O 
    Arqueômetro e a Arquitécnica
    Saint-Yves
O Arqueômetro 
      é o instrumento de precisão das elevadas ciências e 
      das artes correspondentes, seu relacionador cosmométrico, seu padrão 
      cosmológico, seu regulador e seu revelador homológico.
      Ele as reintegra ao seu princípio único e universal, à 
      sua concordância mútua e à sua síntese sinárquica.
      Essa síntese, que não é outra senão a gênese 
      do princípio, é o próprio Verbo, e ela autografa seu 
      próprio nome sobre o primeiro triângulo do Arqueômetro: 
      SOPh-Yá, Sabedoria de Deus.
      Mas para tomar claras todas as possíveis aplicações 
      do Arqueômetro, como revelador e como regulador experimental dessa 
      gênese e dessa síntese, seria necessário elaborar um 
      sem-número de desenvolvimentos.
      Teríamos que inventariar toda a nomenclatura da quádrupla 
      hierarquia das substâncias, dos fatos, e, em conseqüência, 
      das ciências e das artes divinas, angelicais, humanas e naturais.
      Teríamos também que indicar, entrando na universalidade das 
      conseqüências, todas as equivalências e todas as correspondências 
      dessas hierarquias.
      Nós chegaremos ao mesmo fim demonstrativo por uma via mais rápida, 
      aquela da experiência sobre toda a sua verdade científica e, 
      em conseqüência, em toda a lealdade de consciência que 
      deveríamos exigir de nós mesmos em um assunto tão grave.
      Esse fato é a arte; porém a arte considerada como palavra 
      criadora e consciente da própria ciência, e não como 
      manifestação individualista da anarquia, da fantasia, da moda 
      ou da imitação.
      É por essa razão que concentramos as aplicações 
      do Arqueômetro na arte que é suscetível de produzir 
      a mais direta expressão da ciência reintegrada ao seu princípio, 
      sobre a arte que sintetiza todas as ciências em arte, todas as artes, 
      todos os ofícios e indústrias, em uma palavra, toda a hierarquia 
      do trabalho humano.
      Esta arte é a Arquitetura.
      Sendo o edifício religioso a obra mestra da Arquitécnica, 
      ela resume o Princípio da lei e do fato social; assim, nós 
      teremos que aplicar o Arqueômetro para a ciência das religiões.
      Podendo ser exigido para erguer catedrais cristãs, pagodasP de brâmanes, 
      budistas ou chineses, os templos ghebres ou as mesquitas muçulmanas, 
      o arquiteto verá no regulador arqueométrico a posição 
      exata de cada uma dessas religiões dentro do contexto religião, 
      sendo que este termo é empregado significando a síntese científica 
      e de sabedoria no sentido antigo da palavra.
      O Arqueômetro provará experimentalmente que é o revelador 
      e ao mesmo tempo o regulador dos Altos Estudos, o revelador da Revelação 
      prevista no início do século XIX pelo conde de Maistre.
      Como o Arqueômetro tem por princípio a palavra, o arquiteto 
      utilizará em primeiro lugar a dupla zona Letras, e esta, de uma só 
      vez, lhe dará todas as equivalências dos números sonométricos, 
      das cores, das notas, dos modos musicais e, em conseqüência, 
      morfológicos.
      Terá somente que passar do Mundo da Glória ao mundo dos Céus 
      astrais para ter as concordâncias cosmológicas que resultam 
      das suas precedentes angelicais e divinas.
      Coroas de 360 graus ou de 36 decanatos
      O termo 36, em letras decimais sânscritas, escreve-se GO, que significa, 
      em vedo, o mesmo céu. O termo 360, em letras numerais adâmicas, 
      escreve-se ShaS, que significa a potência sexagenal 6 x 6; aquela 
      que, de fato, corresponde à medida do círculo pelo hexágono.
      Veremos, mais adiante, a importância dessa relação com 
      o mesmo princípio. Ele tem, como característica, a Trindade 
      que determina sua instrumentalidade direta na sexualidade: 3... 6; determinando 
      o trígono eqüilátero, a estrela hexagonal.
      Esse duplo transportador circular utilizado em sentido inverso, em relação 
      aos graus, tem uma considerável função prática 
      de controle, da qual os fatos testemunharão mais tarde, principalmente 
      em relação às cores, os equivalentes luminosos das 
      palavras: raios e cores.
      A Palavra
      Recorrendo à memória, lembraremos aqui que o Evangelho de 
      São João, quando lido em siríaco, aramaico, dizia: 
      "O Princípio é a Palavra, o Verbo". Na Grécia 
      patriarcal, ou melhor, na Eslávia dos Bálcãs, Orfeu, 
      segundo as tradições levantadas pelos sacerdotes da Igreja, 
      tinha deixado entre seus numerosos livros canônicos uma obra intitulada 
      A Palavra ou o Verbo Sagrado. Da mesma forma, na Itália patriarcal, 
      a dos Etruscos.
Tablature cosmologique 
      des XXII Lettres (Tabelas cosmológicas das XXII letras) - Diatonic 
      de L'Hexade (Diatomia da Héxada) - Alphabet vattan
      et nombres (Alfabeto vattan e números) - Sanscrit devanagari (Sânscrito
      devanagárico) - Alphabet astral (Alfabeto astral) - Lettres latines 
      (Letras
      latinas) - Longeur de la circonference (Comprimento da circunferência) 
      -
      Rayon (Raio) - Diamètre (Diâmetro)
Arithmologie 
      des XXII lettres (Aritmologia das XXII leras) - Constructives
      (Construtivas) - Evolutives (Evolutivas) - Involatives (Involutivas) -
      L'Etre Indivisível (O Ser Indivisível) - L'Etre Absolut (O 
      Ser Absoluto) -
      Longeur de la circonference (Comprimento da circunferência)
      Points centraux (Pontos centrais) - Loi de L (lei de ). Cosmologie solaire
      Des XXII lettres (Cosmologia solar das XXII letras) - Rayon (Raio) -
      Diamètre (Diâmetro)
É preciso 
      somente pesquisar um pouco da Antigüidade em todas as partes do mundo 
      para encontrar pistas concretas da importância da palavra humana, 
      considerada como reflexo do Verbo Divino.
      Sem dúvida, da Índia ã China, da Eslávia e da 
      Escandinávia para a velha América, da Síria e da Caldéia 
      ao Egito, a erudição não pode alcançar mais 
      do que os desperdícios supersticiosos e mágicos da ancestral 
      ciência dessa Palavra primordial e de seus alfabetos.
      Mas essas mesmas relíquias são as testemunhas desta ciência 
      perdida.
      A Igreja síria atribui aos seus alfabetos ancestrais de XXII letras 
      um valor litúrgico, dota cada letra de uma função divina, 
      uma significação hierática.
      Essa Universidade religiosa está por isso mais próxima da 
      verdadeira ciência ancestral do que as interpretações 
      mágicas da Antigüidade de decadência, acessíveis 
      aos estudiosos.