico 
  das escolas antigas; segundo, o dos alfabetos correspondentes.
  Para o primeiro ponto, III Formas matrizes: O centro, o rádio ou diâmetro 
  e o círculo; XII signos involutivos; VII signos evolutivos.
  Em ambos os casos: III + XII + VII = XXII = CaBa, pronunciando-se: C = 20, B 
  = 2, dando um total de 22, C, Q, F, D.
  Os alfabetos das 22 letras correspondiam, pois, a um Zodíaco solar ou 
  solar-lunar, montado a partir de um setenário mais evoluído. Eram 
  os alfabetos esquemáticos.
  Os outros, de acordo com o mesmo método, provinham das 24 letras, dos 
  horários dos precedentes, de 28 letras seus lunares; por 30, seus mensais 
  solar-lunares; por 36, seus decânicos, etc. Sobre os alfabetos das 22 
  letras, a regia, a emissiva da ida, a remissiva da volta, era o I, o Y e o J, 
  e colocada sobre o primeiro triângulo eqüilátero inscrito, 
  devia formar antologicamente, com as outras duas, o nome do Verbo e o de Jesus, 
  IshVa-(Ra), OshI-(Ri).
  Pelo contrário, todos os povos que têm adotado o Cisma Naturalista 
  e Lunar escolhem a letra M como Regia, que governa o segundo trígono 
  elemental.
  ALFABETO DE XXII LETRAS (VER O LIVRO II)
ARITMOLOGIEDES 
  XXII LETTRES (Aritmologia das XXII Letras)
  Les III Lettres extraides (As III Letras extraídas) - La gamme des, VII 
  (A
  gama das VII) - Lê Mode des XII (O Modo dos XII) - Divinité
  (Divindade) - Déîté (Deidade) - Vie absotue (Vida absoluta) 
  - Indivisible
  Vie (Vida Indivisível) - Symetric mono-asique (Simetria Mono-Ásica) 
  -
  Symetria Deuto-asique (Simetria Deuto-Ásica) - Axé (Eixo) - Pour 
  la
  construcción de la Sphère (Para a construção da 
  Esfera).
  Todo o sistema védico, e depois o brahmânico, tem sido regulado 
  posteriormente por Krishna dessa forma, a partir do Kaly-Youg. Essa é 
  a chave do Livro das Guerras de IEVE, guerra da letra Regia I ou Y contra a 
  ursupadora M.
  Tendes visto, meu querido amigo, as moderníssimas provas, fruto da simples 
  observação e da experiência científica, pelas quais 
  a mais antiga tradição foi ao mesmo tempo restabelecida e verificada 
  por mim. Portanto, não falarei mais do que o estritamente necessário 
  para o esclarecimento do fato histórico da Cabala.
  Conforme os patriarcas que os têm precedido, os brâmanes têm 
  dividido as línguas humanas em dois grandes grupos: (1º) Devanagáricas, 
  são as línguas da cidade celestial ou da civilização 
  reintegrada ao seu Princípio Cosmológico divino; (2º) Prácritas, 
  são as línguas das civilizações selvagens ou anárquicas. 
  O sânscrito é uma língua devanagárica de quarenta 
  e nove letras; o veda, igualmente, com suas oitenta letras e signos, derivados 
  do ponto do AUM, ou seja, da letra M.
  Essas duas imagens são cabalísticas em seu sistema particular, 
  no qual a letra M é o ponto de partida e de retorno. Porém, têm 
  sido, desde sua origem e continuando até os nossos dias, articuladas 
  sobre uma fatia do templo de vinte e duas letras, da qual a letra Regia primeira 
  é o I.
  Todas as retificações se tornam possíveis e fáceis 
  graças a esta chave, no triunfo e maior glória de Jesus, verbo 
  de IEVE, dito de outra forma, da síntese primordial dos primeiros patriarcas.
  Os atuais brâmanes conferem a seu alfabeto de vinte e duas letras uma 
  virtude mágica; porém esses termos não possuem para nós 
  mais do que uma conotação de superstição e ignorância.
  Superstição, decadência e superestação de 
  elementos arqueológicos e de fórmulas mais ou menos alteradas, 
  porém, com um estudo mais profundo se poderia, como neste caso, relacionar 
  uma experiência ou um ensinamento anterior de forma científica 
  e consciente e não de forma metafísica ou mística. Esse 
  ensinamento primordial foi motivado principalmente pela maior ou menor ignorância 
  dos fatos, das leis e dos princípios.
  Por outra parte, a Escola lunar vedo-brahmânica não é a 
  única na qual a ciência com sua síntese solar, a religião 
  do Verbo, tem degenerado em Magia. Basta que se explore um pouco a universalidade 
  terrestre a partir da época babélica para ver uma crescente decadência, 
  atribuída cada vez mais à influência envolta de um caráter 
  de superstição e magia, que exercem cada vez mais os alfabetos 
  antigos.
  Da Caldéia até a Tessália, da Escitia até a Escandinávia, 
  dos Kouas de Fo-Hi e dos Musnads da antiga Arábia aos Runas dos Varaighes, 
  podemos observar a mesma degeneração.
  A verdade, nisso como no todo, é infinitamente mais maravilhosa que o 
  erro, e conheceis, querido amigo, esta admirável verdade.
  
  Zodíac de la Parole (Zodíaco da Palavra) - Alphahet solaire
  de XXII lettres (Alfabeto solar das XXII letras) - Planetarisme
  de la Parole (Planetarismo da Palavra) - Septenaire des lettres
  (Septenário das letras) - Dodecade des lettres (Dodécada das letras) 
  -
  Musique (Música) - Adamique et Nombres (Adâmico e Números) 
  -
  Sanscrit devangari (Sânscrito devanagárico ) - Astral (Astral) 
  -
  Français (Francês) - Nombres d'Ordre (Números de Ordem) 
  -
  Rayon (Rádio) - Longer de la circeonfèrence (Comprimento da
  circunferência) - Diametre (Diâmetro) - Points centraux (Pontos
  centrais) - Ciconference (Circunferência).
  
  Por último, como nada se perde na humanidade terrestre, da mesma forma 
  que no Cosmos inteiro, o que tem acontecido ainda é testemunho da antiga 
  universalidade da que nos fala Santo Agostinho, em suas Retrações.
  Os brâmanes cabalizam com os oitenta signos védicos, com as quarenta 
  e nove letras do sânscrito devanagárico, com as dezenove vogais, 
  semivogais e ditongos, isto é, toda a mistura de Krishna, acrescentada 
  por ele ao alfabeto vattan ou adâmico.
  Os árabes, os persas e os soubbas cabalizam com seus alfabetos lunares 
  de vinte e oito letras e os marroquinos com seu Koreish.
  Os tártaros manchus cabalizam com seu alfabeto mensal de trinta letras. 
  As mesmas observações podem ser feitas entre os tibetanos e os 
  chineses, etc, as mesmas reservas podem ser feitas quanto às alterações 
  da ciência antiga dos equivalentes cosmológicos da palavra.
  Resta saber em que ordem devem ser dispostos funcionalmente esses XXII equivalentes 
  sobre o Planisfério do Cosmos.
  Querido amigo, tendes sob os olhos o modelo de acordo com aquele que foi legalmente 
  depositado sob o nome de Arqueômetro.
  Vos sabeis que as chaves deste instrumento de precisão, para serem usadas 
  em elevados estudos, têm sido dadas pelo Evangelho, por certas palavras 
  precisas ditas por Jesus e comparadas com as de São Paulo e São 
  João.
  Todas as Universidades religiosas, asiáticas e africanas, abastecidas 
  pelos alfabetos cosmológicos, solares, solar-lunares, horários 
  lunares, mensais, etc, servem-se de suas letras de forma cabalística.
  Trata-se da ciência pura, da poesia interpretando a ciência ou da 
  inspiração divina, todos os livros antigos, escritos em línguas 
  devanagáricas e não prácritas, que não podem ser 
  compreendidas se não fosse a Cabala dessas línguas.
  Porém, aquelas devem ser reintegradas às XXII equivalentes esquemáticas, 
  e estas, às suas posições cosmológicas exatas.
  A Cabala dos Judeus está, pois, motivada por toda a constituição 
  anterior do espírito humano; porém, ela tem necessidade de ser 
  arqueométrica, isto é, medida por um princípio regulador, 
  controlada sobre o instrumento de precisão do Verbo e de sua síntese 
  primordial.
  Não sei, querido amigo, se estas páginas respondem a vossa afetuosa 
  espera. Não pude mais do que resumir capítulos inteiros em algumas 
  linhas.
  Rogo-vos, pois, desculpar as imperfeições e olhar o que precede 
  como um testemunho da minha boa vontade e da minha velha amizade.
LIVRO II
  Descrição e Estudo do Arqueômetro
  CAPÍTULO PRIMEIRO
  Os Amigos de Saint-Yves
  A morte surpreendeu o marquês de Saint-Yves d'Alveydre de modo inesperado. 
  Seu considerável trabalho estava em plena via de execução, 
  porém ainda não estava terminado; algumas partes estavam totalmente 
  escritas, prontas para serem imprimidas, porém outras, pelo contrário, 
  estavam somente esboçadas.
  Uma multidão de documentos e uma quantidade razoável de clichês 
  fotográficos e tipográficos deveriam ser colocadas em ordem. Era 
  possível permitir a perda de tantos anos de trabalhos e pesquisas, parando 
  a execução e impedindo de vir à luz o trabalho do Mestre, 
  apesar de todas as dificuldades que poderiam surgir?
  Esse foi o problema que se apresentou à família do marquês 
  de Saint-Yves, e ainda nos falta dizer como foi resolvido esse problema, que, 
  em nossa opinião, foi solucionado de forma tão esclarecedora como 
  justa.
  A condessa Keller e o conde Alexandre Keller, herdeiros do marquês de 
  Saint-Yves, encarregaram um amigo e discípulo do marquês, o doutor 
  Gerard Encausse (Papus), de tomar as providências necessárias para 
  a publicação do Arqueômetro.
  O doutor Encausse estava impedido de iniciar um trabalho de tamanha envergadura.
  Então, apelou para todos os que Saint-Yves havia permitido que estudassem 
  alguns pontos de seu trabalho. A continuação, foi criada legalmente 
  a sociedade "Os amigos de Saint-Yves", como sociedade civil de publicações 
  e conferências, por um dos amigos mais queridos do marquês, Monsieur 
  Duvignau de Lanneau, e esta sociedade estabeleceu o grupo dos colaboradores 
  que se encarregariam de aprimorar, organizar e editar o trabalho do Mestre.
  Monsieur Lebreton, o dedicado secretário de Saint-Yves, fez uma classificação 
  preliminar dos documentos e se colocou como um sensível elo entre o Mestre 
  morto e seus discípulos vivos.
  Monsieur Jemain, que havia sido um eficiente colaborador do Mestre quando este 
  estava vivo, especialmente em toda a sua adaptação musical, quis 
  encarregar-se de tudo o que concernia àquela adaptação.
  Monsieur Gougy, arquiteto diplomado, que estava trabalhando para o Governo e 
  que tinha trabalhado com o Professor em algumas adaptações para 
  a arquitetura, deu-nos um resumo brilhante dos seus trabalhos e colocou à 
  nossa disposição todos os clichês necessários.
  Nosso amigo, o doutor A. Chauvet, de Nantes (Saïr), que havia trabalhado 
  particularmente com o Mestre, foi de uma ajuda considerável na publicação 
  deste trabalho. Dedicou numerosos meses do seu trabalho para organizar e colocar 
  em ordem a obra Verdadeira Sabedoria; deve-se a ele ainda a organização 
  da obra Hermenêutica Sânscrita e grande quantidade de documentos 
  igualmente importantes.
  Monsieur Batilliat, um escritor de grande talento, era na parte literária 
  o colaborador preferido do marquês de Saint-Yves e todos os amigos do 
  Mestre lhe dedicavam um profundo reconhecimento.
  Ao lado desse grupo, composto de uma falange da qual cada indivíduo queria 
  passar despercebido, tornar-se anônimo, para integrar-se e fazer parte 
  do grupo geral "dos amigos de Saint-Yves", outros amigos pessoais 
  do marquês conservaram dele uma elevada idéia e preservaram piedosamente 
  o culto de sua memória. Mencionaremos entre os mais íntimos o 
  conde Léonce de Larmandie, depois nosso amigo Sédir, a seguir 
  F. Ch. Barlet, que foi um dos primeiros e calorosos defensores do Mestre e que 
  escreveu sobre ele um notável opúsculo, contendo, no entanto, 
  alguns erros relativos ao Arqueômetro, provenientes da falta de documentos 
  positivos.
  Como todos os Mestres, o marquês de Saint-Yves teve discípulos, 
  primeiro, admiradores e que, logo depois, o insultaram ou traíram. A 
  melhor coisa que podemos fazer é não mencionar seus nomes, certos 
  de que o Mestre os esqueceria e perdoaria. Sua obra permanece e ela, por si 
  só, é o bastante para colocar os invejosos no seu devido lugar.
  Os amigos de Saint-Yves se esforçaram para trazer à luz não 
  só o Arqueômetro como também algumas adaptações 
  feitas anteriormente. Assinalaremos principalmente a Théogonie des Patriarches 
  (Teogonia dos patriarcas), adaptação das chaves arqueométricas 
  para uma nova tradução dos primeiros capítulos da Gênese 
  e do primeiro capítulo do Evangelho de São João. Essa edição 
  de grande luxo foi depositada na casa editora Dorbon-Ainé, Boulevard 
  Haussmann 19, Paris.
  Devemos, de passagem, agradecer, em nome de todos os admiradores do Mestre, 
  ao erudito e artista Dorbon-Ainé pela dedicação que apresentou 
  quando assumiu a publicação de O Arqueômetro.
  Os amigos de Saint-Yves reeditaram também os Mystères du Progrès 
  (Mistérios do Progresso) com os três capítulos sobre o nascimento, 
  os sexos e o amor, e a morte; a Mission de Linde (Missão da Índia), 
  obra que trata sobre a Índia, seus mistérios e o Mahatma, revelações 
  prodigiosas e totalmente desconhecidas na Europa.
  Por último, tem estabelecido uma tabela alfabética da Mission 
  des Juifs (Missão dos Judeus), que se havia tornado indispensável.
  Tudo isso, os amigos de Saint-Yves o fizeram sem procurar qualquer interesse 
  material, em memória primeiro do ilustre Mestre desaparecido, e em agradecimento 
  à continuação para seus herdeiros, que dedicaram todos 
  os seus esforços para ajudar os discípulos a trazer à luz 
  o Arqueômetro e suas múltiplas adaptações.
  
 
  
CAPÍTULO 
  SEGUNDO
  Explicações Preliminares
  
  É importante, antes de abordar o estudo do Arqueômetro, estabelecer 
  claramente o caráter peculiar desta descoberta. O Arqueômetro é 
  um conjunto de equipamentos de construção de uma casa completamente 
  edificada. Antes de construir uma casa, estuda-se cada setor do corpo da construção, 
  utilizando as ferramentas de trabalho mais apropriadas para cada área, 
  assim o pedreiro leva sua colher, seu prumo, etc, o arquiteto, sua régua 
  e seu compasso, e assim sucessivamente para cada corpo da construção.
  O Arqueômetro é um aparelho que tem a qualidade particular de ser 
  usado com várias finalidades. Assim, pode ser útil em todas as 
  modalidades das artes; ser ao mesmo tempo a chave da balança sonométrica 
  do músico, pode determinar as cores necessárias ao pintor, ou 
  ser a chave dos padrões construtivos do arquiteto.
  É indispensável estabelecer a diferença fundamental que 
  faz com que este aparelho sintético funcione como um simples instrumento 
  e não como uma adaptação feita para muitos usos. Ele não 
  serve numa casa completamente construída, mas certamente poderão 
  ser construídas muitas casas com ele, conforme as regras harmônicas 
  da natureza. Não é um prêmio para a preguiça, muito 
  pelo contrário, é um convite para o trabalho; com o Arqueômetro 
  pode ser ampliada e esclarecida a originalidade do artista, dando-lhe uma sólida 
  base científica. É um aparelho que possui qualidades especiais 
  que resumiremos da melhor forma possível:
  
  
  O ARQUEÔMETRO
  Adamique = Adâmico 
  Nombres = Números 
  Français = Francês 
  Syríaque = Siríaco 
  Assyríen = Assírio 
  Samaritain = Samaritano 
  Kaldeen = Caldeu 
  Soubba = Soubba
  Árabe = Árabe
  
  
  
 1°: É 
  o mesmo para todas as Artes;
  2°: Reintegra todas as Artes numa síntese comum e, ao mesmo tempo 
  dá a chave das adaptações religiosas e científicas 
  da Antigüidade;
  3º: Reintegra todas as medidas às unidades métricas atuais: 
  o metro e o círculo; mil milímetros e 360°.
  
  I
  O Arqueômetro é um equipamento comum a todas as artes; o pintor 
  determina com ele as cores compostas, que são combinações 
  das três cores primitivas: o amarelo, o vermelho e o azul, que se localizam 
  em torno do círculo de 360°, de tal forma que a cor branca teoricamente 
  sempre é constituída por duas cores opostas em 180°. É 
  possível, pois, determinar, graças ao Arqueômetro, pelo 
  menos uma escala de 360 matizes de cores, tendo cada um seu número e 
  não um nome de fantasia. Esse número permite determinar não 
  só cada um desses matizes, mas também a composição 
  de cada uma dessas tintas, em relação às cores primitivas.
  O músico encontra no Arqueômetro as relações das 
  notas com as cores, com as formas, com as letras e, mais ainda, as escalas sonométricas 
  que reintegram as duas séries: a série verbal e a série 
  física, inversamente proporcionais ao padrão corrente do metro, 
  com a nota Ré bemol, igual a 100.000 ou a um metro; esta cifra de 100.000 
  representa a multiplicação de 625 por 160. (Para os detalhes e 
  as adaptações, ver mais adiante o estudo do padrão arqueométrico.) 
  
  O arquiteto encontra no Arqueômetro a chave do Cânon universal, 
  que permite a construção das formas, segundo um nome. uma idéia 
  ou uma cor determinada; estabelecendo-se, assim, estreitas relações 
  entre a altura e a largura de um edifício, de uma parte, e entre sua 
  adaptação industrial, religiosa ou estética, de outra parte.
  Mas o que mais surpreenderá aos artistas contemporâneos é 
  a adaptação do Arqueômetro à literatura. As relações 
  das letras e das cores, como foi percebido intuitivamente por Rimbaud e seus 
  imitadores, são cientificamente determinadas pelo Arqueômetro; 
  mais ainda, esse instrumento determina as relações entre as palavras, 
  as idéias, as cores e as formas.
  Se esse instrumento é útil aos criadores das novas adaptações, 
  reveste-se de um caráter todo especial em relação ao estudo 
  das ciências da Antigüidade. O pesquisador das coisas ocultas e o 
  historiador são colocados ao alcance de um instrumento usado nas antigas 
  iniciações e em todas as suas adaptações na arte 
  e nas descobertas científicas. De agora em diante, são necessárias 
  algumas palavras de esclarecimento.
  Os ancestrais tomaram realmente como uma chave geral de adaptação 
  o céu e sua constituição. De forma que, embora todos os 
  arquivos terrestres viessem a desaparecer, era sempre possível reconstituí-los 
  com o instrumento que formava a base de todas as artes e de todas as ciências, 
  traçando em um papiro ou sobre uma tábua de madeira a constituição 
  do céu. E por isso que o conhecimento da antiga astrologia é indispensável 
  aos verdadeiros pesquisadores, como também ao historiador digno desse 
  nome. O céu foi dividido pelos ancestrais em doze grandes divisões, 
  cada uma delas correspondia a um astro: estes, por sua vez, tinham domicílios 
  positivos ou negativos, quer dizer, diurnos ou noturnos, em cada uma dessas 
  casas. Se lembrarmos, na antiga astrologia, cada signo do Zodíaco tinha 
  uma letra, a mesma coisa para cada planeta, de tal forma que o céu era 
  constituído por um verdadeiro alfabeto em movimento, no qual as letras 
  planetárias se apresentavam em frente a cada uma das letras fixas zodiacais; 
  eles inscreveram no céu nomes que encontraremos novamente em todas as 
  grandes religiões. Ichwa-ra ou Jesus Rei, Mariah ou Mayah, Maha-maia 
  ou a Virgem das grandes águas celestes; possuem seus nomes inscritos 
  com letras de fogo no céu desde a constituição dos primeiros 
  elementos terrestres. A mesma coisa acontece com os nomes de Pho, de Shiva, 
  de Brahma, etc.
  Temos que insistir aqui, mostrando o duplo caráter do Arqueômetro. 
  É um instrumento que deverá renovar toda a arte moderna por meio 
  das mãos e do gênio dos artistas por uma parte, e, por outra, é 
  o testemunho e a chave de todas as ciências da Antigüidade, das quais 
  as ciências ocultas são apenas uma pequena deformação. 
  Os ocultistas geralmente consideram o Arqueômetro somente sob este último 
  ponto de vista, e os comentários que geralmente são feitos sobre 
  este admirável instrumento de adaptação, até a presente 
  data, são infantis; eles são aplicados quase exclusivamente a 
  este último aspecto. Então, a Astrologia nos dá as chaves 
  das ciências da Antigüidade e será um dos grandes méritos 
  de Saint-Yves d'Alveydre ter restabelecido as relações entre as 
  cartas, as cores e os planetas; porém, esse instrumento continuará 
  sendo uma evocação dos cemitérios intelectuais, se o seu 
  autor não tivesse feito dele uma forma de síntese e de regeneração 
  de toda a intelectualidade futura.
  II
  Esse instrumento é o mesmo para todas as artes; estabelece a síntese 
  delas, determina suas relações. O mesmo círculo de 360° 
  nos dá, entre elas: (1°) uma escala dupla de números; (2°) 
  as relações das cores e das formas; das notas musicais; das letras 
  dos antigos alfabetos sagrados. Como acabamos de ver acima, sintetiza estas 
  chaves artísticas com os dados da Antigüidade. Graças ao 
  Arqueômetro, o céu sai do seu silêncio para pronunciar nomes, 
  e estes nomes são aqueles contidos em todas as revelações 
  religiosas de todos os tempos, da mesma forma como os revelamos no momento certo. 
  Saint-Yves d'Alveydre consagrou grande parte de seu trabalho a esse estudo das 
  adaptações religiosas, que não podemos mais do que pressenti-las 
  aqui.
  III
  Visualizando as lâminas e figuras coloridas do Arqueômetro, tudo 
  está inscrito em um círculo de 360°, divididos em triângulos 
  com 12 seções de 30° cada uma. Serão notadas então 
  duas escalas de números: uma de 0º a 360°, e a outra de 360° 
  a 0º. Encontraremos ao longo do livro numerosos modelos de adaptação; 
  estes modelos forçosamente são incompletos, mesmo que forneçam 
  informações valiosas, pois, se um autor é competente numa 
  determinada arte, é compreensível que possua uma prodigiosa capacidade 
  cerebral que a domine completamente, isso não quer dizer que seja igualmente 
  competente em todas as artes e em todas as ciências conhecidas. Acrescentamos 
  ainda que, quando a família herdeira do marquês de Saint-Yves, 
  a condessa Keller e o conde Alexandre Keller, concederam a grande honra de escolher 
  o doutor Encausse para que viessem à luz a publicação do 
  Arqueômetro, o trabalho de Saint-Yves estava longe de estar terminado. 
  Foram muitos meses de pesquisas, de dedicação e trabalhos delicados; 
  sendo necessário reunir todos os colaboradores do brilhante autor para 
  poder terminar esta obra. Ficou comprovado o grande conhecimento e, especialmente, 
  a capacidade musical de Saint-Yves, sendo esta a sua arte predileta. Será 
  vista também a relevante importância que apresentam as informações 
  e os dados relativos à arquitetura. Cada uma dessas matérias foi 
  revisada por um dos colaboradores especializados, cujo nome está na lista 
  dos amigos de Saint-Yves.
  
  
  
  
  
  
CAPÍTULO 
  TERCEIRO
  A Palavra e os Alfabetos -
  O Planisfério Arqueométrico -
  O Arqueômetro Cosmológico
  
  
  
  1. A Palavra e os Alfabetos. - 2. A Palavra Teantropológica. - 3. A Palavra 
  Andrológica e Cosmológica. - 4. A Palavra Teandrológica. 
  - 5. O Selo do Verbo. - 6. Seu Rastro na Tríplice Igreja Evangélica 
  Mosaica, Patriarcal. - 7. Conseqüências de sua Ressurreição.
  O Arqueômetro Cosmológico
  REGULADOR, MEDIADOR E COMPOSITOR UNIVERSAL
  Interessa a metrologia e a combinação exala das idéias 
  cosmológicas e de seus meios de expressão, como: Formas, Números, 
  Cores, Sons, e também suas relações correspondentes, e, 
  em conseqüência, as artes e os ofícios que as usam.
  O PLANISFÉRIO ARQUEOMÉTRICO 
  É um instrumento orgânico, harmônico e simétrico que 
  se fundamenta na combinação de numerosas áreas de círculos, 
  raios e polígonos concêntricos suscetíveis de evoluir em 
  torno de um ponto
  central comum.
  Essas áreas são:
  1º: Um círculo duplo de 360° em cada um gira em sentido contrário, 
  de tal forma que, dando a cada grau dois números, seu total será 
  sempre 360 e que sua inversão dextrogira ou levogira permita uma metrologia 
  fácil nos dois sentidos:
  
  2º: Uma zona dodecagonal fixa chamada "Zodíaco das Letras Modais". 
  Esta zona é dividida em 12 partes iguais de 30° cada uma, subdivisíveis 
  em minutos e segundos. Cada um dos doze-avos dessa zona contém, no interior, 
  sua letra morfológica e o número dessa letra aparece em um escudo, 
  que possui como fundo uma cor especial que lhe corresponde exatamente;
  
  Total: 22 letras morfológicas, 22 cifras aritmológicas, correspondentes 
  a cada uma daquelas e às 22 cores;
  3º: Uma zona móvel chamada "Planetário das Letras". 
  Essa zona é formada por 12 ângulos de 4 triângulos eqüiláteros 
  que se intersectam regularmente. Cada um dos 12 ângulos é tangente 
  a um dos escudos da zona anterior e é identificado por uma letra morfológica, 
  uma cifra aritmétrica própria dessa letra, a cor do escudo do 
  qual é tangente, um pentagrama musical e uma nota musical;
  Total: 12 ângulos, 12 letras, 12 números, 12 cores, 12 notas musicais;
  4º: Uma zona zodiacal astral fixa, com os 12 signos provenientes das 12 
  letras zodiacais. Cada signo apresenta em seu escudo uma cor de sua correspondência 
  com as zonas acima;
  
  5º: Uma zona planetária astral móvel, com seus 12 signos 
  diatônicos astrais e todas as suas correspondências, aparecendo 
  cada um em seu próprio domicílio tanto diurnos como noturnos e 
  figurando a cor da letra planetária de onde deriva sua morfologia.
  
  Total: 12 signos planetários, dos quais 5 são repetidos = 7, e 
  12 cores;
  6º: Uma zona de 12 ângulos de 4 triângulos eqüiláteros, 
  que se intersectam regularmente, sob o triângulo gerador e metrológico 
  correspondentes por seus ângulos, ao signo da Virgem, ao signo de Capricórnio 
  e ao signo do Touro. Cada ângulo possui as cores do signo que lhe corresponde.
  Total: 12 Cores, 12 ângulos, 4 triângulos, dos quais um é 
  o gerador de dois hexágonos, de dois pares de triângulos eqüiláteros 
  tangentes; um destes pares é a solsticial com seus ângulos Norte-Sul, 
  o outro; é o equinocial, com seus ângulos Leste-Oeste; todos os 
  ângulos de cada par se distanciam entre si pelo comprimento do raio de 
  seu círculo tangente;
  7º: Um círculo central que contém um pentagrama musical, 
  uma nota no centro comum, uma letra morfológica sobre essa nota, 12 raios 
  brancos que formam 6 diâmetros brancos, que passam pelo centro, um no 
  sentido Norte-Sul, o outro no sentido Leste-Oeste, e todos estão sobre 
  o círculo a 30° um do outro.
  O planisfério orgânico e harmônico tem seus Pólos 
  e seu Equador de correspondência, seu ano, suas estações, 
  sua simetria esquerda-direita de organização e de harmonia: diretas 
  ou interferenciais. Ele é falante, exatamente no sentido da palavra, 
  devido a todos os seus elementos concordantes e todas as suas combinações.
  A análise de sua síntese e as leis que presidem a sua composição 
  serão dadas depois de expor sua descrição detalhada.
  Descrição Detalhada
  CORRESPONDÊNCIAS VERTICAIS DESCENDENTESD ZENIT (NORTE)
  345 
  1º) Graus 15 
  360 
  2º) Solstício de inverno, dezembro-janeiro. 
  3º) Início do tempo e do ano positivo. 
  4º) Escudo amarelo simples. 120. 
  5º) Letra que representa o triângulo eqüilátero. 
  6º) 80, Número dessa letra.
  7º) ângulo amarelo do triângulo eqüilátero da Terra. 
  120. 
  8º) Letra que representa o triângulo eqüilátero com a 
  prumada do eixo do mundo. 
  9º) 300, número dessa letra.
  10º) A nota Si
  11º) Capricórnio e suas correspondências. 
  12º) Saturno e suas correspondências. 
  13º) O raio branco que aponta o ângulo amarelo. 120. 
  14º) A nota Mi e a letra do Sol.
  
CORRESPONDÊNCIAS 
  VERTICAIS ASCENDENTES
  NADIR (SUL)
  165 
  1º) Graus: 195 
  360 
  2º) Solstício da estiagem, junho-julho. 
  3º) Retorno do tempo e do ano negativo.
  | Azul 60
  4º) Escudo violeta: | Vermelho 60 
  | 120
  5º) Letra: uma hélice sobre uma vertical. 
  6º) 8, número dessa letra.
  | Azul 60
  7º) Ângulo violeta do triângulo eqüilátero da água: 
  | Vermelho 60 
  | 120
  8º) Letra: um círculo e seu diâmetro representando o duplo 
  hemisfério. 
  9º) 2, número deste duplo hemiciclo. 
  10º) A nota Lá.
  11º) Câncer e suas correspondências. 
  12º) A Lua e suas correspondências.
  | Azul 60
  13º) O raio branco que aponta o ângulo violeta: | Vermelho 60 
  | 120
  14º) A nota Mi e a letra do Sol.
  
  
  CORRESPONDÊNCIAS HORIZONTAIS E EQUATORIAIS 
  DE OESTE PARA LESTE 
  OESTE
75 
  1º) Graus 285 
  360 
  2º) Equinócio do outono, setembro-outubro. 
  3º) Tensão equatorial negativa,
  | Azul 90
  4º) Escudo verde: | Amarelo 30 
  | 120
  5º) Letra: fiel da balança. 
  6º) 30, número dessa letra.
  | Azul 90 |
  7º) Ângulo verde: | Amarelo 30 | do triângulo eqüilátero 
  do Ar.
  | 120 |
  8º) A letra que representa o ponto inicial que gera uma curva. 
  9º) 2, número dessa letra. 
  10º) A nota Fa.
  11º) A balança e suas correspondências. 
  12º) Vênus noturno1 e suas correspondências.
  | Azul 90
  13º) O raio branco que aponta para o ângulo verde: | Amarelo 30
  | 120
  14º) A nota Mi e a letra do Sol.
  
  
  CORRESPONDÊNCIAS HORIZONTAIS E EQUATORIAIS
  DE LESTE PARA OESTE
  LESTE
  
  255
  1º) Graus 105 
  360 
  2º) Equinócio da primavera, março-abril. 
  3º) Tensão equatorial positiva.
  | Vermelho 90
  4º) Escudo laranja: | Amarelo 30
  | 120 
  5º) Letra: círculo interceptado por duas curvas em forma de chifres 
  de Carneiro. 
  6º) 5, número dessa letra.
  | Amarelo 90 | 
  7º) Ângulo laranja: | Vermelho 30 | do triângulo eqüilátero 
  do Fogo.
  | 120 |
  8º) A letra helicoidal com ângulo atravessado. 
  9º) 20, número dessa letra. 
  10º) A nota Ré.
  11º) O Carneiro e suas correspondências. 
  12º) Marte noturno1 e suas correspondências.
  | Vermelho 90 
  13º) O raio branco que aponta para o ângulo laranja: | Amarelo 30 
  
  | 120 
  14º) A nota Mi e a letra do Sol.
  
  
  CORRESPONDÊNCIAS NORTE-LESTE 30° NORTE
  NORTE-LESTE
  315
  1º) Graus 45
  360
  2º) Inverno, janeiro-fevereiro.
  | Amarelo 90
  3º) Escudo laranja: | Vermelho 30 
  | 120
  4º) Letra: duas linhas retas em cruz.
  5º) 100, número dessa letra.
  | Amarelo 90 |
  6º) Ângulo laranja: | Vermelho 30 | do triângulo do Ar.
  | 120 | 
  7º) Letra: triângulo com prumada sem apoio de 30°.
  8º) 300, número dessa letra.
  9º) A nota Si. 
  10º) Aquário e suas correspondências. 
  11º) Saturno diurno e suas correspondências.
  | Amarelo 90 
  6º) Ângulo laranja: | Vermelho 30 
  | 120 
  13º) O raio branco que aponta para este ângulo. 
  14º) A nota Mi e a letra do Sol.
  
CORRESPONDÊNCIAS 
  SUL-OESTE (30º SUL)
  SUL-OESTE
  135
  1º) Graus 225 
  360 
  2º) Estiagem, julho-agosto.
  |Vermelho 30 | 
  3º) Escudo índigo: | Azul 90 | do triângulo de Fogo.
  | 120 |
  4º) Letra: um arco de círculo de 180°.
  5º) 9, número dessa letra.
  | Vermelho 30
  6º) Ângulo índigo: | Azul 90
  | 120
  7º) Letra: um arco de círculo de 180° e seu ponto central. 
  8º) 50, número dessa letra. 
  9º) A nota Lá.
  10º) O signo de Leão e suas correspondências. 
  11º) O Sol e suas correspondências.
  | Vermelho 30 
  12º) O ângulo índigo: | Azul 90
  | 120 
  13º) O raio branco que aponta para este ângulo. 
  14º) A nota central Mi e a letra do Sol.
CORRESPONDÊNCIAS 
  OBLÍQUAS NORTE-OESTE
  60° SOBRE O EQUADOR
  A 30° DO NORTE
15 
  1º) Graus 145 
  360 
  2º) Outono, novembro-dezembro.
  | Amarelo 90 | 
  3º) Escudo verde: | Azul 30 | do triângulo de Fogo. 
  | 120 | 
  4º) Letra: um arco e um ponto. 
  5º) 70, número dessa letra.
  | Amarelo 90 
  6º) O ângulo verde: | Azul 30 
  | 120 
  7º) Letra: o ponto gerando uma curva angulada sobre uma linha reta horizontal. 
  
  8º) 4, número dessa letra e derivado dela. 
  9º) A nota Dó. 
  10º) Sagitário e suas correspondências (Flecha do arco daqui 
  para cima.) 
  11º) Júpiter diurno e suas correspondências (signos derivados 
  da 7ª Letra).
  | Amarelo 90 
  12º) O ângulo verde: | Azul 30 
  | 120 
  | Amarelo 90 
  13º) O raio branco que aponta para o ângulo verde: | Azul 30
  | 120 
  14º) A nota Mi e a letra do Sol.
CORRESPONDÊNCIAS 
  SUL-LESTE
  60° SOB O EQUADOR
  195
  1º) Graus 165 
  360 
  2º) Primavera, maio-junho.
  | Vermelho 90 
  6º) Ângulo infravermelho: | Azul 30
  | 120 
  4º) Letra: ponto circular que gera uma vertical angulada. 
  5º) 7, número dessa letra e derivado dela.
  |Vermelho 90 | 
  6º) Ângulo infravermelho: | Azul 30 | do triângulo do Ar.
  | 120 | 
  7º) Letra helicoidal inclinada, de cabo longo. 
  8º) 90, número dessa letra. 
  9º) A nota Sol. 
  10º) Gêmeos e suas correspondências.
  11º) Mercúrio noturno1 e suas correspondências.
  |Vermelho 90 
  12º) Ângulo infravermelho: | Azul 30 
  | 120 
  13º) O raio branco que aponta para este ângulo. 
  14º) A nota Mi e a letra do Sol.
CORRESPONDÊNCIAS 
  OBLÍQUAS NORTE-OESTE
  30° SOBRE O EQUADOR
  A 60° DO NORTE
  
  45
  1º) Graus 315 
  360 
  2º) Outono, outubro-novembro.
  | Azul 60
  3º) Escudo verde: | Amarelo 60 
  | 120 
  4º) Letra: o ponto no centro da linha reta. 
  5º) 40, número dessa letra.
  | Azul 60 |
  6º) Ângulo verde: | Amarelo 60 | do triângulo da Água.
  | 120 |
  7º) Letra helicoidal com ângulo de cabo curto. 
  8º) 20, número dessa letra. 
  9º) A nota Ré.
  10º) Escorpião e suas correspondências. 
  11º) Marte diurno11 e suas correspondências.
  | Azul 60
  12º) O ângulo verde: | Amarelo 60 
  | 120 
  | Azul 60
  13º) O raio branco aponta para o ângulo verde: | Amarelo 60 
  | 120 
  14º) A nota Mi e a letra do Sol.
  
  
  CORRESPONDÊNCIAS OBLÍQUAS SUL-LESTE
  30° SOB O EQUADOR
  A 120° DO NORTE
225
  1º) Graus 135
  360
  2º) Primavera, abril-maio.
  3º) Escudo vermelho, 120.
  4º) Letra: círculo que gera uma curva.
  5º) 6, número dessa letra e derivado de sua forma.
  6º) Ângulo vermelho, 120, do triângulo da Terra.
  7º) Letra: o ponto gerando uma curva.
  8º) 3, número dessa letra.
  9º) A nota Fá.
  10º) Touro e suas correspondências.
  11º) Vênus diurno1 e suas correspondências.
  12º) O ângulo vermelho 120.
  13º) O raio branco que aponta para o ângulo vermelho 120.
  14º) A nota Mi e a letra do Sol.
  
  
  CORRESPONDÊNCIAS NORTE-LESTE
  60º NORTE
  285 
  1º) Graus 75 
  360 
  2º) Inverno, fevereiro-março.
  | Amarelo 60 
  3º) Escudo laranja: | Vermelho 60 
  | 120 
  4º) Letra: ponto circular que gera uma linha reta pela sua circunferência. 
  
  5º) 200, número dessa letra.
  | Amarelo 60 
  6º) Ângulo laranja: | Vermelho 60 
  | 120 
  7º) Ponto circular que gera uma curva angulada sobre uma linha reta. 
  8º) 4, número dessa letra. 
  9º) A nota Dó.
  10º) Peixes e suas correspondências.
  11º) Júpiter noturno e suas correspondências.
  | Amarelo 60 
  12º) Escudo laranja: | Vermelho 60 
  | 120 
  13º) O raio branco que aponta para este ângulo. 
  14º) A nota Mi e a letra Sol.
  
  
  CORRESPONDÊNCIAS SUL-OESTE 
  60º SUL
  1º) Graus
  2º) Estiagem, agosto-setembro.
  3º) Escudo azul 120.
  4º) Letra: dois pontos circulares que geram duas curvas articuladas sobre 
  um semicírculo.
  5º) 10, número dessa letra.
  6º) Angulo azul 120 do triângulo da Terra.
  7º) Letra helicoidal inclinado, de cabo longo. 
  8º) 90, número dessa letra.
  9º) A nota Sol.
  10º) Signo de Virgem e suas correspondências.
  11º) Mercúrio diurno1 e suas correspondências.
  12º) Ângulo azul 120.
  13º) O raio branco que aponta para este ângulo.
  14º) A nota Mi e a letra do Sol. 
 
  
  
  
  
  
Revelador e Regulador 
  
  dos Altos Estudos
  Descrição Detalhada
  O Arqueômetro e a Arquitécnica
  
  O Arqueômetro é o instrumento de precisão das elevadas ciências 
  e das artes correspondentes, seu relacionador cosmométrico, seu padrão 
  cosmológico, seu regulador e seu revelador homológico.
  Ele as reintegra ao seu princípio único e universal, à 
  sua concordância mútua e à sua síntese sinárquica.
  Essa síntese, que não é outra senão a gênese 
  do princípio, é o próprio Verbo, e ela autografa seu próprio 
  nome sobre o primeiro triângulo do Arqueômetro: SOPh-Yá, 
  Sabedoria de Deus.
  Mas para tomar claras todas as possíveis aplicações do 
  Arqueômetro, como revelador e como regulador experimental dessa gênese 
  e dessa síntese, seria necessário elaborar um sem-número 
  de desenvolvimentos.
  Teríamos que inventariar toda a nomenclatura da quádrupla hierarquia 
  das substâncias, dos fatos, e, em conseqüência, das ciências 
  e das artes divinas, angelicais, humanas e naturais.
  Teríamos também que indicar, entrando na universalidade das conseqüências, 
  todas as equivalências e todas as correspondências dessas hierarquias.
  Nós chegaremos ao mesmo fim demonstrativo por uma via mais rápida, 
  aquela da experiência sobre toda a sua verdade científica e, em 
  conseqüência, em toda a lealdade de consciência que deveríamos 
  exigir de nós mesmos em um assunto tão grave.
  Esse fato é a arte; porém a arte considerada como palavra criadora 
  e consciente da própria ciência, e não como manifestação 
  individualista da anarquia, da fantasia, da moda ou da imitação.
  É por essa razão que concentramos as aplicações 
  do Arqueômetro na arte que é suscetível de produzir a mais 
  direta expressão da ciência reintegrada ao seu princípio, 
  sobre a arte que sintetiza todas as ciências em arte, todas as artes, 
  todos os ofícios e indústrias, em uma palavra, toda a hierarquia 
  do trabalho humano.
  Esta arte é a Arquitetura.
  Sendo o edifício religioso a obra mestra da Arquitécnica, ela 
  resume o Princípio da lei e do fato social; assim, nós teremos 
  que aplicar o Arqueômetro para a ciência das religiões.
  Podendo ser exigido para erguer catedrais cristãs, pagodasP de brâmanes, 
  budistas ou chineses, os templos ghebres ou as mesquitas muçulmanas, 
  o arquiteto verá no regulador arqueométrico a posição 
  exata de cada uma dessas religiões dentro do contexto religião, 
  sendo que este termo é empregado significando a síntese científica 
  e de sabedoria no sentido antigo da palavra.
  O Arqueômetro provará experimentalmente que é o revelador 
  e ao mesmo tempo o regulador dos Altos Estudos, o revelador da Revelação 
  prevista no início do século XIX pelo conde de Maistre.
  Como o Arqueômetro tem por princípio a palavra, o arquiteto utilizará 
  em primeiro lugar a dupla zona Letras, e esta, de uma só vez, lhe dará 
  todas as equivalências dos números sonométricos, das cores, 
  das notas, dos modos musicais e, em conseqüência, morfológicos.
  Terá somente que passar do Mundo da Glória ao mundo dos Céus 
  astrais para ter as concordâncias cosmológicas que resultam das 
  suas precedentes angelicais e divinas.
  Coroas de 360 graus ou de 36 decanatos
  O termo 36, em letras decimais sânscritas, escreve-se GO, que significa, 
  em vedo, o mesmo céu. O termo 360, em letras numerais adâmicas, 
  escreve-se ShaS, que significa a potência sexagenal 6 x 6; aquela que, 
  de fato, corresponde à medida do círculo pelo hexágono.
  Veremos, mais adiante, a importância dessa relação com o 
  mesmo princípio. Ele tem, como característica, a Trindade que 
  determina sua instrumentalidade direta na sexualidade: 3... 6; determinando 
  o trígono eqüilátero, a estrela hexagonal.
  Esse duplo transportador circular utilizado em sentido inverso, em relação 
  aos graus, tem uma considerável função prática de 
  controle, da qual os fatos testemunharão mais tarde, principalmente em 
  relação às cores, os equivalentes luminosos das palavras: 
  raios e cores.
  A Palavra
  Recorrendo à memória, lembraremos aqui que o Evangelho de São 
  João, quando lido em siríaco, aramaico, dizia: "O Princípio 
  é a Palavra, o Verbo". Na Grécia patriarcal, ou melhor, na 
  Eslávia dos Bálcãs, Orfeu, segundo as tradições 
  levantadas pelos sacerdotes da Igreja, tinha deixado entre seus numerosos livros 
  canônicos uma obra intitulada A Palavra ou o Verbo Sagrado. Da mesma forma, 
  na Itália patriarcal, a dos Etruscos.
  
  
  
 
  
 
  
  
  
  
  Tablature cosmologique des XXII Lettres (Tabelas cosmológicas das XXII 
  letras) - Diatonic de L'Hexade (Diatomia da Héxada) - Alphabet vattan
  et nombres (Alfabeto vattan e números) - Sanscrit devanagari (Sânscrito
  devanagárico) - Alphabet astral (Alfabeto astral) - Lettres latines (Letras
  latinas) - Longeur de la circonference (Comprimento da circunferência) 
  -
  Rayon (Raio) - Diamètre (Diâmetro)
  Arithmologie des XXII lettres (Aritmologia das XXII leras) - Constructives
  (Construtivas) - Evolutives (Evolutivas) - Involatives (Involutivas) -
  L'Etre Indivisível (O Ser Indivisível) - L'Etre Absolut (O Ser 
  Absoluto) -
  Longeur de la circonference (Comprimento da circunferência)
  
  
  
 
  
Points centraux 
  (Pontos centrais) - Loi de L (lei de ). Cosmologie solaire
  Des XXII lettres (Cosmologia solar das XXII letras) - Rayon (Raio) -
  Diamètre (Diâmetro)
  
  
  
  É preciso somente pesquisar um pouco da Antigüidade em todas as 
  partes do mundo para encontrar pistas concretas da importância da palavra 
  humana, considerada como reflexo do Verbo Divino.
  Sem dúvida, da Índia ã China, da Eslávia e da Escandinávia 
  para a velha América, da Síria e da Caldéia ao Egito, a 
  erudição não pode alcançar mais do que os desperdícios 
  supersticiosos e mágicos da ancestral ciência dessa Palavra primordial 
  e de seus alfabetos.
  Mas essas mesmas relíquias são as testemunhas desta ciência 
  perdida.
  A Igreja síria atribui aos seus alfabetos ancestrais de XXII letras um 
  valor litúrgico, dota cada letra de uma função divina, 
  uma significação hierática.
  Essa Universidade religiosa está por isso mais próxima da verdadeira 
  ciência ancestral do que as interpretações mágicas 
  da Antigüidade de decadência, acessíveis aos estudiosos.
  Os Alfabetos
  Entre os antigos alfabetos anteriores às civilizações anarquistas 
  greco-latinas, classificamos aqueles de 22 letras numerais como equivalente 
  típicos da palavra.
  Nós os chamaremos de solares ou solar-lunares, entendendo-se que esses 
  nomes astrais não são mais os signos de correspondência 
  entre o Mundo da Glória e o mundo astral.
  E devido ao esquecimento dessa diferença, tomando o efeito pela causa, 
  as conseqüências pelos princípios, que algumas das antigas 
  Universidades caíram no culto das Potências astrais, Anjos e Demônios; 
  no sabeísmo, e inclusive no fetichismo, mais de um século atrás, 
  Depois se precipitou no mais baixo e grosseiro dos materialismos astronômicos.
  Classificamos como lunares os alfabetos de 28 letras, como horários zodiacais 
  os de 24 letras, como mensais zodiacais aqueles de 30 letras, como decânicos 
  os de 36 letras, etc, sempre com as ressalvas precedentes e referindo todos 
  esses números aos alfabetos de XXII letras como padrão.
  O alfabeto dos primeiros patriarcas é aquele que usamos no Arqueômetro 
  pelas seguintes razões:
  É morfológico, quer dizer, mais que geométrico; e, para 
  suas formas rígidas ou flexíveis moldáveis de acordo com 
  a nossa vontade, pode projetar o objeto que define, ou define com ele a sua 
  forma, de acordo com regras que não precisam ser expostas aqui.
  Os signos zodiacais e planetários derivam dele, assim como também 
  a construção da esfera ou do planisfério que contém 
  esses signos.
  Em conseqüência, a função e o lugar cosmológico 
  de cada letra são determinados por sua semelhança de forma com 
  os signos astrais, cuja posição é determinada astronomicamente.
  Como resultado disso, a colocação das letras dessa forma independe 
  da mão humana, assim como sua posição, seus agrupamentos 
  binários, ternários, etc, e todas as suas relações 
  entre elas, em resumo, são autológicas e não antropológicas. 
  Nós acrescentamos ali, sobre o Arqueômetro, os alfabetos siríaco, 
  assírio (chamado de hebraico), samaritano e caldeu. todo eles solares, 
  solar-lunares, de XXII letras equivalentes tanto literal como numéricas.
  De modo que, quando a semelhança da letra arqueométrica e do signo 
  zodiacal correspondente deixa a simples vista alguma indecisão, esta 
  será dissipada pela letra análoga dos outros alfabetos e, principalmente, 
  do alfabeto samaritano.
  Alfabeto Morfológico dos 
  Primeiros Patriarcas
  
  
  Apresentamos agora os grafismos do alfabeto dos primeiros patriarcas usado sobre 
  os escudos circulares e sobre os ângulos dos trígonos do Arqueômetro.
  A descrição neles contida não é nossa, provém 
  dos brâmanes.
  Os brâmanes fazem um grande mistério com este alfabeto, e este 
  certamente é o protótipo ariano de todos os alfabetos deste gênero, 
  chamados semíticos, e que poderiam ser chamados com mais propriedade 
  de esquemáticos.
  O excepcional é que ele é morfológico, é o protótipo 
  das letras védicas e sânscritas, e que certamente é da família 
  da Universidade Brahmânica, tão antiga quanto as Universidades 
  primordiais dos primeiros patriarcas.
  O alfabeto se deriva de um ponto, de uma linha, da circunferência, do 
  triângulo eqüilátero e do quadrado; e, mesmo que os brâmanes 
  o chamem de vattan, ele se firma por si mesmo como: "Adão, Eva e 
  Adama", por suas cinco formas, mães da morfologia:
 
  
  
  
  Os signos astrais, zodiacais e planetários derivam, sem dúvida, 
  desse alfabeto, assim como também a maior parte das letras e das cifras 
  mais ou menos alteradas que recebemos de uma fonte pura comum, por diversos 
  rios mais ou menos barrentos.
  O resultado disto, repetimos propositalmente que cada letra tem o seu lugar 
  determinado pelo signo zodiacal ou planetário que se deriva dela, a palavra 
  arqueométrica é autológica bem como todos os seus equivalentes.
  Esse alfabeto esquemático foi examinado por Moisés no versículo 
  19, capítulo II de seu Sepher Berashith.
  Os termos magia e arcano, usados pelos brâmanes em sua descrição 
  acima, acordam forçosamente no espírito científico cristão 
  dos sinônimos:
  Superstição e Ignorância
  Superstição: decadência ou superestação de 
  elementos arqueológicos e de fórmulas mais ou menos alteradas, 
  mas que um estudo mais profundo pode às vezes, como é o caso agora, 
  relacionar com um ensinamento prévio, científico e consciente, 
  e não metafísico nem místico.
  Ignorância: mais ou menos grande dos fatos, das leis e dos princípios 
  que constituíram este ensinamento primordial. Nunca a magia nem os arcanos 
  têm solicitado mais das inteligências submetidas à vertigem 
  de todo o desconhecido e de todos os abismos que nas épocas de incredulidade, 
  de anarquia e de decadência da Índia, do Egito, da Caldéia, 
  da Pérsia, do Império grego ou do Império romano; e isso, 
  pela mesma necessidade de fé, de princípio e de relevância.
  Mas o que salvará a cristandade européia é a retidão, 
  a lealdade que a ciência impõe à consciência e, reciprocamente, 
  trata-se da religião, da arte ou da vida.
  A descrição brahmânica anterior revela um tempo de decadência: 
  do Império universal dos patriarcas, que começou na época 
  do Kali-Youg, cerca de quatro mil anos antes da era cristã.
  É por isso que tomamos na contramão uma indicação 
  tão precisa, mas também tão inexata, encerrada nessa descrição. 
  Ela afeta as concordâncias zodiacais e planetárias, as vogais acrescentadas, 
  ou melhor, seu conjunto de vogais e de ditongos acrescentados.
  Porém essa masorahm, quase pré-histórica, não tinha 
  nada a ver com a origem, mas com o solfejo dos hinos.
  Entretanto, o alfabeto das 22 letras, que substituímos por esses signos 
  de solfejo, encerra nele todas as vogais que comportam sua série orgânica 
  e sua numeração cosmológica solar e lunar-solar.
  
  
  
  
  
  
  Zodiac de la parole (Zodíaco da palavra) - Alphabet solaire des XXII 
  lettres
  (Alfabeto solar das XXII letras) - Planetarisme de la parole (Planetarismo
  da palavra) - Septenaire des lettres (Septenário das letras) - Dodecade 
  des
  lettres (Dodécada das letras) - Musique (Música) - Adamique et 
  Nombres
  (Adâmico e Números) - Sanscrit devanagari (Sânscrito devanagárico) 
  -
  Astral (Astral) - Français (Francês) - Nombres d'ordre (Números 
  de
  ordem) - Rayon (Raio) - Longeur de la circonference (Longitude da
  circunferência) - Diamètre (Diâmetro) - Points centraux (Pontos 
  centrais)
  " Circonference (Circunferência)
  
  
O número 
  XXII, em letras adâmicas, escreve-se Ka-Ba. Se acrescentamos a esse nome 
  a letra Lá, que significa Potência, obtemos, assim, a Potência 
  das XXII letras.
  Essa é a famosa Cabala antiga, da qual os judeus mantiveram somente a 
  superstição babilônica, a decadente, a estéril, a 
  mágica, a Qábalah.
  A ciência das XXII Letras, pelo contrário, é uma verdadeira 
  ciência, com todo o rigor e com toda a lealdade deste termo. É 
  a ciência da palavra cosmológica solar, criadora e fecunda até 
  o infinito, como será visto mais adiante.
  São Paulo manifesta uma aparente insinuação na "Primeira 
  Epístola aos Coríntios", capítulo I, versículos 
  7, 8, 9.
  São João fala ainda com mais firmeza, no início de seu 
  evangelho, referindo-se ao primeiro termo da Gênese de Moisés: 
  O Princípio.a
  Devemos acrescentar ainda que, desde o Yodhisthir, o ponto de partida e de retorno 
  da série cosmológica das letras tem sido transposto, pela Universidade 
  vedo-brahmânica, da letra Y, primeira letra do triângulo de Jesus, 
  para a letra M, primeira letra do triângulo de Maria, da substância 
  chamada Terra de Imanência para a substância chamada das Águas 
  Vivas ou da Emanação.
  ALFABETO LUNAR: SIGNOS VÉDICOS DERIVADOS DO PONTO DO AUM
  Depois de ter-nos aprofundado durante muitos anos nos ensinamentos orais dos 
  mais sábios pontífices, também rejeitamos a transposição 
  da letra Y para a letra M, baseando-nos em nosso estudo pessoal de seus mistérios 
  e em indicações muito precisas contidas nos Evangelhos e nas Epístolas.
  Construção do Arqueômetro em Forma de Duplo Transportador
  Semicircular, com Todos os Equivalentes da Palavra,
  Correspondentes às Letras Sânscritas e Adâmicas.
  Vemos, a seguir, como utilizamos as XXII letras na construção 
  do Arqueômetro. Sobre essas XXII, III dão os centros de cada semicírculo, 
  o diâmetro e a circunferência apresentadas no duplo semicírculo.
  No Evangelho encontramos esta chave: "Eu sou o Alef e o Thau", que 
  foi traduzido em grego: "O Alfa e o Ômega".
  Essa tradução nos fez passar do mistério do real para o 
  misticismo, sendo a língua grega um idioma soudras, prácrito ou 
  selvagem, e não uma língua arqueométrica.
  Nas escrituras assírias, chamadas hebraicas, a letra A se compõe 
  de uma barra transversal e de dois pontos . / .
  Nas escrituras morfológicas adâmicas, a barra indica o raio ou 
  o diâmetro, e, por si só, é a letra A; nas mesmas escrituras, 
  os dois pontos indicam um centro desdobrado e a letra S; as letras Th indicam 
  uma circunferência desdobrada em dois semicírculos invertidos, 
  dessa forma: 
É por essa 
  razão que, considerando o Alef como duplo diâmetro, seus dois pontos 
  como centros e o Thau como duplo semicírculo, alteramos estas três 
  letras morfológicas na construção da figura que recebe 
  o nome de Zodíaco da Palavra, em forma de duplo transportador.
  
  É a serpente de bronze de Moisés, da qual há alusões 
  no Evangelho. É o caduceu órfico.
  Essas três letras adâmicas, A, S, Th, as duas letras assírias, 
  A, Th, significam então a Tríplice Potência divina que constitui 
  o Universo Tipo; o círculo significa o infinito; o centro significa o 
  absoluto; o raio ou diâmetro significam sua manifestação, 
  sua colocação em relação.
  Assim, sobre as XXII letras, III se referem à potência constitutiva. 
  As XIX restantes se referem às potências distributivas da harmonia 
  e da organização universal.
  Das últimas XIX letras, XII são involutivas e VII são evolutivas, 
  no Mundo da Glória ou do Verbo, e, conseqüentemente, nos Céus 
  astrais. Dito de outra forma, XII letras são zodiacais e VII são 
  planetárias, ou melhor ainda, VI planetárias evolucionam em torno 
  de uma letra solar, que os judeus e gregos ignoravam.
  Fica, então, por saber qual o ponto de partida e de retorno da evolução 
  e da involução.
  Para esclarecer esse ponto, é suficiente somar as cifras de XIX que dará 
  1+9=10. Dessa forma, 10 é o equivalente à letra Y, a primeira 
  letra do nome IEVE e de Jesus Verbo: IShO, YPhO.
  A seguir, o desenho de nossa construção do Arqueômetro em 
  forma de duplo transportador articulado.
  É de notar-se, na parte inferior da figura, a antiga relação 
  entre 7 e 22 = 3,1428571, que se aproxima ao número É, transmitido 
  por Euclides, mas empírico e incerto.
  A partir da letra Y, I ou J, de 30° em 30°, a coroa zodiacal da palavra 
  compõe-se das letras: L, M, W, Ph, K, R, E, O, Z, E, T.
  As homologias dessas letras, a 180° de distância, quer dizer, nas 
  duas extremidades do diâmetro, são: YR, LHa ou LHe, MÔ, WZ, 
  PhE, K.T, e inversamente RY, EL, OM, ZWou, EPh, TaK.
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
 
  
  
  
  O resultado disso são duas héxadas de nomes autológicos, 
  nomes radicais ou raízes monossilábicas. IR, Ira, significa em 
  sânscrito palavra, a Divindade da Palavra.
  Lá ou Le significam o Rei dos Ciclos, o Mestre de Swarga ou Paraíso; 
  Indra é um do doze Adityas, e também o Mestre interior, a alma, 
  a consciência. 
  MO, raiz de MÔX e de MÔXA, significa redenção, salvação, 
  liberação das amarras do corpo e das misérias da vida.
  WZ, ou também OUZ, encontra-se novamente sob a forma US e significa, 
  na linguagem Veda, o ardor e o brilho luminoso.
  PhE, Pa, significa a potência que governa.
  KT. A letra K significa a alma; a letra Ta significa a ambrosia, a essência 
  imoral.
 
  
  
  
  
  
  
  
Inversão
  
  RY ou RâJ, ser rei, reinar.
  El, Al. conter (hebraico). Salvação, glorificação, 
  exaltação.
  ÔM, o AÛM.
  ZWou, SWa, Bens.
  EPh (hebraico). Que cobre e protege, garantia, segurança.
  TaK (hebreu), suportar, sustentar; (caldeu), sede, trono.
  
  Para ir acostumando pouco a pouco o arquiteto à leitura desses signos 
  e de seus equivalentes, tomaremos do Zodíaco do Verbo as letras indicadas 
  pelos ângulos dos dois primeiros trígonos, o de Jesus e o de Maria.
  Limitamo-nos às letras homólogas, aquelas cujas cores reconstituem 
  o raio branco e que, em conseqüência, formam pares, combinações 
  binárias, das quais cada elemento está situado a 180° de distância 
  um do outro.
  A utilidade da coroa dos graus se verificará assim, ao mesmo tempo que 
  o autologia da coroa zodiacal das letras.
  Motivamos acima nossa seleção da letra I, Y ou J como pontos de 
  partida e de retorno das séries harmônicas e orgânicas da 
  palavra e de seus equivalentes.
  Os equivalentes de I são o raio azul emissivo e remissivo, o número 
  10, a sonometria e as formas harmônicas que resultam dela, o signo da 
  Virgem, a sabedoria ou a Rainha dos Céus dos anciãos patriarcas, 
  Mercúrio trismegisto aos pés da Virgem, o Rafael trismegisto dos 
  anciãos patriarcas, o Bouddah vedo-brahmânico, etc.
  A homóloga dessa letra é R, da qual o leitor encontrará 
  por si mesmo as correspondências sobre o Arqueômetro. Essa combinação 
  binária dará um nome arqueométrico radical, uma raiz monossilábica 
  autológica.
  Assim, somente temos que abrir um dicionário sânscrito; adotar 
  uma língua, por exemplo a devanagárica, línguas da Cidade 
  ou da Civilização divina, porque ela tem sido articulada sobre 
  uma língua arqueométrica do templo, a adâmica, da qual escolhemos 
  o alfabeto.
  O Verbo vai ainda nos dizer, ele mesmo, se tivemos razão contra os nossos 
  amigos brâmanes ao tomar como ponto de partida da Palavra Criadora a letra 
  I, e não a letra M.
  IR, IRâ, significa, em sânscrito, "Palavra, a Divindade da 
  Palavra".
  A resposta é divinamente concludente. Sem deixar a base do trígono 
  de Jesus, nós nos reportaremos para a letra O, da qual seus equivalentes 
  são:
  O vermelho, as línguas de fogo do Espírito Sagrado; a pomba vermelha; 
  o número 6, gerador sonométrico do acorde perfeito menor que
  chamamos de orgânico interno, gerador por igual dos modos de beleza resultantes 
  dessa corda, o signo de Touro, o sinal de Vênus celestial e da Ionah. 
  A combinação binária é dada, a 180° de distância, 
  sobre a base invertida de triângulo de Maria, pela letra M, primeira desse 
  nome e desse triângulo.
  Deixaremos o leitor encontrar por si próprio os equivalentes da letra 
  M, e assim abriremos o dicionário sânscrito.
  ÔM, ou AÛM dos brâmanes, o AVAM dos Coranistas esotéricos, 
  o AM, o Ave Maria dos primeiros patriarcas e dos cristãos de hoje em 
  dia.
  Meditando, com o Arqueômetro na mão, a recombinação 
  do raio branco pelas cores complementares, ou melhor, as homólogas, O 
  e M, e considerando as homólogas dos outros equivalente dessas duas letras, 
  os orientais saberão cientificamente as origens de seu AÛM. Saberão 
  por que esse nome, pronunciado sagrada exatamente na hora certa, arremessa sua 
  vida na outra vida, aquela do triângulo das Águas viventes, em 
  direção à fonte central, enearmônica, da Luz.
  Tomaremos agora a letra Ph ou P, aquela da Porta de Deus e dos Anjos. Seus equivalentes 
  são: o raio fotogênico amarelo, o Natal da Glória, dos Céus 
  astrais e do Verbo Encarnado, o número 80, sua sonometria musical, a 
  morfologia de beleza gerada por esta sonometria, Capricórnio e seu anjo, 
  Saturno e seu anjo, etc.
  Sua homologia é E ou H, o raio violeta, o número 8, a nota Lá, 
  a sonometria musical e morfológica de 8, a porta inferior do Reino, a 
  porta supraterrestre do homem, a descida e a volta das almas na geração 
  terrestre e na regeneração celeste, o trono do Anjo Gabriel, o 
  anjo da Anunciação e da Ave Maria, o Anjo do signo de Câncer 
  e da Lua.
  Sobre a vertical dos solstícios do Mundo da Glória e do mundo 
  astral, o raio branco se reconstitui no centro arqueométrico pela combinação 
  Norte-Sul do amarelo e do violeta. Esta cópula do casal de letras PhE 
  e Pa-H.
  Abrindo o dicionário sânscrito, Pa-H significa "a Potência 
  que governa a vida orgânica". Vimos que esta Potência toma 
  posse desse governo universal, quando passa da letra triangular P, ?, para a 
  letra triangular que forma uma bissetriz que aparece no eixo do mundo: ?, Sh.
  Essas respostas diretas são incontestáveis, não deixam 
  nada a desejar. Porém, como a razão divina não se preocupa 
  com a razão humana, que quer possuí-la inteiramente na plenitude 
  de sua admiração e de sua adoração, vamos interrogar, 
  então, cada um desses termos binários pelas suas inversões.
  YR dará RY; RY, em sânscrito dará RâJ, que significa 
  ser Rei, reinar. Assim, juntando os dois sentidos, o direto e o invertido, obtemos 
  então; o Verbo, o Deus da Palavra, o Rei do Reino eterno.
  ÔM dará MÔ em sânscrito, MÔx, MÔxa, que 
  significa "a Redenção, a libertação das amarras 
  do corpo e das misérias da existência física."
  Unindo o dois sentidos, o AUM, significa: "a dilatação de 
  alma na vida de adoração o impregna das águas vivas da 
  vida celestial e lhe dá o sabor antecipado da salvação, 
  da redenção, da libertação das amarras do corpo 
  e das misérias da existência física".
  PaH ou PhE dará, em hebraico, EPh, a providência que garante, protege 
  e abriga em segurança.
  Unindo o dois sentidos, temos: a potência que governa a vida, a protege, 
  a abriga e lhe dá segurança quando essa vida se reintegra nela.
  Depois de ter orientado o leitor como deve interrogar o Arqueômetro, sobre 
  a estrela dos solstícios do Verbo nessas letras homólogas, nós 
  nos limitaremos, no que se relaciona à estrela equinocial dos ângulos, 
  a fazer a mesma experiência sobre a linha do horizonte.
  Situamo-nos, então, entre os dois ângulos I e M dos trígonos 
  de Jesus e de Maria. Encontraremos aí a letra L, sobre o trígono 
  do Éter divino. Seus equivalentes são o verde-azulado, o número 
  30, sua sonometria musical e morfológica, o Arcanjo São Miguel, 
  a porta horizontal e ocidental dos Anjos, dos ALaHIM encarregados de dar toda 
  a vida mental, amante ou corporal, seus alimentos e seus elementos, o Equinócio 
  do Outono, o signo da Balança e do juízo, Vênus noturno, 
  etc.
  A homologia, no ponto de partida do trígono de Fogo, é a letra 
  E ou H, e tem por equivalente o Cordeiro de Deus, Agnus Dei, o Agni dos vedo-brâmanes, 
  o cordeiro pascal dos judeus, o Amor divino até o sacrifício absoluto 
  do próprio Eu, a Páscoa, a Crucificação do Verbo 
  Encarnado e sua Ressurreição no terceiro dia, a cor vermelho-laranja 
  do sangue, o equinócio da primavera, o número 5, sua sonometria 
  musical e morfológica, o signo do Carneiro e do Cordeiro, Marte noturno 
  ou o Centurião, o Sol sobre o seu trono, etc.
  A recombinação do raio branco, entre o verde-azul e o laranja-vermelho, 
  das letras LaH ou LH ou também Le.
  O dicionário sânscrito responde: o Rei dos Céus, o Mestre 
  de Swarga, o Senhor do Paraíso, um dos doze Adityas, que o chama Indra, 
  que nós aceitamos como sobrenome de Jesus, e não de outra forma.
  Acrescentemos, passando pela teobiologia até a ontobiologia do homem: 
  o Mestre interior da alma, a consciência.
  Invertendo, o hebraico dará: EL, AL, significando: a Salvação, 
  a Exaltação, a Glorificação. Juntando os dois sentidos:
  "O Mestre interior da alma, o Senhor da consciência humana, pregado 
  na cruz para a sua salvação, exaltado e glorificado na sua primeira 
  glória como Verbo, é o Senhor e Rei do Paraíso."
  
  
  
  
  
  
  
Coroa Planetária 
  da Palavra
  A mesma prova experimental, realizada para a coroa planetária da palavra, 
  daria outras respostas igualmente maravilhosas.
  Nós nos limitaremos agora aos exemplos que precedem e que estão 
  de acordo com a lei da homologia e as regras de suas combinações 
  binárias para a leitura dos "Mentras arqueométricos"N 
  nesta ordem.
  
  Para dar mais certeza ainda acerca da exatidão autológica do Arqueômetro, 
  tomaremos, sobre cada ângulo dos trígonos de Jesus e de Maria, 
  a combinação binária da letra zodiacal e da planetária 
  do ângulo, e depois a sua inversão.
  Não utilizaremos mais a língua sânscrita e dos dicionários 
  em uso para provar mais uma vez a referência ariana do Arqueômetro 
  nas antigas Universidades patriarcais.
  No ponto inicial do trígono de Jesus, as duas letras Ya e Tsa dão 
  o termo YA ÇA, que significa emissão da glória e do esplendor.
  ÇI é a inversão do termo anterior e significa remissão, 
  repouso, sonho.
  Existe, então, para o ângulo do ponto inicial e de retorno das 
  letras, uma perfeita concordância desta combinação binária 
  com aquela que caracterizamos como homológica.
  Ph e Sh são duas letras do ângulo Norte, que coincidem em Capricórnio 
  e em Saturno, no ponto do Natal, em nosso 24 de dezembro, à meia-noite, 
  momento em que o Sol começa a subir sobre a Eclíptica, para gerar 
  o ano-novo. Portanto, em sânscrito, PoeSha significa o mês de dezembro-janeiro, 
  confirmando absolutamente tudo o que dissemos sobre a autologia arqueométrica.
  Pa quer dizer Potência; Pâ quer dizer Salvador.
  Sha significa Paraíso.
  SaP é a inversão das letras anteriores, e significa adorar.
  Unindo o sentido do Mundo Astronômico ao Mundo da Glória, obtemos: 
  No ponto de partida do primeiro mês astronômico, revela-se a adoração, 
  a Potência do Salvador, o Rei do Paraíso.
  Depois de ter visto a interpretação arqueométrica das letras 
  do ângulo correspondente ao Pai, e as do ângulo correspondente ao 
  Filho, interrogaremos o ângulo que corresponde à terceira pessoa 
  da Trindade fundamental.
  OG da OGA, que significa a potência que une e reúne, a força 
  que fecunda e multiplica. Em latim, Augere, aumentar.
  GO, inversão do precedente, significa (em veddo) o que tende à 
  união, tudo o que é bom. Mas é pelo menos singular no que 
  diz respeito ao seu sentido astronômico do mês de dezembro-janeiro, 
  o termo GO significa também, em sânscrito, o sentido astronômico 
  zodiacal do signo correspondente à letra O: Touro, Boi.
  MaKa é um termo formado pelas duas letras zodíaco-planetário 
  do ângulo do trígono inicial de Maria, significa Sacrifício; 
  MaGa, significa felicidade e sacrifício.
  KaMa significa o amor, o desejo, a vontade da qual o amor é o princípio.
  RD, situado no segundo ângulo do trígono do Maria, forma o nome 
  RaD, que significa dar, concordar.
  DR, DaRa, significa o que comporta, o que contém e possui. Porém 
  aqui, um sentido astronômico é dado por DRu que significa o que 
  flui, liquefaz-se e se funde, ou corre rápido na água, concordando 
  com o signo de Peixes.
  HB, no ângulo sul do triângulo de Maria, dará o termo HEBE, 
  que verte para dar de beber aos deuses, na mitologia órfica derivada 
  da vedo-bramânica.
  Em sânscrito, esse nome se decompõe em Ka, que significa Água 
  etérea ou Ar vaporoso, e Ba que significa uma, o que concorda astronomicamente 
  com Câncer, signo de água e com a correspondência da marcha 
  da Lua e do estado de todos os fluidos e líquido sublunares.
  BH, inversão do termo anterior, dará BaHu, o BoHu hebraico, mistura 
  fluida de onde sai BaHuKa, que significa cisterna, que concorda também 
  com o sentido astronômico do signo.
  LETRAS MORFOLÓGICAS E ARITMOLÓGICAS
  Chamamos zodíaco-solares os alfabetos orgânicos de XXII letras, 
  tais como o siríaco litúrgico, o assírio dos judeus, o 
  samaritano, etc. Escolhemos este gênero de alfabeto porque é cientificamente 
  regular como processus de letras e de números correspondentes, ao que 
  se podem reduzir todo alfabeto empírico ou vulgar. E, nesse tipo alfabético, 
  escolhemos o mais antigo, o adâmico, desconhecido na Europa, mas conservado 
  pelos brâmanes com o nome de vattan. Nós o adotamos porque ele 
  é exato, não somente como processus de letras e de números, 
  mas também como processus de formas.
  É um alfabeto morfológico, ou parlante exatamente por suas formas 
  que são geradas de um ponto, da linha, do ângulo, do círculo 
  e do quadrado:
  
  As ciências e as artes relativas à aplicação das 
  formas para os usos da Arquitetura, Estatuária e Ornamentação 
  de todo Gênero encontrarão nestas letras, remetidas por mim a seu 
  ponto exato de correspondência sobre o cosmômetro pantográfico, 
  uma morfologia parlante.
  Em Arquitetura tão-somente, este novo gênero, este estilo parlante, 
  é derivado da correspondência com as cores do pantógrafo.
  Esse estilo consiste na utilização do ferro ou de qualquer outro 
  metal e do vidro colorido, utilizando-se o ferro não só como armação 
  mas também como engaste parlante dos muros de vidro colorido, como o 
  ouro, a platina e a prata servem de engaste às pedras preciosas.
  Veremos mais adiante por que, do alfabeto de XXII letras, extraímos três 
  letras: aaa, A, para o número 1, , S, para o número 60, ?
  Th, para o número 400, quer dizer, o Raio Gerador, os Pontos e o Sinal 
  de união das zonas.
  Restam XIX letras, XII modais e VII diatônicas. Elaborando a tabela das 
  correspondências morfológicas, resultou no seguinte: (1º) 
  entre as XII modais e os XII signos zodiacais, entre as VII Diatônicas 
  e os VII signos planetários.
  A comparação mostra que esses signos astrais são derivados 
  dessas letras, e somente este fato se refere a uma época universitária 
  dos patriarcas anterior ao Paganismo, ao Sabeísmo, ao Antropomorfismo 
  e ao Zoomorfismo; É por essa razão que chamamos zodíaco-solares 
  a esses alfabetos de XXII letras e zodíaco-lunares aos alfabetos de XXVIII, 
  XXIX e XXX letras, como o Musnad e o Coreïsh.
  Aritmologia dos Alfabetos Cosmológicos Solares
  Sendo as XXII letras aritmológicas, tivemos que reconstituir sua aritmologia 
  de acordo com seu ponto de partida e de retorno, com seu módulo emissivo 
  que, sendo a letra Y, é o número 10, com o número 6 como 
  módulo menor. Pelo contrário, no sistema lunar vedo-brahmânico, 
  sendo o ponto de partida e de retorno a letra M, é o número 40, 
  com o número 8 como módulo menor.
  É útil ressaltar ao arquiteto que esta aritmologia restabelece 
  toda uma parte perdida das ciências aritméticas, a dos números 
  qualitativos inversamente proporcionais às cifras quantitativas.
  O maior destes números é a unidade e todos os outros são 
  as funcionalidades internas dela.
  Além do mais, essa aritmologia qualitativa pode ser demonstrada fisicamente 
  com experiências, seja sobre uma corda sonora, seja sobre as placas vibrantes, 
  de acordo com os números e com as formas equivalente das placas.
  Revela-se com isso a qualidade musical dos números, enquanto as cifras 
  revelam a quantidade das vibrações físicas.
  Esse conhecimento, do qual deriva a música cosmológica das formas 
  ou morfologia, é indispensável para a arquitetura e todas as artes 
  a que ela preside, passando do artista e de sua obra do estado inconsciente 
  ao estado de ciência e da consciência plena e inteira, quer dizer, 
  de cooperação direta com os princípios metrológicos 
  e morfológicos.
  A síntese religiosa ou a sabedoria é dessa forma uma aliança 
  divina real e positiva, tanto na ciência como na arte e na vida, da qual 
  a ciência e a arte são seus instrumentos.
  Em resumo, como os números constituem também palavras, o arquiteto 
  notará que aquelas que resultam das principais séries numéricas 
  do alfabeto adâmico poderão ser lidas seguindo a numeração 
  decimal sânscrita. Assim, perceberá facilmente a grande importância 
  destas palavras reveladoras.
  Uma vez mais, a vontade humana não faz parte desta autologia que nós 
  dará o critério de certeza utilizado nas mais antigas Universidades 
  patriarcais.
  
  
  
  Critério de Certeza
  Não se acredita em nada sem convicção, sem o poder da vida 
  que apela no Verbo, mesmo com uma irresistível certeza que coloca uma 
  luz no coração, como um calor sagrado.
  O Arqueômetro é o revelador dessa Revelação, dá 
  esta certeza e ele apela a essa força da vida que arrastará o 
  arquiteto a uma aliança e a uma colaboração real com o 
  projeto de sua arte.
  É por essa razão que chamo a atenção, com muita 
  gravidade, sobre o que vem a seguir:
  Olhando a tabela da aritmologia das XXII letras, encontraremos:
  1º) Que as letras que têm a chave do número 10 são 
  Y, I ou J.
  2º) Que esse número 10 não é o resultado da soma das 
  interioridades do número 4 + 3 + 2 + 1 = 10, como nos outros sistemas 
  decadentes da Antigüidade, mas da Unidade da Trindade e da interioridade 
  dessa Trindade, assim: 3 + 2 + 1 = 6, que significa: sestilidade.
  O número 1 corresponde à incognoscível Unidade de Deus, 
  o número 3 corresponde à sua Trindade constituinte de toda a manifestação, 
  a seu Verbo cognoscível. Jesus disse: "Quem me vê, vê 
  ao Pai".
  O número 6, que é do Espírito Santo, representa a própria 
  inferioridade de 3 + 2 + 1 = 6.
  Esses três números, 1, 3, 6, igualam-se ao 10, sem ser necessário 
  recorrer ao 4 para obter, com a soma, o número 10.
  Tudo o que precede pode ser feito experimentalmente sobre a corda sonora.
  Com efeito, 1 representa a corda inteira, 2 representa uma oitava nos dois lados, 
  para a direita e para a esquerda a partir do meio da corda. A dualidade não 
  consiste numa potência de oposição, mas de simetria com 
  a própria unidade.
  Três sobre a corda sonora dará a quinta a 2/3, mas cada terço 
  isolado dará também essa quinta à oitava; o número 
  3 é, então, autônomo em 1, como palavra do número 
  1.
  Quatro, pelo contrário, representa a subsimetria de 2, que é ela 
  mesma a potência simétrica de 1.
  Quatro dará os ¾ da quarta, sendo a metade geométrica da 
  oitava, porém cada quarto isolado reproduz a oitava, sendo ela mesma 
  a dupla oitava.
  Dessa forma, sendo 2 a potência simétrica da unidade, 4 é 
  a potência subsimétrica, ou interferencial. Este número, 
  então, não é autônomo nem diretamente parlante, não 
  mais em Sonometria que em Morfologia, como veremos mais adiante.
  Em 6, interioridade de 3, o respaldo de sua potência simétrica, 
  que então resulta 3, como 2 é respaldo de 1 na simetria interna.
  Em 6, tudo responde com a maior segurança sobre a corda sonora; tudo 
  ali é verbal e autônomo, como em 3, e que essa palavra, que corresponde, 
  em morfologia, ao hexágono, dará a onda sonora, seu acorde menor 
  perfeito, que nós chamamos orgânico interno, com propulsão 
  de 2 quintos nos agudos, quer dizer, uma dupla promulgação do 
  verbal 3.
ARITHMOLOGIE DES 
  XXII LETTRES (ARITMOLOGIA DAS XII
  LETRAS) - Les III Lettres extraides (As III Letras extraídas) - La game
  des VII (O alcance das VII) - Le Mode des XII (O Modo das XII) -
  Divinite (Divindade) - Déîté (Deidade) - Vie absolue (Vida 
  absoluta) -
  Indivisible Vie (Vida indivisível) - Symetric mono-asique (Simetria mono-
  ásica) - Symetric deuto-asique (Simetria deuto-ásica) - Axe (Eixo) 
  - Pour
  la constructcion de la Sphère (Para a construção da Esfera)
Nas poucas palavras 
  anteriores, todos os sistemas vedo-bramânicos, egípcios, caldeus 
  da decadente Antigüidade e, com mais razão, dos lixos pitagóricos 
  desta Antigüidade são remetidos ao seu lugar secundário, 
  no único sistema que é a expressão do Principio.
  Um, três, seis, Pai, Filho e Espírito Santo.
  Mas, sendo a ciência una e indivisível, o que é cientificamente 
  verdadeiro no Mundo da Glória não pode ser falso no mundo dos 
  Céus e dos fatos físicos, quaisquer que sejam esses fatos.
  A sonometria acaba de demonstrar-nos, e as placas vibrantes dos laboratórios 
  de física nos provarão uma vez mais, quando chegar o tempo de 
  mostrar por outras experiências a equivalência da Morfologia e da 
  Aritmologia.
  Limitando-nos à palavra, devemos lembrar que:
  Sobre as XXII letras, do total: 3 são constitutivas, 7 são evolutivas, 
  12 são involutivas.
  Os números das 3 letras constitutivas são: 1 + 60 + 400 = 461.
  Sobre o centro da tabela aritmológica, podemos verificar na numeração 
  decimal sânscrita que 4,6 e I dão o termo De VA: a divindade.
  As 7 letras evolutivas darão o número 469 que, em sânscrito, 
  4, 6, 9, dão o termo DeVaTa. Esse termo, em qualquer dicionário, 
  é traduzido por condicionalidade divina, que significa as Leis dadas 
  pela Divindade, leis harmônicas e orgânicas de evolução; 
  e os senhores e guardiões funcionais dessas leis são os juizes, 
  anjos da Luz, os ALAHIM, os Devas.
  Os 12 números involutivos dão 565. Este número, 565, é 
  o nome de Eva, a vida absoluta.
  Se somamos a sua evolução para reduzi-la ao seu ponto de partida 
  e de retorno, voltamos ao 4 + 6 + 9 = 19; 1 + 9 = 10; 10 = I, Y, J.
  Essa letra, situada antes do término da involução que não 
  deve somar, dará o nome IEVE: Eu, a vida absoluta. Eu sou a vida absoluta. 
  É o criterium (critério) da "zarza ardente".z
  Portanto, todas as revelações que precedem são autológicas 
  tanto pelos números como pelas letras; não são, pois, palavras 
  de homem, mas palavras do Verbo, diretamente por meio de fatos experimentais.
  Resumamos esses fatos que são verdadeiras maravilhas, por não 
  dizer divinos, que seria o termo mais apropriado.
  Os números das III letras constituintes nos revelam a Divindade.
  Os números das XII letras involutivas nos revelam a Vida absoluta.
  Os números das VII letras evolutivas nos revelam a Condicionalidade divina, 
  o dom da vida e as condições deste dom divino.
  Por fim, tendo sido produzidos uma vez no Mundo da Glória, o Universo 
  e a universalidade das existências e dos destinos, mundo que é 
  o tipo dos Céus astrais, então somente, por meio da Criação, 
  todas as Potências angelicais involutivas se unem ao Criador e na letra 
  I, número 10, letra do Consubstantialem Patri comum ao Pai e ao Filho, 
  para pronunciar o nome do Pai da vida, manifestado por seu Verbo.
  O que precede diz autologicamente que a vida produz o organismo, quem a manifesta, 
  e não ao contrário. Ela é a organizadora de acordo com 
  as condicionalidades específicas dos seres e dos meios significativos.
  Esse nome YEVE, que é pronunciado também de muitas formas, de 
  acordo com os tempos da adoração, acaba sendo autológico: 
  Eu sou a vida absoluta; como se não pertencesse mais que a Deus só 
  pronunciá-lo no coração do homem que o reza.
  O Verbo encarnado diz:
  "Eu sou a Via, a Verdade, a Vida."
  A via responde pela letra Sh do nome de Jesus, no ponto do Natal Eterno e temporal 
  do início de Capricórnio, chamado a porta ou a via dos Anjos, 
  da mesma forma que o signo homológico, o de Câncer, que é 
  chamado de porta ou a via dos Homens, guardada pelo Anjo da Anunciação, 
  Gabriel.
  A verdade responde pela letra Y e ao signo de Virgem, consagrado à Sabedoria 
  divina considerada como Rainha do céu, identificando a Maria ascensionada.
  A vida responde pela terceira letra do nome de Jesus, a letra O, assimilada 
  à morada diurna de Vênus-Urania, para a Yonah dos patriarcas, à 
  pomba vermelha e às línguas de fogo do Espírito Santo.
  A vida é, então, a última palavra, a suprema destas três 
  palavras de Jesus.
  Com efeito, no ápice de todas as ciências, e na ciência como 
  em todas as coisas, o homem não acredita em nada, ele somente verifica; 
  no topo de todas as experiências fenomênicas, o espírito 
  humano é chamado a verificar um fato universal, inegável, que 
  é ao mesmo tempo um inexplicável milagre universal: a vida constantemente 
  renovada como o ano cósmico e o ano terrestre.
  Esse fato tem como condições de evidências físicas 
  a organização cósmica e sua permanência cíclica, 
  cuja conservação é uma criação contínua 
  incessante.
  Desta forma, não existe organização sem harmonia, e, se 
  a primeira significa vida, a segunda significa: Verbo ou Palavra.
  A soma dos números literais da palavra, de acordo com as séries 
  orgânicas e harmônicas das letras cosmológicas, acaba por 
  dizer-nos, autologicamente, a palavra suprema de Jesus, seu termo supremo: "Eu 
  sou a Vida".
  É o critério religioso no qual se faz a incidência divina 
  na reflexão humana e, em conseqüência, na vida social inteira, 
  baseando-se tudo, ciência, arte e organização, no Deus Vivo 
  e no seu princípio de ação e de manifestação, 
  o Verbo.
  Portanto, a Universidade Bramânica tem como termo sagrado a monograma 
  de nossa Ave Maria; AVaM, AOuM.
  Se a letra I do nome do Jesus corresponde à eterna sabedoria, a letra 
  M não corresponde mais que para a receptividade dessa sabedoria no homem 
  cósmico, o Adão arqueométrico.
  Essa Potência receptiva. Virgem marcial no signo da Água, era chamada 
  Minerva ou Palas entre os pagãos.
  A letra M, nos ensinamentos secretos dos brâmanes, é uma vogai 
  interna improferível, porém, que pode ser escutada no âmago 
  do ser, como o barulho do mar em uma concha de caracol, se, fechando hermeticamente 
  a boca, os narizes e as orelhas, se exerce, sem respirar um impulso vital da 
  glândula pineal. O critério brahmânico não é, 
  então, cardíaco e biológico, mas cerebral e fisiológico, 
  e responde bem ao triângulo lunar da Água, o da emanação 
  embriogênica e das origens orgânicas, enquanto o triângulo 
  da Terra viva, da realidade suprema, é o da imanação no 
  princípio vital, cardíaco, direto e absoluto: Amor-Vida.
  Existe, no meio das duas letras, I e M, a diferença de Y para o M, do 
  vital que articula o verbal ao mental mudo que se desdobra sobre si mesmo, até 
  na contemplação mais tranqüila.
  Não são usados entre os brâmanes os nomes de Jesus ou de 
  Eva, e aqueles entre os seus chefes que conheci não previram certamente 
  que seu alfabeto morfológico mais secreto me serviria para glorificar 
  e comprovar, assim, por meio de inegáveis experiências, a vida 
  absoluta e seu Verbo Jesus.
  Porém, eu poderia provar-lhes, inclusive mostrando-lhes sobre as pedras 
  preciosas do racional de seu soberano pontífice, sobre o peito de seu 
  Brahma que porta a mitra de sete coroas, que o nome IEVE está também 
  escrito lá, sem que haja nenhuma dúvida disso. Este fato se remonta 
  ao tempo do culto de IShVa-Ra, Jesus Rei, Verbo de IEVE, e, em conseqüência, 
  bem antes do Kali-Youg e do Brahmanismo.
  Eu completarei o que precede explicando o termo Princípio, Barashith, 
  que é tão simples e tão pouco conhecido, apesar das discussões 
  que tem gerado, desde milhares de anos.
  Moisés condensou a Tradição dos antigos patriarcas dizendo: 
  "Barashith, Bara, ALaHIM"; o Princípio criou os Anjos; ATh, 
  ha, SaMaIM, wa ATh, ha, AReTz, alfabeto vivente, harmonioso e organismo dos 
  Céus da glória e do céu gravitacional.
  Santo Agostinho disse: "Todos os Céus estão ante Deus como 
  uma Terra única", e com efeito, A-Retz significa a unidade do que 
  corre ou gravita.
  Barashith é termo único, Bara, repetido em um verbo idêntico, 
  como faz Moisés quando trata de um mistério importante.
  ShITh é um afixo numerai que significa hexádico, em sânscrito; 
  Shath é seis; Shathkona, é o hexágono; Bara significa criador 
  pela Palavra.
  Esse nome, na mitologia hindu, é o nome do primeiro legislador da Índia, 
  que lhe deu o título de Baravarsha ou Baraversh, o Continente do Verbo.
  O nome de IEVE = 10 + 5 + 6 + 5 = 26; este número tem duas letras adâmicas, 
  KV. Portanto, KaVi em sânscrito significa: o Criador pela Palavra, o Poeta 
  Deus.
  O termo poeta é tomado aqui no sentido antigo, que não é 
  aquele que faz versos para divertir o público, o único que as 
  civilizações selvagens podem entender em sua profanação 
  dos dons de Deus.
  Esse mesmo número 26, reduzido para sua raiz de simetria que é 
  13, é traduzido em duas cartas adâmicas: IG, e, de acordo com o 
  sistema decimal, AG.
  Em sânscrito ele é Agni, o Fogo divino. Moisés diz: "Nosso 
  Deus é um Fogo devorador". O que precede já lança 
  muita claridade no princípio de termo. Jesus dá a ele a luz inteira, 
  dizendo: "Eu sou o Princípio, o Barashith".
  Seu discípulo muito querido, São João, começa seu 
  Evangelho em aramaico sírio: "O Princípio é o Verbo 
  e o Verbo é o ATh do ALaHIM".
  Confirma e comenta deste modo para Moisés, e um pouco mais distante, 
  lembra a aproximação de certeza dizendo: "A vida era a luz 
  dos homens". Deste modo, a raiz numérica, ou melhor, o filho sem 
  igual, o íntimo assimétrico, do nome de IEVE é KaVi, o 
  Verbo Criativo, Agni, o Fogo divino, aquele da vida absoluta, o amor em uma 
  palavra, o Fogo do Sacrifício de si, sacerdote e vítima universais, 
  Criador e Conservador, Redentor e Salvador.
  Tal é o Barashith, o professor e o Sr. do trabalho dos 6 dias.
  Essa obra não é dirigida pelo AlaHIM, regime e não sujeita 
  do verbo Bara. O nome do Pai não é pronunciado a não ser 
  quando a organicidade e a harmonicidade vivas são desdobradas, em ato, 
  no Mundo Eterno da glória no mundo temporal dos ciclos astrais, saído 
  da nebulosa amorfa do caos.
  No ser absoluto, o Princípio está para o ato assim como o relâmpago 
  está para o raio, e o amor para o dom de si.
  Não existe abstração em Deus, tudo nEle é vivo, 
  presente e indivisível. É o Princípio e o ato.
  Só os inconscientes, os filósofos que renunciam à aproximação 
  da vida, ao Princípio gerador, para a castração mental 
  do Cogito ergo sum, conseguiram um Deus ã imagem de sua impotência, 
  separando o princípio da ação, ou melhor, confundindo o 
  Princípio divino e a origem que se diz natural.
  Se o Princípio universal não fosse o realizador e a realidade 
  primordial do Mundo Eterno da Glória, se a realização estivesse 
  sujeita a uma potência secundária como o tempo, este princípio 
  estaria morto e não teria capacidade de renovar qualquer vida, bem como 
  nenhuma vida se manifestaria jamais.
  Assim, o milagre da vida universal é uma ação do Princípio 
  vivente, seu fato é tão inegável como seria inexplicável 
  sem a presença de Deus.
  Pode ser perguntado por que o nome de IEVE é pronunciado no sétimo 
  dia. O número 7 sobre a corda sonora é sempre um número 
  de repouso.
  O número 6 dá o acorde perfeito chamado de menor, e o que eu chamo 
  de orgânico interno, mais dois quintos nas duas oitavas seguintes.
  Apontamos aqui numerosas razões experimentais que mostram por que a ação 
  do Principio criador, seja teogônica na glória, seja cosmogônica 
  nos Céus astrais, está regulada pela héxada.
  O repouso deste está em seu centro ou no centro do hexágono. Deus 
  colocou seu trono no Sol, disse o Profeta falando do Sol da Glória, do 
  centro de sua héxada e de sua dupla héxada.
  Em tudo o que precede, não se falou nada que não fosse a expressão 
  de uma ação experimental arqueométrica, que é o 
  caráter leal da ciência, e não de uma petulante e vã 
  metafísica.
  O caminho da ciência, que é o caminho da verdade, é ao mesmo 
  tempo o caminho da humildade do espírito humano que permite falar com 
  a lei no fato, o Princípio na lei.
  É o Lavabo inter justos manus (Lavarei minhas mãos entre os justos), 
  e, para ser justo ante os fatos universais que são os sinais do Verbo, 
  basta ser exato em sua verificação.
  A ciência disse com Jesus: Fiat volontas tuas (Que se faça a tua 
  vontade), ante o autor dos fatos submetidos a suas experiências.
  O filósofo, o inconsciente mental, sempre diz, como o suposto mago cabalista, 
  Fiat volontas meas, e o resultado disso não dá em nada.
  Comparados com aqueles da ciência, os resultados sociais da arte neste 
  século são de uma lamentável pobreza quando não 
  de uma perversidade e de uma perversão repugnante.
  No topo de todas as artes, a arquitécnica está no rastro da esterilidade, 
  no reboque de todas as épocas fecundas, sem ser capaz de gerar nenhum 
  estilo nem qualquer gênero.
  A razão de sua impotência é a mesma que aquela em relação 
  aos filósofos, aos metafísicos, aos juristas e os advogados, aos 
  eruditos, aos macacos e aos papagaios greco-latinos pagãos. É 
  a inconsciência, a ausência de princípio científico 
  e experimental demonstrável corretamente.
  Em presença da anarquia que reina atualmente em todas as coisas, graças 
  a essa raça mental, acredita-se poder dizer: "Falência da 
  ciência".
  Não, a ciência nunca entra em falência, porque ela é 
  a consciência, um reflexo exato da incidência do Verbo.
  Essa luz dupla é o instrumental da vida como a instrução 
  o é da educação, ou deveria sê-lo.
  Mas falência de uma raça mental, sim; falência da fantasia 
  e da anarquia individual: a falência dos estudos secundários greco-latinos, 
  neopagãos e de uma instrução sem educação.
  
  
  
 
  
  
  
  
 
  
  Definição
  
  Planisfério das harmonicidades e das organicidades universais, instrumento 
  sintético e analítico de precisão, de concordância 
  geral e específica para uso das altas ciências e das artes e dos 
  ofícios que dependem dele.
  É experimental em seu conjunto e em suas partes constituintes. Estas 
  são suscetíveis de evoluir mecanicamente em torno do centro comum.
  Em resumo, são homólogas entre elas e formam os equivalente da 
  Palavra, que é, ela mesma, o Princípio pelo qual o Arqueômetro 
  é uma realidade demonstrável.
  O ARQUEÔMETRO. Adamique (Adâmico) - Nombres (Números) -
  Français (Francês) - Syriaque (Siríaco) - Assyrien (Assírio) 
  - Samaritain
  (Samaritano) - Kaldeen (Caldeu) - Soubba (Soubba) - Arabe (Árabe)
  Essa palavra arqueométrica consiste nos alfabetos antigos que, num estudo 
  apurado, me fizeram nomeá-los de: "Cosmológicos, solares 
  e luni-solares".
  Estão compostos de XXII letras, das quais cada uma tem um número 
  especial de 1 a 10, e depois de 10 a 400 (10, 20, 30,40, 50,60,70, 80, 90, 100, 
  200, 300, 400), Esses alfabetos são: os lunares, que escolhemos como 
  instrumentais dos solares e que não têm nenhum valor se não 
  estiverem relacionados com estes últimos.
  Descrição Sumária 
  da Circunferência ao Centro
  COROA DE 360 GRAUS. TRANSPORTADOR NUMÉRICO DIFERENCIAL
  As duas primeiras circunferências estão divididas em 360 graus 
  e se movimentam num sentido contrário; elas dão por adição 
  sempre o número 360 em qualquer grau. Essa homologia permite um duplo 
  controle de todas as posições das outras partes que o compõem.
  Essas duas circunferências formam um transportador numérico diferencial.
  COROA ZODIACAL DA PALAVRA
  A segunda zona foi colorida de laranja-rosa. É o Zodíaco da Palavra.
  Possui XII letras, cada uma dentro de um escudo, a 30° de intervalo uma 
  da outra, e ainda aparece o número que a Tradição atribui 
  a cada letra. Mais ainda, cada escudo possui uma cor ou um raio luminoso especial.
  A homologia dessas cores forma pares de oposição a 180°, reconstituindo 
  o duplo raio branco, ou diâmetro, que aparece no pequeno círculo 
  central.
  COROA PLANETÁRIA DA PALAVRA
  A terceira zona, que possui um fundo azulado, é o Planetarismo da Palavra.
  Compõe-se de quatro triângulos eqüiláteros, que dividem 
  o Planisfério em doze panes iguais.
  Dois destes triângulos, homólogos segundo a vertical, por seus 
  ângulos norte e sul, formam a estrela do hexágono que os ancestrais 
  atribuíam à metrologia do círculo. Sendo o lado hexágono 
  igual ao raio.
  É a estrela dos solstícios do Verbo, a barashiitha ou palavra 
  sexenal das antigas cosmogonias. Os quatro triângulos geram entre eles, 
  devido a um novo corte, três quadrados interferenciais nos quais os lados 
  também são iguais ao raio.
  Nos ângulos destes quatro trígonos existem letras, cada uma tem 
  seu número e uma cor específica e, mais ainda, uma cor interferencial 
  gerada por sobreposição ao ângulo de cada quadrado.
  TRIÂNGULO DO VERBO JESUS 
  Terra dos Vivos
  O triângulo fundamental, equivalente morfológico do número 
  3, divide a circunferência em 3 partes iguais de 120° cada uma. Equilibra 
  a figura e fixa seu Norte ou o Zênite no seu ápice.
  Seu nome é escrito por si mesmo, pela identidade de suas 3 letras zodiacais 
  com os signos astrais correspondentes, dos quais eles são os protótipos. 
  Esta mesma identidade se completa também com outros alfabetos solares 
  que não estão dentro dos escudos.
  Esse nome é Y-Pho, Verbo de Deus, e o termo Pho quer dizer, ao mesmo 
  tempo, palavra, voz, som e luz.
  Mas ao tomar o comando dos círculos astrais, o mesmo trígono fundamental 
  afeta, no seu ápice, a letra planetária que forma um pequeno triângulo 
  eqüilátero cuja bissetriz representa o eixo Norte-Sul dos pólos 
  celestes, cujo único lugar de equilíbrio é exatamente aquele. 
  Seu nome, então, é Y-Sho: JeShU.
  TRIÂNGULO DE MARIA
  O Mar das Águas Vivas
  O trígono homólogo do precedente tem seu ápice no Sul. 
  Lê-se MaRiaH, seguindo as regras da tabela harmônica o eufônico 
  do Ramayana, de Valmiki, em relação à letra R, que provém 
  de Ri.
  A estrela hexagonal que forma com a precedente divide a circunferência 
  em 6 partes iguais de 60° cada uma.
  ESTRELA SOLSTICIAL DO VERBO
  Esses dois primeiros triângulos em estrela hexagonal são a Barashitha 
  cosmogônica, a Palavra criadora sexenal, o Princípio hexagonal 
  dos seis dias genesíacos.i
  A antiga Tradição chama o primeiro trígono de "Terra 
  Divina" e o segundo de "Água Vivente".
TRIÂNGULO 
  DO ÉTER
  O terceiro triângulo tem seu ápice no Oeste (Ocidente). É 
  lido: LaKaZa, o Éter, a Potência do Éter.
  TRIÂNGULO DO FOGO DIVINO
  O quarto triângulo tem seu ápice no Leste (Oriente). É lido: 
  HOuT, o Fogo divino.
  ESTRELA DOS EQUINÓCIOS DO VERBO De seus Anjos ou AlaHIM:
  Os trígonos terceiro e quarto, juntos, formam a estrela dos equinócios 
  do Verbo. Lê-se em conjunto: Centro A, no Oeste (Ocidente) Lá, 
  depois Leste (Oriente) H, ALaH, pronome que significa "Aquele".
  Os árabes dobram a letra L pelo seu Lam-Alif, pronunciando este nome 
  ALLaH. Essa mesma estrela hexagonal dos equinócios do Verbo, que é 
  relativa às duas primeiras letras da estrela solsticial, é lida: 
  ALaH-IM, e forma com ela a estrela dodecagonal do Verbo, dividindo o círculo 
  em doze partes de 30° cada uma. 
  COROA MUSICAL COSMOLÓGICA
  Às três zonas ou coroas anteriores sucede uma coroa musical composta 
  por uma dupla héxada diatônica, na qual cada nota corresponde a 
  uma cor, a um número e a uma letra do mesmo grau ou decanato das zonas 
  ou coroas acima.
  Cada acorde, consoante ou dissonante, formado pelos pares homólogos destas 
  notas a 180° uma da outra, tem sempre como mediatriz no centro solar do 
  Arqueômetro, a nota central Mi.
  Esse sistema musical define-se como diatônico, como enarmônico, 
  como cromático transpositor pelos números específicos das 
  letras e particularmente dos Princípios, aqueles das três letras: 
  Y, Pho, Verbo de Deus, nome zodiacal do triângulo fundamental.
  Esses números são: 10, 80, 6. Que resultam:
  " Pela soma: 10 + 80 + 6 = 96
  " Pela adição dos dois módulos: 10 + 6=16
  " Pela multiplicação dos dois módulos: 10 x 6 = 60
  A sonometria do Arqueômetro está, pois, montada sobre estes números 
  da Trindade Mãe.
  Os outros números, junto com estes, constituem uma aritmologia qualitativa 
  que preside, ao mesmo tempo, os Ciclos ou revoluções harmônicas 
  dos astros e a sonometria propriamente dita.
  O Arqueômetro apresenta sete modos diatônicos.O A nota fundamental 
  emissiva é Sol, que correspondente à letra Y e à cor azul.
  Mas depois de definido o círculo por meio dos quatro triângulos 
  eqüiláteros, sua oitava sozinha fala planetariamente, e a nota mais 
  grave passa e ser "Si", terça maior da nota "Sol" 
  original.
  A Antigüidade histórica perdeu completamente a noção 
  precisa do "Sol" fundamental, da Lira da Virgem. Conservou, mais ou 
  menos claramente, a noção do "Si" fundamental que, do 
  ápice para a base do Arqueômetro, dá o acorde da sétima 
  "Si-Lá", dividido em duas quartas unidas pela nota do centro 
  solar da figura: Mi.
  "Si-Mi-Lá", lê-se sobre o Arqueômetro: ShNaH, ou 
  ANO, e por oposição Sul-Norte: Na-Hash, a Serpente.
  Medindo-se por terças unidas e não por quartas, esse acorde "Si-Ré-Fa-Lá" 
  é interferência! ou enearmônico direto do diatônico 
  equivalente musical do eixo interferencial ou diametral Norte-Sul.
  A sonometria dos números 10, 80,6 resulta, sobre a corda fundamental 
  de "Sol", a gama arqueométrica de 22 intervalos.
  Da mesma forma que os números das letras formam uma aritmologia qualitativa, 
  experimental pelo som, também determinam uma morfologia qualitativa, 
  identicamente experimental, por seus intervalos harmônicos sobre a corda 
  em repouso ou em vibração.
  O resultado disso é um alfabeto arqueométrico morfológico 
  de 22 formas.
  COROA ZODIACAL ASTRAL
  A coroa zodiacal astral está sobre uma zona colorida de laranja-rosa, 
  com doze escudos que trazem os signos tradicionais do Zodíaco. O termo 
  Zodíaco é do sânscrito: Kya-Devasou Kaya-Devas, a Rota dos 
  Anjos.
  COROA PLANETÁRIA ASTRAL
  É a zona dos planetas diatônicos de dupla héxada, assinalados 
  com seus signos tradicionais em suas posições diurnas e noturnas, 
  com o Sol no centro, representado pela nota Mi.
  Esses signos astrais, zodiacais, planetários e solares são derivados 
  das letras morfológicas usadas sobre os escudos e sobre os ângulos 
  dos 4 trígonos inscritos.
  De sorte que estas mesmas letras estão situadas no Arqueômetro 
  de acordo com seus valores e não arbitrariamente; assim, falam autologicamente, 
  sem que a vontade humana possa introduzir alguma fantasia, por mínima 
  que seja, nessa palavra direta, que respeita as leis.
  Essa palavra pode ser traduzida nas línguas mais antigas, chamadas. em 
  sânscrito, de "línguas da cidade ou da civilização 
  divina: devanagárica", em oposição às outras 
  línguas não arqueométricas, chamadas de prácritas 
  ou das civilizações selvagens.
  COROA DODECAGONAL DE RAIOS CÔMICOS CIRCUNSOLARES
  Depois dessas seis zonas ou coroas, apresenta-se uma reprodução 
  luminosa do Mundo da Glória, como uma dupla estrela hexagonal na qual 
  domina o trígono luminoso, azul, amarelo e vermelho, correspondente à 
  Trindade-princípio e às três letras do nome dessa Trindade: 
  I-PhO, Verbo de Deus; I-ShO, JeShU.
  COROA DOS RAIOS BRANCOS
  Essa reprodução do Mundo da Glória envolve a última 
  zona pintada com a cor índigo, o pentagrama musical de 5 linhas, onde 
  se entrecruzam os 6 diâmetros ou 12 raios brancos da homologia das cores 
  complementares.
  CENTRO SOLAR
  E finalmente a nota Mi, que aparece no Sol central e que forma com o semicírculo 
  que está sobreposto a este a letra Na, da mesma forma que o raio branco 
  horizontal forma a letra morfológica A.
  Resumo da Descrição Sumária DUPLA COROA DOS 360 GRAUS: 
  
  O TEMPO SEM LIMITES, A ETERNIDADE
  A zona dos graus ou transportador homológico diferencial corresponde 
  em hermenêutica à Eternidade ou ao tempo sem limites. A reprodução 
  homológica do número 360 por adição a cada grau 
  é a demonstração experimental da onipresença de 
  Deus.
  O número 3 representa o Verbo, 6 representa o Espírito Santo, 
  o zero (0) é o nada por si mesmo; porém, quando precede alguma 
  dessas duas cifras, o nada se torna o todo, o que quer dizer, o Universo definido: 
  360.
  MUNDO ETERNO DA GLÓRIA
  Da zona da coroa de graus até aquela das notas musicais, temos quatro 
  intervalos hierárquicos constituindo o que a Tradição chama 
  de "A Glória", a criação incorruptível 
  do Verbo, seu Reino Eterno e aquele de suas Potências imortais.
  MUNDO TEMPORAL DOS CICLOS ASTRAIS
  As duas zonas ou coroas seguintes representam o céu sideral, o temporal, 
  em seu tipo de harmonia e de organização peculiar, determinada 
  pelo protótipo ou arquétipo anterior.
  CAPÍTULO QUARTO
  Os Triângulos Celestes
  A Astronomia dos Templos Iniciáticos 
  da Antigüidade
  
  
  
  Primeiros Elementos Necessários para Saber e Entender 
  a Construção e as Relações do Arqueômetro
  
  
  Quando o homem sai do estado de torpor intelectual causado pela ignorância 
  ou a escravidão, ele olha ao redor procurando perceber o "Porquê" 
  e o "Como" de tudo que o rodeia.
  A natureza em seus múltiplos aspectos, seu ser interior, sua identidade 
  própria e a origem de suas aspirações, como o amor, o ódio, 
  depois os acidentes por que passa todo ser vivente sobre a Terra: as doenças, 
  a morte, os sofrimentos morais e as relações entre os seres humanos, 
  tudo isso surpreende o Pensador que exige uma solução mais ou 
  menos satisfatória.
  Todos os filósofos, todos os divulgadores de sistemas religiosos e, agora, 
  a maioria das sociedades eruditas têm dado soluções a esses 
  diversos problemas.
  No presente trabalho, prelúdio de qualquer estudo mais profundo do ocultismo, 
  vamos rever as respostas dadas para alguns dos problemas expostos pela ciência 
  atual e examinaremos logo a seguir as soluções dadas pelos antigos 
  templos de iniciação. Finalmente, procuraremos encontrar quais 
  as possíveis relações, entre as duas fórmulas propostas.
  A primeira coisa que surpreende o espírito humano é a natureza 
  com suas diversas manifestações: o amanhecer e pôr-do-sol 
  e da Lua, as estrelas que brilham na noite, além das diversas estações, 
  as tempestades, o arco-íris, o crescimento dos vegetais, a reprodução 
  dos animais e sua utilização pelo homem, tudo isso exige longas 
  e sérias meditações.
  A seguir vamos expor que, mesmo contra certos positivistas do mundo profano, 
  supomos que toda a instrução dos primeiros pensadores terrestres 
  teria sido feita não por raciocínios infantis, mas certamente 
  sob a influência direta dos Seres invisíveis dos diversos planos. 
  É a revelação direta que está no início de 
  todas as ciências, e as experiências acontecem mais tarde para negar 
  em princípio as afirmações das entidades superiores que 
  se reservam de retornar mais tarde; daí o ditado: "Um pouco de ciência 
  nos afasta de Deus, muita ciência nos reintegra a Ele". Porém, 
  não devemos nos antecipar.
 
  
  Zodiaque (Zodíaco) - Préccession des Equinoxes (Precessão 
  dos
  Equinócios) - Aphélic (Afelio) - Pherielie (Periclio) - Solei 
  (Sol) -
  Bélier (Aries) - taureau (Touro) - Gemeaux (Gêmeos) - Cancer
  (Câncer) - Lion (Leão) - Vierge (Virgem) - Balance (Libra) -
  Escorpio (Escorpião) - Sagitaire (Sagitário) - Capricorne (Capricórnio)
  " Verscau (Aquário) - Poissons (Peixes)
  
  
  
  
  A ciência atual nos ensina que somos os habitantes de um planeta que se 
  chama Terra; este planeta gravita com outros planetas em torno de um astro chamado 
  Sol, que envia o calor e a vida tanto para a Terra como aos outros planetas 
  de seu sistema. Esses planetas são, partindo do Sol; Mercúrio, 
  Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno (que eram conhecidos também 
  pelos antigos), Urano e Netuno, estes últimos acrescidos ao Sistema Solar 
  pelos sábios modernos.
  Cada um destes planetas pode ter, por sua vez, astros menores do que eles, que 
  giram ao seu redor. Esses astros são chamados satélites. A Terra 
  tem um satélite, a Lua; Marte tem vários deles, Júpiter 
  também, e Saturo está rodeado por uma verdadeira nuvem de pequenos 
  satélites, que forma um verdadeiro anel em seu redor. Podem ser encontrados 
  todos os detalhes úteis nos livros elementares de astronomia.
  Cada uma das estrelas que vemos no céu, que são as chamadas estrelas 
  fixas, é um Sol com seu cortejo de planetas. Por outro lado. os astros 
  móveis que aparecem acima do horizonte terrestre em certas épocas 
  do ano, que se movimentam no céu indo de um grupo de estrelas para outro 
  e que freqüentemente possuem uma cor particular, são os planetas.
  E estudando essas andanças astrais, depois a duração de 
  uma rotação da Terra sobre seu eixo, sobre ela mesma, depois do 
  tempo de duração de uma translação da Terra em tomo 
  do Sol, e finalmente o tempo de translação de um signo para outro 
  e as mudanças no aspecto exterior do seu satélite - a Lua - é 
  que se tomou possível estabelecer uma base para a determinação 
  do tempo e os diversos sistemas de calendários.
  O Sol parece percorrer no céu uma certa rota indicada por grupos das 
  estrelas fixas. Essas estrelas são como os limites celestes que envolvem 
  a rota solar. Em um ano terrestre (365 dias e uma fração), o Sol 
  passa, de acordo com o seu aspecto exterior, por todos esses grupos de estrelas 
  que são em número de doze (12) grupos, chamados signos do Zodíaco 
  ou simplesmente Zodíaco. Assim, o Sol percorre um signo do Zodíaco 
  a cada mês.
  A Terra gira sobre ela mesma (seu eixo) em 24 horas. Durante essas 24 horas, 
  a metade do globo terrestre permanece iluminada pelo Sol, enquanto a outra metade 
  fica no escuro. Chamamos de dia o tempo durante o qual a Terra é iluminada 
  e noite, o tempo que permanece na escuridão. A duração 
  exata dos dias e das noites difere de acordo com os países terrestres 
  e segundo as estações, porque a Terra está inclinada sobre 
  a eclíptica.
  Por outra parte, a Lua gira em torno da Terra em quatro períodos diferentes 
  de sete dias e umas frações; durante esses 28 dias, a Lua muda 
  quatro vezes de aspecto, o que resulta; a Lua Nova, que é o primeiro 
  quarto; a Lua Cheia, o último quarto. Os sete dias necessários 
  para que a Lua passe de um aspecto até o outro marcam uma semana.
  O mês lunar é de 28 dias; o mês solar, de um pouco mais de 
  30 dias, a procura da concordância desses dois gêneros de meses 
  tem dado o surgimento dos diversos sistemas de calendários, entre todos 
  os povos terrestres, sendo que uns consideravam os meses lunares (Peles-vermelhas 
  e pretas), os outros consideravam os meses solares, e outros, ainda, consideravam 
  o tempo verdadeiro resultante da colocação da concordância 
  dos diversos meses.
  Nenhum espetáculo podia impressionar mais ao cérebro humano que 
  a aparição das estrelas e dos planetas durante uma bela noite 
  de estio. E, sem dúvida, são poucos os contemporâneos que 
  realmente se dão conta das maravilhas que o céu apresenta! A ciência 
  moderna nos mostra claramente o quanto a nossa pequena Terra é algo desprezível 
  nesta imensidão dos sóis de variados coloridos (existem estrelas 
  vermelhas, verdes ou azuis), ao redor das quais gravitam múltiplos planetas 
  povoados com humanidades. Enviamos a todos estes detalhes dos admiráveis 
  escritos de Camille Flammarion sobre esses polêmicos temas.
  Tudo isso é maravilhoso; no entanto, a ciência contemporânea 
  não descreve mais que as esfinges, os aspectos externos, faz a anatomia 
  da natureza, descuidando de sua fisiologia.
  Imaginem um sábio que acaba de descobrir um manuscrito em uma linguagem 
  desconhecida, ele o pesa, mede-o, analisa sua composição química 
  e, enfim, conta com cuidado o número de linhas e de caracteres que o 
  compõem, assim teremos uma idéia da forma como a ciência 
  se ocupa da natureza.
  O medo das hipóteses fez com que se abusasse das análises de detalhes. 
  Datando desde o Renascimento, a parcela inteira da filosofia, da síntese 
  das ciências, tinha sido rejeitada sem consideração, longe 
  dos estudos chamados sérios, e todas as elevadas especulações 
  científicas se tornaram coisas escondidas, ocultas, e acabaram constituindo-se 
  nas que hoje são chamadas de Ciências Ocultas.
  A parte anatômica do estudo dos astros se tornou uma ciência sob 
  o nome de astronomia, enquanto a parte fisiológica tem sido relegada 
  ao menosprezo sob o nome de astrologia.
  A seção sintética ou astrosófica tem permanecido 
  quase desconhecida.
  O mesmo aconteceu com a Química e a Alquimia; a Física e a Magia; 
  a Teologia e a Teurgia; as Ciências Naturais e a Fisiogonia, os Números 
  e a Matemática oculta.
  Quando olhamos pessoas na rua, o que nos interessa não é tanto 
  seu peso, sua roupa, sua cor de pele ou seu caminhar, mas como é sua 
  vida moral, as relações de amizade ou de ódio que podem 
  existir entre eles, suas leis sociais e, finalmente, sua vida intelectual.
  Porém, a ciência atual considera os astros como passageiros, os 
  que devem ser ignorados na vida real: são grossas massas materiais reagindo 
  umas contra as outras de acordo com seu volume e seu afastamento.
  Pelo contrário, a astrologia ensina que os astros são seres viventes, 
  tão vivos quanto os animais terrestres ou os vegetais, que esses astros 
  ainda possuem amizades e ódios e se influenciam uns aos outros por meio 
  dos fluidos que circulam entre eles. A astrologia povoa o céu dos seres 
  vivos e das forças inteligentes, enquanto a astronomia nos mostra acima 
  de nossas cabeças um imenso cemitério de massas inertes e de forças 
  cegas. Aguardando a união oficial das duas ciências, a séria 
  astronomia e a oculta astrologia, indicaremos os elementos indispensáveis 
  para compreender os livros dos antigos e dos modernos astrólogos.
  É necessário estudar três ordens de objetos:
  1º) Os planetas;
  2º) Os signos do Zodíaco e sua lista das casas planetárias;
  3º) As relações desses astros e desses signos com a vida 
  e o destino dos entes que vivem sobre os planetas.
  Os PLANETAS
  Vimos que os planetas giram em tomo do Sol e que, para a ciência, a ordem 
  desses planetas é a seguinte:
  Sol... Mercúrio... Vênus... Terra... Marte... Os asteróides 
  do planeta que explodiu... Júpiter... Saturno...Urano... Netuno.ê
  A astrologia, para facilitar seus cálculos, considera a Terra o centro 
  do sistema planetário e classifica os astros da seguinte forma: Netuno... 
  Urano... Saturno... Júpiter... Marte... o Sol... Vênus... Mercúrio... 
  a Lua.
  Fala-se por alto, em tudo o que se refere à antiga astrologia, dos dois 
  planetas que unem nosso sistema ao seguinte: Netuno e Urano, se nos atermos 
  aos sete planetas da antigüidade, os quais aconselhamos os nossos leitores 
  a saber a lista de memória: Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, 
  Mercúrio, Lua.
  Ao mesmo tempo que se decorará essa lista, será útil desenhar 
  numerosas vezes os signos provenientes da língua adâmica (o watan, 
  Saint-Yves d'Alveydre) atribuídos para cada um dos planetas.
  ? Saturno ? Vênus
  ? Júpiter ? Mercúrio
  ? Marte ? Lua
  ( Sol 
  Para compreender bem a forma como os ancestrais conceberam a físiologia 
  dos corpos celestes, é indispensável possuir algumas noções 
  de astronomia. Quando os tratados de astrologia são carentes de conhecimentos 
  astronômicos, tornara-se com freqüência um quebra-cabeça 
  chinês.
  Vamos supor que estamos perto das onze horas da manhã em um campo nos 
  arredores de Paris. O que nós veríamos? O céu acima de 
  nossa cabeça e um círculo horizontal que nos limita a visão 
  de tudo ao redor. Esse círculo é o horizonte. O céu que 
  está acima da nossa cabeça representa bem um grande boné 
  invertido, no qual vemos somente algumas nuvens e o Sol que sobe lentamente 
  em direção ao ponto culminante desse boné celeste. Quando 
  o Sol estiver nesse ponto, será exatamente meio-dia no lugar onde nos 
  encontramos.
  Vamos imaginar, agora, um grande semicírculo que passará por esse 
  ponto em que se encontra o Sol ao meio-dia, cortando o horizonte à direita 
  e à esquerda, obtemos assim o que se chama de Meridiano.
  
  
  
  
  
  
  
 
  
  
  O horizonte, o círculo horizontal e o Meridiano, círculo ou, melhor 
  dizendo, semicírculo em plano vertical, cortam-se, como nos indica a 
  figura ao lado.
  Mas a Terra é uma massa mais ou menos redonda; enquanto uma de suas metades 
  é iluminada pelo Sol ao meio-dia, a metade oposta da Terra está 
  no cone de sombras, ou na noite, e é exatamente meia-noite naquele vértice 
  do cone de sombras, quando for meio-dia no vértice de cone de luz.
  Assim, é noite debaixo de nossos pés do outro lado da Terra, quando 
  o Sol do meio-dia brilha acima de nossas cabeças.
  A figura a seguir nos dará uma idéia clara desse fato muito importante.
  Observemos também os chamados Pontos Cardeais. Quando o Sol está 
  andando no meridiano e você olha para o ponto onde ele se põe no 
  horizonte, esse será o Oeste, nas suas costas temos o Leste, à 
  sua direita temos o Norte e à sua esquerda temos o Sul. Notemos a seguir 
  que essas direções são exatamente opostas duas a duas, 
  e foram adotadas nas cartas geográficas, que geralmente colocam o Norte 
  em nossa frente, como acontece para a meia-noite oposta do meio-dia de acordo 
  com o exemplo anterior.
  Os astrólogos estabeleceram todos os horóscopos com o meio-dia 
  na frente do observador. Essa observação é importante e 
  deve ser guardada.
  Para orientar-nos nos caminhos terrestres, foram colocadas placas sinalizadoras 
  indicando as distâncias em quilômetros. Como podemos orientar-nos 
  no espaço celeste?
  De uma forma muito simples. A abóbada celeste foi dividida como uma quadrícula, 
  cujo espaço entre as linhas é chamado de graus. Assim, metade 
  da abóbada celeste visível compreende seis zonas de 30° cada 
  uma, o que dará 180° para a metade visível e 180° para 
  a outra metade. Resultando, assim, 360° para a esfera inteira.
  
  
  
  
  Os diversos astros percorrem essas rotas celestes com diferentes velocidades. 
  É como sobre a Terra, onde o automóvel, a carreta, o carro de 
  bois, o burro do camponês, que, partindo ao mesmo tempo da cidade, não 
  passam no mesmo momento no marco do primeiro quilômetro em razão 
  de o automóvel ser mais rápido que a carreta ou o carro de bois. 
  Da mesma forma, no céu, existem estrelas mais rápidas e outras 
  mais lentas. Assim, a Terra faz uma volta completa no céu em 24 horas, 
  girando sobre ela mesma. Como existem 12 divisões de 30° cada uma 
  na esfera celeste, a Terra percorrerá 2º por hora. Pelo contrário, 
  de acordo com as aparências visíveis, o Sol percorre um grau em 
  um mês e é necessário um ano para que o Sol faça 
  um giro completo no céu, ou em outras palavras uma volta de 360°.
  Assim, uma divisão de 30° representa meia hora de rotação 
  terrestreA e um mês de marcha solar. O leitor sabe, certamente, que é 
  a Terra que gira em um ano em tomo do Sol, porém conservamos a linguagem 
  das aparências, que é útil para a compreensão da 
  astrologia.
  A figura a seguir indica as divisões astronômicas do céu 
  de forma clara.
  Cada uma dessas divisões de 30° constitui o que os astrólogos 
  chamam de "casa". O céu foi dividido pelos astrólogos 
  em 12 casas, onde se hospedam os signos do Zodíaco, à razão 
  de um por casa, e os planetas.
  A divisão das casas astrológicas foi estabelecida de acordo com 
  a marcha do Sol, quer dizer, cada casa de 30° representa um mês do 
  ano. O ano para os astrólogos começa em março, no signo 
  do Carneiro (21 de março a 20 de abril) e lá se situa a casa n° 
  1; depois vem a casa nº 2 no signo de Touro e assim sucessivamente, segundo 
  a figura que segue.
  NOTA IMPORTANTE: Para clareza deste estudo elementar, supomos que as casas e 
  os signos coincidam exatamente, o que acontece somente com as pessoas nascidas 
  no primeiro grau de Carneiro. Conservamos a confusão das casas e dos 
  signos, para facilitar o estudo dos elementos estáticos da astrologia. 
  Mais adiante, faremos as observações necessárias para explicar 
  como a primeira casa muda de signo de acordo com a data de nascimento. Que os 
  astrólogos peritos nesses estudos não protestem desde agora. Essa 
  nota é para explicar-lhes a razão de nosso ensinamento atual.
  Hiver: Inverno Automne: Outono 
  Etés: Verão
  Printemps: Primavera Janvier: Janeiro Févriers: Fevereiro Mars: Marco 
  
  Avril: Abril 
  Mai: Maio 
  Juin: Junho 
  Juillet: Julho 
  Aout: Agosto Septembre: Setembro Octobre: Outubro Novembre: Novembro Decembre: 
  Dezembro
  
Três casas 
  indicam uma estação. Assim, a primavera é indicada pelas 
  casas 1, 2 e 3, chamadas de Carneiro, Touro e Gêmeos, que vão de 
  21 de março a 20 de junho, época em que começa o verão, 
  indicado pelas casas 4, 5 e 6, chamadas de Câncer, Leão e Virgem 
  nos signos do Zodíaco, que vão de 21 de junho até 22 de 
  setembro. Depois desse dia começa o outono, com as casas 7, 8 e 9 e com 
  os signos Libra, Escorpião e Sagitário, que vão de 23 de 
  setembro até 21 de dezembro. O inverno começa nesta data, com 
  as casas 10, 11 e 12 e os signos de Capricórnio, Aquário e Peixes, 
  que vão de 22 de dezembro até 20 de março, em que volta 
  a iniciar primavera, com a entrada do Sol no signo do Carneiro.
  (Notamos imediatamente que o Sol já não entra, neste momento, 
  no signo zodiacal de Carneiro em 21 de março. Entrava nesse signo, quando 
  o Zodíaco foi estabelecido por Ram, há aproximadamente 12.000 
  anos. Por causa da Precessão dos Equinócios, o Sol entra no signo 
  de Carneiro em 15 de abril até 15 de maio, e volta a passar pela sua 
  posição primitiva a cada 26.000 anos. Esclarecemos isso para evitar 
  que nossos leitores cometam erros astronômicos. Voltemos agora para a 
  astrologia.)
  É indispensável que o pesquisador sério decore os nomes 
  dos 12 signos do Zodíaco e o número da casa que cada um representa.
  Casas Ascendentes e Descendentes
  Como as casas partem do n°. 1 e vão até o n°. 12, a metade 
  destas está localizada na metade norte ou setentrional da esfera celeste: 
  estas são as casas Setentrionais ou Ascendentes. Elas vão desde 
  o Leste na casa 1 até o Oeste na casa 6. As casas 7 a 12 estão 
  situadas na parte Meridional da esfera celeste. Estas são as casas descendentes. 
  Os signos do Zodíaco estão divididos exatamente como as casas, 
  em signos ascendentes ou setentrionais e em signos descendentes ou meridionais.
  Os signos ascendentes vão de 1º até 180° e os signos 
  descendentes vão de 180° até 360°.
  
  
  
  
  Os Ângulos
  Cada um dos Pontos Cardeais determina um ângulo em que é colocada 
  a casa correspondente. Assim, o Carneiro e a casa 1 estão situados no 
  Oriente (Leste). Dessa forma, determina-se o ângulo oriental ou ascendente. 
  É extremamente importante memorizar esse termo.
  A casa 4 e o signo zodiacal de Câncer formam o ângulo setentrional 
  (Norte e Nadir).
  A casa 7 e o signo de Balança formam o ângulo ocidental ou o descendente.
  A casa 10 e o signo zodiacal de Capricórnio formam o ângulo meridional, 
  o meio-dia ou meio-céu (Zênite). Ver com atenção 
  a figura anterior.
  As quatro casas que acabamos de descrever (as casas 1, 4, 7 e 10) são 
  as casas de ângulo ou casas angulares que indicam os quatro Pontos Cardeais.
  A casa que segue a uma casa angular recebe o nome de casa sucessora ou fixa. 
  Então as casas fixas são 2, 5, 8 e 11.
  Finalmente, a casa que segue a uma casa fixa chama-se cadente ou mutável.
  Então, as casas mutáveis são 3, 6, 9 e 12.
  A figura seguinte indicará claramente essas divisões:
  Os antigos ancestrais ensinavam que o céu tinha uma ação 
  dominante sobre as forças físicas, os seres vivos e os estados 
  da matéria sobre a Terra.
  
  É assim que denominaram de Terra a tudo o que estava no estado sólido; 
  davam o nome de Água a tudo o que estava no estado líquido; chamavam 
  de Ar a tudo que estava no estado gasoso e davam o nome de Fogo a todas as manifestações 
  da força. Existe um erro grosseiro ao acreditar que esses termos determinam 
  a própria Terra, ou a Água terrestre, ou o Ar (o Espírito 
  do vinho), ou o Fogo Filosófico, ele, etc, que serviriam nos casos de 
  necessidade para esclarecer aos Profanos. Esses diversos estados da matéria 
  eram indicados simbolicamente por triângulos: o Fogo por um triângulo 
  com a ponta para cima, porém, que não se cruza no seu ápice; 
  o Ar, por um triângulo com a ponta para baixo e cruzado em seu ápice; 
  a Água com um triângulo com a ponta para baixo e não cruzado 
  em seu vértice; e a Terra com um triângulo com a ponta para cima 
  e cruzado na sua ponta. Eis os hieróglifos desses elementos.
 
  
  As casas 1, 5 e 9 são ígneas e correspondem ao elemento Fogo. 
  Reunindo o meio de cada uma dessas casas para uma linha reta, inscreve-se o 
  triângulo de Fogo no céu.
  As casas 2, 6 e 10 correspondem ao elemento Terra e eles formam no céu 
  o triângulo da Terra dos Vivos.
  As casas 3, 7 e 11 formam o triângulo do Ar.
  As casas 4, 8 e 12 formam o triângulo da Água ou das Grandes Águas 
  Celestiais.
  Os triângulos da Terra e da Água cortam-se formando um Hexagrama 
  ou a Estrela de Salomão.
  A mesma coisa acontece com os triângulos do Fogo e do Ar.
  É conveniente estudar, para esse propósito, as figuras precedentes.
  Influências Planetárias, os Asteróides, Urano e Netuno
  Os planetas, de acordo com os astrólogos, exercem uns sobre os outros 
  uma enorme influência.
  A Terra sofre esta influência por parte de seus vizinhos, e essa influência 
  manifesta-se conforme dois fatores principais: o volume e a aproximação 
  dos planetas. Tanto é assim que a Lua, simples satélite, porém 
  um astro muito próximo da Terra, tem uma influência positiva e 
  real sobre os acontecimentos terrestres, enquanto os numerosos asteróides 
  situados entre Marte e Júpiter não interessam para qualquer cálculo 
  astrológico.
  A influência planetária, falando astrologicamente, não provém 
  na realidade do mesmo planeta, mas de uma zona de influência que é 
  representada pela distância entre este planeta e seu vizinho mais próximo. 
  Os asteróides dividem, então, sua influência entre Marte 
  e Júpiter, e não é necessário considerá-los 
  de uma forma especial.
  Agora darei um conselho completamente pessoal, sobre o qual me responsabilizo 
  plenamente. Considero um erro lamentável que os astrólogos contemporâneos 
  tenham introduzido em seus cálculos a influência de Netuno e de 
  Urano, pois os dois planetas estão situados além de Saturno. Explicamos 
  essa afirmação a seguir.
  Júpiter tem o volume 1.300 vezes maior que o da Terra, e dista 155 milhões 
  de léguas da Terra. Sua influência é evidente. Urano tem 
  um volume 75 vezes o da Terra e dista 673 milhões de léguas desta. 
  Netuno, que é 86 vezes mais volumoso que a Terra, dista 1.073 milhões 
  de léguas desta. Na minha opinião, esses dois planetas e outros 
  que possam ser descobertos mais tarde são intermediários entre 
  nosso Sistema
  Solar e o Sistema Solar mais próximo. O sentido de sua rotação 
  assim o indica, principalmente, para aqueles que sabem observar.a
  Devem-se relacionar as influências de Urano e de Netuno contra a influência 
  de Saturno, que é 864 vezes maior que o tamanho da Terra e está 
  a uma distância de 268 milhões de léguas daqui.DD
  De qualquer maneira, se os astrólogos contemporâneos querem mostrar 
  que se preocupam e prestam grande atenção às descobertas 
  astronômicas, seria necessário que considerassem mais a existência 
  dos asteróides que circulam entre Marte e Júpiter, ou por outro 
  lado esquecer as fracas influências dos distantes planetas Netuno e Urano, 
  condicionando seus cálculos às esferas de Saturno.
  E por essa razão que tomamos em conta esses dois planetas neste alfabeto 
  astrológico.
  Os Planetas
  Nós acabamos de ver as casas e os signos fixos do Zodíaco. Cada 
  uma dessas casas possui, para o astrólogo, um Senhor (Domicílio), 
  um Governador (que governa a casa) sob a forma de um dos sete planetas. Cada 
  um dos planetas, exceto o Sol e a Lua, tem dois domicílios: um positivo 
  ou diurno, e um negativo ou noturno.
  A Lua tem seu único domicílio na casa 4, que corresponde a Câncer; 
  o Sol tem seu único domicílio na casa 5, que corresponde a Leão.
  Mercúrio tem seu domicilio diurno ou positivo na casa 3, que corresponde 
  a Gêmeos e seu domicílio negativo ou noturno na casa 6, que corresponde 
  a Virgem.
  Vênus tem seu domicílio diurno ou positivo na casa 2, que corresponde 
  a Touro; e seu domicílio negativo ou noturno na casa 7, que corresponde 
  a Libra.
  Marte tem seu domicílio diurno ou positivo na casa 1, que corresponde 
  a Áries; e seu domicílio negativo ou noturno na casa 8, que corresponde 
  a Escorpião.
  Júpiter tem seu domicílio diurno ou positivo na casa 3, que corresponde 
  a Peixes; e seu domicílio negativo ou noturno na casa 10, que corresponde 
  a Capricórnio.
  Um amigo de Saint-Yves
  
  
  
Triângulo 
  do Verbo, de Jesus
  Trígono da Terra do Princípio e da 
  Imanência Nele
  Tem seu Ápice no Solstício de Inverno, Natalício, 
  Ponto de Partida do Ano Astronômico
  O TRIÂNGULO DE JESUS OU DA TERRA DOS VIVOS
  
  
Os três caracteres 
  da língua adâmica
  I SH O
Significado das 
  Letras
  Y, I, J - 10
  
  
  Essa letra é a primeira da Terra dos Vivos. Governa o trígono 
  solsticial norte, o do Verbo e da imanência dos vivos Nele. É a 
  regra do sistema arqueométrico dos antigos patriarcas e de seus alfabetos 
  solares e solar-lunares. Ela chama o Verbo de Ia, Yo.
  Corresponde à Sabedoria de Deus, à Rainha do céu dos antigos 
  patriarcas e das Litanias de Maria Elevada aos Céus.
  É a primeira letra dos nomes do Pai e do Filho. Estes são significativos 
  nela. Sua nota é Sol fundamenta), sobre a qual montamos toda a sonometria 
  e todo o sistema musical do Arqueômetro.
  Seu número é 10, sua cor é o azul; seu signo zodiacal é 
  Virgem; seu planeta é Mercúrio; seu Arcanjo é Rafael Trismegisto, 
  chamado também Hamaliel pelos caldeus.
  E no ano litúrgico corresponde à época da Assunção, 
  de 15 a 21 de agosto.
  As Letras Zodiacais Uma a Uma
  Y, I, J - 10
 Ya - A Potência 
  divina manifestando-se.
  A ação de Deus por meio de seu Verbo Hebraico
  " A afirmação divina -
  " A potência de união, doação, glorificação, 
  
  emissão de ida, remissão do retorno Sânscrito
  I - O impulso da oração e da adoração -
  Yaj - O santo sacrifício, a ação de sacrificar-se -
  ijYa - O Mestre Espiritual -
P, PH - 80
  Esta letra completa o ângulo do Solstício norte da Terra dos Vivos 
  Imortais. Sua forma de triângulo eqüilátero indica que governa 
  o trígono do Verbo. Corresponde à potência de Deus em ação 
  por meio do seu Verbo.
  Seu número é 80, sua cor é o amarelo puro, seu Arcanjo 
  é Hamaël, seu signo zodiacal é Capricórnio; Porta 
  de Deus na Cidade celeste; seu planeta é Saturno noturno; sua nota musical 
  é Si natural, quando se divide a corda do Sol em 100, e Si bemol, quando 
  se divide essa corda em 96, número total das letras zodiacais do primeiro 
  trígono.
  O Si bemol se refere ao amor divino. No ano litúrgico, essa letra corresponde 
  ao Natal, nosso 24 de dezembro; quer dizer, ao ponto em que o Sol renova o ano, 
  voltando a subir sobre a eclíptica.
  Entenda-se bem, de uma vez por todas, que, sobre o Arqueômetro, o ano 
  astral e os signos astrais são somente uma conseqüência do 
  ano típico e eterno do Verbo e do Mundo da Glória.
  P, PH - 80
  HPa - A Potência que reina e governa Sânscrito
  Pha - A manifestação do Verbo por meio de seus
  equivalentes, luz, som, etc Hebraico
  APa - O indivisível Sânscrito
  APh - A Potência que envolve o turbilhão universal, 
  que prende o espírito, apaixona a alma e 
  seqüestra a vida dos seres Hebraico e Egípcio
O, V - 6
  Essa letra é a terceira da Terra dos Vivos, do Nome do Verbo e do nome 
  de Jesus; da mesma forma que o I pertence à Sabedoria do Pai, o Ph e 
  o Sh ao Filho, o O ao Espírito Santo.
  Essa letra é a terceira do nome de IHOH, também a terceira dos 
  nomes de Jesus Verbo, IShO, IPhO, e a segunda letra dos nomes do Espírito 
  Santo, ROuaH-ALaHIM.
  O fato precedente responde a um mistério do "Credo" de Santo 
  Atanásio. Porém, limitamo-nos a expor a autologia do Arqueômetro.
  Essa letra é conjuntiva ou conjugai em todas as línguas solares, 
  da mesma forma que seu número 6, que as antigas Escolas chamavam o casamenteiro. 
  Da mesma maneira, sua cor vermelha é experimentalmente conjuntiva do 
  azul e do amarelo.
  Trataremos destas experiências nas páginas dedicadas à Cromologia 
  Arqueométrica.
  É curioso assinalar que a simples inspiração sempre atribuiu 
  a cor azul à túnica da Santa Virgem Ascensionada, e a cor branca 
  e amarela à do Menino Jesus; finalmente o vermelho às sete línguas 
  de fogo do Espírito Santo e à pomba jônica, a da união 
  conjugai dos sexos no amor psíquico e no Deus Vivo.
  O Fá é a nota, a corda e o modo dessa letra. Seu signo zodiacal 
  é Touro, cujo Anjo é Asmodel; seu planeta é Vênus 
  diurno, cujo Anjo é Haniel, a inteligência Hagiel, o espírito 
  Nogael. No ano litúrgico, corresponderia ao período da Assunção 
  e de Pentecostes, se este ano pudesse ser regulado sobre as entradas do Sol 
  nos signos.
  O, V - 6
  O - A sensibilidade divina, a luz invisível 
  para os olhos da carne, o som 
  inaudível para os ouvidos do 
  corpo, o úmido radical 
  insensível para o tato carnal. 
  A causa de toda sensibilidade, 
  de toda a vista, de toda a 
  audição e de todos os gostas 
  psíquicos e em conseqüências 
  carnais Hebraico e Egípcio
  Va - A Potência conjuntiva e conjugal -
  " O alento, a Potência animadora Sânscrito
  A Letra Planetária de Jesus
  Sh - 300
  
  Essa letra é a planetária da Ph zodiacal. E especial no nome de 
  Jesus como a primeira no nome do Verbo. Ambas são um trígono, 
  o que indica que se referem à Trindade e ao triângulo fundamental 
  e que devem ocupar a posição onde as deixamos classificar-se elas 
  mesmas autologicamente.
  Porém, além de sua congênere zodiacal, a planetária 
  traz uma bissetriz que determina o prumo do eixo Norte-Sul do mundo. Pois representa 
  a ação definida, cujo zodiacal é a Potência; seu 
  número é 300.
  Os números das letras arqueométricas contém tantos mistérios 
  importantes que precisariam de vários livros só para descrevê-los. 
  Para que se possa entender, por exemplo, e no que concerne só a astronomia, 
  tomemos as duas letras do Verbo e de Jesus: Ph = 80, Sh = 300. Total = 380.
  O ano físico da Terra atualmente é contado pelo tempo médio, 
  365 dias, 6 horas, 9 minutos e 10,7 segundos. Trata-se aqui do ano sideral do 
  Sol. O trópico, mais curto, é de 365 d. 5h. 48 m. 47 seg.
  O Arqueômetro nos provará que o ano de 365 d. 25/100 era perfeitamente 
  conhecido da Universidade Patriarcal adâmica e antediluviana, a qual atribuímos 
  nossas letras morfológicas.
  Seja, por exemplo, um Ciclo de 19 anos muito usado desde a mais alta Antigüidade. 
  Nós o adotamos aqui porque concorda com as 19 letras que temos utilizado: 
  12 como zodiacais e 7 como planetárias.
  Em 19 anos, o ano de 365,25 d. dá 6.939,75 d. Portanto, 14 anos harmônicos 
  de 360 d. resulta em mais 5 de 380: 
  360 x 14 = 5.040 
  380 x 5 = 1.900
  19 anos 6.940 dias
  
  A pequena diferença entre 6.939,75 d. e 6.940 d. acusaria talvez a diminuição 
  do ano solar antevista por Bailly. Ao mesmo tempo, permitiria aos astrônomos 
  determinar a data do ano antediluviano sobre o qual foi construído o 
  Arqueômetro, nas posições em que lhe apresentamos, assim:
  Arqueômetro: 6.940 = 365 d. 6 h. 18 m. 51,34 seg.
  19
  O ano sideral atual é de 365 d. 6 h. 9 m. 10,7 seg.; dito de outra forma, 
  nosso ano seria mais curto em 9 m. 41,27 seg. Porém, no ano solar anomalístico, 
  o tempo usado pelo Sol, partindo do perigeu para retornar a ele, é calculado 
  pelos astrônomos modernos em 365 d. 6 h. 13 m. 34,09 seg. Se nossos cálculos 
  são exatos, a diferença seria, então, de 4 m. 57,25 seg. 
  Existem muitas outras coisas para meditar ainda sobre o número 380, quer 
  dizer, Ph = 80 + Sh = 300.
  Multiplicando esses dois números, um pelo outro, obtemos o ciclo harmônico 
  de 24.000 anos de todas as antigas Universidades asiáticas. Esse ciclo 
  consideraria, pois, não só a precessão dos equinócios 
  medida musicalmente mas também uma relação de Saturno em 
  conjunção com o Sol no 15° de Capricórnio, relação 
  cósmica da qual não encontramos traços na astronomia moderna.
  Existiam outros números diferentes dos números harmônicos 
  utilizados na medida do Grande Ano. Por exemplo, o Van das antigas Universidades 
  tártaras, 180; multiplica-se esse número pelo quadrado de 12, 
  igual a 144; a operação dará 25.920, uma das cifras obtidas 
  pelos modernos astrônomos; a outra é 26.000.
  Falta dizer a razão que nos levou a determinar como ponto de partida 
  do ano o Natal e o Solstício do Inverno e a colocar os planetas nos 15° 
  de suas casas diurnas ou noturnas.
  O calendário mais antigo dos gregos, que certamente provém da 
  Ásia trazido pelos fenícios, coloca os pontos cardeais do céu 
  no 15° das constelações.
  O Solstício do Inverno no 15° de Capricórnio, o Solstício 
  do Verão no 15° de Câncer, o Equinócio de Primavera 
  no meio do Carneiro, o Equinócio do Outono no meio da Balança. 
  (Achilles Tatius, cap. XXIII, Eudoxio, Hiparco, etc.)...
  Os antigos suecos davam início ao seu ano solar no Solstício do 
  Inverno, e igualmente os chineses. Para os indianos, o início do ano 
  coincide com a festa de Krishna.
  Assim, o Sol no 15° de Capricórnio não respondia ao início 
  do ano astronômico, somente a partir de 1.353 anos antes de Nosso Senhor. 
  Não é admissível que o Arqueômetro tenha sido inventado 
  nesta época em que se encontra, pelo contrário, toda a ciência 
  e todos os dados arqueométricos transtornados por todas as partes. Se 
  este instrumento, mais que humano, da síntese das organicidades e das 
  harmonicidades universais ligadas ao Verbo Criador tinha sido revelado alguma 
  vez aos homens em sua integridade, temos que girar a Roda do Grande Ano pelo 
  menos uma vez.
  Se o fixamos em 24.000 anos, temos que contar: 24.000 + 1.353 = 25.353 a.C, 
  ou 28.606 hoje em dia.
  Se o fixamos em 25.920 anos, temos que contar: 25.920 + 1.353 = 27.273 a.C, 
  ou 30.526 hoje em dia.
  Por último, se o fixamos em 26.000 anos, temos que contar 26.000 + 1.353 
  = 27.353 a.C, ou 30.606 hoje em dia.
  Voltando para a letra Sh, que corresponde à Potência Regia do Filho. 
  Sua cor é o raio fotogênico, aquele do Fiat Lux, o amarelo; seu 
  signo noturno: Capricórnio; seu planeta: Saturno; seu Anjo: Zafkiel; 
  sua inteligência: Agiel; seu espírito: Sabbathiel, sua nota, sua 
  corda e seu modo é Si bemol.
  O ano litúrgico corresponde à natividade, e o astronômico, 
  a 2.4-25 de dezembro.
  SH - 300
  Sha - O Repouso Eterno, o Paraíso Sânscrito
  haS - O Ser Existente e Presente -
  haC - A potência que outorga e concorda -
  As Letras Zodiacais Duas a Duas
  IPh - A manifestação perfeita da graça e da
  Beleza Hebraico e Árabe
  PM - A palavra de Deus Hebraico
  " A boca de Deus Árabe
  PhO - O alento da boca e, em conseqüência, a voz 
  e a palavra Sânscrito e Hebraico
  " A luz, Phos: a voz, Phonê Grego
  Pa Va - A purificação das almas Sânscrito
  OPh - A manifestação gloriosa Árabe
  " A visão divina Grego
  Va Pa - O princípio específico de espécies e gérmens,
  a ação de semear e de gerar Sânscrito
  " Vapuna: Deus gerado de Deus Sânscrito
  VaJ - A reintegração na via divina, prestar homenagem
  à potência e à glória Védico
  YO - O movimento remissivo da luz vital Hebraico
  YaO - A potência divina desta remissão Hebraico
  VaYa - O movimento de retorno Sânscrito
  A Letra Planetária com as Zodiacais 
  Duas a Duas
 Iça - O 
  Mestre Supremo, o soberano Sobrenatural Sânscrito
  YaC - A glória soberana Sânscrito
  ISh - O pensamento vivente com ação viva Hebraico
  Si - A Terra dos Vivos Védico
  " Substância pura, aquela da imanação e da imanência
  em Deus Védico
  ShO - O homem em Deus Etíope
  " A semelhança do princípio Hebraico
  Su - O engendrado que reina, o bem, a bondade,
  o belo, viventes Sânscrito
  OSh - O homem divino Egípcio
  " A difusão dos raios luminosos Árabe
  As Letras Zodiacais Três a Três
  Y-PhO - O Verbo de Deus, Deus-Verbo Sânscrito
  PhO-Y - -
  OPM - A Glória de Deus Sânscrito
  YOuPa - O troféu divino, a cruz, o poste onde se amarra
  a vítima Sânscrito
A Letra Planetária 
  com as Zodiacais Três a Três
  Y-ShO - O Deus Homem, o Deus Salvador, o Deus da
  Humanidade, Jesus Hebraico
  Pacu - A cabra macho emissária, a cabra macho do
  Açwameda, a vítima, a alma universal dando-se
  em sacrifício Védico e Sânscrito
  ICWa - O Senhor Sânscrito
  ShOu-Y- O Homem Deus Etíope
  SWaJa - O Filho Sânscrito
  ÇIVa - O bem-aventurado, o libertador final Sânscrito
  OShi - O Homem Deus Egípcio
  VIÇ-Wa - O Universo Sânscrito
  SaVYa - O Norte, a orientação da adoração dos arianos:
  frente ao Oriente (Leste), a esquerda ao Norte Sânscrito
A Letra Planetária 
  com as Zodiacais 
  Quatro a Quatro
  
  SOPhYa - A sabedoria de Deus Hebraico e Grego
  YOShePH - A esfera luminosa de Deus; o Livro da Luz, 
  o Livro mostrado a Moisés na montanha, o Livro 
  mencionado por Mahoma que declara não ter 
  conhecido seus Mistérios. O nome de Joseph 
  é derivado deste hierograma Hebraico
  UPaSe - A submissão ao Deus da homenagem da
  adoração e do serviço divino Sânscrito
Referências arqueométricas das festas católicas e das datas astronômicas.
  Triângulo de Maria
  Trígono das Águas Vivas, da Origem 
  e da Emanação Temporal dos Seres
  Tem sua Ponta no Solstício do Verão
  Significado das Letras
  M, MA, ME - 40
  
  Essa letra, a primeira do trígono solsticial sul, é a das Águas 
  Vivas, é a reguladora dos sistemas alfabético-lunarizados e, em 
  conseqüência, desarqueometrizados. Não responde mais ao Ya, 
  ao Yo que governa o Verbo; mas ao Me, ao Mi, que se desdobra sobre si mesmo.
  Também não correspondem ao princípio divino nem à 
  biologia divina, de onde toda a vida emana para a eternidade; mas a origem natural 
  e a fisiologia embriogênica do mundo, de onde toda a existência 
  emana temporariamente.
  
  
  Os sistemas vedo-bramânicos e todos os que derivam deles foram calibrados 
  sobre essa letra. Já não responde à Sabedoria de Deus, 
  para quem todo pensamento é um ser vivo; mas à mentalidade humana, 
  para a qual toda concepção é abstrata. É a Palas 
  do sistema órfico, a Minerva, o Manu feminino do sistema Etrusco.
  Seu número é 40, sua cor é verde-mar, seu signo zodiacal 
  é o Escorpião, sua constelação complementar é 
  o Dragão das Águas Celestes. Seu Anjo é Zarakiel.
  Seu planeta é Marte diurno, cujo Anjo é duplo: Kamael, o amor 
  físico da espécie que preside a geração, e Samael, 
  que preside a mortalidade que resulta dela. Grafiel é sua inteligência, 
  Modiniel é seu espírito planetário. 
  Sua nota é Ré.
  No ano litúrgico, corresponde à época de Todos os Santos 
  e à celebração das Almas Desencarnadas; no ano astral, 
  a 21 de outubro.
  As Letras Zodiacais Individuais
  M, MA, ME - 40
Ma - O Tempo, a 
  Medida, o Mar, a Luz refletida, a
  Reflexão, a Morte, a Água Sânscrito
  Má - A Negação Sânscrito
  " Medir, distribuir, dar, formar, produzir, ressonar,
  reter Sânscrito
  Ma - A Água, Tudo, o Nada Árabe
  " A Potência embriogênica, o desenvolvimento 
  no tempo e no espaço. Essa mesma letra expressa
  também a possibilidade, a interrogação Hebraico
  aM - Adorar, sair de si próprio; amata, o Tempo, a
  Enfermidade, a Morte concebida como uma Mutação;
  amati, o Tempo, o Ano, a Aparência, o exterior das
  coisas, a Parte de Fora Sânscrito
  " A Potência receptiva, plástica e formadora, a
  origem temporal, antítese do Princípio eterno Hebraico
  " A Maternidade, a Matriz, a Potência
  da Emanação Árabe
  R, Ra, Ré - 200
  Essa letra é a segunda do triângulo das Águas Vivas. Seu 
  número é 200; sua cor é laranja, composta por metade de 
  amarelo e metade de vermelho; seu signo zodiacal é Peixes; seu Anjo é 
  Borhiel; seu planeta é Júpiter noturno, cujo Anjo é Zadykiel; 
  a inteligência, Sophiel; o espírito planetário, Zadekiel, 
  segundo os caldeus e os cabalistas judeus.
  Sua nota é Ut,
  No ano litúrgico, corresponde à purificação e às 
  cinzas; no ano astral, a 21 de fevereiro.
  Ra - O Desejo, o Movimento, a Rapidez, o Fogo,
  o Calor, desde que fluídico e liquidificador Sânscrito
  " O movimento próprio, a irradiação
  visível Egípcio e Hebraico
  " A Visibilidade e a Visão Egípcio e Hebraico
  aRa - Rapidez, raio, roda Sânscrito
  aR - O movimento retilíneo, a força, o vigor,
  a impulsão, o ardor gerador Árabe
  
  
  H, Ha, He - 8
  Essa letra é a terceira do trígono das Águas Vivas. Ocupa 
  a parte inferior dessas Águas, no Solstício Sul, onde termina 
  o ano quente e começa o ano frio nas antigas cosmogonias. Seu número 
  é 8, sua cor é a violeta, seu signo zodiacal é Câncer, 
  seu Anjo é Mouziel; seu planeta é, no Mundo da Glória, 
  a letra B; no mundo astral, a Lua, cujo anjo é Gabriel; a inteligência, 
  Elimiel; o Espírito planetário, Lemanael, de acordo com os caldeus 
  e os cabalistas judeus.
  Câncer era chamado nos antigos Mistérios da Porta dos Homens. Sua 
  nota é Lá.
  Corresponde, no ano litúrgico, ao Dia de Corpus, e, no ano astral, a 
  21 de junho.
  Ha - A Água Viva, o céu, o Paraíso, a Morte que
  conduz a Ele, a geração que encama, em oposição
  à morte que desencarna Sânscrito
  " A aspiração vital, o esforço humano em seu meio,
  a existência temporal Hebraico
  aHi - A serpente, emblema do tempo Sânscrito
  " As nuvens sublunares...................................................Védico
  aH - A semelhança na espécie, a identidade, a
  fraternidade, o parentesco, o lar Hebraico
  
  A Letra Planetária B 
  Sozinha e Combinada com as Zodiacais
  
  
  Ba'á - Luz refletida, bondade (generosidade) Sânscrito
  B'a - O mundo planetário e sua luz Sânscrito
  Ba - O Meio, o Lugar, a Locomoção, as Coisas
  Temporais, a Origem, a Duração, a Extensão Hebraico
  " O movimento reflexo. Árabe
  B'u - A Terra, como meio e lugar de evolução
  temporal. Como verbo: Existir em um lugar e
  em uma condicionalidade Sânscrito
  aB - O ter como colorário do ser, a paternidade,
  a frutificação, a germinação, a vegetação	
  Hebraico
  " A Água, o Mar Sânscrito
  AaB - A água como elemento orgânico Persa
  BaHu - O fundo de grande quantidade de água, a
  Multiplicidade Sânscrito
  BaRH - Voltar a dizer, novamente, criar pela palavra Sânscrito
  B'RáMi - Substancionar, sustentar, alimentar Sânscrito
  As Letras Zodiacais Duas a Duas
  MáRa - A Morte, o Amor Sânscrito
  O termo amor aqui significa a atração cósmica e, portanto, 
  fatal, dos sexos, na unidade banal da espécie. Esse amor não tem 
  como objetivo a felicidade dos indivíduos, mas a reprodução 
  corporal, e, em conseqüência, a mortalidade nos reinos vegetal, animal 
  e humano.
  aMRa - A Imortalidade, o Amor Sânscrito
  O amor significa aqui a atração divina e, portanto, providencial, 
  das almas bissexuais por meio dos corpos. Essa Potência não leva 
  em conta só a felicidade dos indivíduos pela sua livre escolha 
  mútua. Ela os libera das fatalidades hereditárias da espécie. 
  E por essa razão que Moisés diz: "Você abandonará 
  seu pai e sua mãe para seguir a sua mulher e não serão 
  dois, mas um só ente orgânico". E pois da suprema individualidade 
  e da autonomia, do homem e da mulher, que se trata aqui, e, em conseqüência, 
  de sua imortalidade no mesmo Deus Vivo.
  MaRa - Mutação, o transporte fugitivo dos sentidos
  Externos Hebraico
  RaMa - A Graça, a Voluptuosidade, os Arrebatamentos
  constantes (Êxtase) Sânscrito
  " A Exaltação, a Efervescência, o Sublime, toda criação 
  divina, todo ato admirável gerado pelo amor Sânscrito
  RaHa - O Mistério Hebraico
  " A rarefação aérea Hebraico
  HaRa - A Potência que arrebata Sânscrito
  Hérê - A arrebatadora aérea. Juno Grego
  MaHa - O sacrifício, a oblação, a grandeza do amor Sânscrito
  " A purificação Hebraico
  HaM - O ardor gerador carnal, a paixão, a raiva, o fogo,
  o calor e seu movimento transitório Hebraico
  
As Letras Zodiacais 
  
  Três a Três
HaRMya - O que 
  contém: órgão, víscera, casa, palácio, a 
  
  cidade celeste Sânscrito
  HaRMa - A obra, o sortilégio envolto nos seus efeitos Védico
  HerM-es - O mesmo sentido. O condutor das almas 
  ascendentes descendentes Grego
  RaHaM - Eletricidade em movimento, o trovão, o raio Hebraico
  MaRH - O mar Etrusco
  MaRyâ-H - A Pureza, a Virtude, a Virgindade Sânscrito
  A Letra Planetária com as Zodiacais 
  Quatro a Quatro
  
  BRâHMa - Uma das três Potências Trimurti embriogênica 
  dos brâmanes. O Substanciador, o Sustentador Sânscrito
  MaHaBaRa - A grande criação pela palavra. Seu resultado, a ação, 
  a poesia divina Sânscrito
  ABRaHaM - É a potência que permite o segundo nascimento, aquele 
  da Graça: aB-RaMa, o Pai da Graça; Ba-RaMa, na Grécia. 
  Ibrahim é o mesmo nome, que o do Pai dos crentes, entre os orientais. 
  Eles não o aplicam somente ao Abraham da Bíblia, mas a todo patriarca 
  ou fundador de um determinado Estado social, pela mesma fé Sânscrito, 
  Hebraica, Persa, Árabe, etc.
  
  Abraham é, como Brahma, o patriarca dos Limbos e do Nirvana, quer dizer, 
  do triângulo embrionário das Águas Vivas. Os brâmanes 
  dizem "estender-se em Brahma", por outro lado, os hebreus dizem "adormecer 
  no peito de Abraão", quer dizer, retornar aos Limbos. Talvez devamos 
  acrescentar que, de acordo com o Evangelho, Abraão não morreu, 
  o que confirma o significado arqueométrico e cosmológico deste 
  patriarca androgônico.
Triângulo 
  dos Santos Anjos
  Trígono do Éter
Tem sua Ponta no 
  Equinócio do Outono 
  e no Signo da Balança
  
  
  Significado das Letras
  L - 30
  
  Essa letra é a primeira do trígono do Equinócio do Oeste 
  ou do Outono, a dos anjos e do Éter. Preside o que os antigos Mistérios 
  dos patriarcas chamaram de o Tribunal dos Anjos.
  Ela cruza pelo meio o espaço compreendido entre as letras M e o I. Daqui 
  deriva o nome que o primeiro Zoroastro dá a essa Potência celeste: 
  Mitra. Tra provém do Sânscrito Tri, que significa cruzar. O sentido 
  do nome dessa Potência é, então, o que cruza o M e o I: 
  MI-Tra. Todos os cultos derivados das sobras mais ou menos alteradas da antiga 
  Sabedoria contêm, entre seus arcanos, o do Juízo do Tribunal dos 
  Anjos: Egito, Caldéia, etc.
  Ressuscitando a Tradição Órfica, Esquilo tinha feito sobre 
  este juízo sua tragédia intitulada: A Pesagem das Almas.
  O número desta letra é 30, sua cor é verde esmeralda; seu 
  signo zodiacal é a Balança; seu planeta, Vênus noturno, 
  a misericórdia velada: seu Arcanjo, Mikael; sua nota, Fá sustenido. 
  No Ano litúrgico, corresponde à época dos Santos Arcanjos 
  e Anjos.
  
  
  As Letras Zodiacais Uma a Uma
  L - 30
  L - A Potência executiva, a que corta, resolve, dissolve 
  e liquida Sânscrito
  Lâ - A Potência que recompensa ou castiga Sânscrito
  Lá - A ação sem fim e o fim da ação, a potência 
  que reenvia ao Ser ou ao
  Nada Hebraico
  aL - A Potência que contém e retém, adorna e despoja Sânscrito
  aL - A Potência que eleva o entendimento, O, Aquele, o
  pronome divino tomado pelo Nome-Deus Árabe
  âLa - A grandeza do espaço etéreo, sua Potência 
  angelical constituída Sânscrito
K - 100
  K - Todo objeto móvel, material ou espiritual, corpo ou
  alma, sobre o qual exercem ação, o ar ou o éter Sânscrito
  " A Potência repulsiva (que repele) Hebraico
  aK - O movimento em espiral Sânscrito
  " A Potência que arranca Hebraico
Za - 7
  Ça - A ventura Sânscrito
  " O raio luminoso Hebraico
  aÇa - O elemento elementar Sânscrito
  aZZ - A ordenação Etíope
  " A iniciação Árabe
As Letras Zodiacais 
  Duas a Duas
  KâCa - O Translúcido, o Cristal Sânscrito
  KaZ - A Translação Hebraico
  " A transfiliação e a atadura do tecido Árabe
  ÇaK - Poder Árabe
  KaLa - O desprendimento das aparências, o quadro
  Comum Sânscrito
  KaL - A. rapidez, o impalpável Hebraico
  LaX - A visibilidade, a sinalização, o signo dos seres Sânscrito
  LaG - A imponderabilidade -
  LaKa - A face, a frente que assinala a alma -
  ZaK - A difusão no tempo ou no espaço, a fluência e o
  que flui Hebraico
As Letras Zodiacais 
  Três a Três
  KoeÇaLa - A prosperidade, a boa sorte Sânscrito
  ÇaKaLa - A diálise, a desintegração do corpo físico, 
  transfluir 
  forma orgânica Hebraico
  L-âKâÇâ - A Potência do Éter Sânscrito
  Lá-KS - O primeiro termo significa trono, o segundo, 
  Delegação Hebraico
  
  Os antigos sacerdotes chamavam o Éter: o carro ou o trono de Deus. O 
  termo delegação da Soberania convém ao pronome, tenente 
  do nome; ao Éter, ligação entre o Mundo da Glória 
  e as forças do mundo astral; â Potência viva do Éter, 
  cujo Arcanjo São Miguel, Chefe dos Anjos, indica também uma delegação, 
  a do Verbo: MIchaEL, reflexo de Deus.
 
  
Triângulo 
  do Cordeiro 
  ou do Carneiro
Trígono 
  do Fogo Revitalizador
  Tem seu Início no Equinócio 
  da Primavera e no Signo do Carneiro
Significado das 
  Letras
  HE - 5
  Essa letra, a primeira do trígono oriental da primavera - a dos Anjos, 
  como sua homóloga, mas dos Anjos do Fogo Criador -, é uma letra 
  divina - como as letras I, Ph, Sh e O.
  É característica ao nome do Pai, e, por sua analogia, a que responde 
  ao signo de Câncer, entra também na composição do 
  nome do Espírito Santo, ROuaH-ALa-HIM.
  Esse signo: o H suave é acrescentado à maior parte dos hierogramas 
  importantes para torná-los efetivos ou correspondentes do Mundo físico 
  da Glória.
  Porém, é inútil desvendar mais esse Mistério. Essa 
  letra é uma animadora vital. Seu número é 5, sua cor é 
  laranja-vermelho, seu signo é o Carneiro ou Cordeiro, trono do Sol, seu 
  Planeta é Marte noturno ou o Centurião.
  Seu Anjo é Kamael. O Ré sustenido é sua nota, sua corda 
  e seu modo. No ano litúrgico, corresponde à época de Páscoa.
AS LETRAS ZODIACAIS 
  UMA A UMA 
  HE - 5
  He - O sopro vital, expiração de Deus, aspiração 
  do homem. 
  O Ser Supremo. A união psíquica dos sexos. 
  A voluptuosidade divina. O estremecimento celeste. 
  O Fogo vital Sânscrito
  W, OU - 70
  W,Ou - A potência latente da profundidade e de toda a interioridade 
  não manifesta, como o som grave indefinido, 
  o fogo que incuba, etc Védico
  T - 9
  Ta - O Néctar ou a Ambrosia, a Matriz (Útero) Celeste
  da Vida Sânscrito e Védico
  TaT - A Essência Suprema, a realidade absoluta, a inteligência, 
  o espírito, em sua realidade imortal Sânscrito
  aT - O movimento perpétuo, o incansável -
  Titá - O Fogo, o Amor, o Tempo -
As Letras Zodiacais 
  Duas a Duas
  HOu - Oferecer o sacrifício divino Sânscrito
  HOuH - Revelar, manifestar o que estava oculto Hebraico
As Letras Zodiacais 
  Três a Três
  HOT - O Fogo, o Calor Céltico
  HOuDOu - O Carneiro, o trono do Sol Sânscrito
  CAPÍTULO QUINTO
  O Arqueômetro
  e a Tradição Oriental
  Arqueometria das Letras do Alfabeto
  Sânscrito, em suas Relações com as XXII
  Letras Adâmicas e sua Distribuição em:
  III. CONSTRUTIVAS.
  VI. EVOLUTIVAS.
  I. CENTRAIS.
  XII. INVOLUTIVAS.
  I. A. - Expressa, em védico e em sânscrito, tendência ativa, 
  direção e objetivo definido.
  Representa, no Aum, Vishnu, o Penetrador. Esse fato indica uma antiga referência 
  arqueométrica, sendo o valor morfológico do A adâmico o 
  Raio, que implica todas as idéias e todos os fatos relativos ao Raio 
  na hierarquia de todas as ciências. A aplicação dessa letra 
  ao Aum é anterior, como o próprio hierograma, para a Trimurti 
  ou a Trindade Brahma-Shiva-Vishnu. Notemos que a letra A atribuída a 
  Vishnu lhe confere o primeiro lugar na Tríade brahmânica. Porém, 
  sua pronúncia, A + U = O, o que refere o Aum ao 3º ângulo 
  do primeiro trígono do Arqueômetro, que se apóia sobre o 
  primeiro ângulo do segundo trígono, o de MaRiA. Voltaremos mais 
  tarde a esse termo tão importante, que é, em hermenêutica 
  verbal, o companheiro, não exatamente igual, do IHOH arqueométrico.
  Como em grego, A, em sânscrito e em vedo, significa unidade e universalidade. 
  E também aumentativo e exclusivo, magnificante e admirativo. Seu valor 
  primordial está em Axa, círculo, girante, roda radiante, carro. 
  De onde Axara, o Invisível e o Absoluto. Unida à I ou à 
  J, expressa em AIA o primeiro Ser, em Aja, o "cabra macho" (Bode) 
  como chefe do rebanho. Em AY, movimento diretor, ir. Em AyA, a finalidade obtida, 
  a do Princípio em movimento, o sucesso, a boa fortuna.
  Unida à letra solar Na, expressa a marcha solar de um solstício 
  a outro.
  Como exclusivo, em ADITI, significa a natureza indivisível.
  Como aumentativo, em ADD, significa a união íntima.
  Como primeira abertura e primeira emissão direta do aparelho vocal, significa 
  a irradiação da palavra: AH, que ele emite. Pelas mesmas causas, 
  como primeira 
  Voyelles (Vogais) Consonnes (Consoantes) gutturales (guturais) palatales (palatais) 
  cerébrales (cerebrais) dental (dentais) labial (labiais) semi-voyelles 
  (semivogais) sifflantes (sibilantes) aspirées (aspiradas) dobros (duplas) 
  Chiffres (Cifras) Sígnes Derives (Sinais Diversos) apóstrophe 
  (apóstrofe)
  abertura do equivalente luminoso da palavra, expressa, em AHA, o Dia. A expressa 
  em ADI a principalidade e o Princípio, a preeminência e o primordial.
  A idéia primitiva de irradiação também se encontra 
  novamente em AYU, rapidez, marcha sustentada, movimento durável e duração.
  II. BA. - Significa base, como termo de profundidade, vaso, receptividade localizada 
  e circunscrita, lugar e meio condicionais de existência, lugar e meio 
  de embriogenia, corpo, habitáculo, possessão; ter, como auxiliar 
  orgânico o ser. De onde BA, Estrela e Constelação, BU, Terra. 
  Esses nomes não se aplicam a estes objetos, mas os consideram lugares 
  e meios de existência embriogênica. É por isso que essa letra 
  foi dedicada pelos grandes sábios patriarcais Templários a BAR-UM, 
  o espírito das águas protoplasmáticas solarizadas. É 
  por esta razão que continua a ser dedicado, no sistema védico 
  e sânscrito, a Varuna, mesmo que a mudança do B em V apague essa 
  correspondência.
  Restabelecida, como foi dito, a referência arqueométrica é 
  evidente e traz o sinal da síntese primordial do Verbo. Efetivamente, 
  sobre o Arqueômetro, a letra planetária Ba ocupa a parte inferior, 
  o fundo, o Sul do trígono das Águas Vivas psíquicas e não 
  o Norte, como no sistema lunar vedo-bramânico.
  III. GA. - Significa movimento agregativo, orgânico, resultante não 
  da matéria, mas do número que a transforma em substância 
  específica, regulando-a. GA expressa toda harmonia em movimento, desde 
  a dos Céus até a de vocês, até a das forças 
  específicas e dos átomos constituídos em corpo ou em forma. 
  A mesma letra raiz pinta todo corpo coletivo dotado de harmonia e de organicidade, 
  uma sociedade hierarquizada por leis, um exército astral ou humano, etc.
  Esses sentidos estão em GA, em GANA, em GANI. GA é dedicada a 
  GANEÇA cuja ortografia adâmica é GAN-IShA. É por 
  isso que os fundadores das línguas védicas e sânscritas 
  deram a GANEÇA o sobrenome de ISh-VA, que mais tarde foi invertido por 
  ShIVA.
  O fato que acabamos de trazer à luz demonstra uma antiqüíssima 
  referência da letra GA ao primeiro trígono, o do Solstício 
  Norte, antes de sua inversão para o Solstício Sul pela Universidade 
  Vedo-Bramânica. GAN-IShA significa o Senhor da Harmonia e do Organismo 
  Universal, GA, relacionados ao centro solar dos dois mundos, o Visível 
  e o Invisível, pela letra central Na.
  Podemos ver sobre o Arqueômetro que GA é a planetária divina 
  da zodiacal O, último termo do primeiro trígono, o do Verbo-Jesus, 
  I-PhO, I-Sho.
  GA foi dedicada também a GANDHARVA, sobrenome védico de AG-NI. 
  AG de AG-NI = 1 e 3 em 13, metade ou oitava de 26, sendo este último 
  a soma das letras numerais do nome IHOH; 26 = 20, cujo equivalente é 
  a letra Ka, mais 6 cujo equivalente é a letra O. Em adâmico KO, 
  em védico e em sânscrito, KaVi, que significa o Deus Criador pela 
  sua Palavra ou pelo seu Verbo.
  KaVi, o poeta divino, é um dos sobrenomes de Brahma. Este último 
  fato não tem referência arqueométrica possível no 
  que concerne a Brahma. Com efeito, Brahma
  
  
 
  
  
  Ether (Éter) Feu éthérée (Fogo etéreo) Air 
  éthérée (Ar etéreo) Eau éthérée 
  (Água etérea) Terre éthérée ( Terra etérea)
  
tem como equivalente 
  aritmológico 248, cujo radical por oitavas é 31; porém, 
  o mesmo número 248 não contém nem o 26, nem o 13, em nenhuma 
  de suas progressões. Acontece de uma forma completamente diferente com 
  as relações do AG-ni e do KaVi, de 13 e de 26 com IHOH, e somente 
  com Ele. E neste caso, a arqueometria do Verbo desvenda a origem das referências 
  que o vedo e o sânscrito não encerram no sistema de bramânico.
  A Oitava, a simetria interna, a metade virtual de 26, é, então, 
  13, de onde encontramos novamente a orgânica GA, seja em 1 e 3, onde 13 
  = AG, seja em 10 + 3 = IG.
  Os dois hierogramas AG, IG unidos à letra solar N, formam AG-NI, IGN-ISh. 
  Em ambos os casos, o sentido é: 1°) em védico, o Fogo orgânico 
  central de Deus; 2º) em etrusco, o Fogo orgânico central do Senhor. 
  Esse Fogo, natureza interna de Deus, atuando em seu Verbo, é o Amor Divino, 
  o Amor Criador. Nosso Deus é um Fogo devorador, disse Moisés. 
  Antes dele, o primeiro Zoroastro havia reivindicado esse Fogo do primeiro trígono, 
  em oposição à água do segundo trígono enraizado 
  pela Universidade Vedo-Bramânica.
  Nisso, como no resto, o Arqueômetro do Verbo é, então, o 
  revelador científico de seus Mistérios. Dele sai a luz que ilumina 
  até a mais insondável escuridão de todas as substâncias, 
  incluindo-se as do espírito humano. Acaba por mostrar-nos a inegável 
  relação do sistema Vedo-Bramânico à religião 
  primordial e eterna do Verbo Criador e do Verbo Encarnado.
  Na mitologia indiana, GANDHARVA e os GANDHARVAS são os números 
  harmônicos, os equivalentes aritmológicos das letras, das Potências 
  e dos anjos da Palavra do Verbo.
  Presidem a GaNa celeste, no organismo universal do Céus fluidos ou divinos 
  e dos Céus astrais ou físicos, nas harmonias essenciais ou formais 
  que regulam as Substâncias, as Forças e a Constituição 
  dos corpos fluidos ou ponderáveis, supra-etéreos, intra-etéreos 
  ou subetéreos.
  A Música dos sons e dos perfumes é uma das correspondências 
  atmosféricas destes equivalentes. Daí o uso dessas duas línguas, 
  dessas duas músicas, da acústica e da olfativa, em todos os cultos 
  da religião universal do Verbo, por meio de suas formas ortodoxas e de 
  todas as suas deformações devidas aos Cismas. O termo Ortodoxo 
  significa, em Arqueometria, exato em ciência, em religião, conforme 
  com a sabedoria que une a ciência e a religião com uma síntese 
  indissolúvel.
  O GA-Na celestial da Universidade Vedo-Bramânica deriva dos
  antigos patriarcas. Esse é o mesmo GAN de Moisés, o GAN-BIHEDEN. 
  Era antes dele o GANA-AYODANA dos arianos da proto-síntese. Este termo 
  expressa a Tsiôn Celeste ou Paradisíaca, a Cidade Divina dos Tesouros 
  Divinos e Humanos, o Estado social celeste, com sua correspondência terrestre 
  sobre iodos os astros; é a Igreja triunfante e a Igreja militante unidas 
  em uma Yoga, em uma Yova. Indissolúveis, por todas as suas correspondências 
  no Princípio Uno e Universal do Arqueômetro. Este Princípio 
  é o Verbo, sua ação é a Palavra.
  
  No Nadir da GANA, sua antípode das trevas é, em védico 
  e em sânscrito, a GAHANA, ou Cidade Anárquica, inorgânica 
  e inarmônica, a civilização infernal dos maus espíritos, 
  tanto neste mundo como no Outro.
  Esta cidade infernal cuja especificação passada pelos patriarcas 
  aos Vedo-brâmanes é a Gehenne de Moisés.
  IV.Da. - Expressa a divisibilidade distributiva, divisão e doação, 
  compartição e distribuição, difusão e dispensação, 
  providência e preservação substancial dos seres.
  Essa raiz se encontra novamente no termo sagrado Sha-DA-Y, que passou do adâmico 
  para o védico. O ShaDI e o ShaDE de Moisés provêm da mesma 
  fonte e possuem a mesma raiz.
  Apontamos que esse termo escrito em Adâmico quer dizer ShADAI; a soma 
  dos números se iguala à das letras do nome Sagrado de Jesus, IShO,316.
  ShADA-I significa a Providência de Deus; Deus doando-se a si mesmo. O 
  mesmo hierograma se encontra novamente na Cosmogonia do primeiro Zoroastro; 
  DA-TU-ShO, o doador de si mesmo; Deus dando-se em sacrifício na criação, 
  na conservação e na redenção dos seres.
  Dayê e Dê expressam, em védico e em sânscrito, a vigilância 
  divina do amor, seu carinho clarividente, sua piedade ativa, sua para-visão 
  ou providência, sua Luz, sua caridade.
  Passando da Teogonia para a Androgonia, o mesmo termo-raiz conserva esses componentes 
  de providência humana, que constitui a família e a sociedade. Os 
  dicionários hebraicos estão longe de ter conservado a hierarquia 
  dos sentidos divinos e humanos, como no védico e no sânscrito. 
  É por isso que se torna muito difícil seguir pelas suas interpretações 
  o pensamento arqueométrico dos inspirados no Verbo, desde os patriarcas 
  pré-mosaicos, como Jó, até o fundador de Israel, Moisés; 
  em suma, até os Profetas e a Barith Ha Kadoshah, dito de outra forma, 
  nosso santo Evangelho, em hebraico.
  É assim que DA não tem mais que um valor de pronome demonstrativo, 
  e DAD, mama (peito), ou seio.
  Entre os antigos vedo-brâmanes, DA teria sido dedicada ao espírito 
  cosmogônico que sustenta o Arco do Sagitário. Aqui, o Selo do Arqueômetro 
  do Verbo e da proto-síntese dos patriarcas manifesta-se mais intensamente 
  sobre a impressão vedo-sânscrita da letra Da que sobre a das três 
  precedentes A, Ba, Ga. Conseguimos relacionar legitimamente estas últimas 
  ã sua verdadeira posição arqueométrica: uma, a A, 
  ao Raio; a segunda, Ba, ao ângulo solsticial Sul do trígono das 
  Águas Vivas; a terceira, Ga, ao ângulo de Fogo do primeiro trígono, 
  o da Terra viva, a Terra divina e no Astral do Verbo-Jesus. Da localiza-se em 
  seu lugar arqueométrico em Da-Nu. Ela, então, encontra-se sobre 
  o planisfério da glória, a planetária cuja letra zodiacal 
  é a U adâmica, protótipo e Potência angelical verbal 
  do Sagitário astral. E este arco é o U de Da-Nu. A relação 
  deste hierograma com DaNa, o protograma ariano do He-den, prova mais uma vez 
  com que fidelidade Moisés adotou a tradição da Igreja Patriarcal, 
  por meio de todas as Universidades Templárias de seu tempo, para voltar 
  a colocá-la no ponto de ortodoxia, sobre a esfera do Princípio: 
  SphaR BRA-ShITh. Não é indiferente dizer que SPhaR não 
  significa Livro, e sim Rolo, e Rolo no sentido de círculo. SwaR, em sânscrito, 
  significa a esfera ou o planisfério celeste, Mais ainda, SphaR, cujo 
  equivalente aritmológico é 340, que expressado em números 
  dá 300 + 40 = SheMa, significa, ao mesmo tempo, signo arqueométrico, 
  céu da palavra ou da glória e mesmo Deus em sua autografia e em 
  sua Autologia.
  V. È. - E, È, Ê, He. E simples menos usado em védico 
  e em sânscrito que sob sua dupla forma E, de onde é Dwi-Yoni de 
  A + I. Este fato comprova uma elongação em face da língua 
  arqueométrica primordial.
  Ê significa chamada e vocação.
  Há apresenta em védico e sânscrito numerosas interpretações 
  arqueométricas: causa, como Potência geradora de efeitos, e, a 
  esse título: céu, Terra Divina ou Paraíso, o ser, e a substância 
  direta do ser.
  A esses sentidos teogônicos podemos acrescentar os androgônicos 
  seguintes: o amor vital, essencial, a união sexual das vidas, sem o contato 
  dos corpos, a criação sem procriação, a felicidade. 
  Esses sentidos descem um pouco de grau em grau, até o carnal, porém 
  nele o psíquico e o biológico predominam sobre o fisiológico.
  HaY toma do Y o significado do movimento apaixonado, de estrondoso prazer, de 
  render honrarias, de entusiasmo retumbante.
  HO, em HoVa, expressa sacrifício e oblação de amor (repressão 
  do amor).
  HI diz para atirar-se fora de si em direção ao outro, demonstrar 
  sua virtude, sua potência, e todos esses sentidos vêm ao mesmo tempo 
  dos arqueométricos de He e de Y.
  HU expressou o amor extático e o sacrifício à Divindade.
  Ê, unida ao sufixo Ka, em ÊKA, quer dizer a imparidade, e a causa 
  desse fato, a Unidade examinada sob um certo aspecto, o Uno, ele mesmo em relação 
  ao outro, Auya. Aqui se reconhece a fonte de uma das idéias fundamentais 
  do Platão. Esse fato denota uma antiqüíssima referência 
  arqueométrica. Os Mestres das Universidades bramânicas e budistas 
  poderão perceber facilmente sobre o Arqueômetro, acompanhando a 
  breve demonstração que segue:
  A + D, 1 + 4 = 5 = E; K - 20; EK = 25. Aqui trata-se do 5, que é o valor 
  numérico da letra E, fazendo a função de unidade, seja 
  nela mesma, seja em 25. Nas antigas Universidades Patriarcais, cujas sínteses 
  de PhO-HI trazem ainda a marca arqueométrica, 5 e sua numeração 
  significam a Potência extensa da Unidade. 5 era o expansor tipo, correspondente 
  ao calor radiante.
  Vinte e cinco era o dilatador, 50 o grande expansor, 55 o grande dilatador interferencial. 
  Esses significados, que permanecem sem bases científicas no antigo Oriente 
  pós-diluviano, recuperam todo seu valor primordial ao serem controlados 
  com a pedra de toque do segundo critério, quer dizer, da observação 
  e da experimentação ocidentais. Em Sonometria, desde o duplo ponto 
  de vista dos números parlantes e das cifras inversamente proporcionais 
  das vibrações que eles causam nos corpos fluidos ou ponderáveis; 
  o significado de 25 é: 25/24 para a Aritmologia parlante e musical, e 
  24/25 para a aritmétrica funcional das vibrações. Todo 
  som bequadro marcado, seja simplesmente, seja por multiplicação 
  harmônica do número 25 fazendo a função da unidade 
  sonora, dará a seu sustenido na corda o número 24. Da mesma forma 
  ocorre para todo som bemol: dará a seu bequadro nas mesmas condições 
  aritmológicas.
  Como a música dos números regula a harmonia sucessiva ou simultânea 
  do duplo Universo, desde o seu conjunto até os menores detalhes, será 
  compreendido facilmente depois do que acabamos de comentar, porque os patriarcas, 
  grandes Mestres da proto-síntese do Verbo, concordaram que Ê + 
  Ka ou a 25 tem um significado funcional todo especial para esse número, 
  tomado em função da Unidade.
  Agora, se examinarmos sobre o Arqueômetro a posição da letra 
  zodiacal Ê, no ponto do Equinócio de outono (vernal), e sua planetária 
  Ka, será visto que as duas juntas têm por equivalentes o termo 
  EKa e o número 25. Assim, encontra-se marcado pelo próprio Verbo 
  e explicado o mistério do calor vital e irradiante no duplo Universo 
  divino e físico. Eis a causa deste calor, que o triângulo de Fogo 
  se encontra confirmado por três letras zodiacais, HOuT, que, em védico, 
  significam o Fogo Huta, e também HOuT e HOuD, o Carneiro e o Cordeiro.
  D, marcado com um ponto em cima, equivale a um T limítrofe do Th e do 
  Z. Assim, esse triângulo da substância ígnea é autológico 
  como todos os outros. No mundo astral, EKA, 25, é março no Carneiro; 
  porém, é também a Yoga ou o YoVa do Sol sobre seu Trono.
  Retornaremos sobre esses significados ao falar do Senhor Central, do Verbo solar, 
  do Lumen de lumine, a propósito da Páscoa e da Crucificação 
  do Cordeiro de Deus, do AG-NI do IHOH.
  Não abandonaremos a letra Ê, sem dizer que AÊ-Lá significa 
  o Filho, o Enviado de ILâ, a Palavra Santa, a substância pura da 
  Terra Santa de Deus.
  ELa-Ka expressa também o Carneiro, sob uma concepção diferente 
  de HOuT e de HOuD.
  EVa quer dizer, em zenda, concordância interior para a vontade de Deus; 
  o mesmo significado se dá em sânscrito, em AEVa e em ÊvaM, 
  que expressam a idéia Assim Seja, como o termo Aum, proveniente de OM, 
  cuja pronúncia secreta comporta duas vezes a letra que nos ocupa, HOMOH. 
  Damos suas letras, porém não indicamos como têm de ser articuladas, 
  para que esse Amém dos patriarcas dê ao religioso puro, mesmo no 
  fundo de sua vida, a resposta biológica da alma universal. Dissemos alma 
  universal, o ATh HaDaM que dependente do ROuaH ALHIM. Pois os nomes do Filho 
  e do Pai têm outras correspondências arqueométricas relativas 
  aos graus supremos dos ATh no ATh do Verbo. É esse grau teogônico 
  aquele que o Nosso Senhor Jesus Cristo considerou, quando disse: Eu sou o ATh, 
  o Alef e o Tau.
  VI. AÔ. - A 14ª letra no alfabeto sânscrito e a 4ª letra 
  dupla, diptônica ou Dwi-Yôni: A + A + 6 = Â + U. É 
  o Gonna de O ou a Vriddhi de U ou de Û.
  A maior parte das palavras em que se encontra AÔ tem, pois, U, Û 
  na sua raiz, enviando novamente à etimologia para U simples ou duplo.
  Va, 43ª letra e a 4ª semivogal do alfabeto sânscrito, é 
  a vocalização da vogai U, pronunciada Ou. É um trino labial 
  do sopro orbicular Ou. Existe freqüentemente a conversibilidade desta letra 
  Va na letra Ba. A razão arqueométrica desse fato é que 
  os equivalentes musicais das notas correspondentes a Ou e a Ba estão 
  nas relações sonométricas de 10/8 e de 8/5, quer dizer, 
  da modal externa ou terceira maior e da conjugai interna ou da sexta menor, 
  no que concerne aos números parlantes. As relações específicas 
  dessas duas potências verbais no Mundo Teogônico da Glória 
  seguem a mesma correspondência em Psicogonia e em Psicologia, em todos 
  os graus da hierarquia das ATh. A mesma correspondência prossegue nas 
  relações aritmológicas das forças e das substâncias 
  físicas. No mundo astral, tornamos a encontrá-la novamente entre 
  Vênus e a Lua.
  Contrariando os astrônomos modernos, Vênus é uma Lua do Sol, 
  e sua rotação em torno do astro central é semelhante à 
  da Lua em torno da Terra. Faz pouco tempo que se demonstrou que o dia de Vênus 
  é igual ao seu ano. Mais ainda, esse planeta tem sofrido uma mudança, 
  uma transposição com o seu vizinho Mercúrio, mudança 
  de cor, de tamanho, de figura e de curso.
  O Arqueômetro manteve sua posição primordial cuja alteração 
  teria acontecido por volta do século XIX antes de Nosso Senhor Jesus 
  Cristo.
  Varron, sempre tão escrupuloso em suas investigações, fazia 
  coincidir esta transposição e essa catástrofe de Vênus 
  com o Dilúvio, marcada com as letras arqueométricas que lhe correspondem: 
  OGyges.
  O que precede explica na razão e na palavra absoluta do Verbo os sentidos 
  que seguem. Va se refere a O nos significados sânscritos de potência 
  fluida em movimento, em turbilhão ou cíclica, tal como a corrente 
  atmosférica, vento, sopro que sempre acompanham as forças, o poder, 
  a ação e a manifestação de ROuaH.
  Pelo contrário, o termo Va em Vas se refere a Ba, quando significa habitação, 
  e passa do Elemento fluido ao Elemento líquido de Ba. Assim, Varuna escrita 
  por Baruna significa a Água, o Oceano, o que concorda com a posição 
  arqueométrica de Ba e de seu zodiacal no Triângulo da Água.
  Pelas mesmas razões, Vax é substituto, em védico, de Ox 
  ou de Oux, boi ou touro, termo que é o equivalente da Potência, 
  alento, e em conseqüência de peito. Vaxas, em irlandês, Ouch.
  A zodiacal Va, unida à sua planetária Ga, conserva em sânscrito 
  em Va-Gni e em VaCh, seu sentido arqueométrico verbal, e significa o 
  ser que fala.
  Unida à vogai I ou à sua bucal J do primeiro trígono, VâJ 
  significa, em védico, preparar a estrada aos deuses, adornar seu Reino 
  Sagrado, render-lhes homenagens.
  Gravitando em tomo do centro solar, Na, a orbicular Va expressa em VaN a onda 
  sonora, o rugido, o estrondo do som constitutivo aritmológico de todas 
  as coisas. É 6 quem multiplica ao 50 e evoca deste modo o 300 de Sh. 
  Como derivado de O, de Ou, e de U, VaN significa, em védico, a oblação 
  total de si, a adoração, o desejo, a oração apaixonada. 
  E a raiz do latim Venerar. Esse sentido absolutamente arqueométrico no 
  que diz respeito à terceira letra do primeiro trígono e suas correspondências 
  astrais não deixa nenhuma dúvida sobre a absoluta pureza original 
  destas últimas, assim como também as relações que 
  expressam entre as faculdades semelhantes da alma humana e das almas universais 
  em seus diferentes graus. Mas quando VaN, em Va-Na, significa, em védico 
  e em sânscrito, habitação, casa, água, como meios 
  orgânicos, bosque, selva, floresta, como habitáculo, a letra Va 
  não se refere mais à letra O como acima, mas à letra B.
  Pelo contrário, em Va-Ni, Fogo, têm conjunção dos 
  movimentos específicos das duas vogais que formam a base do primeiro 
  trígono e da central solar Na; da mesma maneira em Va-Ni, mulher, esposa, 
  companhia venerada no Espírito Santo da vida, anjo do lar. Unida à 
  zodiacal Norte do primeiro trígono, Va, em Va-P, expressa a idéia 
  da força gênica em todos os graus da potência geratriz: paternidade, 
  especificação, ensemenciamento.
  Unida à central solar Na, essa raiz significa a Divindade, VaPu-Na, quando 
  doadora da vida e das substâncias especificadas de acordo com as espécies, 
  o que é uma das características do Verbo, I-Pho.
  VaPu-Na significa também conhecimento, desde que doação 
  do Verbo e de sua ciência, por meio direto da fenomenologia universal 
  e de sua sabedoria, ou nas mesmas vidas. A beleza dessas correspondências, 
  a limpidez luminosa de sua profundidade, não deixa nada a desejar, eles 
  procedem, no mais alto grau. dos nomes do Filho por intermédio do Espírito 
  Santo da vida. Essas correspondências conjugam o modo da verdade, com 
  a sua expressão verbal que é a beleza, fazendo ressonar a letra 
  Sh do Santo Nome I-Sho. 
  VaPuSh quer dizer, realmente, o belo, o esplendor do verdadeiro, a morfologia 
  do verdadeiro, seu nome gráfico de forma, como equivalente lógico 
  de essência ou de substância. De onde o sentido de manifestação, 
  de encarnação, de admirável corporização, 
  seja esta fluida ou ponderável, de acordo com os meios. Junto com a letra 
  Y, a emissiva e a remissiva do primeiro trígono, Va a envolve harmoniosamente; 
  VaY quer dizer o movimento rítmico, idade, época da vida e, num 
  sentido mais restrito, a juventude, a flor da idade. VaSh em VaÇ e VaÇa, 
  a vontade divina, reguladora do conjunto, de onde a graça que concede 
  a autoridade suprema, o Va ÇI, um dos oito atributos de ShIVa, cuja inversão 
  é ISh-Va.
  A correspondência arqueométrica com o primeiro trígono permanece 
  inalterada no que precede, apesar da inversão. Ela comenta desde todos 
  os pontos de vista o método do Verbo Encarnado: Fiat voluntas tua. Este 
  método, em todos os graus da vida, da ciência e da arte, é 
  o único verdadeiro. E quando o homem coloca seu Fiat voluntas mea gera 
  ele mesmo a morte, a mentira e a feiúra. Pois o homem não cria 
  nada, em qualquer ordem que seja, ele não tem valores de Princípios, 
  nem na vida, nem na ciência, nem na arte. Não possui da Vida mais 
  que a existência por reprodução, e o princípio desta 
  existência, como sua finalidade, está somente na vontade do produtor, 
  único que vive por si próprio. Da mesma forma, o espírito 
  humano não é o princípio da ciência nem da arte, 
  mas o seu reflexo. A incidência dessa reflexão, ciência e 
  arte, pertence somente a Deus e à sua vontade, como razão suprema 
  de todas as coisas e como manifestação desta razão: quer 
  dizer, como Verbo e como palavra. Somente Deus é sábio, só 
  Deus é o artista, assim como é o único ser vivo.
  O homem só tem poder para tomar conhecimentos da ciência, da arte, 
  da vida, e de assimilá-los por semelhança, quer dizer, por obediência 
  à vontade de Deus em todas as coisas, pela observância das Leis 
  de seu Verbo e de sua Palavra, em qualquer fato (circunstância) que seja.
  Por acaso o suposto sábio talvez acredite nas leis dos fatos que observa 
  e experimenta? As leis e os fatos existem antes de qualquer verificação 
  humana.
  Por acaso o suposto artista acredita nas leis da harmonia que, de acordo com 
  seus equivalentes, são os componente de todas as artes? Para uma faculdade 
  psicológica de sua vida em correspondência com uma Potência 
  psicogônica do Verbo, o artista sente essas leis como um sonâmbulo 
  inconsciente. Ele não pode dar razão nem de apenas entre elas, 
  nem a fortiori de seus encadeamentos harmônicos na divina razão, 
  que é a única que o constitui.
  Em um grau ainda menor, temos que classificar o filósofo na categoria 
  dos postulantes inconscientes. Dissemos postulantes porque o artista é 
  mais vital do que mental e porque, a este título, está mais próximo 
  do Verbo e em fundamento é menos mentiroso que o mental individual que 
  atua por critérios de certeza. O filósofo agita razões 
  pessoais abstratas, sem fundamentos nas leis. O artista remove inconscientemente 
  fatos e leis, dos quais ele não sabe os porquês. Essas duas raças 
  mentais e psíquicas são, pois, profanas e profanadoras por excelência, 
  enquanto dura o sabbat de sua inconsciência, e as raças políticas 
  que eles geram são as piores do que as que podem revolucionar e governar 
  as sociedades humanas. Acontece que sua anarquia diz, em Iodas as coisas: que 
  seja feita a minha vontade.
  VaÇiu, que tem a Vontade, o poder, o império.
  Vas, habitar, residir, revestir-se, fixar-se: provém de Bas.
  Vas, amar, aceitar: deriva de OS.
  Vasishtha, que deriva de Vasi, é um epíteto do Fogo e de Agni. 
  É também uma das sete estrelas da Ursa Maior.
  Vasu, bem, riqueza, ouro. Agni, o Fogo, o Sol, Raio de Luz.
  Shiva, Kuvêra, expressa também os Vasus, classe de divindades védicas. 
  Este termo, Vasu, significa, ora Água, ora Fogo, não oferece estas 
  contradições, a não ser na conversão da letra O 
  para a letra B, e reciprocamente. Significa também árvore em geral. 
  Esse sentido é notável em relação à planetária 
  B do triângulo da Água, e da zodiacal O, do triângulo da 
  Terra.
  A potência vegetal tem por força especial o fogo elétrico 
  polarizado, atuando ao mesmo tempo no ar e na terra úmida. Se olhamos 
  e fotografamos uma faísca elétrica, veremos que ela apresenta 
  a forma de uma arvorescência típica, referindo-se tanto ao mundo 
  vegetal como a árvore da circulação sangüínea 
  e a pulmonar dos animais superiores.
  Reparemos que, no antigo chinês, os signos que se referem às letras 
  arqueométricas que se correspondem com Câncer e a Lua englobam, 
  pelos seus significados, as da arborescência e da árvore.
  Vasudâ quer dizer Terra.
  Vasuprâna significa Agni, o Fogo, como Princípio do 8 Vasus.
  Vasula, um Deus em geral.
  Vasusthali, a Cidade de Kuvêra.
  VaS-Ta, Cabra Macho, Bode.
  VaS-Tu (Védico): Vila, bens, riqueza, possessões, propriedades, 
  natureza, caráteres.
  Vah, levar, portar, transportar, pegar, arrebatar.
  VaHa, tudo que comporta e leva; os veículos. Wog (escandinavo): Way (inglês); 
  Vehia (etrusco); Via (latim).
  Vahui, Agni: Fogo.
  Vâ, soprar como o vento.
  Vâc, falar, cantar; palavra, idioma, linguagem, discurso; a Palavra Santa 
  (védico): Sarawasti; o Hino (latim): vox.
  Vâja, oração final do sacrifício: o acordo com o 
  sentido, segundo o qual lemos o primeiro triângulo arqueométrico 
  partindo do I, ascendendo ao ângulo do Solstício Norte e com retorno 
  ao I, passando pelo O. Apoiando-se sobre a letra solar central Vá-Na, 
  que expressa a evaporação do Elemento úmido no aéreo 
  flogístico, seja o mar, a vegetação ou os perfumes.
  Vàyavi, a religião do vento que vai do Oeste (Ocidente) para o 
  Norte e do Norte para o Oeste, que está de acordo com o movimento arqueométrico 
  das letras O e Y.
  VâYu, o vento, o ar dinâmico, o ar vitalizado, o ar vital. 
  VâShPa, vapor quente.
  VâSava, indra.
  Vâsú, Vishnu, a Alma do Mundo.
  Vâha, touro.
  Vi, Oi, água, a região do vento, a atmosfera, o olho.
  Vijaya, vitória, sucesso obtido, carro dos deuses que retorna a seu ponto 
  de partida; Yama, Arjuna.
  Vijâyê, nascer, tirar sua origem de, dar à luz..
  Vigêvaìni, ressuscitar, reviver.
  Com a letra solar N, Vinaya, obediência, disciplinas.
  Viniyôga, carga, função, ocupação, ofício, 
  participação em qualquer coisa.
  Vipavya, purificação.
  Vipaçiu, um santo.
  Vibava, poder, potência, poder sobrenatural, liberação, 
  final.
  Vibâ, luz, esplendor, raio, beleza.
  Vibî, isento de medo (temor).
  Vibu, excelente, eminente, todo-poderoso, professor. Senhor: Brahma, Vishnu, 
  Shiva.
  Viya, o ar que se move, e o que se move no ar.
  Vivâha, matrimônio, casamento.
  Viç, ir em direção a, começar, um homem em geral. 
  Entrada. 
  Viçipa, palácio, templo.
  Viêçsha, distinção, excelência.
  Viçwa, o Universo, o Tudo, nome de certas divindades chamadas: Viçwa-Dêvas 
  (Lituânio): Wisas, Wiwça, Psau, o Fogo devorador, Agni, o Sol, 
  a Lua.
  Viçwa-Nâtha, Shiva, o Protetor do Mundo.
  " Râj, o Mestre Universal.
  " Madâ, uma das sete línguas de Agni.
  " Sahâ, -
  " Athman, Vishnu, Brahma, a Alma do Mundo.
  " Vasu, Védico, a Gandharva deste nome, ou Agni. 
  Viçw-Èça e Viçw-Èçwara, Shiva, o Senhor 
  de todas as coisas. 
  ViçuÂ-Sa, a fé, a confiança, a consolação.
  Vish, executar, levar a cabo.
  Visha, a Mirra.
  Vishaya, a sensibilidade, todo objeto da percepção proporcional 
  ao meio natural e à espécie dos seres.
  Vishâ, a inteligência atuando na sensibilidade.
  Vi-Shêvé, honrar, servir.
  Vish-Nu, o Penetrador; Agni, Sourya, um dos Vasus; Vishnu, o Deus que se encarna.
  Vih (védico), o viajante.
  Vihâ, no céu.
  Vi, movimento, progressão, ir, obter, querer, conceber, iluminar.
  Vija, origem, causa, verdade, álgebra, semente.
  Vijasû, a terra fértil (fecunda), a terra viva.
  Vinâ, espécie de alaúde de duas caixas e geralmente de 7 
  cordas.
  Vinâsya-Nârada, inventor da Vinâ.
  Vrisha, o signo do touro de Shiva, Vishnu, como princípio reprodutor.
  Vê, por Oûy, cobrir, embrulhar, envolver, atado por um nó.
  Vêga, movimento rápido do espírito e do sentimento.
  Vên, conhecer, abraçar, tomar, entender, compreender, desejar, 
  querer, amar, favorecer, adorar, louvar. Quase todos esses termos são 
  védicos.
  Veça, entrada, casa, vestimenta, ornamento, decoração, 
  adorno.
  Viac, abranger pela sua extensão.
  Vyâna, um dos cinco sopros vitais, o que está expandido por todo 
  o corpo; os outros são: Apâna, Udâna, Prâna, Samâna.
  Vyûha, ordem de batalha, disposição, estrutura.
  Vyê, cobrir, envolver.
  Vyôman, o céu, a atmosfera, templo ou lugar consagrado ao Sol.
  
  VII. Za. - Não existe em sânscrito, mas pertence ao védico, 
  o que prova a vizinhança entre o védico e o vattan ou adâmico, 
  e um alongamento entre este último e o sânscrito.
  Za equivale, em antigo eslavo, ao Sz lituano. Expressa o que fende o ar em linha 
  reta, como uma azagaia, em ziguezague como o raio, em galope como o cervo; o 
  cavalo, o cavalheiro. Essa letra foi dedicada aos Azwins, em sânscrito, 
  Açwins, os dois centauros ou cavalheiros védicos, protótipos 
  de Castor e de Póllux órficos. Existe, neste fato, um traço 
  de correspondência arqueométrica de Za em Gêmeos.
  As letras correspondentes em sânscrito são: Cha, Chha, Ça, 
  Sa e principalmente Cha, 20ª letra e primeira palatal sânscrita; 
  indica chakra, círculo, roda, disco, órbita, movimento circular 
  conglomerante; mas ainda podemos dizer sem reservas que essa letra tem mais 
  de Ka do que Za.
  Chax, falar, dizer, mostrar, fazer ver.
  Chaxas, mestre espiritual; sobrenome de Vrihaspati.
  Chaxushya, belo, agradável de ver.
  Chaxus, olho.
  Chan, cantar, emitir um som, reter.
  Chal, mover-se.
  Chakra, Aède, Bardo que canta em Châkrika.
  Chây, contemplar, advertir, notar, honrar, render um culto.
  Châraka, viajante, companheiro de estrada, cavalheiro. Em Châla 
  e em Châsha, insinua a cor azul, um pássaro, o martim-pescador.
  Chi, juntar, reunir.
  Chir, falar.
  Chôxa, cantor, belo, agradável.
  Chha, 21ª letra e 2ª palatal. 
  Chha, claro, limpo, movimentado, hesitante. 
  Chhêka, urbano, civil, cortês.
  Ça, Çiva, felicidade, bom presságio.
  Çak, poder, energia ativa, energia feminina.
  Çak-Ra, poderoso; é um epíteto védico dos Açwins.
  Çachi, eloqüência, Esposa de Indra.
  Capa, sardento.
  Çani, por Shani, Saturno e seu regente.
  Çal, correr depressa, vacilar, louvar.
  Çala, dardo.
  Çalya, javalina, flecha, poste, limite, fronteira.
  Çâs, ordenar, reger.
  Casa, oração, rogar, hino (védico).
  Çila, flecha, dardo, barba de trigo, espiga, batente da porta.
  Çiva, feliz, favorável, o falo, (veda); a liberação 
  final, o mercúrio.
  Çik, brilhar, falar.
  Çil, fazer, adorar, honrar, meditar, visitar, recorrer, viajar, possuir, 
  ser dotado de, versado em, hábil, qualificado, capaz, natural, caráter, 
  disposição, virtude, moralidade, beleza.
  Çuxi, vento.
  Çûuya. sonoridade, corpo oco e sonoro, o espaço celeste, 
  a vida.
  Çôna, o vermelho intenso (escarlate), o vermelho concentrado, o 
  fogo.
  Çyán-Anga, o planeta Mercúrio e seu regente.
  Çlêsha, união, abraçar, associação.
  Çwan, cachorro (dedicado a Mercúrio e a Sírio), (lituano): 
  Szu.
  Çwas, soprar, respirar.
  Çwasa, sopro, vento, respiração.
  Çwi, inflar-se, engordar, aumentar.
  Çwitra, o Ar, o Éter.
  Sa, 46ª letra e 3ª sibilante. Vento, serpente, conhecimento.
  Sakarna, que tem os órgãos da compreensão, que tem Karna 
  consigo.
  Sap, seguir, continuar, honrar, adorar, servir.
  Salila, gracioso.
  Sas, dormir. 
  Sah, poder, ser capaz.
  Em geral, Sa quer dizer conjunto, o que liga e associa.
  Sâkam, Com.
  Si, amarrar, aderir.
  Sî, (védico): a Terra Viva.
  Swap, dormir.
  Surêçwara, o Senhor dos Deuses, IShva-Ra.
  Skanda, o corpo, o recipiente, a orla (margem) do rio, o príncipe, orei.
  Skandha, ordem de batalha, rei, príncipe, homem velho e sábio. 
  Em plural: os cinco objetos ou ramificações do conhecimento. Os 
  cinco atributos imateriais da existência, diferente do Eu, os quais são 
  reunidos por ocasião do nascimento. Rûpa, a forma; Vêdanâ, 
  a sensação; Sanjnâ, a idéia; Sanskâra, os conceitos, 
  a concepção; Vijnâna, o conhecimento analítico (Budismo).
  Stri, Estrela (védico).
  Spaç, fazer, levar a cabo, unir, arrumar, dispor, preparar, abranger.
  Syôna, irradiação da luz, Sol radiante, felicidade.
  Swa, Som, Sa: seu, ter, bem, (lituano): Saw.
  Swaj, abarcar.
  Swaja, nascida de si próprio, tirar de si, filho.
  Swan (lituano): Zwanu, retumbar, ressonar, adornar harmonicamente.
  Swayam, eu mesmo, tu mesmo, ele mesmo, o próprio.
  Swayambû, o que existe por si mesmo; Shiva, onde se encontra novamente, 
  Svay; Vishnu, onde não torna a encontrar novamente; Brahma, onde não 
  se torna a encontrar novamente com certeza.
  Swar, o céu, o Éter, o Paraíso, a Beleza, o Esplendor.
  Swara, o som musical; Saptaswarâs, as sete notas da oitava. Swara significa 
  também vogal.
  Swavishaya, Pátria.
  Swârâj, Indra.
  
  VIII. E. - É uma forte aspiração, que está no meio 
  entre E e Ch, seja o som vogai fechado ou aberto, agudo ou grave. Essa 8ª 
  letra do alfabeto adâmico pode corresponder à 11ª, à 
  12, à 15ª, à 16ª e à 47ª letras do alfabeto 
  sânscrito, suposto que ela conserve seu caráter predominante de 
  vogai. Não é, pois, só Dwi-Yôni de A + 1, como a 
  5ª letra adâmica, mas também Dwi-Yôni das guturais vocalizadas 
  nela. Ela joga, em sua espécie, o papel do O na sua, em relação 
  aritmológica e sonométrica de 8 a 6, como pode-se ler no Arqueômetro. 
  É difícil encontrar em sânscrito a diferença clara 
  dos sentidos destas duas vogais, porém é um pouco mais claro no 
  védico, o que prova mais uma vez que, quanto mais nos aprofundamos no 
  passado, mais nos aproximamos da síntese do Verbo.
  Todos os sentidos de unidade específica que se atribuem à 5ª 
  letra adâmica e ao seu número deveriam ser separados da 8ª 
  letra, cujos equivalentes aritmológicos e morfológicos são 
  a ogdoada e o octógono.
  A letra em questão significa, ao mesmo tempo, a água e a Lua, 
  o que bastaria para fixar suas antigas referências arqueométricas 
  na linguagem dos Vedas. Sob esta reserva, porém, de que a zodiacal H 
  marca o fundo do trígono das águas, é somente sua planetária. 
  Ba tem como sua correspondente a Lua. Esta última, junto com sua solar 
  central Na, significa, ao mesmo tempo, o movimento transitório e a morte. 
  Junto à primeira letra do trígono do Verbo, quer dizer ao mesmo 
  tempo movimento e som, bem como fadiga.
  Em Hayana, o ano é lunar.
  Em Ham, é também a expressão do movimento.
  Em Hara, é a ação de capturar, de pegar, de arrebatar por 
  separação e por divisão, é a mesma divisão 
  da aritmética, e o conhecimento para ser analisado é um sentido 
  de ação bem notável, que é relativo à posição 
  arqueométrica dessa letra, suas correspondências e o mistério 
  da Porta dos Homens, da Porta das Almas, da Encarnação Astral, 
  da passagem do mundo do Princípio Divino para o mundo das origens naturais.
  Hari, quando significa Yavana e a Lua, também contribui para confirmar 
  esse sentido, assim como nas relações complementares do raio amarelo 
  esverdeado para o raio violeta.
  Haridwâra é a porta de Vishnu, é também a confirmação 
  do que precede, sendo Vishnu a inversão de Ishva-NOu, a Potência 
  divina que se encarna.
  A mesma observação é feita em relação a Haripriya, 
  cujo significado é Terra e o 12ª dia da quinzena lunar.
  Haribiy, a serpente Hariman, o tempo.
  Hamya, o palácio, Harman, a abertura.
  Ha, deixar, partir, abandonar, estar perdido, ser isento de pena (dor), moléstias, 
  perda, duelo.
  Hâsas, a Lua.
  Hima, a Lua, o frio, a neve, o gelo.
  Huta, a oferenda, a vítima (relacionada com o triângulo de Fogo).
  Hum, a lembrança, a memória, o consentimento, a interrogação.
  Héra, a ilusão produzida por uma potência abaixo.
  Héli, o Sol (relacionado com a linha equinocial).
  Haema, o frio, a neve.
  Hôrâ, saída de um sinal do zodíaco, a hora, 1/24º 
  do dia.
  Hwê, chamar, convocar, invocar, todos esses sentidos são védicos. 
  O amarelo e o verde de Hari, mencionados acima, mostram a inversão das 
  correspondências e a inversão da estrela dos Equinócios 
  do Verbo, sem que se tenha tido, ao mesmo tempo, a lógica ou a ciência 
  da inversão dos raios equivalentes.
  Esta ruptura das correspondências arqueométricas se remonta muito 
  acima do sistema bramânico e de todas as outras antigas Universidades 
  do Oriente (Leste) e do Extremo Oriente que têm seguido, mais ou menos, 
  o vedo-brahmanismo nessa caminhada.
  IX. Ta. -Ta expressa, em védico e em sânscrito, o alimento direto, 
  ambrosíaco, dos entes intra-etéreos e supra-etéreos, o 
  Amri-Ta, protótipo da ambrosia órfica.
  É aos entes acima o que a soma-lunar é para os entes subetéreos. 
  Este último não é só o Asclepias Ácida, como 
  se acredita, mas uma Água Lustrai, que se torna receptiva de uma substância 
  celeste à meia-noite do Natal. Essa água é a continuação 
  enterrada de certos rituais, durante um certo número de lunações, 
  com relação aos números musicais do magnetismo terrestre.
  Para nós, existe uma relação, uma correspondência 
  entre o soma e o hierograma OM.
  Ta, pelo contrário, considera uma substância solar que serve ao 
  mesmo tempo de alimento e de elemento aos entes que habitam o céu fluido. 
  O mistério desta letra se refere ao estado do homem antes da Queda e 
  de sua forma divina de assimilação direta. 
  Veremos mais adiante as mais antigas tradições tibetanas e kalmoukas 
  desenvolverem de uma forma singularmente clara o que Moisés disse quase 
  hieroglificamente sobre esse assunto.
  O Ta sânscrito significa também, a essência da Arvore da 
  Vida. Se examinamos sobre o Arqueômetro a letra Ta, a 9ª, e a letra 
  H, a 8°, veremos que Ta determina a Árvore da Vida, que está 
  localizada ao lado de H, que designa a Árvore da Ciência. Um dos 
  significados sânscritos atribui ao Ta o sentido da medula espinal e, em 
  conseqüência, uma correspondência mais ou menos direta.
  O rabo do Leão tem como símbolo a letra Ta; seu semicírculo 
  está articulado de forma que apresenta uma sinuosidade.
  A antiga síntese dividia o círculo dinâmico do ano em duas 
  partes: umas, partindo do Natal para chegar ao signo de Câncer, era chamada 
  de ano progressivo calórico; a outra, que ia de Câncer até 
  Capricórnio, era chamada de ano regressivo. Mas um período interino 
  de 30° marcava cada um destes pontos extremos, de Capricórnio para 
  Aquário, e, os pontos homológicos de oposição, de 
  Câncer para Leão. O rabo do Leão foi considerado um signo 
  que articula o ano desdobrando-o de seus dois movimentos cosmodinâmicos.
  Nas escrituras sagradas dos chineses, aparecem traços positivos do que 
  precede.
  Ta significa força, conservação, proteção, 
  ação de acontecer, de transpassar, de falecer, o que não 
  quer dizer exatamente morrer, mas renascer. Manumissão, virtude, santidade.
  TaT é o ser elevado, estar no alto, sofrer a atração celeste 
  em vez da terrestre.
  Tala, o Mais Além, o Ultratempo, a Continuação, o Depois.
  Tattwa, a essência suprema, a realidade absoluta, a inteligência, 
  o espírito, a alma em correspondência direta com a natureza divina 
  dos seres e das coisas, por seus sentidos internos e não pelos sentidos 
  externos ilusórios.
  Tathâ, em conformidade universal, em consentimento, em semelhança 
  harmônica; de onde vem o sentido reprimido de si próprio, ou seja, 
  assim é.
  Com a letra central: Tan, desdobrar a sua Potência, realizar, executar, 
  no sentido de uma extensão e de um aumento da vida.
  Tan, acreditar, ter fé, render o som do diapasão central.
  Tanu, a sutileza orgânica, o corpo, a morfologia imponderável.
  Tay, sair de um meio, lançar-se a outro, proteger, salvar.
  Tara, atravessar, cruzar.
  Taras, rapidez, velocidade, ubiqüidade, o movimento instantâneo.
  Tal, fundar, estabelecer.
  Tala, o fundo das coisas, a essência, a natureza íntima, a possessão, 
  a pressão das cordas de um alaúde.
  Tavisha, o Paraíso, o céu. Em védico, Tavishi, a força.
  Tâna, o tom, a tensão, a extensão, a sensibilidade alcançando 
  seu objetivo.
  Târa, a penetração dos perfumes, dos sons, de tudo o que 
  é bom, bonito e elevado. O estado radiante, a ação de atravessar. 
  Estrela. Em zenda, Çtâre.
  Târaca, quem faz atravessar, que ajuda, que protege, que preserva, o piloto.
  Târana, barco.
  Tôrisha, o céu, o Paraíso, o Oceano celeste que é 
  atravessado pelos seres liberados do peso astral.
  Tishya, feliz, de bom augúrio; de boa sorte, aplica-se ao mês de 
  Poesha, dezembro-janeiro, aquele da ponta do primeiro trígono, e, por 
  aspectos homológicos, ao 8° asterismo lunar que corresponde ao Delta 
  de Câncer.
  Tut-Tha, o fogo. É de certa forma também o nome do triângulo 
  de Fogo.
  Turîya, a quarta parte, o quarto, a alma universal.
  Tulâ, a Balança.
  Tush, estar satisfeito, contente, ter muito prazer em, regozijar-se.
  Tôsha, satisfação, alegria, gozar.
  Traya, a Tríade.
  Tri, três.
  Trika, reunião de três.
  Tridiva, o céu tríplice, o Paraíso.
  Trincai, trinta.
  Twam, ti, tu (você).
  Twâyu, junto com você.
  Twith, rezar, orar, ilustrar; luz, brilho, beleza, resplendor, palavra, discurso.
  
  X. I. - I expressa o impulso inicial; junto com a letra A em IA, essa vogai 
  significa a ida e o retorno universal.
  I quer dizer também começar, ir, retornar, volver, levantar-se, 
  deitar-se, falando do astro.
  Ser o sujeito e objeto, orar (rezar) e ser orado. Em eslavo, I significa Ti. 
  I é a raiz do artigo demonstrativo em escandinavo e em latim, IS.
  IK, ir, mover-se. ISH, desejar (querer). Ijya, Mestre espiritual, oferenda, 
  sacrifício, culto.
  Iti expressa o consentimento, marcar um encontro: assim, lá estou.
  Ityêva, assim.
  Idda, particípio passado de Ind; claro, evidente, lúcido, sutil; 
  brilho, luz, esplendor.
  Iria, Mestre, Senhor, Sol.
  Indu, em védico: o Soma, a Lua.
  lndra, de Ind, o Rei dos Céus, o Senhor do Swarga ou Paraíso, 
  o Regente do Oriente (Leste), um do doze Aditivas, uma das suas divisões 
  ou Yôgas do plano da elíptica, o Mestre interior, a alma, a consciência.
  Indriya, os cinco sentidos da alma e os órgãos físicos 
  desses sentidos.
  Indriyagrâna, o conjunto das sensações, sua sede comum, 
  o Sensorium comum.
  Indriyâgni, o Fogo dos sentidos no trabalho dos Mistérios, a energia 
  e a sinergia nos modos sensitivos contidos pelo modo central afetivo, no Sensorium 
  comum.
  Ind, acender, iluminar.
  Iv, ou Iy, compreender, entender, captar, envolver, em védico.
  Iba, elefante.
  Ibya, opulência, riqueza, o olíbano.
  lyâna, a quem se demanda, em védico.
  Irâ, a água dinamizada pelo calor, todo licor espirituoso, a Terra 
  vivificada. A Palavra, a divindade da Palavra.
  Irâ-Isho, em Irêça, Vishnu.
  Il, ir, lançar, projetar, dormir; em antigo escandinavo: Illu.
  Ilâ, em védico: a oferenda sagrada. Terra santa. Terra do recinto 
  sagrado. A vaca mística que representa esta Terra, a Palavra santa, o 
  Hino, a filha de Manu.
  Illala, pássaro. 
  Ivo, como, o mesmo que.
  Ish, ir, penetrar, ocupar, conduzir, dirigir, fazer sair, amar, escolher, preferir, 
  estabelecer uma doutrina; em francês: issir.
  Ish, em védico: a oferenda.
  Isha, o mês Açwina, setembro-outubro.
  lshu, flecha.
  Ishya, primavera.
  lshwa, o Mestre espiritual.
  Ipsâmî, de Ap, querer, desejar.
  Ipsîta, o desejo.
  Ir, pronunciar, emitir, exortar, promulgar, lançar.
  Iç, Ish, dominar, ordenar, reinar, poder, concordar.
  Iça, Isha, Mestre, Senhor. Çiva em feminino, o cabo do carro.
  Içwara, Mestre soberano, Sr., o Senhor. O Senhor Supremo, Deus, Çiva, 
  Kâma, içwarija, o Poder, a Potência, a Soberania.
  Ish, recolher as espigas.
  Ishma, desejo espiritual, psíquico, Kâma no sentido mais elevado, 
  a regra do desejo.
  Ih, esforçar-se para, tender a, desejar (querer), demandar (exigir).
  Iha, esforço, tendência, propensão, desejo, prosseguimento.
  Yá. - Yá, 40ª letra, 1ª semivogal, união, celebridade, 
  brilho, lustre; ar, vento, Yama em feminino, marcha, carro, meditação 
  piedosa, órgão sexual feminino.
  Yaj, sacrificar, oferecer o Santo Sacrifício, oferecer e oferecer-se 
  em sacrifício, inaugurar por um sacrifício, dar, procurar.
  Yaji, o que oferece ou que financia um sacrifício.
  Yajush, em védico, a oração, o hino, o 3ª veda.
  Yama, sagrado, santo, puro, venerável; em grego, Ágios; em Zenda, 
  o Santo Sacrifício.
  Yajniya, destinado ao sacrifício.
  Yati, asceta, penitente; união, paixão, sentimento.
  Yathâ, de modo uniforme.
  Yam, conter, dirigir com um freio, com rédeas, manter, conservar, procurar, 
  suportar, sustentar, fazer viver, ir, vir; todos estes sentidos são védicos.
  Yama, gêmeo, casal, parceiros, repressão. Deus dos mortos, regente 
  de meio-dia, filho de Sûrya e irmão de Manu; em zenda, Yima. O 
  planeta Saturno. Expressa também a idéia de manter, de conter, 
  de fazer justiça.
  Yava, a substância alimentar, os cereais, a cevada, o trigo; em lituano, 
  Jawa; em grego, Zéa. O mesmo termo indica a correspondência da 
  substância alimentar da vida com o Azote.
  Yavaja, o Nitro.
  Yvapala, a cebola, desde que rica em amoníaco.
  Yavasa, a nutrição em védico.
  Yaças, Yashas, glória, brilho, esplendor.
  Yacascèsha, por Yashasha-Isha, a morte ressuscitadora, a elevação 
  para a glória.
  Yâ, ir ao término.
  Yâja, a oferenda sagrada dos cereais.
  Yâtrâ, a via, a marcha, a procissão sagrada, o exército 
  em marcha, o assalto, a forma de viver, os meios de subsistência.
  Yâthâtathya, conformidade, realidade.
  Yâthâtmya, natural, de acordo com a alma, caráter específico 
  ou individual.
  Yâna, ação de ir; marcha centralizada para uma direção; 
  assalto, veículo universal ou particular, meio de fugir à transmigração.
  Yâmagôsha, o galo, em feminino, o Yugo, o repique das horas.
  Yami, a noite, a vigília, a região de Yama.
  Yâvayê, menosprezar.
  Yu, unir, honrar.
  Yuga, Atalaje, idades do mundo; existem quatro delas, Krita, Trêta, Dwâpara 
  e Kali Yuga.
  Yuj, unir, enganchar, fornecer, dar, subministrar, unir pela Yoga, meditar, 
  refletir.
  Yuj, o sábio que contraiu a união divina da Yoga, casal, par, 
  os Açwins.
  Yud, combater, guerrear, guerra.
  Yuvan, jovem, homem jovem, mulher jovem; em lituano: Jaunas; em latim; juvenis; 
  em inglês; young.
  Yûba, o poste sagrado no qual se amarra a vítima; a cruz; em védico: 
  o troféu.
  Yûsh, machucar, ferir, matar.
  Yôga, união, conjunção, combinação. 
  Laço de ligação das coisas ou das idéias entre elas, 
  a aquisição de um bem, de uma qualidade. Revestimento, meio. Uma 
  Yôga astronômica, 1/27º ou 1/28° do grande círculo, 
  correspondentes a uma Naxatra ou asterismo lunar, serve para calcular a longitude 
  do Sol ou da Lua. A união mística da alma com Deus, o êxtase, 
  a identificação com o ser absoluto, Brahma. O sujeito da Yoga, 
  atribuído a Patanjali, poder sobrenatural adquirido por meios mágicos 
  ou místicos.
  Yôgavâhi, azogue (mercúrio).
  Yôgin, homem dotado de poderes sobrenaturais.
  Yôni, útero, vulva, matriz. Lugar de origem ou de produção. 
  Origem, mina (fonte), água.
  XX. CA. - Expressa, em védico e em sânscrito, a capacidade psíquica 
  ou dinâmica, com um movimento duplo de contração e de dilatação: 
  é a inteligência na alma, a alma no coração, o coração 
  no corpo e, em conseqüência, o mesmo corpo. A água na atmosfera, 
  o vento no ar, o fogo na luz, o tempo no espaço, o espaço na potência 
  inteligente que o constitui.
  CA é o potencial verbal psicogônico e, por correspondência, 
  psicológico, que encadeia o infinito entre elas. Ele as atrai para centralizá-las 
  e estendê-las, depois de tê-las combinado.
  Daí, os sentidos assimiladores de apropriação mútua, 
  de possessão recíproca e de felicidade. Esta letra é dedicada 
  a Brahma, a Vishnu, a Agni, a Kama, a Eros e ao cupido védico. Destas 
  correspondências, guardamos as duas últimas, que são puramente 
  védicas.
  Agni é o amor teogônico que passa ao estado psicogônico nas 
  almas universais especificantes e ao psicológico nas almas especificadas. 
  A Escola védica o assimila ao fogo solar, porém, esta confusão 
  está longe de ser exata. O fogo solar é uma concentração 
  do fogo cósmico, e este não é mais que uma força 
  submetida à potência de Agni. A essência de Agni é 
  Ihoh em sua contração de KO, 26, em AG, 13; quer dizer, de seu 
  Verbo Criador para a essência deste Verbo que é o Amor Eterno Onisciente, 
  pois AG é o Fogo espiritual deste Amor divino e eterno e GNI é 
  a sua gnosia, a potência conceptiva e diretamente criadora.
  Kama é a correspondência de Agni refletida do primeiro trígono 
  para o segundo. Porém, enquanto Agni não sofre mistura alguma 
  e devora com todos os fogos, inclusive o do inferno, tudo o que não é 
  sua própria pureza, Kama (cuja sede é a alma cósmica universal) 
  pertence ao 2°. trígono, o qual ocupa o primeiro ângulo, e 
  forma uma cadeia, de mistura metade divina e metade astral, com o mundo das 
  origens evolucionando em todos os meios das águas plásticas.
  AGNI pertence, pois, à Teogonia, à alma universal, do Mundo da 
  Glória, à Santíssima Trindade constituinte deste mundo 
  divino, pelo Verbo Jesus e nEle.
  Kama pertence à cosmogonia, à alma dos Céus astrais, ao 
  segundo trígono instrumental do primeiro, à palavra executiva 
  do Verbo, que depende diretamente do Roah-Alhim, ou do Espírito Santo.
  Ka, o ar, o vento, a água, o fogo, a luz, a cabeça, o som, o corpo, 
  a alma, a inteligência, o tempo, o rei, o príncipe; propriedade, 
  riqueza, felicidade, prazer.
  Kaxa, cerca, recinto, corda, cintura, objeção, alimentação, 
  emulação, oposição, paridade, semelhança, 
  bosque, floresta, selva, toda planta trepadeira.
  Kak, rir, brincar.
  Kag, fazer, ir, cobrir.
  Kac, amarrar, nó, laço, atadura, nuvem.
  Kacâ, brilho, beleza.
  Kacca, a borda da água, a ribeira, a margem.
  Kaj, ser agitado pelo excesso de gozo, de alegria, de dor ou de exaltação 
  da alma.
  Khan, amarrar, brilhar.
  Kat, ir, cercar, rodear, envolver, embrulhar, cobrir, chover.
  Kata, o que está em ação, em união, o que une com 
  uma curva, um buraco, quadril, garupa, estação, tumba, cerveja, 
  carro fúnebre, multidão, povão.
  Kati, quadril, garupas, cintura, cota (de aço), armadura que protege 
  os rins e os quadris.
  Katu, violento, arrebatado, invejoso, sabor forte, desagradável.
  Kata, nota e som musicais.
  Kad, experimentar um sentimento violento.
  Kana, pequeno, fraco, débil, ligeiro, parcela, átomo.
  Kati, quanto.
  Kath, dizer, contar, conversar, mencionar, citar. 
  Kathâ, história, relato, narração, conversação, 
  exibição, exposição, menção, comemoração.
  Kad, chamar, chorar, gemer.
  Kadâ, quando?; em lituano, Kadà; em eslavo, Kogda.
  Kan, brilhar, ver, ir, dirigir-se para, em direção a, amar, desejar, 
  querer, ter muito prazer; todos esses sentidos são védicos.
  Kanyâ, virgem; Virgem, signo do Zodíaco; o brilho, o amor do Ya.
  Kati, o incenso.
  Kapha, a espuma da água, a linfa do sangue.
  Kab, em védico: colorir, pintar, celebrar.
  Kam, água, ar, terra e fogo.
  Kam, amar, desejar, querer.
  Kara, a mão, o raio dos astros, a tromba do elefante, aluguel ou renda 
  alta, o imposto.
  Karana, órgão da ação, causa, razão, modo, 
  função.
  Karna, a orelha, o timão.
  Karma, o ser ativo e a ação, operário.
  Karman, a ação, a obra.
  Kal, soar, ressonar, medir, contar, numerar.
  Kalâ, divisão do tempo, porção, parte, interesse 
  do capital, fluxo menstnial, arte, ofício.
  Kali, dissensão, dissidente, discórdia, guerra, o demônio 
  destes males.
  Kalpa, formas, corpo, período cosmogônico, árvore simbólica 
  da Swarga ou do Paraíso de Indra.
  Kalya, pronto para tudo, que tem todas as suas habilidades espirituais e corporais, 
  de bom presságio, favorável, feliz, a aurora, o amanhecer, etc.
  Kall, render um som confuso e surdo.
  Kavi, sábio, instruído, poeta, o Sol decorador do mundo; Çukra, 
  institui os Dactyas; Brahma, o poeta supremo.
  Kash, pedra de toque.
  Kashâya, amarelo.
  Kâma, amor, desejo.
  Kâya, constituição natural de um objeto animado ou inanimado, 
  montagem, corpo e também o corpo da oferenda.
  Kâyastha, a alma suprema, como residente no corpo. Escritor. A casta dos 
  escribas.
  Kâra, a coisa feita, a personalidade, o ato, a obra, o aprisionamento, 
  a atadura, a prisão, etc.
  Kârttika, o mês em que a Lua está cheia nas plêiades, 
  outubro-novembro.
  Kârttikêya, Deus da guerra, filho de Shiva.
  Kârya, causa final, finalidade, objetivo.
  Kârshaka, lavrador.
  Kâla, o tempo; o destino; a morte; Çiva, o destruidor.
  Kâla, preto, ação de enegrecer, as vísceras negras, 
  o fígado.
  Kâlânala, Kâlâgni, o fogo do fim do mundo.
  Kâlya, aurora, discurso agradável.
  Kâvâri, a cabeça, o chapéu.
  Kâvya, Çukra, significa também, em feminino, a ciência 
  prática; em masculino, um poema de acordo com esta ciência.
  Kâvya, Uçanas, filho de Kavi; Richi védico, KOuSh dos tempos 
  primitivo. Em zenda: KavaUc; em persa, Kaus.
  Kâç, brilhar, aparecer, parecer. 
  Kâçi. a Santa Vila de Benares.
  Kâçinâtha, o patrono dessa Vila, Shiva.
  Kâs, resplandecer.
  Ki, em védico, conhecer, ver.
  Kinwa, fermento vegetal que determina a fermentação alcoólica, 
  corrupção, vício, pecado.
  Kit, ver, conhecer.
  Kinnara, gênios, músicos ao serviço de Kuvêra.
  Kim, quem, que, porquê.
  Kiyat, quanto.
  Kil, tornar-se branco, frio.
  Kila, certamente, provavelmente.
  Kita, duro, sólido.
  Kika, pobre, miserável.
  Kira, substância alimentícia, vianda.
  Kirâka, árvore.
  Kit, amarrar, costurar.
  Kîla, magro, chamar, poste, lança, agulha, agulhão.
  Kiça, nu, Sol, pássaro.
  Ku, cantar, celebrar.
  Ku, a Terra.
  Kuk, tomar, receber.
  Kuc, tocar, desenhar, polir, unir, render um som agudo. 
  Kuça, seio.
  Kut, estar curvado, o curvado. 
  Kuti, árvore, montanha.
  Kudi, o corpo que contém a alma.
  Kun, falar com qualquer pessoa, ajudar, dar um conselho.
  Kutapa, fogo. Sol.
  Kup, ser presa de um sentimento violento.
  Kubja, convexo.
  Kumâra, homem jovem, príncipe herdeiro, cavalheiro, condutor de 
  povos.
  Kumba, cântaro, ânfora, transportador da água.
  Kur, soar.
  Kura, som.
  Kul, movimento contido, contar, ser bem-sucedido, ser parentesco ou aliado.
  Kula, artista, artesão, rebanho de animais da mesma espécie, família, 
  casa, chão, país habitado; o corpo, morada da alma.
  Kulêçwara, Kula-Ishwara, Jesus Rei, chefe da família universal.
  Kuva, loto.
  Kuç, abranger; Kuça, embriagar, quebrar, descompor.
  Kusuma, flor, fruta, fluxo.
  Kush, extrair a essência das coisas.
  Kushavu, o fogo, o Sol.
  Kuh, admirar.
  Kuhu, em védico: nova Lua.
  Kuj, canto dos pássaros, murmúrio do vento e das árvores.
  Kût, arder, aconselhar.
  Kûta, casa, teto, ápice, grelha do arado.
  Kûd, engraxar.
  Kûn, contrair-se, encurvar-se.
  Kûpa, cavidade, mastro, árvore ou pedra no meio de um rio.
  Kûl, correr, defender.
  Kri, fazer, criar, adornar, honrar, manifestar; em irlandês, Caraïm.
  Krika, garganta, gogó, laringe, passagem, entrada.
  Krish, atrair, adquirir.
  Krishna, azul-escuro, índigo, nome de um Deus.
  Krri, conhecer, aprender.
  Krti (Crit), contar, louvar, celebrar, nomear, chamar, dizer.
  Klip, estar em um certo estado, capaz de tornar-se, produzir-se, chegar a, participar 
  em, obter, distribuir, compartilhar; raiz Kalp, Kêt, chamar, convidar.
  Kêla, casa, habitação, quarto.
  Kefas, em védico, compreensão, conhecimento, ciência.
  Kêtu, em védico, forma, aparência, signo, símbolo, 
  estrela, cometa, o No descendente, o rabo do Dragão, o oposto de Râhu.
  Kêp, mover-se, ir.
  Kel, mover-se, vacilar.
  Kerali, Astronomia.
  Kêli, Terra.
  Kêv, honrar, servir. 
  Kêça, cabeça, cabelo, cabeceira.
  Koka, lobo (Kuk), água (Ka-Oka), sobrenome de Vishnu.
  Kêta, curvatura, cabana, outro. 
  Koti, extremidade, ponta, ápice.
  Kôna, ângulo, esquina, arco, ponta, bastão, os planetas Marte 
  e Saturno.
  Koça (Kuç), ovos, ouro.
  Kôsha, contendo tudo, contendo qualquer coisa, todas as coisas encerradas 
  em um recipiente, tesouro, bainha, matriz, testículo, ovo, cálice.
  Koela (Kula), de boa família.
  Kna, emitir um som inarticulado.
  Kmar, curvado, abovedado.
  Kratu, a potência da atuação, a obra cumprida.
  Krad, gritar.
  Krap, ter piedade.
  Kram, adiantar-se, tomar, prender.
  Krama, ordem, método, meio.
  Kwa, onde?, em que lugar?, em que grau, em que estado.
  Ksa, destruição lenta, fim do mundo, brilho, campo, camponês.
  Ksana, divisão do tempo. 8/10 de segundo, momento favorável.
  Ksattra, homem da casta do estado-maior; em zenda, Ksaihora.
  Ksap, lançar.
  Ksapâ, a noite.
  Xain, sofrer, suportar, a Terra; Xama, paixão, forte tolerante.
  Xaya, destruição lenta, ruínas, fim, morte, dano, perda. 
  Habitação; moradia, casa, palácio dos deuses, residência 
  divina; irlandês, Kai, casa.
  Xar, fluir, estender-se, perder-se.
  Xal, reunir, acumular.
  Xâ, em védico: Terra.
  Xara, essência, suco, fundente, sal, vidro, cristal.
  Xi, habitar, habitação, destruição lenta (curiosas 
  relações que se encontram novamente entre Domus e dano).a
  Xêtra, campo, lugar sagrado, figura geométrica, o corpo, a matéria, 
  assunto, país conquistado.
  Xétrin, a alma, o espírito.
  Xéma, bom, feliz, a liberação final, a salvação.
  
  XXX. Lá. - O sânscrito classifica L, R e V entre as semivogais; 
  L como trino etéreo; R como trino ígneo: e V como trino aéreo.
  Lá expressa o elemento imponderável e o ser que nele se movimenta. 
  Em védico e sânscrito, quer dizer: fluido radical, a ligeireza, 
  a sutileza, a translação. Expressa a asa e o elã, a elevação 
  e o lançamento, a submissividade e a elegância. Mas o signo adâmico 
  dessa consoante mostra que ela oscila em um eixo de simetria e equilibra as 
  funções inversamente proporcionais, liberação e 
  liberdade de um lado, relegar e evacuar do outro. Ela liga por solução 
  e desliga por dissolução. A Universidade vedo-brahmânica 
  atribui Lá a Indra, e isso é exato, se entendemos por Indra a 
  Potência verbal Lá, a que preside o éter universal. O verdadeiro 
  nome místico dessa potência, ligada à letra do Espírito 
  Santo de quem depende, é, em adâmico, Houva-Lá, Houva-AEL. 
  É o carro sagrado do Rouah-Alhim. Seu nome direto é o do seu triângulo, 
  o Equinocial Oeste, LâKaZa, Kaza-Ael. Porém, os Grandes Mestres 
  da Universidade vedo-brahmânica estão fora da arqueometria, quando 
  atribuem a Indra a regência do Oriente (Leste), porque então acaba 
  a correspondência com Lá, ou pelo menos é referida à 
  zodiacal He a 180° de distância, quer dizer, ao ponto de homologia 
  ou complementário.
  Indra, um dos 12 Adityas, é o rei dos Céus, o Senhor do Swarga 
  ou Paraíso. Nessa mitologia, trata-se de uma força natural personificada. 
  Aditi, a natureza indivisível em seu conjunto, é a Mãe, 
  da qual os 12 Adityas são filhos. Essa natureza harmonizada, de qualquer 
  ponto de vista que se examine, será sempre um produto temporário 
  e físico de uma Potência divina, eterna, que é a Palavra 
  do Verbo. E na reflexão cosmogônica do Verbo teogônico, e 
  a mestria está na incidência e não na reflexão. Essa 
  incidência tem como potência coletiva, criadora e conservadora o 
  Rouah-Alhim. Porém, os Alhim pertencem, ao mesmo tempo, ao ser vivente 
  da Palavra do Verbo, ao Mundo Eterno da Glória e de suas substâncias 
  incorruptíveis, ao mundo temporal dos Céus astrais e das substâncias 
  corruptíveis.
  É o bastante, então, que a Indra seja uma Aditya para não 
  ser mais que uma força, a força etérea sujeita à 
  sua correspondente potência, ao seu Alhim, a seu Arcanjo específico. 
  Existe uma confusão na mistagogia vedo-brahmânica e, em conseqüência, 
  na substituição da ordem física na ordem divina, do aparente 
  no real, do fisiológico no biológico.
  Essa confusão que nos leva sempre a esta substituição é 
  a característica típica do Panteísmo que tende ao Politeísmo, 
  ao Sabeísmo, à Demonologia astral, à Idolatria e, mais 
  tarde, ao Materialismo puro. Sobre a atribuição da regência 
  do Oriente (Leste), a Indra tende à inversão do primeiro trígono 
  do Zênite até o Nadir, e à exaltação contrária 
  do segundo trígono.
  Quer esta inversão tenha sido operada sobre o Arqueômetro mesmo 
  conscientemente, ou quer tenha sido feita inconscientemente e por inspiração 
  de cima para baixo, o resultado é o mesmo.
  Essa alteração se remota ao começo do Kali-Youg, quando 
  a dinastia solar Ishva-ra foi apagada (eliminada) em proveito do naturalismo 
  transcendente, o do segundo trígono Mariah.
  A essa época correspondem o cisma feminista da Mahra-tas, o matriarcado 
  que substituiu o patriarcado e, mais tarde, a anarquia dos eruditos soudras 
  no mundo inteiro, da Antigüidade até os nossos dias. Foi Krishna 
  quem regularizou pontificialmente essa revolução e lhe impôs 
  um acordo. Mas, por ser qualquer acordo uma demarcação mal realizada 
  entre a autoridade e a opinião reinante, é o que na linguagem 
  dos patriarcas e dos profetas se chama, com justiça, de um adultério 
  sacerdotal. Esses adultérios corrompem a verdade eterna do espírito 
  público e, mortais para as raças puras, geram raças mentais 
  e governamentais bastardas. Não obstante, Krishna fez pontificialmente 
  a melhor coisa que podia ou que as circunstâncias e os costumes com que 
  lidava permitiam. Teria sido um erro não contar com a opinião 
  pública? A nosso entender, sim; o homem religioso não deve transigir 
  com essa filha; e não convertê-la é perverter-se com ela. 
  Seja lá o que for, Brahma foi elevado sobre em trígono de Maria, 
  no lugar de Ishvara. E, mesmo assim, não podemos dizer que o Bramanismo 
  e sua conseqüência, o Abrahanismo, sejam um erro, são apenas 
  uma transposição da verdade. Um e outro mantiveram viva a impressão 
  arqueométrica da proto-síntese patriarcal; um e outro receberam 
  essa impressão e, por meio dela, a potente influência da Palavra 
  primordial, e não saberiam ficar suficientemente agradecidos por isso.
  Mas cada ano se refere à sua obra sintética, e a época 
  que nos encontramos é a era da promessa, da verdade integral e da glorificação 
  do Verbo por meio do Universo inteiro. Examinando o que precede, é fácil 
  compreender, observando o Arqueômetro, como Indra, associada a Lá, 
  letra ou Potência verbal do Ocidente (Oeste), pôde mostrar a regência 
  do Oriente (Leste), como Yoga sobre o plano da eclíptica verbal, como 
  o elo da cadeia zodiacal e dodecimal dos Arcanjos ou letras da Palavra.
  Sobre a linha dos Equinócios do Verbo, as letras adâmicas H e L 
  se situam por si mesmas: a primeira no Oriente (Leste), a segunda no Ocidente 
  (Oeste), desde que de um lado de H e Carneiro, e do outro lado L e Libra, possuam 
  características semelhantes. Lidas de acordo com o raio ou o diâmetro 
  que as une e que tem como valor verbal as letras A, H e L, dizem ALAH. Os dois 
  trígonos, os equinociais do Éter e do calórico, estão 
  ligados em conjunto por esse termo sagrado: ALAH. Mas esses dois trígonos 
  equinociais não são mais do que uma projeção horizontal, 
  instrumental passiva dos dois trígonos solsticiais da héxada teogônica 
  e cosmogônica.
  Para ligar novamente a estrela hexagonal dos Equinócios do Verbo com 
  a dos seus Solstícios, os antigo patriarcas fizeram tocar a primeira 
  letra do trígono de Jesus, a consubstanciai do Pai e do Filho, da Sabedoria 
  Eterna, a regia universal I. E depois, melhor ainda, em subordinação 
  direta, tocaram a primeira letra do trígono de Maria, a soberana reflexiva 
  das Águas Vivas Eternas, a letra M. A Potência da estrela equinocial, 
  seja por inspiração, seja conscientemente, foi então evocada 
  com o seu verdadeiro nome divino ou efetivo, Alhim. Esse nome não é 
  efetivamente um nome, mas o substituto do nome, um pronome. ALAH, significa 
  aquele. Alabim significa, também, aquele, aqueles, ele, eles.
  Se procuramos uma prova absoluta, matemática, de que esse hierograma 
  é o substituto do Verbo único, que é o nome ShêMa, 
  e mais ainda ShêMaM, o Nome dos Nomes? Eis a prova.
  O Verbo é Y-PhO; e é a consubstanciai do Pai e do Filho e seu 
  equivalente numérico é 10.
  PhO significa a boca, o sopro, o órgão do pensamento vivo do Verbo 
  Criativo, e seu equivalente aritmológico é 86.
  Alahim de fato tem por equivalente aritmológico esse número 86:
  A = 1, L = 30, H = 5, 1 = 10, M = 40; 1 + 30 + 5 + 10 + 40 = 86
  Alhim está, pois, sobre o horizonte eterno do duplo Universo divino e 
  astral, na função de substituto, em função da instrumentalidade 
  executiva, pronominal do nome de PhO.
  Lendo-se como os europeus, Alhim é Mi-He-Lá, a milícia 
  e os meios, o Estado social angelical, que desde os Céus do Mundo da 
  Glória rege os Céus astrais e tudo que eles contêm: seres 
  e coisas. O príncipe desta principalidade dividida em ordens harmônicas, 
  o chefe destes chefes de ordem, dos quais cada um é uma letra viva do 
  Verbo, tem como hierograma Alah, mas tem que ser atribuído à hexada 
  solsticial do Verbo, e, então se pronuncia por si mesmo MIHEL, que os 
  judeus alteraram transformando a letra da vida, H, em Ka.
  Mas, nem Alah, nem MIHEL são os senhores do Swarga. O senhor do Swarga 
  é Sw-ra, em Ishwa-Ra: é Jesus Rei; Alah que é MIHEL, não 
  é nada além do substituto equinocial do Verbo, o príncipe 
  arcangelical da principalidade dos Anjos e de todas as suas ordens celestes, 
  o chefe dos juizes que seguram sobre o Oriente (Leste) a espada do Fogo vivo 
  H, e sobre o Ocidente (Oeste) a balança Lá.
  Em todos os templos que derivam da tradição Patriarcal, era em 
  direção ao Ocidente (Oeste) que os Sacerdotes se voltavam para 
  apelar à justiça divina, às suas letras vivas, às 
  suas Potências legais presentes de um extremo ao outro do Éter. 
  Esse Ocidente é o Celeste; e o Terrestre sentirá cada vez mais 
  o terrível juízo devido à fidelidade que o primeiro induz 
  e à apostasia do segundo.
  Tudo o que precede nos mostra que existe uma distância entre a Indra mitológica, 
  o Alah e o MIHEL, real, vivo e imortal. Um é o reflexo panteísta 
  por meio da imaginação dos poetas, o outro é a luz deste 
  reflexo no pensamento criativo do Verbo.
  Lá, Indra: ação de cortar, de rasgar.
  Lâ: Dom oferecido ou recebido.
  Li: Solução, liquefação.
  Laka: Frente.
  Lax: Vigiar, notar, marcar com um signo.
  Laxmi: Beleza, esplendor, prosperidade.
  Lag: Aderir, ligar-se a.
  Lagu: Ligeiro, leve, imponderável.
  Laj: Aparecer.
  Lad: Mostrar, dar conhecimento, agitar com rapidez.
  Lap: Falar.
  Lab: Adquirir, obter.
  Lay: Ir.
  Laya: União, residência, tempo certo, medida igual, fusão, 
  solução, dissolução.
  Lam: Querer, desejar, ser exaltado pela alegria.
  Lava: Cortar.
  Lãs: Brotar, brilhar, abranger.
  Lâ: Dar, captar, tomar.
  Lapa: Palavra, linguagem.
  Lâb: Aquisição, obtenção, ganância, 
  lucro.
  Lâsa: Dança.
  Li: Igualdade, identidade, dissolução.
  Lik: Gravar, fazer uma incisão, desenhar, escrever.
  Lika: Ação de escrever, escritura.
  Ligu: Coração, espírito.
  Lip: Untar, pintar, escrever.
  Liç: Ir.
  Li: Liquefazer, dissolver, ligar a si, obter, aderir.
  Lilâ: Passatempo, voluptuosidade.
  Luk: Quem suprime, rejeita.
  Lut: Rodar.
  Lud: Transtornar, cobrir, aderir a, abraçar.
  Lup: Eliminar.
  Lub: Desejar em amor; em eslavo: Lûb; em lituano: Lubju.
  Lul;. Agitar, aderir-se a, permanecer em.
  Luh: Desejar.
  Lû: Destruir.
  Lûth: Adornar.
  Léka: Traço, linha, letra, caráter, Deus, divindade, desenho, 
  missiva.
  Lêp: Ir, honrar.
  Lêpa: Função.
  Lêha: Alimento, comida.
  Lêhija: O alimento divino. 
  Lôk: Ver: em inglês, Look.
  Lôka: A vista, a visão, o mundo visível, o Universo, uma 
  divisão do mundo, os homens, a humanidade, o mundo e os mundanos em oposição 
  ao mundo divino.
  Lôkapâla: Rei, soberano; os oito guardiões do mundo que sentam 
  nas oito esquinas principais do horizonte: Sûrya, Agni, Sôma, Roudra, 
  Indra, Yama, Varûna, Kuvêra.
  Lôc: Ver.
  Lota: Presa, signo, choro. 
  Lôpa: Supressão, desaparecimento.
  Loba: Cobiça.
  Loma: Pêlo; Lômaça: carneiro, cordeiro, bode.
  Lola: Trêmulo, vibrante. 
  Lôha: Ferro, aço, metal, arma, sangue.
  
  XL. Ma. - Na doutrina dos patriarcas reconstituída e resumida sucintamente 
  por Moisés, com um alfabeto arqueométrico egípcio, no qual 
  os judeus perderam, a letra I ou Y é a regia das XXII letras, o ponto 
  de partida e de retorno sobre o círculo do infinito.
  Na Escola Vedo-Bramânica, que fundou a Universidade caldéia assim 
  como a do Irã, a letra regia I ou Y tem sido suplantada pelo M. Assim, 
  no ponto de partida sobre o primeiro trígono, o consubstanciai do Pai 
  e do Filho, a primeira letra do Verbo-Jesus IPhO-IShO foi substituída 
  pela primeira letra do segundo trígono, o M de MaRiE. Até mesmo 
  nos templos nos quais se havia operado essa substituição, essa 
  concessão naturalista, a antiga Ortodoxia não cedeu nem se apagou, 
  somente pouco a pouco.
  Os nomes dos dois primeiros trígonos eram perfeitamente conhecidos pelos 
  sacerdotes egípcios, como dos seus colegas de toda a Terra, na aurora 
  (primórdios) do Brahmanismo, de onde provém o Abrahamanismo. No 
  primeiro triângulo se lia: IPhO, IShO, que abreviado era ISh, ou dobrado, 
  IShISh, e aí estava a concessão feita à agressiva intolerância 
  dos eruditos soudras.
  No triângulo era lido MER, pois Moisés subordinou a letra M ao 
  Y, a progressão aritmológica de 40 àquela de 10. Não 
  obstante, ele associa freqüentemente essas duas letras para que não 
  se repare muito nesse fato, quando se pretende um aprofundamento maior no significado 
  específico de seus livros.
  Quando os judeus perderam totalmente a tradição de Moisés, 
  depois de terem violado sua constituição social e massacrado sucessivamente 
  as duas primeiras castas que ele havia instituído, era impossível 
  o restabelecimento desta tradição graças à ignorância 
  dos judeus, que não tinham mais o recurso de uma verdadeira Universidade 
  metropolitana. Esse recurso tinha sido dado a Esdras por Daniel, Grão-Mestre 
  dos magos da Caldéia.
  Esdras recebeu regularmente o grau de escriba, que representava, tanto no sacerdócio 
  caldeu como no egípcio, o equivalente de uma formatura na Escola Politécnica, 
  de onde era recrutado o estado maior naquela época. Na sua hierarquia, 
  Daniel ainda reunia a condição de profeta ou de epopte, quer dizer, 
  Grão-Mestre dos Mistérios, não somente técnicos, 
  mas também práticos.
  Para entender o que vem a seguir é necessário mostrar a relação 
  entre o Brahmanismo e o Caldeísmo, pois esses dois termos não 
  significam um povo, mas um corpo sacerdotal sábio.
  Os Kashi-Dim eram uma ordem de sacerdotes sábios, especialmente versados 
  em Astronomia, que provinham da cidade de Benares, na qual tinham um nome místico 
  e secreto: Kashi, na linguagem de 22 letras, e Kaçy, em sânscrito.
  É inútil mencionar aqui que essa cidade sagrada era uma das principais 
  metrópoles de conhecimentos, para onde todos os governos patriarcais 
  do Oriente e do Extremo Oriente enviavam os filhos das famílias mais 
  proeminentes das duas primeiras castas para serem instruídos.
  O patriarca dos chineses de nome Pho-Y, o renovador do Irã que foi o 
  primeiro a adotar o nome de Zoroastro, havia-se formado nesta escola de estado 
  maior, protestando contra o acordo que deu origem ao Brahmanismo e ao culto 
  dos Devas. Da mesma forma, o grupo de Kashi-Dim, que saiu dessa cidade sagrada, 
  separou-se mais ou menos do Brahmanismo; e aqui está, de uma parte a 
  filiação, e da outra a diferença, entre a doutrina de Brahma 
  e a doutrina designada com o nome A-Braham, que, ele mesmo, separara-se dos 
  Kashi-Dim, submergidos pela heterodoxia dos eruditos soudras.
  Daniel, então, ajudou Esdras a reconstituir, não a religião, 
  nem o Estado social universal de Moisés, mas um culto e um Estado político 
  judeu, apoiando-se de forma mais ou menos legítima sobre uma transcrição 
  dos cinco (5) vedas Mosaicos. Esdras não pode ser uma garantia desta 
  transcrição, pois um escriba, mesmo tendo um valor teológico, 
  não tem valor teologal e menos ainda um valor político nacional. 
  Mas Daniel tem valor teologal por ter sido inspirado pelo Espírito Santo, 
  quer dizer, como se tivesse verificado com o próprio Deus Vivo as coisas 
  sagradas das quais fala. É por isso que a transcrição do 
  Pantcha-Vedam ou do Pentateuco de Moisés pode ser considerada como exata, 
  se bem que as escrituras e mesmo a língua não são as mesmas, 
  e que o Grande Mestre dos magos da Caldéia tenha reservado certas chaves 
  de interpretação, mesmo dando várias pistas dela. As Escrituras 
  fazem parte dos numerosos alfabetos caldeus de XXII Letras, e nelas a tradição 
  patriarcal foi mantida. Mas esse alfabeto quadrado, muito próximo aos 
  alfabetos cuneiformes, não tem a morfologia científica, mesmo 
  que seja exato em sua progressão de letras e de números correspondentes.
  Da mesma maneira, a língua egípcia de Moisés está 
  alterada por monolíteros e bilíteros e por raízes que são 
  consideradas como trilíteros, que representam uma espécie de véu 
  retirado do pensamento de Moisés, que era ocultado de acordo com os métodos 
  egípcios.
  Em todas as Escolas patriarcais, as raízes eram monolíteras, quer 
  dizer, simples, ou bilíteras, isto é, geminadas, mas nunca trilíteras. 
  É necessário entender como raízes as consoantes pronunciadas 
  ou vocalizadas, porém, sobretudo as consoantes por si mesmas, pois a 
  pronunciação vocal varia de acordo com a fala humana, enquanto 
  a consoante muda conserva a impressão do Verbo divino. Não obstante, 
  as vogais eram consideradas corretamente como possuindo de forma isolada o valor 
  de raiz e inclusive de palavra. Mas, sem possuir uma Universidade sábia, 
  e da forma que eram pronunciadas pelo vulgo, ofereciam o grande perigo de alterar 
  seu sentido sagrado. E assim que, quanto mais tiveram que ver os antigos patriarcas 
  com os povos bárbaros, mais fechada ficou a manipulação 
  da palavra escrita no uso das consoantes e dos signos.
  Pho-Yen, limitando-se ao signo, não pôde ser entendido além 
  de alguns séculos; e seus cinco (5) Vedas, seus cinco (5) livros canônicos, 
  os Kings, continuam sendo ininteligíveis em relação à 
  sua profundidade real, o primeiro King principalmente, o do Ya, chamado de Y-King. 
  A mesma coisa aconteceu com Moisés, embora em escala menor. O mesmo acontece 
  com os cinco (5) Vedas que Moisés havia impulsado tanto como os primeiros 
  cinco (5) livros do primeiro Zoroastro e os 5 Kings chineses. A tradução 
  ou a transcrição feita com apoio e inspiração de 
  Daniel tem sido de acordo com o que precede. Ela suprimiu as vogais para preservar 
  o sentido da Igreja bárbara dos judeus. Mas era necessário vocalizar 
  o texto dos versículos que deviam ser cantados ou recitados nos salmos; 
  deu a Esdras os pontos vocais que eram os Neumas da Universidade Sacerdotal 
  caldéia. Esses Neumas eram utilizados sem consoantes, em pequenas partes 
  dos cânticos dos hinos, na celebração dos mistérios 
  teúrgicos tanto no Egito como na Assíria. E o Colégio Sacerdotal 
  Caldeu possuía ele mesmo esses Neumas da Universidade Vedo-Brahmânica. 
  Em resumo, esta última os havia recebido dos antigos templos patriarcais, 
  citados por Moisés como antediluvianos, sob o nome de NePhaL-IM e GhIBOR-IM. 
  Para que tudo seja condizente na Unidade do Verbo e de sua Palavra primordial, 
  tanto no passado quanto no presente e no futuro, é necessário 
  saber se os Neumas pertencem diretamente à língua sânscrita 
  e a seu alfabeto de 49 letras, a uma língua patriarcal anterior ou a 
  um alfabeto de XXII letras. Somente temos que dar uma olhada sobre a tabela 
  das letras vattans para verificar por cima das XXII letras um zodíaco 
  de Neumas, e na descrição dessa tabela o desempenho desse Zodíaco.
  Temos, pois, que recuar até os patriarcas antediluvianos da raça 
  branca do Pólo Norte para saber o uso que estes davam aos pontos vocais 
  e os Neumas utilizados no solfejo dos hinos teúrgicos. Porém, 
  não respondemos de forma alguma sobre a precisão das correspondências 
  dessas vogais e ditongos, tal como são apresentados na transcrição 
  muito exata da tabela do alfabeto vattan. Muitas posições estão 
  aí alteradas devido ao cisma lunar que tem presidido a elaboração 
  das 80 linhas védicas, as quais apresentamos também na tabela; 
  e a chave dessas alterações é exatamente o transportador 
  da realeza verbal desde a letra I até a letra M, do triângulo de 
  Jesus até o de Maria.
  A frase, ou melhor, a série de datus sânscritos que sublinham o 
  circulo zodiacal das vogais é seu próprio hino, o hino teúrgico 
  que os vedo-bramânicos do mais alto grau iniciático pronunciam 
  "solos" cantados, dos mistérios mais profundos, e no trabalho 
  que realizam esses mistérios. Ainda bem que não estamos amarrados 
  a eles por qualquer juramento, mas mesmo assim não damos a tradução 
  desse hino, limitando-nos ao que pode ser verificado sobre os fundamentos na 
  religião e na ciência do Verbo Eterno, quer dizer, a sabedoria 
  do Verbo Criador e do Verbo Encarnado.
  Se temos guiado, diretamente desde o seio do próprio Deus e em seu espírito, 
  quanto à verificação sagrada ou religiosa, isso não 
  altera em modo algum - muito pelo contrário - o valor científico 
  dos fatos obtidos tomando-se esse termo científico, na concepção 
  mais comum, a mais terra-a-terra, a mais positiva e a mais moderna.
  Do que precede, resulta que, como em tudo, em relação aos pontos 
  vogais, como aos 5 Vedas de Moisés e à Tradição 
  patriarcal que eles encerram, foi condensada no máximo para o povo judeu, 
  que nunca entendeu claramente nem a natureza, nem a origem, nem o significado 
  das relíquias que lhes foram dadas para o seu acervo cultural.
  Entenda-se bem que, quando dissemos povo judeu, não falamos das duas 
  primeiras castas que mataram, a dos sacerdócios dignos desse nome e, 
  por fim, a dos Alhim, dos juizes, dos profetas e dos santos que viveram nesse, 
  apesar dele.
  Resta saber se, apesar de autoridade de Daniel, a perda da linguagem sagrada 
  de Moisés alerta para o crédito que se pode dar aos 5 Livros canônicos 
  transcritos sob o seu nome.
  Efetivamente, esses livros trazem rastros de vários estilos de redação 
  e deve ter sido transcrito de diversos idiomas, embora similares. Esclareceremos 
  na hora certa esse ponto importante.
  A crítica moderna, que não pode ser confundida de forma nenhuma 
  com a ciência moderna, a crítica filosófica ou literária, 
  tem comentado exaustivamente sobre os cinco livros do Pentateuco. Com procedimentos 
  que distinguem a banal instrução Soudra, carente de toda instrução, 
  bem como de toda mentalidade religiosa, os anarquistas intelectuais fizeram 
  destes livros sagrados e de sua exegese uma confusão total na interpretação 
  neopagã que antecede os estudos secundários do Renascimento.
  Nesse caos, Moisés é relegado à obsolescência e transformado 
  num mito nebuloso sem realidade nem certeza alguma. Por outro lado, não 
  restou muito das obras que lhe são atribuídas, que merecem a consideração 
  dos Sganarelle, dos Homais, dos Diafoirus, dos Joseph Prud 'homme' ou de Sr. 
  Jourdain e de seu professor de lógica greco-latina.r
  Até os próprios judeus lhes deram esse sabbat do Clericalismo 
  laico, nesta revanche da instrução com a soberania do céu. 
  É lícito dizer que essa mentalidade especial nunca pensa além 
  do estômago, mesmo quando tem a oportunidade de pensar com o cérebro. 
  Sua incongruência é um meio de explorar a anarquia, a vulgaridade 
  e a ignorância dos semi-eruditos que formam a massa média da opinião 
  pública. E essa exploração é muito frutífera 
  desde que conduza a opinião que suplantou aquela da Igreja, das honras, 
  das profissões, das cátedras acadêmicas e o orçamento 
  que lhes refresca. Mas, perguntamo-nos, em nome de que princípio claramente 
  demonstrável permite-se que esses Soudras, em rompimento com o leilão 
  social, possam avaliar o pensamento e as obras dos antigos sacerdócios.
  Para julgar tais homens e tais obras, seria necessário que fossem da 
  raça mental e psíquica dos primeiros e que conhecessem os princípios, 
  as leis, os métodos, a forma de pensar e a maneira de escrever que presidiram 
  os segundos.
  Se Sancho Pança tivesse pretendido medir o Sinai, os Thabor e o Calvário 
  com a vara com que batia no seu burro, o metro de nossos modernos comerciantes 
  literários e filósofos seria de alguma forma como os seus guarda-chuvas.
  Entre as descobertas dos profundos pensadores e ainda mais profundamente barrigudos, 
  existe um cúmulo ao qual me limitarei de comentar no momento.
  Na Babilônia, costuraram pessimamente nas costas de Moisés duas 
  rapsódias, duas tradições sem autor conhecido e de origem 
  definida, e de lá porque, como um duplo comando de Arlequim, eles seriam 
  entrelaçados, no Pentateuco, o Jeovismo e o Alhemismo, no jargão 
  do Elohismo.
 
  Essa suposição tem somente um inconveniente, a tagarelice humana 
  em plena anarquia que vira as costas para a ciência do Verbo e da Palavra 
  Sagrada.
  Os Alhim, onde Moisés teve o cuidado de subordinar a letra M para a letra 
  I, são os Anjos do Verbo, as letras funcionais do Princípio da 
  Palavra, os equivalentes harmônicos e orgânicos de sua potência 
  criadora. Daniel não se havia enganado, não mais que os ortodoxos 
  egípcios e seus Mestres, e que o Supremo Colégio Assírio 
  que trabalhou sob suas ordens na nova edição do Pentateuco.
  Neste trabalho, muitas frases e termos hierogramáticos não eram 
  compreendidos pelo sacerdócio judeu de então. É por isso 
  que a transcrição apresenta freqüentemente termos, construção 
  de frases, frases inteiras que não trazem mais o antigo estilo de Moisés, 
  mas aquele dos Kashidim da Babilônia.
  Isso é evidente em numerosos lugares e em particular no primeiro versículo 
  do primeiro livro. Mas esse fato não altera em nada a validade da obra 
  de Moisés.
  Os alfabetos de XXII letras herdados dos patriarcas da raça branca eram 
  uma tabela de equivalentes comuns a todos os templos universitários de 
  suas Igrejas. E como esta permanece idêntica em sua dupla progressão 
  de letras e de números, qualquer que seja a forma das letras, pouco importa 
  a variação dos dialetos falados ou escritos, se o esquema é 
  o mesmo.
  Pois bem, sempre acontece a mesma coisa entre todos os homens da antiga casta 
  sacerdotal, e Daniel era um destes homens.
  Limitar-nos-emos a uma prova entre mil, já que estamos tratando da letra 
  M.
  Entre os diferentes sentidos, MA oferece o da Água Essencial, supra-astral, 
  e não somente astral. Esse sentido é ao mesmo tempo um ritual 
  no Egito, na Caldéia, na Índia, na Ásia, no Irã.
  Saindo dos continentes africanos, asiáticos, europeus, vamos para um 
  dos remanescentes da Antiga Terra antediluviana, a velha América.
  Na língua vattan, que é o Votam em todos os dialetos derivados 
  desse idioma sagrado, por meio de todas as dinastias votânicas, a água 
  se diz: ATL, raiz do termo Atlante.
  Que relação existe entre ATL e Ma? Eis como segue: Ma = 40; A 
  = 1 + T = 9 + L = 30, total: 40. Este pequeno exemplo, que poderia ser multiplicado 
  ao infinito, mostra que a palavra como ciência e como arte teve maior 
  consideração dos antigos sacerdotes do que dos modernos professores, 
  e que estes, embora se entronizassem no topo da anarquia da instrução 
  pública européia, não tinham qualidade de julgamento, mas 
  só de irreverência quando decidem falar e escrever a esmo poucas 
  e boas sobre os sábios inspiradores e sobre os livros sagrados da Antigüidade.
  Para alcançar elevações semelhantes onde a tagarelice empírica 
  e selvagem apaga-se para deixar lugar ao Verbo, onde a vã pretensão 
  do homem desaparece para deixar lugar a uma reflexão sábia, consciente 
  e respeitosa do pensamento divino, é preciso ter uma mentalidade completamente 
  diferente da filosofia literária dos anarquistas burgueses, pagãos, 
  de Atenas, de Roma, do Renascimento e de sua série de assuntos conhecidos 
  sob o nome de Enciclopédia.
  Já os judeus estavam longe do pensamento religioso de seu Mestre, como 
  o têm provado de sobra, porém tanto mais longe estão ainda 
  os modernos discípulos de Juliano, o Apóstata, ou de Marco Aurélio, 
  os simoníacos renegados do Verbo Criador e do Verbo Encarnado.
  Aí estão os falsos pastores que conduzem ao abismo e à 
  carnificina, à ruína e à aniquilação tudo 
  o que foi a Cristandade; e os resultados do predomínio governamental 
  que reivindicaram à custa da antiga ordem social os entregarão 
  cada vez mais à cólera divina e à execração 
  de todos os homens de boa vontade, de todos os homens de sacrifício e 
  de disciplina, sacerdotes, soldados, trabalhadores, em todos os graus da hierarquia 
  do trabalho.
  Não somente os Livros santos, Pentateuco e Evangelho, que governam a 
  fé na Igreja do Verbo Encarnado, sairão das mãos desses 
  maculadores mais radiantes do que nunca, graças aos humildes métodos 
  da ciência pura, mas também os Livros santos de todos os povos 
  anteriores a Moisés virão a confirmar a unidade primordial do 
  espírito humano no espírito divino, a glorificação 
  profética do Verbo Criador e Redentor, por todos os patriarcas pré-mosaicos.
  Entre as numerosas chaves dadas por Daniel a Esdras e à Sinagoga que 
  substituiu os Alhim, os juizes, os profetas instituídos por Moisés 
  ao lado do sacerdócio, temos que mencionar a Kaba-la; em sânscrito, 
  Lâ significa o dom divino; KaBa significa os 22 equivalentes da palavra 
  sagrada do Verbo, Kavi.
  Mas também aí o tenebroso entendimento judeu encontrou uma forma 
  de tomar escuramente mítico o que era claramente científico no 
  ensino superior das Universidades metropolitanas. O simples exemplo anterior, 
  citado a propósito da letra M e do termo ATL, prova que a Ka-Ba-Lá 
  era tudo menos judaica, e que essa ciência da palavra reintegrada ao esquema 
  do Verbo era praticada de um extremo a outro do globo, antes que existisse qualquer 
  judeu ou hebreu no mundo.
  Aconteceu de forma diferente com a Qábalah dos judeus.
  Essa lhes pertence como coisa própria. Ela é uma mistura impura 
  de verdades e erros amalgamados sem ciência e sem método, fundada 
  sobre algum Princípio justamente demonstrável.
  A Babilônia era a confluência de toda a intelectualidade proveniente 
  das Universidades rebaixadas do Egito, da Etiópia, da Arábia, 
  da Índia, de Pérsia, do Cáucaso e, por último, da 
  Síria.
  Uma pilha informe de superstições politeístas e demoníacas, 
  um abuso, em todos os sentidos, de todas as correspondências arqueométricas 
  invertidas, um estéreo de concepções e de práticas 
  freqüentemente monstruosas se misturavam à pura KaBa-Lá primitiva. 
  No entanto, sente-se entre os farrapos da Qábalah judia e, com o arqueômetro 
  em mãos, há possibilidade de traçar nela exatamente tudo 
  o que provém da KaBa-Lá pura e simples.
  Já que estamos tratando aqui da letra M, com a qual as Universidades 
  lunares e concordatárias, com os Soudras anarquistas, fizeram sua regia 
  alfabética a expensas da letra I ou Y, vamos examinar a seguir uma das 
  chaves cabalísticas dadas por Daniel a Esdras.
  Essa chave nunca foi compreendida pelos judeus, e São Paulo lhes dá 
  bastantes dicas para entendê-la.
  Chama-se o Nicod bilo-soph, o Oetant, o Shemah Hibro, dito de outra forma, o 
  signo condensador. O sentido externo filosófico é este: Nicod, 
  o ponto; bilo, em; soph, o infinito; o que, como ioda definição 
  metafísica, não quer dizer nada ou significa tudo que se queira.
  
Alfabetos de XXII 
  letras. Hieroglífico - Hierático - Fenício - por PAPUS
  Lett. heb. (Letras hebraicas) - Nombres (Números) - Hicrog. (Hicróglifo)
  " Corresp. hebraîque (Correspondências Hebraicas) - Ecriture 
  hiératique (Escrita hierática) - Inscriptcion d'Esmounazar. (Inscrição 
  de Esmounazar)
  " Pheniciex archaique (Feníeio arcaico)
Voltaire disse: 
  "A metafísica começa quando o que fala não sabe mais 
  o que diz e quando o que escuta não entende absolutamente nada". 
  Existe alguma coisa certa na definição desse mico filosófico 
  e papagaio do Paganismo. Mas Daniel era diferente de um filósofo. Ele 
  profetizou, com a data exata, a encarnação do Verbo, seu martírio, 
  sua crucificação, pelo que os judeus não o perdoam. Mais 
  ainda, deu aos fundadores de sua sinagoga um ensinamento secreto, o meio científico 
  de reconhecer, sem poder enganar-se, o Verbo Criador no Verbo Encarnado: Ipho 
  em Isho. Nicod significa não o ponto, mas a Iod, o Ya-Soph que deve ser 
  escrito ShOPh.
  Não se trata, pois, do ponto no infinito, quer dizer no indefinido, mas 
  a posição arqueométrica das letras Y, Sh, Ph e O, ou seja, 
  as letras do trígono fundamental, o do Verbo. Mais ainda, O, não 
  é o ShemaH Hibor de Sh e de Ph somente. É o signo condensador 
  universal, a letra comum ao Pai IhOh, ao Filho IphO, IshO e ao Espírito 
  Santo ROah-Alhim.
  A indicação de Daniel verificada sobre o Arqueômetro traz 
  a pronúncia exata do nome do primeiro triângulo: Ipho, Verbo; Isho, 
  Jesus.
  Isso não é tudo, SheMa = 340, e significa, ao mesmo tempo, signo, 
  céu, glória; em uma palavra, o mundo teogônico criado diretamente 
  pelo Verbo.
  Um destes equivalentes é SPhR: 60 + 80 + 200 = 340 = ShM.
  SPhR quer dizer círculo dos signos, planisfério da SheMa, Livro 
  direto do Verbo, seu Selo na Palavra Sagrada, pois o termo Livro em SPhR não 
  quer dizer rolo, no sentido vulgar, mas expressa a função do círculo 
  no seu sentido científico. Pois bem, o Nicod não é de forma 
  alguma o seu ponto central, sendo a letra I a Rainha Virgem zodiacal. Se tomamos 
  a letra I como ponto central, que é a letra N, todo o SheMa divino é 
  deslocado, e o nome de IHOH deixa de ser pronunciado por seu conjunto, quer 
  dizer, de ser manifestado exatamente por seu Verbo Criador.
  Podemos perceber experimentalmente do que precede sobre nossa tabela aritmológica 
  das 22 letras e sobre o Arqueômetro montado com seus quatro triângulos 
  eqüiláteros. A definição do circulo era feita nas 
  Universidades Patriarcais pelo trígono equilátero inscrito que 
  responde ao Solstício Norte, depois por reflexão no trígono 
  do Solstício Sul. Resultava disso a estrela hexagonal, a Bra-shith ou 
  palavra criadora da héxada divina. O círculo era assim definido 
  ou verbalizado, não pelo seu diâmetro, mas pela relação 
  real entre o círculo e os trígonos regulares definidores.
  A distância de um dos ângulos da estrela hexagonal ao ângulo 
  próximo é o raio do círculo. Essa definição 
  pelo raio e pelo hexágono é uma das chaves da ciência antiga 
  e que hoje falta à ciência moderna e à correspondência 
  entre todas as ciências.
  No que diz respeito à luz, o sistema metrológico de Newton, baseado 
  no diâmetro, não é mais que um sistema parcial, puramente 
  analítico, que concorda somente com os fatos de aparência ou de 
  decomposição prismática. A recente descoberta dos outros 
  fatos prova a insuficiência do newtonismo e mesmo o fato da ondulação, 
  afogando-o da emissão, deixa os sábios atuais desorientados e 
  sem pontos de referências, mais perto dos raios vermelhos de Shemah-Hibor 
  e principalmente além do violeta.
  A ondulação, que é a própria realidade, precisa 
  de outra metrologia, diferente da emissão diametral, que não é 
  mais que uma conseqüência dela.
  Isso é o que Daniel indica no que precede para todas as ciências 
  divinas, cósmicas, humanas, universais ou simplesmente planetárias.
  Isso não é tudo; além do SheMa, está o SheMaM, e 
  este tem por seu equivalente numérico não o 340, mas 380, e significa 
  o signo Supremo, aquele de ângulo norte no céu da glória 
  do Verbo e de sua Palavra.
  Podemos perceber, no topo desse ângulo arqueométrico, o Solstício 
  Norte da Trindade princípio, as duas letras Ph e Sh, uma zodiacal, a 
  outra, planetária. Em uma o trígono equilátero simples, 
  na outra, o trígono equilátero armado com uma bissetriz, que significa 
  o eixo do mundo, o centro de seu governo unicamente no Filho, como Verbo Criador 
  e como Deus Salvador. Ph = 80, Sh = 300, unindo-se às duas teremos 380, 
  e são o SheMaH, o signo supremo, o signo do ângulo ou da pedra 
  angular.
  Esse é o SheMaM-Lá-Ha ROSh, como signo supremo do Verbo Rei e 
  as letras são bem pronunciadas sobre seu Arqueômetro, onde a palavra 
  criadora fala por si mesma.
  É um fato justamente demonstrável e exatamente experimental, e 
  este fato, lei do próprio princípio, não é palavra 
  do homem, quer dizer, mais ou menos filosófica, uma mentira, mas uma 
  palavra de Deus, fonte única de toda a verdade.
  Resta demonstrar, nos mais profundos Mistérios da Escola Vedo-Bramânica, 
  as evidências que acabamos de mostrar dos profundos segredos transmitidos 
  por Daniel a Esdras e a sua Sinagoga.
  As diferenças provenientes dos diversos pontos de partida - Ya - para 
  a Escola Patriarcal à qual pertence Moisés e M para a Escola Vedo-Bramânica 
  - que enxertou sobre o sistema primordial - não fazem mais do que ressaltar 
  melhor a antiga unidade desta.
  O dia do Yom-Kipour nos servirá como demonstração. O termo 
  Yom não é uma palavra de tagarelice filosófica, mas de 
  um discípulo do Verbo, usada por Moisés de acordo com a tradição 
  e a ciência patriarcal de seus Mestres egípcios. As letras Ya e 
  M são unidas pelo signo condensador O, cujo valor numérico é 
  56, número sabático, como múltiplo de 28, porém 
  sua pronúncia sagrada era Y-HOM.
  É o dia dos dias, e sua festa responde ao décimo quinto grau do 
  signo de Virgem, equivalente cósmico da potência verbal Ya, da 
  sabedoria divina. Rainha dos Céus fluidos e astrais.
  Nesse dia, no maior segredo, o nome do Pai era pronunciado pelos pontífices 
  patriarcais, nos templos, pelo pai e pela mãe de família nos lares 
  patriarcais.
  Essa pronúncia completamente particular glorificava o ponto de partida 
  arqueométrico do duplo universo, fazendo retornar o nome do Pai sobre 
  si mesmo, em sua letra ou potência consubstanciai ou física. Esse 
  nome que o leitor religioso deve ler apenas quando estiver orando, e que o não-religioso 
  devia tremer não só de ler, mas de contemplar, é o IHOHI.
  Entramos agora no mais profundo dos mistérios vedo-bramânicos.
  O mesmo dia, ou o seu correspondente, é chamado o YHOM do AUM completo.
  O soberano pontífice carrega com ele a jóia sagrada de ouro e 
  de pedras preciosas que portava Moisés e que servia para acender o fogo 
  do altar de acordo com os ritos.
  Esse dia sagrado se chama AHO ou MHISh e sobre a jóia existe em caracteres 
  adâmicos o termo AHaMIOH, Eu sou IHOH.
  A inversão deste termo é IHOMaHa, IHO, o Grande.
  Assim, as escrituras secretas do Manava-Dharma-Sastra nos revelam como a filiação 
  do Vedo-Brahmanismo está ligada à Ortodoxia da proto-síntese 
  patriarcal.
  Temos muitas outras provas para apresentar sobre isso, porém esta é 
  a mais importante e aquelas virão em seu lugar.
  No início do Manava-Dharma-Sastra, o redator indicou da forma antiga 
  a relação do sistema lunar bramânico com o solar-lunar de 
  Ish va-Ra. A inversão da estrela dos Solstícios do Verbo, que 
  leva para o Norte o Solstício das Águas Vivas e para o Sul o da 
  Terra Viva, corresponde à inversão do nome do Jesus, ISHO, pronunciando-se 
  como ISIOUA ou IShVa, de acordo com os dialetos e os ritos.
  Antes de Brahma, é Schoua-Y Am-B'Uvi, e escrito dessa forma significa: 
  1º) o Ser existente por si mesmo; 2°) Swaya, o filho de Deus. AMBU, 
  a água. Bu, nascer, existir, de onde a Terra, a Terra sagrada do Mundo 
  da Glória, a substância divina da imanência e da imanação 
  dos seres. VI, amar essencialmente, criar, dar à luz. Enfim, BO ou VI, 
  o hierograma da Terra dos Vivos, como AMBU é o da Água Viva; e 
  entenda-se bem que não se trata aqui dos elementos cósmicos, nem 
  do desenrolamento do caos pelos Alhim, mas unicamente das substâncias 
  divinas do Universo divino, do qual o Verbo é o criador.
  AM e BOuVI são as letras que poderiam dar sentido ainda mais profundo 
  se fosse necessário; são atributos de Schoua-Y, que ele mesmo 
  é a inversão de IShVa; IShVa-Y-AM; onde IShVa atua ao mesmo tempo 
  em Ya e em Me. E esse mistério o que nos lembra o primeiro Zoroastro 
  quando diz, ou melhor, quando AHOURA-MAZDH, quer dizer, o ROuaH lhe responde 
  que já revelou sua lei a YM, o chefe da Humanidade, o YMVR dos antigos 
  escandinavos, o YM dos ALHYM e do MYHeLa.
  Todos esses sentidos são explicados de uma forma absolutamente racional 
  e científica sobre o Arqueômetro. Podem ser vistos transportados 
  da arte verbal à arte gráfica sobre a antiga figura de Ishva-Ra, 
  que reproduzimos por outro lado arqueometrizada. Neste hieróglifo, a 
  posição primordial da estrela dos Solstícios do Verbo é 
  observada exatamente. O Verbo Criador é representado sobre um fundo de 
  terra e de céu, ou de terra celeste. Está sentado sobre uma pantera 
  cujas listras pardas e amarelas são o símbolo de muitas coisas 
  e entre outras da re-fração luminosa. As listras amarelas representam 
  a substância fotogênica; as pardas, chamadas hoje em dia de Frauenhaufer, 
  representam a resistência e a absorção dos meios, a transformação 
  da luz em calorias latentes.
  Sob o Verbo e sob a pantera estende-se o mar das Águas Vivas, no qual 
  a figura monocéfala de KaVi se projeta e se reflete. A posição 
  do corpo de Jesus, Verbo Criador, desde a cabeça até os pés, 
  desde os ombros até os braços, das mãos e dos dedos, é 
  completamente simbólica, ou melhor, hieroglificamente falante. O mesmo 
  acontece com o conjunto e os detalhes desse notável gráfico. O 
  tridente representa a Triloka, o governo dos três mundos. Está 
  dirigido para a esquerda e seu Arqueômetro para a letra Me. Porém, 
  o tridente é o SHIN vattan invertido, e na sua inclinação 
  em direção ao Me lemos: SheMa. Tal é o hieróglifo 
  ou a inversão da héxada, do primeiro trígono no segundo, 
  do culto de Ishva-Ra no de Brahma, de magnífico significado. É 
  por essa razão que nós comparamos de propósito essa palavra 
  gráfica, com as palavras verbais do Manava-Dharma-Sastra.
  Lendo atentamente as primeiras Slokas desse admirável Livro sagrado, 
  veremos que a inversão de IShVa é SVa-Y, que é o Rex Patriarcharum 
  (Rei dos patriarcas), o Senhor dos archis e dos richis manávicos, e que 
  Brahma não é mais do que sua sombra inerte, engolida pelas Águas 
  Vivas do tempo sem limites YM. E se abrimos Moisés veremos nele que essas 
  Águas vivas plásticas são o meio principal e não 
  somente original do qual toda a hierarquia das almas universais ou específicas 
  saíram. O ponto de conversão entre o ato do princípio eterno 
  e a execução da origem temporária pelos ALHIM está 
  no centro arqueométrico da letra Na, eco da letra Ma. Esse nó 
  coletivo e umbilical entre os dois Universos, teogônico e cósmico, 
  é a mesma fonte da potência passiva que chamamos NaTUReza. Esse 
  nome, composto de forma admirável, deriva das escolas mais antigas. NaT 
  significa nó (laço). OuR significa a luz viva, porém ainda 
  não é o Lumen de lumine. É a primeira correspondência 
  da luz inacessível. É a ação reflexa do ROuH-ALHIM 
  nas Águas Vivas. É, em uma palavra, o ato reflexo do Espírito 
  Santo instrumental do Verbo.
  Enfim, o nó vital que une o mundo teogônico ao cosmogônico: 
  NaT é composto pela letra central solar Na e por sua zodiacal solar-lunar 
  Ta.
  A correspondência de Ta é em Leão zodiacal; representada 
  também por um tigre ou uma pantera nas escrituras zoomórficas 
  dos antigos egípcios do Extremo Oriente, das raças astrais e finalmente 
  dos volanidas atlantes da antiga América.
  A Natureza é, portanto, considerada o ponto local da incidência 
  teogônica do Verbo e de seu reflexo na palavra cosmogônica.
  Essa potência de conexão conversível, da qual a Luz é 
  o veículo, tem dois aspectos inversamente proporcionais e correspondentes. 
  Um desses aspectos, o Divino, corresponde ao ATh-ALHIM de Moisés e de 
  São João; o outro ao Ath-Ha-ShaM-Im, o ATh-Ha-A-ReTz, quer dizer, 
  a alma ou a razão viva, que compõe o mundo angelical dos Céus 
  da Glória, dos Céus fluidos e do céu grave e gravitacional 
  da astralidade.
  ATh é, em sânscrito, o espírito constituitivo, a alma, a 
  razão vivente.
  Quando o Verbo Encarnado disse: "Eu sou o ATh, o Aleph e o Tau", quis 
  dizer: "Eu sou a razão constituinte do Universo, seu Verbo provido 
  de todas as suas Potências Criadoras e Conservadoras".
  Em menor grau, ATh significa o alfabeto de 22 letras, a Palavra refletiva do 
  Verbo dotado de todas as suas funcionalidades.
  Estas últimas, simples reflexos mortais e quase mortos no espírito 
  humano, são viventes imortais no espírito divino, e são 
  os ALHIM.
  Assim, por meio dessa potência nos dois aspectos inversamente proporcionais, 
  que são a Natureza e a ordem divina, naturaliza-se por suas leis na ordem 
  física, e esta, por sua vez, naturaliza-se primeiro por obediência 
  a essas mesmas leis.
  Esse é o ponto central da Psicogonia, este ponto nodal que deu lugar 
  às confusões panteístas e a outras, a partir da divisão 
  das línguas sábias e do esquecimento da palavra Shemática 
  do Verbo.
  O alfabeto vattan usa Ma como consoante e a representa com uma linha horizontal 
  atravessada em um pequeno círculo negro.
  O alfabeto védico, na tabela de seus oitenta signos gráficos, 
  faz partir toda a sua teodicidade verbal da mesma letra. Porém esta, 
  como ponto de partida, não é mais um círculo negro desprovido 
  de barra ou de linha reta. Então, essa letra, em vez de ser pronunciada 
  Ma, permanece indefinida. Não é mais uma letra cerebral muda M, 
  nem voga], nem consoante, nem Verbo, nem Palavra, nem pensamento, nem ação 
  definida. Não é articulada pelos órgãos vocais. 
  Ela é ouvida por si mesma no trabalho dos mistérios, da seguinte 
  forma:
  Quando se experimenta esse ponto do AUM, colocam-se as duas mãos sobre 
  o rosto, com os dedos estendidos, adotando a forma do Shin assírio.
  Os polegares fecham as orelhas, os dedos mínimos fecham as narinas, o 
  anelar, o médio e o indicador, separados em palmos, apertam as têmporas. 
  A boca está fechada. O resto do corpo, sentado no estilo oriental (Lótus 
  ou Padmasana), mas, de uma forma ritual particular, deve afetá-lo também, 
  a forma de uma certa letra, a de um hierograma desconhecido da maior parte dos 
  membros da Assembléia Secreta designada com os nomes hierárquicos 
  de Yogâ, Yoga, Yogi, Yogî, Yoginâ, Yogin.
  O antigo nome dessa assembléia, antes da constituição Bramânica, 
  era de Yogis havarra, contração de Yoga-Ishva-Ra, a união 
  em Jesus Rei.
  Estando preenchidas todas as condições, tem que ser observado, 
  não obstante, o que era ciência e consciência religiosa na 
  prática dos mistérios; sob o reinado de Ishva-Ra, derivaram, pouco 
  a pouco, fórmula e rotina, à medida que a subversão da 
  Y para a M apague a lembrança da sabedoria suprema, da razão suprema 
  e do seu soberano Senhor, para não deixar mais seus reflexos no trígono 
  das Águas Vivas.
  A seguir, como pode ser testada a primeira letra deste último. Quando 
  o Iogue se coloca na posição descrita (ver lâmina na página 
  seguinte), depois de ter-se purificado interiormente, pela penitência 
  e a contrição, e exteriormente, de acordo com as regras, com a 
  água, com o ar, etc, concentra sua visão física por meio 
  do sistema nervoso da visão, sobre o quiasma dos nervos óticos, 
  olha interiormente a parte média de sua fronte, acima do meio da arcada 
  ciliar, entre esta e o meio da protuberância frontal. Trata-se da terceira 
  visão dos mistérios antigos. da visão direta e da contemplação.
  Estando todas as aberturas do corpo fechadas, como dissemos, toda a energia 
  interna, ao mesmo tempo psíquica e fisiológica, deve concentrar-se 
  sobre ela mesma e sobre seu eixo vertical de simetria, de tal forma que se dirija 
  do peito até o cérebro. A ressonância vibratória 
  desse esforço sinérgico engloba o órgão cerebral 
  assimétrico conhecido pelo nome de glândula pineal. A esta última, 
  a alma, quer dizer, a vida, permanece aderida por meio de seu corpo fluídico, 
  até alguns dias depois do que os homens chamam de morte.
  Quando a vibração toca o ponto cerebral anteriormente descrito, 
  e o ângulo craniano correspondente ressoa, desprendendo-se, até 
  a membrana do tímpano é agitada, e daí vai para todas as 
  cavidades orgânicas.
  Esse som interno indefinido não tem nenhuma qualidade que possa ser apreciada. 
  O único termo que pode expressá-lo um pouco é o murmúrio, 
  se eliminássemos todas as letras, exceto a letra M, sem vogais nem consoantes. 
  Uma comparação mais exata ainda será esta: pressionando 
  as duas orelhas hermeticamente sobre certas conchas marinhas, escuta-se um som 
  como o bramido aéreo do mar. Tal é a percepção interna 
  da letra M cerebral, a primeira do trígono do mar das Águas Vivas, 
  intra-etéreas e supra-etéreas.
  
  O que precede abre uma luz suficiente sobre a Mistagogia das Potências 
  verbais da Palavra. A prática desses mistérios é real, 
  eficaz, porém extremamente perigosa para todo homem não preparado 
  intelectual, moral e fisicamente, segundo as regras dos antigos patriarcas.
  Para os europeus, mais que para todos os outros homens, insistimos sobre esses 
  perigos, aos quais se expõem pela divisão de suas faculdades, 
  sua anarquia mental e cardíaca, sua instrução deficiente, 
  sua educação interna ou religiosa quase nula.
  Falamos aqui dos métodos de ensino, de suas habilidades psíquicas 
  sem ligações sintéticas, do lugar irrisório que 
  os programas universitários deixam para a instrução religiosa 
  e da verdadeira incompetência com que marcam os sentidos internos atrofiados, 
  regredidos e quase anulados.
  Pois é unicamente aos religiosos que nos dirigimos aqui, levantando para 
  eles uma ponta do véu que lhes oculta a alma das coletividades orientais 
  e a toma impenetrável às maneiras greco-latinas, dialéticas 
  e filosóficas de comentar o Evangelho.
  Até para esses religiosos, essas práticas, as quais se confinam 
  aos místicos dos conventos, são também perigosas sem uma 
  fé absoluta e uma caridade sem limites. Daremos um passo adiante para 
  mostrar a gravidade desse fato e então pararei por aí.
  Aqui nós não fazemos mais que citar, tornando claro tudo quanto 
  é escuro nos Mistérios da Palavra, tal como eram praticados pelos 
  mais altos e raríssimos Epoptes da antiga Igreja Bramânica, e que 
  da sua ramificação caldéia saiu Abraão. Trata-se 
  do mistério da primeira letra unida às outras 22: ATh.
  De acordo com os Sastras, chamados Glórias Flamígeras dos Arcanjos, 
  o primeiro hierograma, do qual não darei a pronúncia, envolve 
  o céu das Águas Vivas. Aplica-se a todas as almas que viveram 
  sobre a Terra desde o início até o presente Kalpa.
  A alma é designada pelo hierograma de HAMSHIN, cuja inversão em 
  hebraico é Nishamh.
  Termo a termo, a plenitude consciente dos dois movimentos da existência. 
  Aqui eu peço ao leitor seguir atentamente todas essas letras e todos 
  esses termos sobre o Arqueômetro.
  O primeiro desses dois movimentos é ShaPhaN. Sua inversão, em 
  hebraico, é NePheSh, que significa: pulsações, palpitações, 
  sístole e diástole vital.
  Em NishamaH, a central solar Na irradia sobre a letra de Jesus, Sh, e então 
  move a primeira letra de Maria, M, e depois a letra vital do Pai, H.
  É a alma glorificada e glorificável, convertida ou conversível 
  no céu da glória SheMaH, sobre a letra nodal da Potência 
  que naturaliza em um mundo ou em outro, Na.
  No primeiro movimento de NishaMah, a alma glorificada e glorificável, 
  convertida ou conversível, contém o mesmo NePhSeh, apoio de NePheSh 
  sobre a nodal divina Na; porém, somente as duas letras de Jesus soam 
  embaixo desse apoio: PheSh, PhoSh, potência de manifestação 
  da vida: Ph + Sh = 80 + 300 = SheMaM, o signo dos signos.
  O segundo movimento de NiShaMah é HOR, sua inversão em hebraico, 
  ROuH, luz ascendente, no primeiro caso e sopro contínuo no segundo. E 
  a correspondência da psicologia até a psicogonia que se produz 
  segundo o movimento arqueométrico universal, na semelhança humana.
  HOR e ROuaH respondem para o Espírito Santo e, ante ele, ao tribunal 
  dos ALHIM, e ante estes, até o fundo do trígono de Maria marcado 
  pela potência H, cuja correspondência astral é o signo de 
  Câncer e, na correspondência ultrazodiacal, a estrela de Sírio, 
  colocada no fundo da água espiritual e principal, da mesma forma que 
  as sete estrelas do Pólo Norte foram assinaladas aos patriarcas assessores 
  do Verbo Criador, aos Richis e Arshis de IShO, ou a proto-síntese do 
  Verbo.
  Havia uma Humanidade típica que não abandonou o Mundo da Glória 
  e não caiu no mundo dos céus astrais. Moisés fala dela 
  com termos ocultos e velados.
  Hamshin que se pronuncia Hanshin, segundo as regras harmônicas da tabela 
  eufônica da Ramayana, contém as três correspondências 
  literais da morte concebidas como inversão sobre o nó das inversões 
  proporcionais: HA, antifonia de HE, que é a letra vital expansiva do 
  nome do Pai, a correspondência do signo equinocial e verbal do Carneiro. 
  O ato fisiológico dessa letra ou faculdade psíquica em correspondência 
  com a identidade de sua potência cosmogônica é uma expiração 
  veemente dos pulmões pelas narinas.
  A correspondência hierogramática desse ato fisiológico com 
  o mundo da biologia é escrita diretamente: UShNa. Na análise anatômica 
  do organismo vocal, esse termo significa nasal, misturado de calor vital, metade 
  úmido, metade seco.
  O que segue é praticado no trabalho do AUM.
  No ponto mais alto dos mistérios deste último, sem outra roupagem 
  além de uma espécie de sudário especial, semelhante ao 
  de São Benito, o Epopte, sem nenhum metal sobre ele, estende-o sobre 
  as costas para cruzar a porta dos Mistérios, que é a morte. 
  Pensamos, então, nos três hierogramas anteriores: HaMShiN NiShaMaH; 
  HORROH; ShaPhaN-NePheSh.
  Então, sopra com força para fora o ar contido em todas as cavidades 
  da árvore pulmonar. É o signo do He e do Ha, da vida e da morte, 
  até o último suspiro.
  O Epopte fecha seus lábios ao ponto, deixando o ar interno encher sua 
  boca fechada e respirando fortemente pelas narinas. Então, imediatamente 
  pronuncia interiormente, como dissemos, a décima terceira letra, e depois 
  fecha suas narinas com tampões apropriados.
  Os olhos permanecem abertos até que sinta o calor afluir e comece a transpirar. 
  Assim que o frio começa a subir pela planta dos pés, como uma 
  espécie de formigamento agudo, os olhos se fecham; a luz celestial se 
  propaga em torno da ponta do ângulo de ressonância que dissemos. 
  O único poder que queima no corpo gelado é representado pelo som 
  de M, como um eco leve. O Epopte permanece completamente consciente. O ShaPhan 
  NiShaMaH é ligado à sua cabeça na glândula pineal, 
  e a transpiração da morte flui de seu crânio para fora.
  Nesse momento, pronuncia-se o hierograma arcangélico, que é inútil 
  transcrever aqui. A seguir, sai da terra mortal, no primeiro estágio 
  correspondente, ao mesmo tempo, ao Mar das Águas Vivas e à Terra 
  dos Vivos imortais.
  Assim, vista interior e consciência plena, luz celestial ante si: eis 
  o primeiro grau da mistagogia prática, a das letras da palavra, na antiga 
  Escola Vedo-Bramânica que sucedeu à Igreja antediluviana do Verbo 
  Rei.
  Começamos a passar o que precede à pedra de toque do Arqueômetro. 
  Resta agora examinar a letra vattan, que segundo sua posição se 
  pronuncia Me ou Ma.
  Da mesma forma que verificamos a Escola judaica de Esdras pela Universidade 
  Sânscrita, podemos controlar esta última pelas escolas de Zoroastro 
  e de Pho-Y. Esses dois patriarcas reagiram contra a doutrina védica que 
  substituiu a realeza do primeiro trígono, para que predominasse o segundo. 
  Esse fato é inegável se for medido sobre o Arqueômetro, 
  a inspiração e a doutrina do primeiro Zoroastro e a do legislador 
  dos povos do Hoang-Ty.
  No primeiro caso, vemos o termo Zenda A-Pa-M inscrever-se por si mesmo no lugar 
  arqueométrico da letra M. Apam significa águas. Mas um homem do 
  gabarito do primeiro Zoroastro não se dá ao trabalho de escrever 
  para dizer uma totologia à maneira do Sr. Jourdain e de seu professor 
  de Filosofia.F
  O termo usado por Zoroastro deve ser muito bem analisado, como o fizemos. Significa: 
  A, privativo (exclusivo); Pa, para; M significa ao mesmo tempo a letra M e a 
  letra O.
  Zoroastro responde dessa forma ao cisma Védico: "Nenhum Poder em 
  Me". E. para complicar esse significado, não atribui a Amesha. ShPheNTa, 
  quer dizer, a potência arcangelical.
  Nós traduzimos expressamente as letras zenda com sua equivalência 
  arqueométrica.
  A primeira verificação não tem réplica; verifiquemos 
  agora a do Pho-Y.
  No dicionário dos quinhentos e quarenta signos, e entre os mais antigos 
  destes últimos, a letra vattan Ma ou Me, deriva da letra L A barra ou 
  linha reta representam a unidade. O ponto ou o círculo preto entrelaçado 
  pela barra representa o zero. Esses dois juntos expressam o número 10, 
  e este é o equivalente da letra Y, enquanto o equivalente da letra M 
  é 40. A Escola Védica teria, pois, remanejado o alfabeto de 22 
  letras em benefício de sua sistematização, cuja característica 
  é de dar ao M a preeminência sobre o Ya. Essa é a chave 
  da posição tão importante, que ora nos ocupa e que era 
  necessário romper para devolver ao Verbo a mestria da universalidade 
  do espírito humano, por meio de todas as Universidades religiosas.
  Observando o Arqueômetro, verificamos que as letras vattans Y e a M são 
  as únicas que não têm uma morfologia direta correspondente 
  a dos seus signos astrais respectivos. Pois tem havido aí mais uma manipulação.
  Porém as letras samaritanas substituem com folga e motivação 
  não a verdade absoluta, que não tem necessidade disso, mas a demonstração 
  experimental e as correspondências astrais que temos dado.
  A Escola Vedo-Bramânica se retratará nesses pontos capitais? Evidentemente 
  que não, uma vez que não fará nada além de voltar 
  à sua própria proto-síntese, a de Ishava-Ra.
  Zoroastro foi talvez um pouco longe ao negar todo o poder da letra Me, enquanto 
  conservava em seu lugar a tradição do HOM. Porém, era dirigido 
  por uma inspiração muito pura, querendo tirar do Irã o 
  culto dos Devas.
  E a mistagogia operatória da letra Me conduz a esse servilismo tão 
  perigoso para a salvação das almas, quando Me deixa de ser subordinado 
  a Ya, no YM dos ALHIM, assim como no nome sagrado do Pai IHOH e do filho IPhO-IShO.
  Pois bem, há muitos séculos, e de acordo com nossos cálculos, 
  desde a época de Krishna, que essa subordinação à 
  Escola Bramânica terminou. Senão vejamos o que dizem hoje os Grandes 
  Mestres em seus ensinamentos mais fechados com respeito à letra M, chamada 
  de ponta do AUM: "Ela é o gérmen e a matriz, estão 
  contidos nela dois princípios eternos, que são Tahhanas e Krishna, 
  o branco e o negro, o forte e o fraco, o bem e o mal, o puro e o impuro, o masculino 
  e o feminino. Ele é Deus, ela é o ovo de ouro. Encerra nela a 
  essência, a alma e a matéria, o todo no estado rudimentar germinal, 
  fora de ação e da obra. Essa obra deve ser feita e produzida por 
  um agente; daí, a formação e a existência do homem 
  mortal, macho e fêmea".
  Qualquer comentário aqui é inútil, sendo explicada a metafísica 
  que precede com suficiente clareza. A diarquia confessional que ela testemunha 
  atribui ao poder, do qual a letra M é o signo, uma complexidade de qualidades 
  que se opõem inconciliáveis entre elas.
  É um núcleo caótico, em que o espírito humano, livre 
  de si mesmo, procura explicar-se o ponto embrionário da série 
  temporal e natural.
  Tudo está aí, até a evolução do óvulo 
  que provém do ovo de ouro, toma banho na linfa protoplástica e 
  se abre sistematicamente para dar à luz Brahma. Essa linfa protoplástica 
  é a dos limbos de Brahma e de Abraão.
  Descartando do que precede a perigosa confusão do bem e do mal, no ponto 
  embrionário caótico, afastando o Maniqueísmo dos dois princípios 
  ou supostos como tais, rejeitando a assimilação do masculino e 
  do feminino a uma dualidade de oposição entre branco e preto, 
  bem e mal, puro e impuro, fica a verdadeira idéia justa, a verdadeira 
  ação exata, porém subordinada, que expressa cientificamente 
  o trígono de Brahma, de Abraão, de Maria, e da degeneração 
  do Círculo divino no Ovóide Astral.
  Mas, ainda bem que os dois são correspondentes e inversamente proporcionais; 
  existe entre eles uma diferença da Biologia e da Fisiologia, da vida 
  eterna à existência temporária, do Princípio em repouso 
  e sua finalidade na origem sem cessar o movimento, no vai-e-vem interrompido 
  pela morte.
  Os pontos perigosos desse fundo vedo-bramânico têm trabalhado os 
  espíritos das outras raças com mais ou menos força e em 
  todos os tempos de incredulidade ou de incerteza.
  O mistagogo ocidental que tem sido tocado com mais força, ou, como diz 
  ele próprio, que foi tingido por essa tintura misturada de branco e de 
  preto é Jacob Boehme.
  A transmissão foi feita a ele por Paracelso, que viajou ao Oriente (Leste). 
  Não falamos dos qabbalistas, nos quais essa confusão é 
  perpétua desde a época de Babilônia até os nossos 
  dias.
  Chegamos ao fato mais moderno, que é a obra de Darwin.
  Poderia ser chamado de alucinado e possuído pelo próprio fundo 
  do Vedo-Brahmanismo, até a afirmação do suposto papel da 
  força na suposta lei da evolução e da assim chamada seleção.
  Existem muitos contatos entre a Inglaterra e a Índia, para que o protestante 
  Darwin não tenha sofrido a influência bramânica direta ou 
  indiretamente.
  Voltando ao ponto do AUM e do sistema embriogênico dos Vedas, os Mestres 
  dessa Escola se fecharam ao Princípio para encerrarem-se na origem: não 
  tiveram mais do que uma saída possível. Tiveram que argumentar 
  até o infinito, os períodos de tempo, desde que, ao fazer depender 
  tudo.da fisiologia astral, não poderiam implantar nada sobre a biologia 
  do Deus-Vivo, de seu Verbo, nem do Espírito Santo.
  É por isso que o seio de Brahma, como o de Abraão, é o 
  limbo dos limbos da extinção.
  O próprio Budismo tirou uma conclusão muito lógica sobre 
  a concepção filosófica naturalista e panteísta do 
  Brahmanismo, seu Mestre atribuindo ao Nirvana o sentido que qualquer um conhece.
  Pretendeu-se também ergotizar até o infinito que a fisiologia 
  das almas desencarnadas não tem outra saída senão a extinção 
  no tempo, tão prolongado como se queira, ou uma nova embriogenia em uma 
  matriz (útero) materna em função da Me e de Ma.
  O próprio Brahma, de acordo com esta doutrina, é mortal. Os milhares 
  de zeros acrescentados à duração de seu tempo não 
  contam nesse caso e não evitarão o seu Pralaya supremo, no qual 
  está contido na reivindicação do Ya.
  Enquanto Buda, regente do planeta Mercúrio, com sua posição 
  aos pés da Virgem astral, indica uma possível volta à tradição 
  primordial, da qual o Brahmanismo conservou corretamente a impressão.
  Continuemos a assinalar as pegadas dessa impressão relativas à 
  letra M e sua ressonância arqueométrica por meio do sânscrito.
  Somente uma palavra a propósito da correspondência que subordina 
  a letra M à letra Y. As letras Y e I, como potência da Palavra 
  do Verbo, representam a Sabedoria Divina afirmando-se na criação 
  e na conservação do mundo divino, aquele da biologia eterna e 
  das substâncias incorruptíveis que são o elemento e o alimento 
  dessas potências imortais. É por essa razão que, na maior 
  parte das línguas humanas, Ya é a afirmação pronominal 
  do Verbo, da essência que entra em ação. É, ao mesmo 
  tempo, Si e Yo, anunciando a vida ativa e sua benfeitora manifestação 
  em favor dos outros.
  M é o reflexo cerebral do cardíaco que precede, não corresponde 
  mais que à reflexão desta em um meio plástico. É 
  a Minerva dos etruscos, a lei refletindo o Princípio. Está assim 
  na alma universal dos Céus astrais e da alma do homem; ela é o 
  ponto central da reflexão, seu desdobramento local no mental puro e na 
  matriz ou a imaginação desse mental.
  Seu perigo é sua criação autônoma e que se lhe atribua 
  um valor de incidência, quando não tem mais que um valor reflexivo 
  de apropriação.
  Esse perigo será entendido melhor com uma demonstração 
  prática dizendo que os termos Me e Mi são um eco fiel dessa Potência.
  A primeira afirmação da criança é essa sílaba 
  apropriativa, Ma, Man, Mamam; sílabas sagradas entre os lábios 
  da pequena criança, que afirma, assim, seu reconhecimento à Mãe, 
  que lhe dá por sua vez a existência e a subsistência da vida.
  Porém, a letra é menos santa no homem quando não é 
  mais do que a afirmação do seu próprio Eu, afirmação 
  sem Verbo e sem o reconhecimento da divindade à qual deve tudo.
  L. Na. - Aqui novamente, na língua adâmica, o ponto não 
  está separado do círculo ou do semicírculo.
  Essa consoante expressa, em védico e em sânscrito, o nó, 
  o umbigo, a conexão das partes entre elas sobre um mesmo centro, a Gnosis 
  no sentido arqueométrico.
  Na significa o Sol, o Mestre, o Senhor, índice da proto-síntese.
  Aqui, a arqueometria primordial é evidente, assim como a posição 
  central ou solar da letra Na. Restabelecemos essa posição da letra 
  Na e do Sol, posição que no sistema lunar lhe fez perder desde 
  a divisão dos idiomas. Colocar o Sol no centro da héxada é 
  levantar os sete selos que velam o Deus Vivo (São João).
  Enfim, a linha curva dessa letra não vem de nenhuma parábola, 
  nem de um ovóide de enfoques múltiplos, mas de um círculo 
  perfeito de centro único.
  LX. Sa. - Quer dizer, em védico e em sânscrito. laço, aderência, 
  o que reúne, assimila; de onde, a síntese, simpatia, socorro. 
  Sa expressa também a idéia de jugo, de extração, 
  de essência, de engendrar, similar.
  Foi dedicado a Vishnou na Trindade brahmânica. Vishnou contém as 
  três letras do primeiro trígono arqueométrico invertido 
  e a letra central Na.
  Esse nome significa o penetrador, e não se aplica somente à pessoa 
  da Trindade citada aqui, mas também em Agni e Sûrya.
  A esse título bastante distante, Sa, convém ao sentido positivo 
  dos dois pontos que são sua letra adâmica, como unindo o centro 
  da involução e da evolução geral a todo centro particular.
  Esses dois pontos são representados em caldeu: asshou-rith, na primeira 
  letra: o Alef, um à direita e acima, o outro à esquerda e abaixo 
  da linha reta ou barra, de modo que no alfabeto morfológico dos patriarcas 
  esse Alef é lido: ÁS, em sânscrito: Ser, e também 
  ser o autor ou o criador de um fato.
  Na mesma linguagem, ASThA significa o que agrupa e reúne, assembléia, 
  reunião; ATh, o Espírito que anima o conjunto e o une.
  O que precede explica o sentido oculto da Palavra de Jesus: "Eu sou o Alef 
  e o Thau", o raio e a circunferência, e a união de todos os 
  ponto dela ao ponto central divino.
  LXXX. Pha. - Expressa, em védico e em sânscrito, a Potência 
  de toda manifestação. Daí o sentido de virilidade, de fecundidade, 
  de fertilidade, de floração, do qual Pha é o sopro vital 
  e o potencial.
  Em grego, desta raiz surge a luz, a voz, todos os fenômenos. Em latim, 
  pela sua correspondência debilitada, Fa gera, fala e faz; e, na maior 
  parte dos idiomas do Norte, Fa expressa a paternidade.
  Como Pa não tem o sopro criador de Pha, expressa simplesmente, em védico 
  e em sânscrito, o Poder, a Potência que governa e se manifesta.
  Nestas duas línguas, Phala B'umi significa a Terra da Recompensa, e Phala 
  B'uvi é a Terra Viva, da Vida Eterna, da imanação e da 
  imanência no Deus Vivo. "Não beberemos deste vinho, não 
  comeremos deste pão agora, mas na casa de meu Pai", disse Jesus. 
  E essas Palavras são espírito para o vinho e a vida para o pão 
  da Terra da Glória.
  Podemos ler no Arqueômetro a letra Pha no cume do trígono da Terra 
  Viva de Jesus. Está no ponto angular zenital, "a pedra do ângulo" 
  que tinha sido rejeitada. Essa Terra emerge do trígono receptivo das 
  Águas Vivas, abaixo de sua linha horizontal, de sua superfície 
  marcada por estas duas letras: RâMa, a Graça divina, aMRa, a imortalidade 
  e o amor eterno.
  XC. Tsa. - Existe em adâmico e, indiretamente, em védico.
  Seu semelhante debilitado Ta designa um movimento rápido, o som, por 
  exemplo, vibrando do grave para o agudo: Tsatsava, tattava, todo instrumento 
  musical, de onde vem Tantara em latim. Aqui, é a Trompeta suprema quanto 
  à Ressurreição e ao Juízo; porém é 
  a Lira e a Harpa, quanto à criação e glorificação.
  A correspondência de Tsa na Arqueometria primordial é confusa em 
  sânscrito, e isso devia ser assim, pois foi destronado o I da Sabedoria 
  teogônica pelo M, que não é mais do que sua imagem receptora; 
  a Minerva cosmogônica.
  Mas pela potência do Arqueômetro e pelo atributo do som que permanece 
  de Tsa em védico, é feita a ligação.
  Tsa ocupa a função verbal de Mercúrio Trismegisto aos pés 
  da Rainha Virgem-Mãe: I.
  Está, então, em sua posição de domicílio 
  diurno e de Trono. A Potência verbal da qual se trata preside, pois, a 
  toda emissão evolutiva e, entre outras, ao som fundamental teogônico, 
  à Trompeta divina; à sonometria do Mundo da Glória; Lira 
  e Harpa do Universo divino.
  Em sânscrito, essa Potência é Buda, igualmente em védico. 
  É o Filho de Maia nessas línguas templárias, como a eslabonaE 
  de Orfeu.
  A Lira celeste e sua constelação são o Hermayê Luré 
  de Orfeu, lembrada na poesia de Aratus. Lira perdida pelos gregos e depois falsificada 
  por Pitágoras, bem como por todos os filósofos a partir da divisão 
  das línguas.
  São João dá a chave dessa Lira do Verbo que reconstituímos 
  pela Aritmologia das Potências.
  C. Kha. - Designa, em védico e em sânscrito, o cume do continente 
  universal que contém os seres e as coisas: o céu, o que cobre 
  e protege.
  Em grau menor, é a atmosfera, contendo as águas, seus vapores, 
  e os seres visíveis e invisíveis. Dessas idéias, a mesma 
  raiz passa para as de segurança, de contentamento, prazer, felicidade, 
  gosto, fortuna.
  Nessas palavras compostas mais simples, encontramos: Kai, que expressa potência, 
  pureza, purificação e, também, manifestação 
  de um ser invisível no mundo visível.
  Salvo para o céu, a arqueometria dessa letra é escurecida nas 
  duas línguas. Porém, nas palavras compostas, encontra-se Kumbha, 
  um agua-manil,SS um Aquário.
  CC. Ra. - Como vogai, R se pronuncia RI e significa todos os movimentos determinados 
  que alcançam diretamente seu fim. Em védico, RI quer dizer descer, 
  morrer, e Rij significa ressurgir, reviver, reger. RI, em Rita, expressa tudo 
  o que é receptivo de incidência direta, a Água Viva, a claridade 
  atmosférica, a pureza, a virtude, a verdade.
  Em Ri-Shi, é a inversão de Ish-Ra, o Santo que se remonta a um 
  dos sete Rishayas celestiais; Ri provém de aR, Rishi e Arshi. patriarca, 
  tem seu equivalente em Pitriarshi.
  Como todas as Universidades que são derivadas mais ou menos diretamente 
  da palavra arqueométrica, a vedo-brahmânica primitiva, mesmo que 
  subversiva lunar, tem conservado a impressão do que São João 
  chama de Selo do Deus Vivo.
  O enxerto das civilizações selvagens sobre o modelo perdido da 
  cidade divina tem sido sempre o objetivo de todos os sucessores mais ou menos 
  ortodoxos ou heterodoxos dos primeiros patriarcas. Mostramos isso com detalhes 
  na Arqueometria das sociedades antigas e modernas. Limitamo-nos, então, 
  a dizer que os sete Rishayas celestiais da Índia não se extinguiram 
  completamente, apesar de estarem muito decrépitos e da péssima 
  corruptio que ataca os melhores corpos e os decompõe.
  A consoante Ra expressou a reflexão e a refração, assim 
  como também a absorção do raio. e, a este título, 
  a luz e o calor, a velocidade e o ardor, toda irradiação, a realeza, 
  a riqueza, em vedo Raj.
  Entre as combinações mais simples, Ri, consoante em védico, 
  significa fluir; em védico e sânscrito, Rabasa quer dizer o mar, 
  seja celeste ou terrestre. Râhu, o nó ascendente Daitya, a cauda 
  do peixe ou da serpente.
  A serpente representa um grande papei no vedo-bramanismo esotérico e 
  exotérico; e, tanto por ela como pela pomba, porém numa parte 
  mais fraca, a dois espíritos; o Nahashismo e o Ionismo, o Adamismo e 
  a Queda do período de subversão, tinham sido amarrados com o Noaquismo, 
  como em qualquer outra parte.
  A Arqueometria primordial da letra Ra seria apagada das línguas e das 
  idéias dessa Universidade, se o Arqueômetro do Verbo e de Jesus 
  não tivesse mostrado o que implica essa referência.
  O Zodíaco lunar, do qual damos a reprodução, também 
  foi apagado, se não a língua, pelo menos a parte do significado 
  do Arqueômetro que exprime a ciência no sentido moderno e exato 
  desse termo.
  Encontramos somente o termo Ravat relacionado à letra Ra, ao tambor do 
  Zodíaco lunar, e não falta mais que descobrir a posição 
  do tambor antes descrito. É a Zêta de Peixes e, em conseqüência, 
  a correspondência astral da letra Ra.
  
  CCC. Sha. - Essa letra tem por substituição védica e sânscrita 
  Sa e Ca, de acordo com os costumes eufônicos.
  Sha, quer dizer o Paraíso.
  Si, é a Terra divina.
  Sû, o Senhor.
  Su, o Filho, o Gerado, o Verdadeiro, o Belo, o Bem Supremo.
  Shana, o ano eterno, sempre, a eternidade,
  Shani, a Glória, a Potência, a Honra.
  Shah, o Reino, o Poder.
  Shaha, a Terra deste Reino.
  Shânu, os Céus.
  Shahas, o mês de pico (Novembro-Dezembro), a Agra-Hayana.
  Ca por Sha: Çiva, inversão de ISh-va.
  Shu-Ra, Saturno.
  Não é necessário fazer nenhum comentário, pois permite-se 
  observar a limpeza dos sentidos, sem nenhuma nuvem, as antiqüíssimas 
  correspondências divinas da letra Sha sobre o Arqueômetro do Verbo.
  CD. Tha. - O mesmo comentário para Tha, Tà e Ta que para Sha, 
  Sa e Ca. Tha expressa a própria conservação, a preservação, 
  no sentido mais gera).
  Tat, o que desdobra em toda a sua amplitude.
  Tathà, a conformidade perfeita.
  Tathya, a verdade completa.
  Tuha, o Fogo, o Tempo, o Amor, em sua totalidade.
  Tatva, a Essência suprema, a Realidade e a Realização absoluta; 
  o espírito e a inteligência em toda a sua potência de manifestação.
  Tat é uma das três fórmulas iniciais da oração 
  bramânica: Om! Sas! Tat! Brahma Há-mo!
  A Arqueometria primordial de That está velada no que precede. O significado 
  científico primordial era o que lembrava do Verbo encarnado, dizendo: 
  "Eu sou o Alef e o Tau", a unidade e a universalidade, o raio e a 
  circunferência universais.
  O Sistema Solar do Princípio divino, o Selo da Glória, o Shema 
  do Verbo criador, tem seu círculo perfeito definido pelo trígono 
  e o hexágono. É regulador de todos os seres e de todas as coisas 
  por suas 22 Potências e seus equivalentes.
  Aplica-se ao duplo Universo, o dos Céus fluidos e o dos Céus astrais, 
  de cima para baixo da hierarquia harmônica dos fatos.
  O sistema lunar, o das origens temporais e não do Princípio eterno, 
  é uma elipse de duplo foco, que o fundador do Brahmanismo considerou 
  como uma diarquia de princípios, o que equivale a uma pura anarquia.
  Das Águas Vivas, da linfa plástico de todas as coisas, o óvulo, 
  o ovário e o ovóide eram a morfologia indicada. É por isso 
  que o sentido da letra adâmica, Tha, tem perdido suas correspondências 
  verbais, ainda que subsistam traços perceptíveis no que precede.
  LIVRO III
  As Adaptações 
  do Arqueômetro
  CAPÍTULO PRIMEIRO
  A Arquitetura
  A corda musical do senhor marquês de Saint-Yves.
  Sua aplicação para a Arquitetura e para Todas as Artes Decorativas, 
  Gráficas e Plásticas, tais como: Decoração, Cerâmica, 
  Mosaico, Vitrais, Encaixes, Móveis, Ferramentais, etc, por M. Ch. GOUGY, 
  Arquiteto Diplomado pelo Governo.
  Nas diversas ramificações do conhecimento humano, os sistemas 
  empíricos, quer dizer, fundados unicamente sobre a experiência, 
  são múltiplos. Todo sistema racional rigorosamente demonstrado 
  é único. Tal é hoje em dia a teoria da luz na física.
  conde Camille DURUTTE, de YPRES 
  (resumo elementar da técnica harmônica).
  
  
  Tal será a Teoria das proporções e das formas em Arquitetura, 
  decoração... etc.
  Sendo puramente técnica a aplicação do Princípio 
  Verbal musical ou corda musical para as artes descritas acima, e exigindo para 
  sua compreensão e sua importância um longo desenvolvimento e um 
  grande número de planos, não daremos, nesta exposição, 
  mais que um breve resumo e algumas figuras que permitam explicar simplesmente 
  o Princípio, pelo qual é, acima de tudo, a aplicação 
  rigorosa e exata das leis da harmonia musical para iodas as artes e os ofícios 
  das artes estéticas.
  A sonometria estabelecida pelo Senhor marquês de Saint-Yves se torna imediatamente 
  prática, em todos os casos, à adaptação da música, 
  ou das leis da harmonia, às proporções e às formas. 
  (As proporções, pelas cordas dispostas com os seus intervalos 
  e acordes escolhidos. As formas, pelas vibrações dessas mesmas 
  cordas, desses mesmos intervalos e desses mesmos acordes.)
  Essas leis são os números, os mesmos que os da música e 
  da harmonia; porém, entenda-se bem que o que é corda para a medida 
  dos sons é linha para a medida das proporções e das formas.
  Essa aplicação constitui uma nova ciência e, de posse dessa 
  ciência, todas as artes poderão usá-la em uma unidade arquitécnica 
  que nenhuma civilização provavelmente tenha conhecido, nem praticado, 
  e talvez nem suspeitado.
  Os recursos que este princípio pode fornecer são inesgotáveis 
  e provêm não somente de numerosos acordes e intervalos que nos 
  dá a música, mas também de oitavas que dividem a corda 
  em um número indefinido de pequenos intervalos, os quais podem igualmente 
  ser sempre divididos e subdivididos.
  O músico está bem longe de possuir essa riqueza infinita de recursos 
  e de combinações que possuirá o arquiteto, pois não 
  tem à sua disposição mais que um pequeno número 
  dessas oitavas (em torno de 8 ou 9), que praticamente poderá mover-se.
  Porém, essas leis da harmonia musical, ainda que relativamente limitadas 
  para o músico, em comparação com as que o Princípio 
  Verbal pode dar ao arquiteto, não têm sido jamais para os grandes 
  inspirados da música um obstáculo para a sua liberdade e para 
  o desenvolvimento de todos os seus trabalhos. É assim que são 
  inúmeras as obras que esses gênios deram à luz, e não 
  menos numerosas, também, são as diferentes Escolas que esses mesmos 
  gênios formaram.
  Em função desse fato, por que não acontece dessa forma 
  para os arquitetos, e porque sua liberdade estaria mais travada, mais paralisada, 
  mais difícil do que nunca foi para os músicos?
  A resposta está no próprio fato, e no futuro vale menos ainda, 
  para os arquitetos e as outras artes pela ausência total de recursos que 
  possuem hoje em dia, relativos às leis e às combinações 
  destas; porque é necessário destacar claramente, a perfeição 
  nas proporções e as formas não podem ser obtidas somente 
  pela competência sem igual dos olhos do profissional, mesmo que este tenha 
  muita experiência e capacidade. Isso é válido, mas os olhos, 
  por mais aguçados que pareçam, possuem menos recursos que a audição, 
  sempre serão hesitantes e incertos e, em conseqüência, não 
  poderão criar mais do que incertezas, longe da desejada perfeição. 
  Mas, em compensação, a audição pode perceber sons 
  agradáveis, numa escala de extensão em torno de 8 oitavas e pelo 
  contrário, os nossos olhos podem ver uma gama de uma infinidades de freqüências 
  luminosas.
  Para a Arquitetura, é necessário que isso seja dessa forma, porque 
  um número restrito de oitavas seria insuficiente e não tornaria 
  o sistema aplicável a todas as necessidades e combinações. 
  Temos como exemplo uma fachada. Ela será vista primeiro em grandes intervalos, 
  dando as localizações exatas dos vários componentes, pilares, 
  vigas, canaletas, batentes, molduras, frisos, faixas, etc.
  A seguir serão verificados os espaços menores, determinando-se 
  exatamente as dimensões dos espaços vazios e cheios. Por último, 
  serão estabelecidos com maiores detalhes iodos os elementos construtivos, 
  sejam estes vigas, soleiras, molduras, faixas, etc, que serão subdivididos 
  em outros intervalos menores, para gerar as formas.
  Devido ao número infinito de oitavas que dá o princípio, 
  certificamos que as formas podem ser feitas; então o problema está 
  resolvido.
  Por outro lado, todas as saliências dessa fachada poderão ser reguladas 
  de acordo com as mesmas leis, projetando pela ordem primeiro sobre eles mesmos, 
  e a continuação uns sobre os outros, sombras cujas dimensões 
  estarão em relações harmônicas entre elas e conforme 
  a forma e o acorde escolhidos para o conjunto.
  Como dissemos antes, as leis harmônicas das proporções (quer 
  dizer, das dimensões e das cordas), aquelas das formas (quer dizer, das 
  vibrações), e as leis harmônicas da música (dito 
  de outra forma: dos sons) são as mesmas. Em conseqüência, 
  música das proporções e das formas e música dos 
  sons são inseparáveis e estão diretamente unidas, já 
  que nesse sistema umas são conseqüências das outras.
  Produzindo as cordas, por suas vibrações, os sons correspondentes 
  às suas longitudes, pode-se concluir disso que umas são as causas 
  e outras, os efeitos. Assim, pois, se existe harmonia entre os numerosos sons, 
  há forçosamente as mesmas relações harmônicas 
  entre a& longitudes das cordas que produzem esses sons, supondo, entenda-se 
  bem, cordas exatas e teoricamente semelhantes, quer dizer, da mesma composição, 
  da mesma matéria, da mesma espessura, da mesma tensão, etc. Dito 
  de outro modo, a mesma corda na qual as menores seriam uma espécie de 
  cortese da que é considerada como a principal. Depois disso, passemos 
  agora à regra musical.
  Regra Musical do Marquês de Saint-Yves
  Esta regra musical difere das outras mais conhecidas, as quais satisfazem as 
  seguintes condições:
  É aritmológica por seus números e dá as proporções.
  É morfológica por suas vibrações e dá as 
  formas.
  É metrológica, pois corresponde exatamente ao metro.
  Por último, é arqueométrica, por suas correspondências 
  com o Arqueômetro.
  Esse padrão cumpre todas as condições citadas, o que não 
  pode fazer nenhuma das regras musicais usadas nos laboratórios de física.
  O Arqueômetro foi montado com uma série dupla de números 
  formando uma dupla régua proporcional. Sobre a régua da esquerda, 
  cada nota é marcada por uma divisão transversal, conforme o número 
  correspondente a essa nota. Essa régua foi destinada ao cálculo 
  das proporções estéticas; é ela que nos interessa 
  nessa aplicação.
  Sobre a régua da direita, estão indicados os números das 
  vibrações correspondentes a cada nota.
  Não insistiremos por mais tempo na construção dessa régua; 
  porém nos certificaremos de que ela é cientificamente exata e 
  que está em perfeita correspondência com aquela utilizada pelos 
  físicos. Refere-se à corda do Sol dividida em 144.000 divisões 
  e não à corda de UT, como a usada nos gabinetes de física.
  Aplicação da Regra Musical para 
  a Arquitetura e as Formas
  
  
  Para todas as combinações arquitécnicas ou decorativas 
  a serem desenvolvidas dentro do princípio arqueométrico, temos 
  de escolher primeiro o acorde que convém à combinação 
  e que mais se aproxime às suas proporções .
  Uma vez feito isso, o primeiro gráfico a ser adotado é o da armação 
  musical ou figura das proporções.
  Os dois gráficos (Lâminas 2 e 4) representam dois tipos de armações 
  musicais de estilos diferentes, sobre os quais têm sido construídas 
  as duas pequenas capelas, das quais uma recebeu o estilo grego, e a outra, o 
  estilo.românico ou de meio ponto.
  Ambos procedem da corda de Sol, dividida em 96 partes, número do primeiro 
  triângulo ou triângulo de Jesus (Arqueômetro).
  A primeira dessas duas figuras não comporta vibrações, 
  a segunda, pelo contrário, é montada com algumas dessas vibrações, 
  que dão diretamente a forma e o estilo do pequeno monumento.
  Com exceção dessas duas figuras, todas as outras referem-se à 
  corda de Sol dividida em 240 partes, número do segundo triângulo 
  de Maria (Arqueômetro).
  Adotamos para nossa demonstração o primeiro exemplo desta segunda 
  série, quer dizer, o estilo de meio ponto, no qual o acorde escolhido 
  e adotado é Lá, Ut, Mi, acorde perfeito, menor que o Lá 
  fundamental.
  A corda de Lá, ou AB sobre a figura, é a mais longa e adaptada 
  neste exemplo, como a corda de altura. Dispõe-se de seus intervalos UT, 
  Mi, assinalados exatamente sobre a regra musical. Seu sentido procede de cima 
  para baixo, do grave para o agudo, dos maiores intervalos para os menores. Dessa 
  forma, a multiplicação das oitavas no agudo aproxima cada vez 
  mais os intervalos e permite destacar todas as molduras e os pequenos intervalos 
  necessários para a composição.
  A segunda corda vertical CD, do lado oposto da figura, é a mesma que 
  a de cima, mas invertida sobre ela mesma. Está disposta com os mesmos 
  intervalos e procede inversamente, quer dizer, do agudo para o grave, dos menores 
  intervalos aos maiores.
  Regulando-se assim as proporções de altura, passemos agora às 
  proporções de largura para formar a figura completa do retângulo 
  ABCD.
  Aqui também usaremos uma só e única corda para os dois 
  (2) lados e, para maior simplicidade, adotaremos a corda de Lá2, metade 
  e oitava da primeira.
  A corda BC, disposta com os mesmos intervalos que aqueles acima, porém 
  na oitava, deriva da direita para a esquerda, dos maiores intervalos para os 
  menores. A corda AC, oposta à de cima, é a inversão dessa 
  corda BC e procede inversamente, quer dizer, da direita para a esquerda.
  Por fim, as linhas horizontais e verticais passam pelas divisões harmônicas 
  dessas quatro cordas principais e constituirão o primeiro gráfico 
  da armação musical.
  Por esse procedimento tão simples, a obra de arte pode ser estabelecida 
  de acordo com as leis científicas da harmonia.
  Esse gráfico determina um gênero, o das linhas ou cordas em repouso.
Para obter as formas, 
  é necessário animar as cordas ou linhas que constituem a armação 
  musical, fazendo vibrar tudo o que o movimento deve animar sem danificar a estabilidade 
  do conjunto. As amplitudes vibratórias darão suas leis, como todos 
  os fatos do sistema verbal musical.
  Neste exemplo, sendo o estilo de meio ponto, as amplitudes vibratórias 
  serão círculos, e é por essa razão que cada corda 
  ou cada parte da corda correspondente a cada intervalo provém do diâmetro 
  do círculo de sua vibração, e como todas essas cordas e 
  porções delas constituem por suas longitudes relações 
  harmônicas entre elas, deduz-se que todos esses círculos serão 
  construídos de acordo com as mesmas relações harmônicas 
  entre eles.
  A armação musical ou figura das proporções, animada 
  por suas vibrações, constitui a figura das formas.
  Armado dessas duas figuras indicadas nesse exemplo sobre uma só, o artista 
  pode compor diretamente no Princípio ao escolher, tanto para as proporções 
  como para as formas, aquelas que se adaptam melhor à sua inspiração 
  e à sua composição.
  Essa simples figura das proporções pode gerar uma infinidade de 
  vibrações, recortando-se e combinando-se entre elas e permitindo 
  compor uma infinidade de outras formas.
  Querendo ser o mais claro possível em nossa demonstração, 
  indicamos na figura anterior somente as vibrações necessárias 
  para a construção de nosso exemplo. (A esteia [rastro] de meio 
  ponto.)
  Os exemplos seguintes foram construídos sobre uma figura de mesmas proporções, 
  porém de estilos diferentes; alguns são tratados no estilo de 
  meio ponto, outros no estilo ogival, e cada figura tem suas proporções 
  dispostas de acordo com as vibrações correspondentes ao seu estilo.
  Com esses poucos exemplos, podemos perceber facilmente os infinitos recursos 
  que esse Princípio contém, pois o número infinito das cordas 
  e de suas múltiplas disposições, por suas divisões 
  e intervalos, por seu infinito número de oitavas, por todas essas linhas 
  e curvas que se combinam entre elas; em resumo, por todos esses estilos distintos, 
  o artista poderá estabelecer inúmeros gráficos diferentes, 
  sobre os quais trabalhará com toda segurança.
  Quaisquer que sejam os acordes e os estilos, todos esses gráficos são 
  construídos da mesma forma e são todos aplicados não somente 
  na Arquitetura, mas em todas as artes descritas anteriormente, sem exceção.
  Demonstrar simplesmente o Princípio, provar que sua aplicação 
  é possível e prática, tal é o objetivo desta obra. 
  Esperamos que, graças a estes poucos exemplos, nossos leitores tenham 
  uma visão suficientemente clara que tire as dúvidas, pois não 
  se trata de nenhum sistema criado na imaginação ou da vã 
  magia, mas de uma pura e simples verdade científica, que pode ser aplicada 
  às artes.
  Por outro lado, as poucas passagens que seguem, retiradas da Bíblia, 
  confirmam que essa aplicação da música à Arquitetura 
  não só é possível, mas deverá ser sempre 
  a regra a seguir para a construção de nossos edifícios 
  e, principalmente, tumbas, capelas, igrejas, objetos do culto, etc.
  Veremos aí que todas as dimensões estão indicadas nele 
  segundo uma mesma medida, o côvado, e que essa medida comum exerce a função 
  de módulo, base de todos os sistemas de proporções. Se 
  referirmos todos os números destes côvados à corda musical 
  de Sol dividida em 96 segmentos, número do primeiro triângulo ou 
  triângulo de Jesus (Arqueômetro), veremos que todos esses números 
  estão em perfeitas relações harmônicas entre eles.
  Igualmente, verificaremos que esses números não são obra 
  do acaso, mas produzidos pela vontade expressa de Deus e que são impostos 
  por Ele sob a forma de Mandamentos.
  Esse côvado é o descrito por Chateaubriand em suas peças 
  justificadas. É o côvado sagrado hebraico, que era usado especialmente 
  para a construção dos templos. 
  Estava dividido em seis partes iguais, ou palmos menores, que por sua vez eram 
  subdivididas em outras quatro partes. O número total das divisões 
  e subdivisões perfazia, então, o número de 24.
  O número 6 referido à corda musical de Sol dividida em 96 partes 
  dará as seguintes correspondências.
  1 2 3 4 5 6
  Ré3 Ré2 Sol Ré Si bemol Sol
  
  O acorde menor perfeito de Sol fundamental. Estamos na presença de um 
  metro musical semelhante ao que nos serve hoje em dia para nossas demonstrações.
  Referências Bíblicas
  ÊXODO
CAPÍTULO XXV .
Versículo 
  8. E me erguerão um Santuário, de forma que eu habite entre eles.
  Versículo 9. Segundo a forma exata do Tabernáculo que mostraremos 
  adiante. Eis a forma pela qual faremos o Santuário.
  Versículo 10. Farão um arco de madeira de acácia que tenha:
  Dois côvados e meio de comprimento Si bemol
  Um côvado e meio de largura Sol
  Um côvado e meio de altura Sol
  Versículo 17. Farão também o propiciatório em ouro 
  puríssimo. O seu comprimento será de:
  Dois côvados e meio de comprimento Si bemol
  Um côvado e meio de largura Sol
  Versículo 23. Farão uma mesa de madeira de acácia que tenha:
  Dois côvados de largura Ré
  Um côvado de largura Ré
  Um côvados e meio de altura Sol
CAPÍTULO 
  XXVII
  Versículo 1. Farão também um altar de madeira de acácia 
  que tenha:
  Cinco côvados de comprimento Si bemol
  Cinco côvados de largura Si bemol
  Três côvados de altura Sol
  Versículo 9. Farão também o átrio do Tabernáculo. 
  Cada módulo terá: 
  Cinqüenta côvados Si bemol
  Versículo 18.
  O átrio terá cem côvados de largura Sol bemol
CAPÍTULO 
  XXX
  Versículo 1. Farão também um altar de madeira de acácia 
  para queimar
  os perfumes.
  Versículo 2. Esse altar terá:
  Um côvado de comprimento Ré
  Um côvado de largura Ré
  Dois côvados de altura Ré
  REIS
  CAPÍTULO VI - DESCRIÇÃO DO TEMPLO
  Versículo 2. A casa que o rei Salomão construiu para a glória 
  do Senhor tinha:
  Sessenta côvados de comprimento Mi bemol
  Vinte côvados de largura Si bemol
  Trinta côvados de altura Mi bemol
  Versículo 3. O Templo tinha um vestíbulo de:
  Vinte côvados de comprimento Si bemol
  Dez côvados de largura Si bemol
  Versículo 6. O piso inferior tinha:
  Cinco côvados de altura Si bemol
  O piso do meio tinha seis côvados de largura Sol
  Etc.
  EZEQUIEL
  CAPÍTULO XL 
  Versículo 2. Conduziu-me em uma visão divina e me colocou sobre 
  uma montanha muito alta, na qual havia como que uma edificação 
  de uma cidade, que estava virada para o meio-dia.
Versículo 
  3. Fez-me entrar nessa edificação e me encontrei, antes de tudo, 
  com um homem, cujo olhar brilhava semelhantemente ao bronze cintilante. Ele 
  trazia na mão uma vara para medir.
  
  CAPÍTULO XLI
  Versículo 1. Depois disso, fez-me entrar no Templo; mediu os batentes 
  da entrada, que tinham cada um:
  Seis côvados de largura Sol
  Versículo 2. Ele mediu a largura da abertura da porta, que era de:
  Dez côvados Si bemol
  Um lado e o outro da porta tinha, cada um:
  Cinco côvados Si bemol
  Versículo 3. Mediu um batente da porta, que era de:
  Dois côvados Ré
  Versículo 4. Depois mediu a largura da fachada do Templo, num comprimento 
  de:
  Vinte côvados Si bemol
  E uma largura de: Vinte côvados Si bemol
  Versículo 5. Depois mediu a espessura do muro, que era de: 
  Seis côvados Sol
  e a largura da câmaras edificadas fora do Templo, as quais cada uma era 
  de: Quatro côvados Ré
  Versículo 8. Consideramos as câmaras "altas" que estavam 
  em redor desse edifício, e tinham por baixo a medida de uma vara, ou 
  de: 
  Seis côvados Sol
  Versículo 9. A espessura dos muros exteriores era de:
  Cinco côvados. Si bemol
  Versículo 10. Entre a edificação dessas pequenas câmaras 
  e a do Templo, havia um espaço de: 
  Vinte côvados Si bemol
  Versículo 13. Ele mediu o comprimento da casa, que era de:
  Cem côvados Sol bemol
  Versículo 14. O local que estava na frente do Templo tinha:
  Cem côvados Sol bemol
  Versículo 22. O altar, que era de madeira, tinha:
  Três côvados de altura Sol
  Dois côvados de largura Ré
  Com exceção dos átrios, que tinham cinqüenta e cem 
  côvados, números correspondentes à nota musical Sol bemol, 
  dividida em 96 partes, todas as outras dimensões estão em correspondências 
  exatas com as notas Sol, Si bemol, Ré, acorde perfeito menor de Sol, 
  e as divisões e correspondências musicais do côvado hebraico.
  CAPÍTULO XLII
  Versículo 15. Quando o Anjo acabou de medir a casa interior, fez-me sair 
  pela porta que dava para o Oriente e mediu todo esse recinto.
Versículo 
  15. Mediu, pois, o lado do Oriente, com a medida da vara, e encontrou quinhentas 
  medidas dessa vara, em todos os arredores
  Sol
  
  Ezequiel indica (Capítulo XLI, Versículo 8) que a medida da vara, 
  da qual se servia o Anjo para medir o Templo era de seis côvados.
  Por outro lado, indicamos anteriormente que o número total das divisões 
  e subdivisões do côvado era de 24.
  6 x 24 = 144, ou medida total da vara.
  144 x 500 = 72.000
  Setenta e dois mil, referindo ao padrão musical do Senhor marquês 
  de Saint-Yves, corresponde ao Sol2 ou oitava desse padrão dividida por 
  144.000.
  Aí temos novamente uma correspondência musical, como as que tiramos 
  acima, do profeta Ezequiel.
  CAPÍTULO XLIII
  Versículo 10. Porém tu, filho do homem, mostra o Templo à 
  casa de Israel, a fim de que eles procurem medir sua estrutura.
Versículo 11. Mostra a eles seu projeto, etc.
Versículo 
  12. Essa é a regra que se deve guardar ao edificar a casa de Deus sobre 
  a montanha.
  Essas passagens provam com sobras a importância capital que Deus dava 
  a todos esses números, para a construção de seus Templos. 
  Não duvidamos que esses números correspondiam a outras tantas 
  palavras musicais e que constituíam em seu conjunto uma harmonia perfeita.
  Todavia, devemos acrescentar que, apesar de tudo o que acabamos de expor, o 
  conjunto deste trabalho não pode ser julgado sobre estes simples dados 
  e, a esse respeito, o pensamento do Senhor marquês de Saint-Yves era: 
  "O sistema arqueométrico e seus derivados não precisam da 
  fé. Dão a certeza técnica ao estudo da própria natureza. 
  Como não procedem da Filosofia, mas da ciência baseada na religião, 
  não manifestam nenhuma opinião, somente a observação 
  e as experiências. Os fragmentos podem surpreender, mas não precisamos 
  esperar para que possam nos convencer. A convicção somente pode 
  nascer do estudo, seja do conjunto, seja de uma das séries completas 
  do sistema".
  Quando a aplicação desse sistema às artes for bem conhecido 
  e compreendido, não duvidamos que todos os artistas ávidos de 
  conhecer essa pura verdade terão um reconhecimento sem limites para o 
  Senhor marquês de Saint-Yves, e, se lhe rendêssemos aqui todas as 
  homenagens que merece, ele nos responderia, como o fez muitas vezes: "Glória 
  ao Verbo Encarnado, a Nosso Senhor Jesus Cristo em seu Princípio".
  Não acrescentamos mais nenhuma palavra. É para homenageá-lo, 
  mais além do túmulo, esse supremo e simpático reconhecimento, 
  e a expressão mais sincera de nosso respeito pela sua lembrança.
  Ch. Gougy 
  Arquiteto diplomado pelo Governo.
  
CAPÍTULO 
  SEGUNDO
  Arquitetura Parlante e Musical
  (Resumo das diversas adaptações)
  
  1. Morfologia da Palavra Sagrada. - 2. O Universo e a Gota d'Água, Cristais, 
  Lys, Placas. - 3. O Padrão e seus Derivados. - 4. Os Vasos de Eleição. 
  Três Fluidos. - 5. As Colunas Sagradas, Sete Estilos Diatônicos. 
  - 6. As Capelas do Santo Nome de Maria. Quatro Estilos. Igrejas e Catedrais. 
  - A Metropolitana, do Santo Nome de Jesus.
  
  Sob o nome de Arqueômetro, temos inventado, depositado e publicado, com 
  o nosso selo e marca, um gráfico da ciência das correspondências 
  cosmológicas fundado na palavra e em seus equivalentes.
  Já não temos que descrevê-lo aqui, mas aplicá-lo 
  como um transportador na Arquitetura musical que encerra os princípios 
  e as leis.
  Esses princípios e essas leis interessam também a todas as artes 
  e ofícios, estéticos, suscetíveis de entrar na síntese 
  monumental, sagrada, ou mundana, ou de ficar separado dela.
  Dito de outra forma, a espécie arquitetônica especificada pela 
  palavra ou por seus equivalentes musicais pode imprimir a unidade de sua harmonia 
  em todo o edifício, que encerra, de uma forma esteticamente combinada 
  das formas e cores, qualquer que seja a substância utilizada: decoração, 
  mosaicos, afrescos, vitrais, quadros, tapetes, móveis, cerâmicas, 
  estátuas, túmulos, telas, "panos", encaixes, vestuário, 
  orfebrerias, caixilharia, etc, etc.
  O Edifício Religioso demanda maior conformidade com o princípio, 
  maior exatidão na observação das leis arqueométricas 
  e de todas as suas correspondências. É por ele que faremos a nossa 
  demonstração: ela será tanto mais valiosa para a aplicação 
  do nosso método nas artes mundanas.
  Para edificar um monumento, segundo seu princípio e suas leis, utilizamos 
  numerosos instrumentos de precisão, entre os quais estão:
  1° O Arqueômetro, como Transportador Universal;
  2° O padrão arqueométrico, como regra de aritmologia, de metrologia, 
  e de morfologia musical;
  3º Um transportador dos graus do Arqueômetro, no que concerne à 
  classificação exata das cores, suas notas musicais e suas correspondências 
  universais.
  
  A demonstração que segue contém a descrição 
  destes últimos instrumentos, cuja utilização será 
  mais bem compreendida.
  Vejamos um estilo simples de arquitetura no projeto de uma capela.
  Tratando-se o projeto com o empirismo da arte, seria uma obra de imaginação 
  apoiada na imitação. Não possui uma especificação 
  precisa e permaneceria com o destino indistinto e indeterminado.
  Na arte científica e religiosa que inauguramos, será especificada 
  e determinada pelo nome ou pelo equivalente musical, que deverá expressar 
  graficamente, segundo as leis da música e das formas.
  O nome que escolhemos aqui é Maria. As letras maiúsculas deverão 
  ser pronunciadas em predomínio melódico, as outras entrarão 
  na harmonia que acompanha a melodia.
  Arqueômetro
  O nome de Maria nos leva, pois, a aplicar o Arqueômetro às ciências 
  das religiões, a suas posições exatas na Gênesis 
  e na síntese do Verbo, a sua simbologia, ao seu significado lógico 
  de todas as expressões do pensamento criador, letras, números, 
  notas, cores, funcionalidades angelicais ou cosmológicas, equivalências 
  e correspondências de todos esses signos do Verbo e harmonias correspondentes 
  ao ano litúrgico, dos meses, dos dias, das horas, etc.
  A religião do Verbo, que é o princípio de comparação 
  de todas as outras, lê-se sobre os dois primeiros trígonos Norte 
  e Sul do Arqueômetro.
  O primeiro trígono traz na linguagem sagrada o nome do Verbo Jesus; o 
  segundo trígono o de MaRiE. Pois é esse segundo triângulo, 
  o do Solstício Sul da palavra, o que temos que interrogar. Sendo a música 
  a linguagem dos números, que nos dará a língua das formas, 
  lemos sobre o trígono de MaRiE: M = 40 + R = 200 = 240.
  A divisão desse número musical por 8 se lê na terceira letra, 
  E = 8.
  Mais ainda, lemos M = 40 + E = 8 = 48. A referência litúrgica desse 
  número, o musical elementar, lê-se em Moisés, Gênesis, 
  C. IV, e 21; IOBaL = 48. A primeira letra, I, indica a corda e suas correspondências.
  48/2 = 24 x 10 (1) = 240
  O Arqueômetro acaba, pois, de dar-nos o sistema musical que usaremos e 
  que se deriva, ele mesmo, do primeiro trígono e do nome do Verbo.
  10 + 80 + 6 = 96; 96/2 = 48, etc, etc
  Assim determinada a harmonia, não há mais recursos que ler na 
  equivalente melódica do nome que temos escolhido. O Arqueômetro 
  nos responde M = Ré, R = Ut, E = Lá.
  Pronunciado da forma moderna, esse nome gera os seguintes harmônicos:
  I = Sol, harmônico de Ut, como quinta, de Ré, como quarta.
  A = é o raio ou a corda que irá ser escolhida.
  
  O Arqueômetro acaba de dar-nos os números musicais do nome que 
  queremos edificar, e o faz pronunciar, por todos os objetos estéticos 
  que entrem no edifício sagrado.
  Faltam-nos agora as séries musicais e modais desses números e, 
  por fim, sua transposição de Aritmologia por Morfologia; dito 
  de outra forma, da língua dos números para as formas equivalentes.
  Arqueometria Musical das 
  Línguas Litúrgicas
  
  Saudação Angelical
  LATIM Marquês de Saint-Yves d'Alveydre
  Andante
  Baixo
  Cloches
  ou Harpao
  Órgão
  ou Piano
 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
REPÚBLICA 
  FRANCESA
  OFICINA NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
  PATENTE DE INVENÇÃOÃ
  
  DE 26 DE JUNHO DE 1903
  Nº 333.393
  XII. - Instrumentos de Precisão.
  3. - PESOS E MEDIDAS, INSTRUMENTOS DE MATEMÁTICAS
  
  
  Patente de quinze anos, pedida em 26 de junho de 1903 pelo Sr. Alexandre de 
  Saint-Yves, residente na França.
  Meio de aplicar a regra musical à arquitécnica, às belas 
  artes, aos ofícios e às indústrias de artes gráficas 
  ou plásticas, meio chamado: padrão arqueométrico.
  Entregue em 19 de setembro de 1903, publicado em 23 de novembro de 1903.
  Esta invenção tem por objetivo um meio chamado padrão Arqueométrico, 
  isto é, uma escala musical, desenhada sobre régua, que permite 
  aplicar à arquitetura, às partes e ofícios ou indústrias 
  de artes gráficas ou plásticas a razão matemática 
  das proporções estéticas simples e combinadas. As leis 
  dessa razão são os números, os mesmos que os da música 
  e da harmonia. Porém aplicados às linhas proporcionais, às 
  formas, em lugar de serem aplicadas somente às cordas sonoras e aos sons. 
  Esse padrão difere das outras regras musicais, pois satisfaz as seguintes 
  condições:
  1º) E completamente aritmológico, quer dizer, disposto numa dupla 
  série de números que formam uma dupla regra proporcional, destinada 
  ao cálculo das proporções estéticas.
  2º) É morfológico por seus intervalos, cada um marcado com 
  uma barra transversal. Essas divisões da corda ou da linha são 
  devidas aos números correspondentes.
  3º) É metrológico, em relação racional e parlante 
  com o sistema métrico decimal ou metro.
  
 
  
  4º) É arqueológico e arqueométrico, em relação 
  racional e parlante com o Arqueômetro de nossa criação. 
  Esse Arqueômetro (ver figura) é um instrumento de precisão, 
  um relacionador cíclico, código cosmológico dos altos estudos 
  religiosos, científicos e artísticos. É composto de numerosas 
  zonas concêntricas de equivalentes que compreendem desde a circunferência 
  ao centro uma dupla zona de graus; uma dupla zona de letras; uma dupla zona 
  de números; uma dupla zona de notas musicais; uma dupla zona de cores 
  e uma dupla zona de signos cosmológicos. Por suas notas e por seus números 
  musicais, o Arqueômetro é o gerador desse padrão. Mas notas 
  e números têm, sobre o Arqueômetro, outros equivalentes nas 
  expressões funcionais da razão científica. O padrão 
  nos deixa maravilhados com as suas relações exatas com o Arqueômetro, 
  todas as aplicações possíveis deste último às 
  artes, aos ofícios e às indústrias de arte, anteriormente 
  mencionadas. Mais ainda, fornece suas correspondências arqueométricas 
  a todas as outras escalas e regras musicais, aplicadas para os mesmos usos.
  
  
  A figura mostra como são construídas as regras musicais e que 
  modificações nos fornece essa invenção. Contém 
  cinco regras, da quais uma delas é o próprio metro:
  1º) A figura 4 é o padrão arqueométrico;
  2º) A figura 5 é a regra sonométrica dos físicos, 
  a de Ptolomeu;.
  3º) A figura 6, o metro decimal francês;
  4º) A figura 7, a regra do sistema temperado;
  5º) A figura 8, a regra do sistema de Pitágoras.
  
  As regras das figuras 5, 7 e 8 possuem uma linha mediana "f', de um eixo 
  cuja função será explicada após o uso.
  As regras das figuras 5,6 e 7 existem sobre todos os 15 sonômetros, os 
  das figuras 5 e 7, sem séries aritmológicas. Sua escala musical 
  mostra que as regras da figura 5 e 7 estão relacionadas à corda 
  "Ut", assimilada ao metro da fig. 6. A regra da fig. 5, a dos físicos, 
  é a única que é cientificamente exata em si mesma, é 
  completa no que concerne à corda "Ut", disposta com 22 intervalos 
  enearmônicos. É indiretamente aritmológica, já que 
  não traz nenhuma série de números lógicos e físicos 
  que motivam suas divisões transversais. Não é morfológica 
  de uma forma direta, já que os números que motivaram seus intervalos 
  estéticos não se encontram contidos, e, portanto, por 6 e por 
  3, o que não é o sistema decimal do metro. Portanto, não 
  é arqueométrica, pois lhe faltam as correspondências cientificamente 
  exatas. A regra da figura 7, a do sistema temperado, cumpre mais ou menos essas 
  condições, pois é inexata nela mesma, sem falar das relações 
  anteriormente descritas. Não contém mais do que 13 intervalos 
  cromáticos, em lugar dos 22 enearmônicos; e esta série cromática 
  de "Ut", ela mesma é inexata, sorte de cota mal cortada que 
  confunde empiricamente o "sustenido e o bemol". A regra da fig. 6 
  é o metro, dividido segundo as integrais 10, 100, 1.000, 10.000, 100.000. 
  O maior número determinado para todo o metro exerce uma função 
  de integral, de unidade aritmológica, qualitativa, de universalidade 
  numérica e aritmométrica. Representa todas as medidas em seu comprimento 
  e o som fundamental chamado de tônico, sobre os sonômetros na corda 
  "Ut".
  Para a aplicação objetiva desse invento, usa-se uma linha que 
  é dividida esteticamente em tantos intervalos ou Unhas secundárias 
  como a primeira integral que comanda os sons musicais seriados.
  O metro tem assim um sentido lógico, um sentido qualitativo definido 
  e não somente um sentido físico ou qualitativo. Quando sua integral 
  comanda numa extremidade, o comprimento vezes 10, na outra extremidade marcará 
  zero ou ponto final da série, e por cima do zero marca em decímetros, 
  quer dizer, o incremento da integral 10.
  Da mesma forma para 100, 1.000, 10.000, 100.000. Neste último caso, 100.000, 
  estará na extremidade que se chamará de grave; o incremento da 
  aguda será de 1/100.000 do metro. E nessa aplicação, seria 
  1/100.000 de linha estética, se o metro disposto com essa integral pudesse 
  ser assimilado a um sonômetro, quer dizer, se entre as 22 cordas enearmônicas 
  tivesse uma que fosse suscetível da mesma integral: 100.000. Lendo-se 
  esse número sobre o padrão da figura 4, série verbal cotada 
  à esquerda, vê-se que comanda a corda e, nessa aplicação, 
  a linha Ré bemol. Ut retrocedeu no metro de 1,08 m, quer dizer, a sua 
  integral enearmônica 108.000.
  Esse retrocesso no sentido do grave foi necessário como veremos, pois 
  da relação Ut 108 Ré bemol, 100 = 27 : 25. Todos os números 
  da escala dos 22, série verbal, encaixam-se assim, sem exceção 
  de fração nenhuma, com as divisões correspondentes do metro. 
  Em conseqüência, o metro corresponde exatamente à corda ou 
  à linha de Ré bemol, que provém ao mesmo tempo de um sonômetro 
  e, em conseqüência, de um morfômetro estético, o que 
  não caberia nunca, sem, essa invenção, sem esse padrão 
  arqueométrico.
  O aproveitamento, seja desta aplicação direta, seja de sua correspondência, 
  tem um grande alcance prático.
  A colocação na escala e no seu ponto é simplificada e facilitada 
  com ele não só nas composições gráficas e 
  plásticas, mas na sua execução industrial pelo empresário, 
  mestre ou encarregado. Mais ainda, como a série verbal comanda a série 
  290 do lado direito, por inversão proporcional, esse padrão é 
  exato não só pelas suas proporções, mas por todas 
  as suas correspondências, permitindo retificar os sonômetros enquanto 
  funcionam como instrumentos científicos.
  As figuras 5, 7 e 8 mostram que fazem corresponder o comprimento de sua corda 
  musical com o metro, e isso se dá quando essa corda é Ré 
  bemol, em lugar de "Ut".
  Porém, o som da corda métrica é ele mesmo, graças 
  ao diapasão, que é um som fixo, como a própria corda, e 
  não só proporcional. Por exemplo, o diapasão atual, baseado 
  sobre o empirismo dos músicos e dos fabricantes de instrumentos musicais, 
  é o Lá3, dando a seu intervalo ou a sua corda 862.2 vibrações 
  e, em conseqüência, à tônica e à corda "Ul3" 
  = 517,3 vibrações. Somente a leitura dessas cifras mostra que 
  são empíricas; não poderia ser de outra forma, já 
  que os estudiosos detiveram a evolução do agudo, a dos músicos, 
  sem fazê-la regredir às suas correspondências exatas.
  Além disso, todos os tratados de acústica e de sonometria concordam 
  em dizer que esse diapasão é muito alto.
  As relações entre o padrão e o Arqueômetro são:
  1º) As notas musicais; 2º) Os números diatônicos; 3°) 
  As correspondências dos diatônicos e dos enearmônicos; as 
  correspondências do duplo círculo de 360° com a escala musical 
  de Sol. Essas relações não batem com as outras séries 
  equivalentes contidas no Arqueômetro; a relação das notas 
  musicais se destaca e não há necessidade de demonstração. 
  A relação dos números diatônicos está fixada 
  na correspondência com as letras R, 200 + M, 40 = 240, número integra! 
  da corda de Sol, série diatônica verbal. A correspondência 
  do duplo círculo de 360° com a escala enearmônica de Sol é 
  fixada pelo número 360 x 400, número da letra Th, a última 
  dos alfabetos aritmológicos, utilizados sobre o Arqueômetro. Esses 
  alfabetos têm 22 letras, que são 22 números, como a escala 
  enearmônica tem 22 intervalos, 22 cordas ou 22 linhas comandadas pelos 
  22 números; 360 x 400 = 144.000, corda enearmônica de Sol.
  O sentido lógico da série verbal corresponde diretamente ao sentido 
  métrico, do maior ao menor número. O sentido da série física 
  procede paralelamente, porém invertido, do menor ao maior número.
  A linha do eixo f, traçada sobre as réguas musicais, figuras 4, 
  5,7 e 8. representa a corda métrica, já que estas réguas 
  proporcionais são sonômetros. Porém, elas representam também 
  a linha estética, já que estes mesmos instrumentos constituem 
  réguas proporcionais estéticas. Neste caso, dispomos de uma ranhura 
  seguindo a linha do eixo, de forma que a régua possa ser apagada nela 
  e que a ponta de um lápis ou de um "tira linhas" possa deslizar-se 
  facilmente por ela;
  Assim, o artista, tendo escolhido seus intervalos musicais, poderá traçá-los, 
  como se indicará, em linhas proporcionais segundo os números que 
  presidem esses intervalos.
  A seguir, resta somente combinar essas relações lineares simples, 
  observando sua harmonia aritmológica, aritmométrica e conseqüentemente 
  morfológica. Essas réguas podem ser, era princípio, de 
  substâncias transparentes ou translúcidas, embutidas ou não. 
  como o vidro temperado ou qualquer outro material. Além disso, esses 
  metros podem ser articulados musicalmente, de forma que se dobrem segundo as 
  divisões musicais. Por último, podem ser com réguas deslizantes, 
  como as "réguas de cálculo", de modo que cada um dos 
  22 intervalos ou de suas oitavas constitui uma régua proporcional modal, 
  segundo o seu número. Por último, estas podem ser montadas sobre 
  um mecanismo que permita combiná-las em tês ou em polígonos.
  Após termos explicado a construção dessas regras, passemos 
  à aplicação do padrão, que será semelhante 
  para todas as réguas sonométricas. Essa aplicação 
  é válida para a arquitetura, para todas as artes e ofícios, 
  suscetíveis de entrar harmoniosamente em toda síntese monumental 
  e de acompanhá-la ou dimensioná-la, como a ornamentação, 
  caixilhos, serralheria artística, móveis, afrescos, mosaicos, 
  vitrais. estátuas, cerâmica, orfebreria, tintura, tapetes, panos, 
  vestimentas, jóias, parques e jardins, mármores, túmulos, 
  etc.
  Os quatro exemplos que seguem de um único estilo são: a elevação 
  e a planta de uma capela, figuras 9 e 10; uma caixa, figura 11; um armário, 
  figura 12; um vaso, figura 13. Para cada exemplo, adotamos predominantemente 
  as três notas melódicas: Lá, Ut e Ré, escolhidas 
  sobre o Arqueômetro, figura 2, e correspondentes às letras M, Re 
  H, sem prejuízo de seu acompanhamento harmônico, segundo o modo 
  de sua tônica. Para a primeira posição dessas três 
  notas, a tônica é Lá. Deduz-se, então, que a régua 
  musical de Lá, em sua correspondência sobre o padrão, figura 
  4, é adaptada para a linha e a régua estética (AA' - A'A) 
  de altura, ver figura 4. Toma-se sua oitava, sua metade, a linha e a régua 
  (BB' - B'B) correspondente a essa oitava, que é adaptada como largura 
  com o nome de Lá2. Essas linhas ou réguas são reduzidas 
  a um quarto nos quatro exemplos.
  Fazendo-se a continuação, desliza-se o lápis, seja na ranhura 
  f, seja ao logo dessas réguas, manifestando-se os intervalos por pontos 
  e linhas.
  Seja, por exemplo, as figuras 9 e 10. E a fachada de uma Capeia, conforme o 
  estilo dado pelas notas adotadas e, em conseqüência, por seus intervalos 
  e linhas. AA' é, pois, a corda vertical de altura, disposta com seus 
  intervalos; seu sentido vertical procede de cima para baixo, do grave para o 
  agudo, dos intervalos maiores aos menores. Dessa forma, a multiplicação 
  das oitavas no agudo aproxima cada vez mais os intervalos e permite destacar 
  a moldura da parte inferior, da base das colunas, das portas, etc. A'A, lado 
  oposto, é essa mesma corda ou régua no sentido contrário.
  Pelo mesmo procedimento que para a corda AA', são obtidas as molduras 
  da parte superior. Essa corda, como inversão da primeira, a das harmônicas, 
  morfológicas, segundo as leis que comandam essas mesmas harmônicas, 
  expressadas em sons, sobre a corda sonora. As linhas horizontais indicadas por 
  traços finos têm sido prolongadas, a propósito, até 
  os intervalos que as geravam sobre as cordas ou réguas verticais, a fim 
  de mostrar melhor essas correspondências. Sendo assim reguladas as proporções 
  de altura, passamos às proporções de largura. Aqui também 
  se utiliza uma só e única corda, a de LÁ2, metade ou oitava 
  da que a precede, com a mesma inversão que acima. A corda horizontal 
  ou régua BB', na base, tem seu sentido da direita para a esquerda. A 
  corda B'B, no topo, tem seu sentido da direita à esquerda.
  Aqui novamente e pelo mesmo procedimento anterior, as linhas melódicas 
  se enriquecem com seus harmônicos. Por último, o entrecruzamento 
  de todas essas linhas horizontais e verticais combinadas dará o gráfico 
  musical, no qual se desenha o monumento. Por esse processo tão simples, 
  a obra de arte está conforme as leis científicas das proporções, 
  já que a morfologia dessas leis é a expressão exata de 
  sua aritmologia.
  O gráfico que precede determina um gênero, o das linhas e cordas 
  em repouso, que chamamos de inerte.
  Para animar esse gênero, faz-se vibrar estas cordas ou linhas. Nos exemplos 
  escolhidos, o retângulo tem como correspondência a vibração 
  de meio ponto. É por isso que em cada corda, grande ou pequena, o diâmetro 
  provém do círculo de sua vibração. Essas vibrações, 
  bem como suas cordas, são musicalmente proporcionais nelas mesmas e em 
  suas combinações.
  Obtemos, assim, como o que concerne às linhas ou cordas em repouso, a 
  música morfológica do conjunto e de todos os detalhes no conjunto. 
  Porém, o acorde Ut-Ré-Lá, seus números e seus intervalos 
  são suscetíveis de três posições, conforme 
  as leis musicais. Os exemplos das figuras 9, 10, 11, 12 e 13 nos dão 
  uma que é suficiente para provar as outras duas. Quanto ao acompanhamento 
  harmônico desse acorde, efetua-se em seu modo tônico, segundo o 
  exemplo adotado para a demonstração, e as linhas proporcionais 
  que resultam disso são obtidas e tratadas corno anteriormente.
  A mesma forma de operar, a mesma posição, o mesmo estilo para 
  a caixa (fig. 11), o armário (fig. 12) e o vaso (fig. 13).
  Os 22 intervalos das várias formas ou linhas proporcionais de beleza, 
  segundo as mesmas leis aritmológicas que os 22 sons, têm como eles 
  um número quase infinito de combinações científicas 
  possíveis. São todos esses novos recursos que a aplicação 
  da régua musical fornece à arquitetura, a todas as artes e ofícios 
  acima mencionados.
  Os exemplos que apontamos anteriormente correspondem à composição 
  artística. Quanto à sua execução pela mão-de-obra, 
  pela indústria, a redução ao quarto, assinalado acima, 
  permite perceber a simplificação que nos fornecem esses instrumentos 
  para o dimensionamento, por maior que seja, que é dado pela relação 
  exata com o metro, pelo padrão arqueométrico.
  No que se refere a correspondência musical das cores com as formas, poderá 
  ser obtida no Arqueômetro cromático da figura 1:
  H, Lá = violeta: Azul 60
  Vermelho 60
  R, Ut = laranja: Amarelo 60
  Vermelho 60
  M, Ré = Verde: Azul 60
  Amarelo 60
  E assim sucessivamente para todas as outras notas e correspondências arqueométricas. 
  A figura 3 representa um transferidor de 120°, impresso sobre substância 
  transparente ou translúcida.
  Esse transferidor serve para determinar as proporções harmônicas 
  exatas das cores fundamentais que devem entrar numa mistura correspondente a 
  uma determinada harmonia desejada. Esse transferidor é colocado sobre 
  o Arqueômetro cromático (fig. 1), coincidindo seus centros de forma 
  que um dos raios externos seja bissetriz dos ângulos e polígonos 
  de duas cores fundamentais, das quais se quer conhecer sua mistura harmônica.
  Por procuração de Saint-Yves
  MAULVAULT
  
  O Padrão
  1. sonometria dos números da palavra sagrada. Série Verbal. Série 
  Física. - 2. Padrão e Derivados. - 3. Diatonia Heptacorde. - 4. 
  Octocorde, - 5. Cromatismo Simples. - 6, Cromatismo Duplo. - 7. Cromatismo Múltiplo.
  
  Recorramos agora ao nosso segundo instrumento de precisão, o padrão, 
  a régua musical do Arqueômetro,
  A seguir sua descrição sucinta:
  Compõe-se de uma linha métrica de 1,44 cm marcada transversalmente 
  por divisões, que chamamos de intervalos. Essas divisões são 
  específicas para os números que têm, por um lado, o nome 
  de Série Verbal e, pelo outro, o nome de Série Física.
  A Série Verbal é a língua dos números, sua música 
  universal.
  As cifras da Série Física são sua inversão proporcional, 
  que permite todos os cálculos possíveis das vibrações,
  Esse duplo sistema fornecido pelo Arqueômetro confirma o sistema dos físicos 
  baseado nos números simples e em suas relações, igualmente 
  simples.
  E assim, conforme a ciência moderna e, ao mesmo tempo, a revelação 
  cristã, de onde saem as referencias aritmológicas e aritmométricas, 
  dos 144.000 números da aritmologia musical e os 144 números da 
  metrologia correspondente.
  A metrologia do padrão musical segue a mesma linha que sua aritmologia. 
  Parte do maior comprimento da unidade qualitativa mensurável, como a 
  aritmologia parte do maior número, que tem a função de 
  unidade qualitativa da universalidade, especificando verbalmente a série.
  Unia simples leitura mostrará que esse padrão determina no metro 
  a corda Ré b, e desta forma toda a série verbal dos números 
  se encaixa exatamente na numeração e nas medidas do sistema francês, 
  o que não acontece com nenhuma outra régua sonométrica. 
  
  Sobretudo, integra-se ao metro a corda de "Ut" e sua régua 
  não é correspondente, sua presença no metro ao lado dessa 
  régua sonométrica de "Ut" foi mais para incomodar do 
  que para servir à observação, ã experiência 
  e ao cálculo, no que concerne à sonometria desde o duplo ponto 
  de vista verbal ou musical e físico ou vibratório.
  Poderá ser lido sobre o padrão que a posição exata 
  da corda de "Ut" responde a 1,08 m. Assim, Ré b 1,00 m, e o 
  padrão mostra essa divisão exata. Por sua vez:
  "Ut" = 1,08 m e o padrão leva essa divisão até 
  1 m 08,000.
 
  Toda a Aritmologia musical está, portanto, em correspondência exata 
  com o sistema métrico decimal francês.
  O padrão do Arqueômetro é, a este título, suscetível 
  de reduzir à unidade de sua universalidade todos os sistemas do mundo. 
  Porém, temos que nos limitar à aplicação objeto 
  da presente exposição.
  Como o número verbaliza o intervalo e este, a forma, é facilmente 
  compreensível a maneira como é feita a transposição 
  da melodia e da harmonia nominal da língua aritmológica, na língua 
  morfológica.
  Lemos sobre o padrão o número 240, que inicia uma série 
  válida:
  600 x 240 = 144.000
  Duzentos e quarenta é o gerador de uma série de XII sons, VIII 
  diatônicos, IV cromáticos; e é específico da corda 
  de Sol que corresponde à letra 1.
  Imediatamente depois de 240, a nota Sol tem sua segunda diatônica, a 216, 
  que será uma de nossas cordas.
  Em seguida encontramos 180, "Ut", e a 160, Ré, nossas outras 
  duas cordas.
  Temos, assim, as séries harmônicas determinadas pela melodia, relativas 
  aos dois gêneros: diatônico e cromático.
  Mas, se queremos usar em lugar de VIII ou de XII números musicais à 
  nossa disposição todos os do sistema trinitário que se 
  chama de enarmônico, será lida com a mesma facilidade essa enarmonia 
  em nosso padrão. Ela é o resultado da multiplicação 
  de cada número diatônico bequadro.
  1º por 600 = 24 x 25;
  2º por 625 = 25 x 25 para obter um bemol;
  3º por 576 = 24 x 24 para obter o sustenido.
  
  É por essa razão que lemos sobre a série verbal do padrão:
  Sol = 240 x 600 = 144.000
  Lá = 216 x 600 = 129.600
  Ut = 180 x 600 = 108.000
  Ré = 160 x 600 = 96.000
  
  e assim sucessivamente.
  As divisões correspondentes do padrão permitem utilizar todos 
  os gêneros musicais possíveis, sejam diatônicos, cromáticos, 
  enarmônicos, e transferi-los para a língua das formas pelos seus 
  intervalos equivalentes.
  O número 144.000 é o único que pode dar a enarmonia da 
  corda de Sol, e é litúrgico na revelação cristã. 
  É o número que São João atribui ao sistema musical 
  celeste, como seu selo aritmológico.
  O número 144 é aquele que determina a unidade de medida morfológica. 
  É por isso que o padrão leva essa referência de 144.000 
  como aritmologia e de 144 ou l m 44 cm como metrologia.
  Temos procurado estas correspondências da ciência e da religião, 
  que foram colocadas sobre o Arqueômetro e no padrão.
  XXII Letras da palavra sagrada.
  XXII Números da palavra sagrada.
  XXII Intervalos métricos da palavra sagrada.
  XXII Sons da faixa enarmônica.
  XXII Cores correspondentes. 
  ... etc, ... etc.
  Esses são os cinco alfabetos das cinco línguas da palavra sagrada 
  que o Arqueômetro e seu padrão permitem aplicar à Arquitetura 
  e a todas as artes e ofícios estéticos.
  As combinações enarmônicas de beleza com as quais dotamos 
  as Artes se elevam a uma cifra formidável:
  5.842.587.018.385.982.521.381.124.421
  Seriam necessários 9 sistilhões de anos de 12 horas de trabalho 
  diário para escrevê-las em notas musicais
  Porém, na língua das formas lógicas, que constituímos 
  aqui, temos ainda que cubicar esse número de combinações 
  possíveis do alfabeto musical das formas; e novamente o cubo convém 
  somente à morfologia poligonal mais simples.
  Porém, a fecundidade da ciência arqueométrica, aplicada 
  à arte, não pára aí.
  O padrão sobre sua linha metrológica, e em combinação 
  com as XXII cordas musicais que contém, não dá a morfologia 
  harmônica mas só as formas retilíneas e poligonais. É 
  isso que chamaremos de o gênero arquitetônico cristalino ou armação 
  musical, porém, fazendo vibrar essas linhas como tantas outras cordas 
  de harpa ou de citara.
  As cordas ou as linhas, simples ou combinadas, armam-se musicalmente de arcos 
  proporcionais à espécie morfológica que comanda a série 
  e os diferentes estilos que ela comporta.
  Toda a ornamentação é especificada dessa forma, de acordo 
  com a espécie e seus diferentes estilos, e não existe nada que 
  destoe, que não concorde, que não seja lógico e harmônico, 
  desde o conjunto até os menores detalhes; nada que o Verbo não 
  dê ao espírito humano a causa e a razão exatas de toda beleza 
  e de toda harmonia de belezas. É a isso que chamamos de gênero 
  vivo ou orgânico, a transformação do cristalino inerte em 
  animado.
  É por isso que, em relação à série verbal 
  dos números, encontra-se a série física e inversamente 
  proporcional das cifras, que permitem o cálculo das vibrações, 
  no caso de utilizar o padrão como sonômetro.
  Com respeito às vibrações morfológicas, voltando 
  ao trabalho estético tão exato e simples quanto possível, 
  pela lei que formulamos no parágrafo anterior, o arco é proporcional 
  à espécie e aos diferentes estilos que ela contém. 
  Os exemplos facilitarão a compreensão do que precede.
  Antes de mais nada, insistimos em mostrar exaustivamente que a equivalência 
  da forma e do número é um fato e uma lei do Verbo.
  O padrão tem demonstrado suas equivalências tanto nos intervalos 
  como nos números, que foram confirmados e corroborados pelas placas vibrantes
  1º) Equivalência do. círculo e do número zodiacal XII.
  Seja uma placa circular borrifada com pó de licopódior bem nivelado: 
  a vibração revelará um sistema de formas chamadas de Ventres 
  e Nós, marcados com o número duodecimal e seus múltiplos. 
  A equivalência do número zodiacal XII e da forma circular é 
  confirmada como a palavra legislativa do Verbo.
  A própria gota de água considerada como uma superfície 
  circular mostra, sob a influência de um congelamento (um floco de neve, 
  por exemplo), um sistema cristalino poligonal que vai do triângulo eqüilátero 
  à combinação de dois, e depois de quatro trígonos 
  da mesma natureza, onde os ângulos estarão situados sucessivamente 
  a 180, a 60 e a 30° uns dos outros. É a definição do 
  círculo zodiacal pelos polígonos regulares inscritos.
  É por essa razão que adotamos no Arqueômetro a forma zodiacal 
  para o círculo, e os triângulos eqüiláteros para definir 
  essa forma.
  O princípio verbal da Morfologia e da Arquitécnica se fundamenta 
  nestes fatos ou gráficos de leis. A forma está presente, como 
  sempre, em função dos equivalentes dos números.
  Tomando uma placa vibrante em forma de triângulo eqüilátero, 
  que é equivalente ao número 3 bem como ao círculo, por 
  sua vez, é equivalente ao número 12. Segundo a lei das interioridades 
  numéricas, 3 contém 2 + 1 que, somado a ele mesmo, dará 
  6. A placa vibrante do triângulo eqüilátero dará efetivamente 
  6 estrelas hexagonais. A interioridade de 6 acrescentada a si mesma dará 
  21. A mesma placa vibrante dará igualmente 21 círculos, semicírculos 
  e terços de círculos.
  Esses exemplos bastam para demonstrar a equivalência da Aritmologia e 
  da Morfologia e o valor científico do Arqueômetro e de seu padrão 
  musical aplicado à Arquitetura.
  Tornemos às nossas demonstrações.
  Os 3 modos melódicos do nome de Maria são suscetíveis de 
  3 posições de acordo com as regras conhecidas da música, 
  porém esses sons não têm essa qualidade verbal tríplice, 
  somente em função dos números.
  1º. 216 180 160 - (54 45 40) 
  2º. 180 160 108 - (45 40 27) 
  3º. 160 108 90 - (80 54 45)
  
  Adotaremos aqui, para que a demonstração seja simples e fácil, 
  Lá1, 216, sobre Lá2, 108, entendendo-se que neste intervalo de 
  oitava, os da terceira menor "Ut", 180, e da quarta Ré, 160, 
  terão que pronunciar as outras letras do nome.
  Tomaremos, assim, uma das 3 posições como exemplo e essa nos dará 
  5 estilos.
  Removemos da régua mãe duas réguas secundárias ou 
  cordas, Lá e sua oitava.
  A seguir as colocamos em "Te", depois de graduá-las em séries 
  modais de acordo com o padrão musical e seu sistema diatônico.
  A oitava 108 servirá como base de linha horizontal e de largura; a corda 
  servirá como altura e eixo de simetria. Perceberemos que nossas cordas, 
  que não combinam, são tríplices.
  Uma dará o alcance adotado, a outra dará a sua inversão, 
  que permite mostrar os harmônicos correspondentes morfológicos, 
  as consoantes.
  
  Por último, a corda ou linha métrica do meio reúne todos 
  esses intervalos, que se chamam arpejos, como quando se esfrega levemente com 
  a polpa dos dedos as cordas de uma citara; do ponto de vista morfológico, 
  os nomes das consoantes emitem acordes de sons harmônicos.
  Sobre esses simples dados, a espécie musical adotada, isto é, 
  Lá1 sobre La2, 216 sobre 108, gerará cinco gêneros ou estilos.
  Vimos as cordas ou linhas metrológicas gerarem o "Te", este 
  por sua vez gera um quadrilátero que, por fim, gera cinco triângulos 
  diferentes.
  Esses cinco triângulos que chamamos de "frontões" geram 
  cinco estilos, os quais são semelhantes aos usados pelos gregos. Por 
  serem esses dois estilos quase semelhantes, daremos apenas um exemplo deles.
  Primeiro estilo - Aponta para o grego, sem imitá-lo, pois o método 
  elimina até a possibilidade da imitação, porque é 
  diretamente lógico, verbal e musicalmente sistemático. Na vinheta 
  colocada ao pé da figura do edifício, é marcado seu estilo.
  A primeira figura dá a armação musical de acordo com o 
  gênero cristalino inerte que aponta a base e a altura comuns aos quatro 
  exemplos, com a diferença específica da triangulação 
  marcada sobre a vinheta.
  Não há necessidade de registrar as proporções musicais 
  dadas, pela facilidade da leitura do próprio desenho do exemplo.
  A corda de "Ut" e a de Ré cantam sua música de formas 
  nos pontos marcados sobre a régua, e o modo harmônico de Lá 
  acompanha e resolve essa melodia.
  A próxima figura indica a passagem desse gênero de estilo cristalino 
  ao gênero animado, do qual é suscetível pela combinação 
  dos arcos de círculos ou vibrações de acordo com a sua 
  triangulação.
  3º estilo - as mesmas observações.
  4º estilo - as mesmas observações.
  5° estilo - as mesmas observações.
  
  Assim, com uma única posição, obtemos cinco estilos e podemos 
  utilizar as três posições que nos darão 15 estilos. 
  Indicamos também o aumento das oitavas sobre a corda vertical, que permite 
  arremessar ou multiplicar novamente cada estilo.
  É oportuno mencionar que o sujeito tratado segundo o mesmo princípio 
  e as mesmas leis, mas inversamente, pode dar-nos a pronunciação 
  do mesmo nome em arquitetura mundana, como chalés, castelos, hotéis, 
  palácios, o que nos leva a gerar mais 30 estilos de uma espécie 
  única, especificada por um único nome.
  Advertimos também que, ao estudar esses exemplos que o caráter 
  da animação, da elegância e da exaltação sagrada 
  ascende gradualmente do primeiro estilo ao quinto da mesma forma que os dois 
  primeiros representam os gregos, o terceiro aponta os romanos, o quarto, o estilo 
  gótico, e o quinto ultrapassa o que estava no estado de aspiração 
  e de inspiração nas formas clássicas dos três precedentes.
  Mais ainda, após o grego, que é como a infância e o balbuciar 
  da arte arquitetônica, vemos os outros três estilos utilizar as 
  colunas, porém de forma bem diferente. Não consiste neles uma 
  decoração de beirais, alheios ao edifício, mas um componente 
  arquitetônico real de suporte.
  No sistema clássico, a coroa e o entablamento formam por si só 
  a ordem arquitetônica. Mesmo assim, não pertence nem a esta última, 
  nem à construção da qual ela é inseparável. 
  Porém, essa mesma ordem, variável em nosso sistema de acordo com 
  a infinidade de espécies e estilos, volta a entrar como parte integrante 
  do conjunto arquitetônico e em toda a construção.
  Isso é claramente visível no terceiro estilo, e muito mais no 
  quarto e no quinto.
  Arqueômetro Regulador
  
  Não queríamos interromper a aplicação do nosso padrão. 
  Porém, antes de transformar as cordas do gênero cristalino em gênero 
  vivo (animado) por meio das vibrações proporcionais, controlaremos 
  mais uma vez esta armação harmônica, colocando-a sobre o 
  Arqueômetro.
  A seguir, a descrição desse controle, sobre a figura correspondente.
  O plano ocupa a parte central do círculo arqueométrico, de forma 
  que se desenvolve o edifício em duas frentes e em dois cortes.
  1º - A vista da fachada ao Norte; 
  2º - A vista da parte de trás ao Sul;
  3º - O corte do fundo a Leste; 
  4º - O corte lateral a Oeste.
  
  Dessa forma se obtém a verificação completa da harmonia 
  de todo o edifício e de todas as suas partes em relação 
  ao plano.
  Enfim, o pequeno círculo interior, que está no centro do plano, 
  indica o módulo.
  Porém, isso não se aplica somente, como na arte grega, a decoração 
  externa, designada com o nome de ordem, quer dizer, as colunas e o entablamento 
  de um beiral ou de um peristilo.
  Nosso módulo convém a todo edifício musical, que é 
  inseparável da construção e de cada membro dessa síntese 
  harmônica das formas.
  Assim, depois de haver utilizado o Arqueômetro como revelador, utilizaremo-no 
  ainda como regulador.
  Daremos somente um único exemplo do controle arqueométrico, a 
  fim de não prolongar inutilmente esta descrição.
  O Arqueômetro Revelador nos dá as correspondências do nome 
  de Maria pronunciado em capelas, tanto musical como morfologicamente, por transposições 
  sobre o padrão. Da mesma forma, esses dois instrumentos de precisão 
  nos dão uma das catedrais do mesmo nome.
  Em virtude do mesmo princípio, das mesmas leis e dos mesmos instrumentos, 
  obtemos assim uma catedral do Verbo Jesus.
  Acrescentamos a ela uma igreja-abadia, criada da mesma maneira, mas sem a preocupação 
  da palavra, a fim de mostrar que podemos utilizar diretamente a língua 
  musical das formas.
  Mas, pelo simples fato de que ela é a língua equivalente, dá-nos 
  neste exemplo uma referência nominal.
  Entenda-se bem que essas catedrais e essa igreja não são mais 
  do que um dos 15 exemplos que poderiam ser dados a cada uma, sem prejuízo 
  dos outros 15 monumentos semimundanos, tais como palácios pontificais 
  ou episcopais, seminários, universidades, escolas, hospícios, 
  conventos, teatros religiosos, etc.
Um exemplo detalhado 
  vale mais do que muitos desenvolvimentos teóricos para mostrar a aplicação 
  dos princípios dados pelo Arqueômetro.
  Eis o motivo pelo qual daremos uma série de lâminas, graciosamente 
  transmitidas por M. Gougy e que mostram em detalhe a adaptação 
  à arquitetura do acorde Lá, Ut, Mi.
  A Grande Chapelle, estilo ogival correspondente a esse acorde, é apresentada 
  sob todos os aspectos nas oito lâminas seguintes, e estamos convencidos 
  de que o estudo destas figuras interessará a todos os arquitetos e aficionados 
  pela arte.
  Lembremos que, graças ao Arqueômetro, todos os objetos contidos 
  na capela, assim como os vitrais e a decoração, foram adaptados 
  exatamente às notas, quer dizer, às letras e ao nome que materializa 
  a capela.
  O estilo de cada objeto e a cor mudam com cada nome divino.
  Para as cores, a gama colorida e as bandeiras indicarão essas relações.
  
VASOS
  Quanto aos objetos que podem entrar no edifício sagrado em consonância 
  morfológica com sua harmonia, limitaremos nossos exemplos à orfebreria 
  relativa aos vasos.
  
  Aí também uma única espécie, uma só posição, 
  mais suscetível de três estilos, dará cinco estilos, entre 
  os quais quatro serão claros.
  A mesma coisa acontece para todos os outros objetos estéticos designados 
  em §. 
  COLUNAS
  Temos ainda que apresentar uma última prova: a obtenção 
  das colunas e do espaço entre colunas, segundo o sistema arqueométrico 
  e conforme o módulo do conjunto.
  
  
  
  
Arqueômetro 
  Cromológico
  
  
  1. Cromologia da Palavra Sagrada, as Três Cores. - 2. A Héxada 
  dos Solstícios Divinos. 3. A Héxada dos Equinócios Angelicais. 
  - 4. A Síntese Ondulatória, Complemento da Análise por 
  Radiações, - 5. Cronometria Arqueométrica. - 6. A Faixa 
  e o Modo da Música Cromática: Diatonia. - 7. A Faixa e os Modos 
  da Música Cromática: Cromatismo e Enhar.
Para obter a língua 
  das cores equivalente aos diferentes signos funcionais da palavra, nós 
  usamos dois instrumentos:
  1º - O Arqueômetro cromológico.
  2° - Seu transportador, seção de sua área de graus.
  
  O Arqueômetro cromático e cromológico está conforme 
  o sistema de Chevreul, relativo à seqüência das cores sobre 
  o círculo cromático, mas difere dele nos seguintes pontos:
  O círculo cromático de Chevreul não mostra a geração 
  das cores por recobrimento de superfície, nem por proporções 
  matemáticas. Não pode fazer isso porque atribui para essas mesmas 
  cores e para correspondências geométricas os raios e não 
  os polígonos inscritos.
  Portanto, o raio não está em correspondência métrica 
  com a circunferência senão por aproximação, e não 
  por correspondência morfológica. Por si só não é 
  gerador de formas; não faz com que o círculo fale. De tal forma 
  que para obter lei aproximada de n teve de proceder empiricamente com polígonos 
  inscritos.
  Para obter a morfologia, a palavra das formas, no circulo, é necessário 
  recorrer às correspondências do raio com os polígonos regulares 
  inscritos. E necessário tomar como modelo a gota d'água e sua 
  cristalização.
  O primeiro polígono que dá esta Palavra é o hexágono. 
  A análise deste é feita por meio de dois triângulos eqüiláteros 
  inscritos, nos quais cada ângulo está situado a 60° do mais 
  próximo. A corda do arco de 60° é igual ao seu raio.
  Se dobramos a estrela hexagonal, de tal forma que os ângulos consecutivos 
  estejam situados a 30° um do outro, quer dizer, ao serem inscritos nessas 
  condições 4 triângulos eqüilaterais, gerarão, 
  por suas interferências, 3 quadrados, cujo lado por sua vez é igual 
  ao raio.
  Temos então, desta forma, o Princípio e a Lei Tríplice 
  da Palavra das formas definidas pelos polígonos inscritos em sua relação 
  com o raio.
  Existe aí uma primeira diferença fundamental entre o círculo 
  cromático de Chevreul e aquele do Arqueômetro que é morfológico.
  A segunda é que o círculo cromático de Chevreul não 
  dá as cores puras, mas reduzidas por uma mistura sucessiva e proporcional 
  do branco e do negro.
  A prova do fato da correspondência das cores com as formas se dá 
  pela rotação.
  Se fazemos girar sobre seu centro, o círculo cromático de Chevreul 
  mostrará, como o disco de Newton, a anulação de todas as 
  cores entre elas, em proveito de um branco acinzentado.
  Pelo contrário, se fazemos girar o Arqueômetro cromático, 
  veremos as cores compor-se musicalmente entre elas, animarem-se mutuamente; 
  e, sobre esse fundo, o raio fotogênico, o amarelo, afirmando-se com um 
  poder tal, que parecia não possuir quando o círculo arqueométrico 
  estava em repouso.
  Armado com o primeiro triângulo Norte, cujos ângulos estão 
  situados a 120° um do outro, o Arqueômetro dará então 
  o princípio tríplice, cromático e cromométrico, 
  então, Azul, 120, Amarelo, 120, Vermelho, 120.
  Armado com os dois triângulos Norte, Sul, dará estas três 
  cores mais sua mistura em partes iguais, de acordo com três pares e posições:
  1º. 60° azuis ; 2º. 60° amarelos ; 3º. 60° vermelhos
  60° amarelos 60º vermelhos 60° azuis
  
  Além dos precedentes, armam-se com um par do triângulos Oeste. 
  Leste, que dá a mistura dos três pares de cores primárias 
  nas proporções de 30/90, 60/60 e 90/30. Estas são as cores 
  zodiacais.
  Estas, por sua vez, se inscrevem por si mesmas suas misturas interferenciais, 
  as que recobrem as interseções dos triângulos eqüiláteros.
  Essas cores interferenciais já não são zodiacais, mas simplesmente 
  horárias e combinadas. Unidas às 12 zodiacais darão um 
  total de 48 cores.
  Pode-se também obter os horários dobrando o número dos 
  triângulos eqüiláteros que definem o Zodíaco, porém, 
  então, as interferências unidas às 24 cores darão 
  168 cores.
  Para montar o Arqueômetro em decanatos cromáticos, são necessários 
  12 triângulos eqüiláteros; porém, as interferências 
  unidas aos 36 ângulos darão um total de 360 cores.
  Nenhuma destas cores é rebaixada; todas são consideradas primárias. 
  Para rebaixá-las, recorremos ao sistema de Chevreul.
  A 180° de distância, quer dizer, em pontos opostos, cada par de cores 
  arqueométricas é complementar.
  O raio ou o diâmetro, figurado no pequeno círculo central do Arqueômetro, 
  assinala esta homologia.
  Estando marcadas sobre o Arqueômetro as outras correspondências 
  da linguagem, não precisamos mais insistir neste tema.
  Cada série ou linguagem de equivalentes arqueométricos constitui 
  uma classificação cromática que falta nas artes e ofícios 
  que fabricam e utilizam as cores, apesar dos esforços de Chevreul de 
  tentar fazer cessar essa confusão e a anarquia de suas nomenclaturas.
  O Arqueômetro oferece tantos elementos de classificação 
  como se fecha sobre os equivalentes da palavra.
  Mas, da mesma forma como foi dobrado, junto com seu padrão em relação 
  à Aritmologia e à Morfologia, dobramos com um segmento de seu 
  duplo transportador de graus, no que concerne à cromologia. Temos, assim, 
  uma nova classificação segundo os graus, seus números e 
  os segmentos proporcionais.
  Transportador de Graus
  Esse instrumento de precisão é composto de um segmento arqueométrico 
  de 120°, quer dizer, do espaço compreendido entre duas cores primárias 
  sobre o trígono do Verbo.
  A graduação, como a da dupla zona dos graus do Arqueômetro, 
  segue uma dupla marcha.
  Dessa forma, a composição das cores combinadas verifica-se por 
  dois números que dão a proporção das misturas das 
  cores primárias (Mãe); o total é sempre 120.
  Impresso sobre um material transparente ou translúcido, este duplo transportador 
  deve ser colocado sobre o Arqueômetro cromático,
  Os centros dos dois instrumentos devem coincidir. Os dois raios do extremo do 
  transportador devem ser bissetrizes dos ângulos e polígonos arqueométricos 
  que levam as duas cores fundamentais, daqueles que se quer conhecer, governar 
  e usar as combinações matemáticas.
  O setor é dividido em três zonas concêntricas.
  Um tem o nome de zodiacal, a outra de Horária, e a terceira de Decânica.
  Em conseqüência, o instrumento permite ler:
  Cada par de cores primárias a 120°.
  A geração de sua primeira mistura em partes iguais ou 60/60.
  Este, 60/60, voltando a entrar no sistema zodiacal, não tem sido objeto 
  de uma zona à parte.
  De uma cor primária a outra situada a 120°, a zona zodiacal mostra 
  três misturas na proporção de 90/30, 60/60, 30/90, quer 
  dizer, com as interferências dará 48 cores.
  Os raios que indicam essas cores na área zodiacal do transportador são 
  bissetrizes dos Ângulos do polígono que recobrem.
  Da mesma forma para a zona Horária, de acordo com os números 105/15, 
  90/30, 75/45, 60/60, 45/75, 30/90, 15/105, ou seja, com as interferências, 
  168 cores.
  As mesmas observações para a zona Decânica e seus números, 
  sendo armado o Arqueômetro com 12 triângulos e um círculo 
  cromológico de 36 cores, que dará com as interferências 
  um conjunto de 360 cores.
  A classificação da cores se resume assim, na prática de 
  nossos dois instrumentos:
  
  Nomenclatura aritmética das cores pelo duplo transportador dos graus.
  Do azul ao amarelo, série dos verdes.
  Zona Zodiacal: azul/amarelo, 90/30, 60/60, 30/90
  Zona Horária: azul/amarelo, 15/105, 30/90, 45/75, 60/60, 75/45, 90/30, 
  105/15.
  Área Decânica: azul/amarelo, 110/10, 100/20, 90/30, 80/40, 70/ 
  50, 60/60, 50/70, 40/80, 30/90, 20/100, 10/110.
  Do amarelo ao vermelho, série dos laranjas, as mesmas zonas e os mesmos 
  números que apontamos antes.
  Do vermelho ao azul, série dos violetas, mesmas zonas e mesmos números 
  apontados.
  Resta somente ao artista determinar seu azul, seu amarelo e seu vermelho de 
  acordo com a potência que quer que o encubra, que comandará a seguir, 
  bem como também suas misturas de acordo com os números obtidos 
  anteriormente. Por fim, ele se servirá dos números de acordo com 
  o transportador e as correspondências do Arqueômetro.
  Retornemos agora para as correspondências cromológicas que concernem 
  às nossas capelas.
  As duas linhas extremas do transportador, colocadas sobre o Arqueômetro 
  montado com o Zodíaco, serão bissetrizes do ângulo zodiacal 
  azul e do ângulo zodíaco amarelo.
  A cor da letra M será lida como verde zodiacal: 60 azul/60 amarelo.
  As cores do nome de Maria, pertencente ao triângulo Sul, representam as 
  três primeiras combinações diatônicas dos três 
  raios primitivos do trígono Norte, aquele do Verbo Jesus.
  Pertencem, então, ao sistema diatônico ou aos seis tons da gama 
  marcada com o número 240 sobre este mesmo trígono.
  Porém, essa faixa que comporta também 4 cromáticos ou 12 
  intervalos permite o acompanhamento da melodia: do nome, seja de acordo com 
  a harmonia diatônica, seja conforme a harmonia zodiacal ou cromática.
  As cores que formam a melodia do nome de Maria temos que acrescentar as que 
  correspondem ã sua Assunção, como Virgem Mãe, Rainha 
  do céu, dos anjos, dos patriarcas e dos santos.
  Pode-se ler sobre o Arqueômetro que essa cor é o azul, equivalente 
  cromático da sabedoria, da primeira letra do nome do Pai e do Filho, 
  da corda celeste fundamental, do signo da Virgem, etc.
  É a letra I do nome de Maria ascensionada pelo Verbo Jesus.
Música dos Sons
1. A Gênese 
  e a Síntese Musical. - 2. A Música do Tempo. - 3. As Sete Regras 
  Sonométricas. - 4. Os Sete Modos. - 5. O Triplo Modo Enarmônico 
  dos Solstícios do Verbo. - 6. Os Quadrados dos Sete Intervalos, sua Notação 
  em Cifras. - 7. Nova Escritura Cosmológica, Pentagrama de Sete Linhas.
  
  Tudo que nós acabamos de dizer acerca da música, das formas e 
  das cores aplica-se sobre os mesmos números para a música dos 
  sons e suas correspondências com as outras línguas da Palavra.
  É assim que toda língua sagrada ou litúrgica se transforma, 
  sobre o Arqueômetro, em melodias que levam a impressão direta do 
  gênio de cada língua.
  O acompanhamento harmônico, de acordo com os números que regulam 
  a melodia, pode ser feito conforme o sistema ocidental ou os sistemas orientais.
  A Arqueometria e seu padrão musical assinalam todos para reintegrá-los 
  no seu ponto de origem exato, no sistema universal e integral, no qual dão 
  à sua Aritmologia e Sonometria.
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  Não obstante, é bom indicar alguns dados, depois as tabelas arqueométricas 
  proporcionais e finalmente as que são mais usadas nos meios europeus.
  Podemos utilizá-las todas nos mesmos objetos, mesmo que sejam preferíveis 
  aquelas que são exatas do duplo ponto de vista tanto religioso como científico.
  Resumo
  Esperamos ter demonstrado claramente que os três instrumentos que precedem, 
  o Arqueômetro, o padrão Musical e o Transportador Graduado, são 
  novos instrumentos que permitem todas as aplicações que descrevemos.
  Cada um desses instrumentos pode ser empregado em sua totalidade ou de acordo 
  com os elementos que ele contém.
  Por exemplo, o Arqueômetro pode ser decomposto segundo suas diferentes 
  montagens por zonas e polígonos, e essas armações podem 
  ser multiplicadas em sistemas horários ou decânicos, simples, duplos, 
  triplos, etc.
  O mesmo instrumento pode ser dividido em segmentos, reduzidos em tabelas de 
  correspondência, e essas mesmas tabelas divididas em fragmentos, de acordo 
  com as letras, com os números ou com suas combinações.
  O padrão por sua vez pode ser dividido em tantas réguas como cordas 
  musicais e estas se combinaram em três, em ângulos, em esquadros, 
  em paralelogramos, em frontões triangulares, etc.
  Em resumo, o setor arqueométrico graduado pode ser o mesmo tanto aumentado 
  ou diminuído, de acordo com a necessidade dos estudos e das aplicações.
  Quanto às cores arqueométricas, podemos reduzi-ias em faixas, 
  em séries harmônicas, e, por rotação, obter zonas 
  musicais de novas cores desconhecidas nos sistemas atuais e cifráveis, 
  de acordo com os números e as inúmeras combinações 
  que são passíveis de serem feitas com os XXII intervalos.
  Reservamos também a aplicação de padrão musical 
  aos instrumentos de Sonometria.
  A mesma reserva é possível em um sistema de motivos de barras 
  móveis ou fixas à vontade, que podem ser adaptadas aos instrumentos 
  de corda, tais como as cítaras.
  Nessa adaptação, o estudo sonométrico fará corresponder 
  as barras ou intervalos com os números dos quais se pretende estudar 
  as séries, sejam simples ou comparativamente.
 
  Conclusão
  "Agora, em plena velhice, dando uma olhada retrospectiva sobre a longa 
  trajetória de nosso dever cumprido, vemos, com uma grande paz de espírito 
  e de consciência, que não nos desviamos nem nos nossos livros, 
  nem nos nossos aíos públicos ou privados. Plaina sobre o desconhecimento 
  e a calúnia, acima do desprezo, tão acima quanto a piedade divina, 
  para esses desgraçados cegos, conduzidos cegamente ao Inferno humano 
  que os irá engolir.
  É esta mesma caridade que, apesar da mais cruel das perdas, apesar da 
  idade, apesar das enfermidades, permite-nos terminar a obra que havíamos 
  prometido ao divino Mestre empreender e, com sua ajuda, realizar.
  A glória dela tem que ser creditada somente a Jesus Cristo, e nele, à 
  alma angelical a qual estamos unidos e que a própria morte não 
  poderá separar-nos."
  Com essas palavras, o nosso Mestre termina o prefácio da "Sabedoria 
  Verdadeira", que consiste no complemento lógico de sua admirável 
  obra O Arqueômetro..
  Da mesma forma, como o leitor estudioso pôde ter percebido, o Arqueômetro 
  é, ames de mais nada, um manancial científico e positivo, fora 
  de toda magia e dos grandes mistérios das antigas religiões. É 
  também um maravilhoso instrumento de adaptação social, 
  e temos a esperança certeira de que, depois de ter estudado o presente 
  trabalho, o leitor ficará motivado a ler as admiráveis Missões 
  de Saint-Yves, Mission des Juifs; Mission des Souverains; Mision des Français 
  e, principalmente, Mission de la Inde. 
  Recomendamos muito particularmente aos espíritos elevados, o estudo de 
  Theogonie des patriarcas, que trata da adaptação das chaves do 
  Arqueômetro na tradução do Gênese de Moisés 
  e do Evangelho de São João.
  Existem algumas cópias de uma obra consagrada à adaptação 
  musical do Arqueômetro e que formará o núcleo do segundo 
  volume deste trabalho.
  Ao lado do Arqueômetro, considerado como o fiel depositário de 
  toda a sabedoria ancestral, pudemos apreciar os maravilhosos instrumentos derivados 
  do Arqueômetro: em primeiro lugar, o padrão musical, do qual M. 
  Gougy nos revela as admiráveis adaptações para uso na Arquitetura, 
  evocando com nosso Mestre a música das formas, e, depois, o transportador 
  estético e suas múltiplas aplicações.
  Não podemos iludir-nos quanto ao trabalho necessário a ser feito 
  para manejar com perícia e toda ciência desejável esse instrumento 
  de transformação intelectual, religiosa e social que é 
  o Arqueômetro.
  Serão precisos, talvez, vinte ou trinta anos para que uma Universidade 
  ou um homem genial redescubra o trabalho de Saint-Yves e renda a esse gênio 
  a justiça que lhe é devida. Realmente, quando pensamos que Wronski 
  também não obteve nenhuma recompensa aos seus longos anos de esforço, 
  mergulhado na síntese, percebe-se o grande número de anos que 
  será necessário para que o Arqueômetro seja julgado pelo 
  seu justo valor.
  Em nossa época de preguiça intelectual, em que somente os leitores 
  rurais das províncias têm a tranqüilidade e a calma cerebrais 
  necessárias para ler e meditar as obras técnicas, esta obra será 
  considerada, sem dúvida, como um "sistema ideológico divertido" 
  pelos críticos pressionados e forçados a dar contas cada semana 
  de numerosas dúzias de obras novas. O que importa! Após muito 
  trabalho, os "Amigos de Saint-Yves" têm conseguido publicar 
  o trabalho do qual o Mestre consagrou mais de vinte anos de esforços 
  ininterruptos.
  Eles sabem que o Mestre e seu Anjo estão lado a lado, e que se certas 
  obras sem raízes invisíveis podem desaparecer, o Arqueômetro 
  é uma luz verdadeira à qual acorrerão muitas tochas, de 
  forma aberta ou oculta, a solicitar o fogo libertador, que sempre deverá 
  triunfar sobre trevas, em todos os planos.