Em 1925, quando Urano encontrava-se novamente em Peixes, como ocorrera na época da chegada do Mestre João, piloto e astrólogo da expedição de Cabral, chega ao país Emma Costet de Mascheville. Emma une-se com Albert Raymond Costet de Mascheville, Conde de Mascheville, Mestre CEDAIOR, violinista e astrólogo, iniciado no saber dos astros por Henri Selva. Com a publicação do livro La theorie des determinations Astrologiques de Morin de Villefranche, Selva possibilitou a redescoberta da astrologia clássica na França. Assim, a cadeia de transmissão da tradição astrológica, que passa por Morin, se reaviva com Selva e chega ao Brasil através do casal Mascheville.
Albert,
em companhia de Roso de Luna, Papus, Sédir, Saint Yves D'Alvreyde
e Péladan, trabalhou pela reconstrução da Rosacruz
na França e tornou-se o difusor da Ordem Martinista na América
do Sul. Emma, na infância, conviveu com seus tios, Henry Edencoven
e Ida Hoffman, na primeira comunidade naturista e espiritualista fundada
por eles em Ascona, às margens do Lago Maggiore, na Suíça
italiana. Ali estiveram Fidus, Rodin, Rilke, Isadora Duncan, Trotsky.
Aos 15 anos Emma é levada pela primeira vez ao teatro em Munique por Hermann Hesse, que, junto com seu pai e o Conde Bernadotte, atuavam na assistência aos foragidos de guerra. No início da década de 30 Emma Costet de Macheville radica-se definitivamente em Porto Alegre, onde inicia um dos mais fecundos e criativos trabalhos na Astrologia, formando uma grande quantidade de profissionais e pesquisadores de alta qualidade, todos moldados na mesma forma humanista e libertária em que cresceu.
A década de 30 traz a descoberta de Plutão, no signo de Câncer, remetendo os astrólogos da época ao desafio de desenvolver elementos interpretativos e preditivos referentes ao novo planeta. A Astrologia no Brasil continua a ser uma atividade de pesquisadores e profissionais isolados.