AS "EXISTÊNCIAS" DIVINAS DA KABALA
Introdução ao estudo da Kabala mística e prática,
e a operatividade de suas Tradições
e seus Símbolos, visando a Teurgia
Robert Ambelain


Robert Ambelain nasceu no dia 2 de setembro de 1907, na cidade de Paris. No mundo profano, foi historiador, membro da Academia Nacional de História e da Associação dos Escritores de Língua Francesa.´ Foi iniciado nos Augustos Mistérios da Maçonaria em 26 de março (o Dictionnaire des Franc-Maçons Français, de Michel Gaudart de Soulages e de Hubert Lamant, não diz o ano da iniciação, apenas o dia e o mês), na Loja La Jérusalem des Vallés Égyptiennes, do Rito de Memphis-Misraïm. Em 24 de junho de 1941, Robert Ambelain foi elevado ao Grau de Companheiro e, em seguida, exaltado ao de Mestre. Logo depois, com outros maçons pertencentes à Resistência, funda a Loja Alexandria do Egito e o Capítulo respectivo. Para que pudesse manter a Maçonaria trabalhando durante a Ocupação, Robert Ambelain recebeu todos os graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, até o 33º, todos os graus do Rito Escocês Retificado, incluindo o de Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa e o de Professo, todos os graus do Rito de Memphis-Misraïm e todos os graus do Rito Sueco, incluindo o de Cavaleiro do Templo. Robert Ambelain foi, também, Grão-Mestre ad vitam para a França e Grão-Mestre substituto mundial do Rito de Memphis-Misraïm, entre os anos de 1942 e 1944. Em 1962, foi alçado ao Grão-Mestrado mundial do Rito de Memphis-Misraïm. Em 1985, foi promovido a Grão-Mestre Mundial de Honra do Rito de Memphis-Misraïm. Foi agraciado, ainda, com os títulos de Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente Misto do Brasil, Grão-Mestre de Honra do antigo Grande Oriente do Chile, Presidente do Supremo Conselho dos Ritos Confederados para a França, Grão-Mestre da França - do Rito Escocês Primitivo e Companheiro ymagier do Tour de France - da Union Compagnonnique dês Devoirs Unis, onde recebeu o nome de Parisien-la-Liberté.

A Existência positiva:

Os Sephiroth nos Cinco Mundos

1°) Aziluth

Voltemos a nosso "observatório" metafísico de todo instante. Coloquemo-nos sobre o "Umbral da Eternidade" [Kether], e voltemo-nos para Aïn-Soph-Aur, a "Luz Vazia e Ilimitada". Estamos diante da primeira "Porta", aquela que conduz ao NÃO-SER. E dessa "Porta", por um dos primeiros artifícios sagrados que constituem a "Arte da Kabala", vai surgir O SER, o DEUS "Manifestante-Manifestado", pois vamos evocar DEUS...

Se queremos ver a Luz Negativa, infecunda, e fria, mudar em Luz Positiva, fecunda e quente, situemo-nos, em imaginação, no seio de uma nuvem branca como neve, imóvel, sem calor mas também sem frio, sem sabor assim como odor. Estamos "no branco". Só, essa "luminescência" geral, que nos permite distinguir tudo isso, é a prova que chegamos nos limites de Ain-soph-Aur[1]. Somente então, diante de nós, no meio da brilhante brancura da nuvem, fazemos nascer um grande triângulo de luz dourada: imaginemo-lo translúcido, mais deslumbrante que o mais deslumbrante sol de verão, vivo, quente, brilhante... . Esse Triângulo vai nos parecer vivo e palpitante um pouco como um "coração" maravilhoso pertencente a um outro mundo. E subitamente, no próprio seio dessa "imagem", sentimos a presença do ABSOLUTO, sua primeira manifestação, pois o Triângulo simbólico está vivo, mais vivo que todos os seres ordinários. Temos reunido uma nova concepção, um novo "estado" do SER, e isso, é AZILUTH. Que é pois Aziluth, o plano da Divina-Pureza ? É nele que vamos reencontrar, no curso de nossas primeiras deduções metafísicas, as atividades essenciais do ABSOLUTO. Aziluth, é ainda o próprio DEUS, tal como o definimos durante nossas conclusões teológicas comuns; é DEUS-SÓ, sob todos seus aspectos sem dúvida, mas sem contato com as Criaturas. Aziluth, é o conjunto da "Pessoas Divinas". Visualizemos pois

[1] - É necessário que o estudante viva esses estados da alma para os compreender... nosso Triângulo de Ouro, luminoso e vivo. Imaginemos, fazendo nascer aí, ornada de todos os detalhes, aquecida por todas as cores ideais, uma "imagem", o rosto de um majestoso Ancião de tez quente como o bronze, com a cabeleira e a barba abertas e mais branca que a neve, de olhos azuis "como o céu dos céus em seu brilho".
Sustentemos essa "imagem" ao máximo, contemplemo-la longamente. Vamos vê-la destacar-se de nossa própria imaginação, viver com uma vida independente, um pouco como se não tivéssemos feito mais que a chamar. Estamos na presença Daquele que a Kabala chama de "O Ancião dos Dias", a "Cabeça Branca", o "Ancião dos Anciões", "A Existência das Existências", "A Inteligência Admirável e Oculta", a "Glória Primeira".
Nomeemo-lo pois ! E o Hebraico, a língua sagrada da Kabala, nos sopra seu Nome misterioso: "EHEIEH", "AQUELE QUE É"

Ain Soph, conforme Isaac Loriah, era "Luz Onipotente e Altíssima, Infinita, que nenhum pensamento ou especulação humana pode alcançar, e cuja existência estava afastada de todo intelecto, que existia antes de todas as coisas manifestadas, criadas, formadas e feitas pela emanação, na qual jamais houve tempo, e que jamais teve origem, pois Ela sempre existiu, e Ela permanece e permanecerá sempre sem começo e sem fim". Aziluth, se vê agora, é DEUS que se vela e se reveste de uma "forma" antropomórfica, para melhor se desvelar...

Essa primeira "manifestação", é KETHER, em hebraico: "A Coroa de Eternidade". KETHER é a fonte de TUDO. Tudo o que vamos agora descrever é saído de KETHER. E KETHER é ele mesmo e ao mesmo tempo o aspecto inferior do INFINITO não manifesto, e o aspecto superior do INFINITO manifesto. Por KETHER, passa e repassa o ser, indo de DEUS a Matéria, e da Matéria a Deus, do "possível" ao "real momentâneo", e do "real momentâneo" ao "eterno finito"

Mas nós já sabemos, e isso pelo raciocínio teológico, que Deus é "três em um". Nos resta buscar as duas outras "imagens". Então teremos contemplado o que o Sepher-hah-Zohar chama de MACROPROSOPO, ou "Grande Rosto"[grupo do Ancião dos Dias], constituído pelo ancião dos Anciões e da "Balança", ou Dupla [alusão a dupla que formam os dois pratos de um balança e a busca do equilíbrio perfeito que a ela se liga].
Essa Dupla será chamada "Dupla Superior", é constituída do PAI e da MÃE, ambos saídos do ANCIÃO.

Retomemos nossa contemplação, fixemos o divino Rosto da "Glória Primeira". Eis que, docemente, a Face Santa do majestoso Ancião se vela e se desfaz, e o Triângulo de Ouro luminoso reaparece lentamente. Mas por pouco tempo, pois, se esfumando novamente eis que uma nova "imagem" aparece. Deixemos que ele se torne precisa, e estamos agora na presença do Rosto de um Ser mais jovem, de fronte alta, com Barba castanha ou clara, a Cabeleira escura, aberta ao redor da Cabeça, de olhar grave e doce. É o Ancião que acabamos de ver, rejuvenescido, ou melhor Seu FILHO ! E, efetivamente, é o "Filho do Pai"... Seu Nome, é "a Glória Segunda", o "Pai Supremo", o "Poder Criador".
E essas qualificações o definem muito bem.

Essa segunda "manifestação", saída da primeira, é HOCHMAH, a "Sabedoria Divina". Nós a acolheremos pelo Nome Divino que lhe é próprio: "IOH IEOHOUAH", ou seja em hebraico, palavra a palavra, "Tu o Ser dos Seres", ou ainda "o Deus dos Deuses".

Se contemplamos ainda a Face da "Segunda Glória", a veremos na continuação se diluir, se fundir, desaparecer. E do nevoeiro luminoso e dourado do grande "Triângulo" evocatório, eis que parece surgir uma nova "imagem". Lentamente, tomando mais o relevo das formas, da cor, ao mesmo tempo que mais vida, eis que aparece um maravilhoso rosto de mulher. Grave e doce, sombrio e benevolente, a Face da "Grande Mãe", cara à todos os povos antigos, resplandece por sua vez. É a face de uma mulher madura, de uma "matrona", permanecida bela e jovem apesar de tudo. Nela, adivinhamos a Virgem que ela foi a Mulher que é, a Mãe que será, essa última palavra com seu sentido de avó antiga, de acolhida, de proteção. E estaremos perfeitamente de acordo com essa misteriosa influência que dela emana e irradia, sentindo em nós uma curiosa mistura de amor filial, amor platônico, e de adoração intelectual. Visualizemo-la como a mulher de carne que teríamos encontrado em horas diversas, a companheira de nossa adolescência, a amante idealizada, a colaboradora de nossos trabalhos e de nossas buscas, e a mãe, confidente de todos os momentos [1]. Como tínhamos já pressentido em nossas meditações primitivas [simples sonhos ao azar no domínio da Metafísica], a "Mãe" saiu do "Pai, como o "Pai" saiu do "Ancião dos Anciões". Nomeemo-la pois, é BINAH, a "Inteligência Divina", é Deus em seu terceiro e último aspecto maior, aquele que a Kabala chama tão bem de "IEOHAUAH ELOHIM", ou seja "ELA os Deuses", ou ainda "O Ser dos Seres", mas no feminino, o mesmo termo sendo, HOCHMAH no masculino. A chamam ainda "A Inteligência Santificada", o "Fundamento da Sabedoria", a "Criatura da Fé", a "Sombria Mãe Estéril", e ao mesmo tempo a "Brilhante Mãe Fecunda". É por fim o "Trono de Sabedoria" das Litanias da Virgem, e em hebreu "Marah", o Grande Mar"...

[1] - É importante que essas figuras pareçam iluminadas pelo interior.
Essas Três "Pessoas" Divinas são pois os Véus, as Máscaras, que o ABSOLUTO reveste diante da criatura para que ela possa visualizá-lo . É, em metafísica, o "paralelo", o " exemplo", que o mestre cita para melhor fazer compreender a aluno.


Mas nos enganaríamos muito se imaginássemos três seres diferentes, tendo cada um sua personalidade própria. É somente na Teodicéia cristã que o "Pai" é diferente do "Filho", e que o "Espírito Santo", procedendo portanto de seu mútuo amor, é consequêntemente separado dos dois primeiros aspectos do Deus-Um. Na Kabala, essa cisão do ABSOLUTO não existe, e a sustentar seria um erro fundamental. "Escuta, ó Israel, o Eterno Teu Deus é UM..." nos diz a Escritura. E isto é verdadeiro. Pois DEUS sendo tudo é muito mais ainda que "três" imagens...
Ele se revela por tantas máscaras e véus quantas forem as Emanações. É por isso que, para melhor compreender esse mistério, que a Kabala chama de "Mistério dentre os Mistérios", terminemos por um último exercício de visualização.

Visualizemos pois BINAH, a "Grande Mãe". Fundamos sua imagem naquela que nasce a seguir, a de HOCHMAH, o "Pai de Tudo". Quando formos mestres nessas duas "formas pensamentos", aponto de aparecerem ao nosso simples apelo mental, exercitemo-nos em visualiza-las ambas ao mesmo tempo, lado a lado, primeiro, depois frente a frente. As veremos então de perfil, a direita estando o "Pai", a esquerda a "Mãe". Então, lentamente, deixemo-las se dissolverem. E ao mesmo tempo que essas duas imagens desaparecem, eis que nasce aquela do "Ancião dos Anciões"... E por traz desta, novamente, o grande Triângulo de Luz de Ouro. E quando ele tiver por sua vez desaparecido, a Grande Nuvem Luminosa e Branca. Estamos, novamente, diante do AIN SOPH AUR.

O "Sepher-hah-Zohar", e mais particularmente o "Sepher Dzenioutha", nos diz que antes do Começo de Tudo, "a Face não olhava a Face". É dessa oposição que nasceriam os seis "Reis de Edom", Potências Metafísicas que não puderam sustentar a presença de "Glória Primeira" [Kether] e se tornaram os "Vasos Quebrados". Isto permitiu a Martinez de Pascallis, em seu Tratado da "Reintegração dos Seres", nos dizer que no Começo, "Deus emanou Seres espirituais que prevaricaram". Vem então o equilíbrio dos dois pratos da Balança. A Dupla composta do "Pai" e da "Mãe" se harmonizam em suas ações, e então, nascem Emanações mais harmoniosamente concebidas. São os "Reis que vão ao encontro de outros Reis" do Sepher. Em efeito, a Kabala, em suas imagens tão vivas, muito orientais, chamou o conjunto das três primeiras "Pessoas" divinas o Macroprosopo, ou "Grande rosto". Desse Rosto, ela fez nascer uma "Barba" simbólica, que é sinônimo dos "Reis" se opondo aos Reis de Edom, dos "Membros" do Microprosopo [ou "Pequeno Rosto", situado abaixo do primeiro], e que as vezes ela chama ainda de "Dupla Inferior" [por oposição a "Dupla Superior": Hochmah-Binah], quando ela a encara conjuntamente com uma sétima emanação. Esse mesmo Microprosopo, leva também o nome de "Rei", de "Noivo", quando é evocado conjuntamente com essa sétima emanação que em seguida veremos.
Pois bem, assim como a "Barba" nasce abaixo do rosto, da própria carne, assim também as seis Emanações inferiores tendo sucedido aos seis reis de Edom elas nascem das três "Pessoas" primitivas. Assim como todo pelo da barba se alonga, cada célula constitutiva nascendo da precedente, assim também nossas seis Emanações secundárias nascem duas a duas das três Emanações superiores. Aqui, notemos que a Kabala chama essas Emanações, essas pessoas simbólicas do DEUS-UM, de esferas, em hebreu "Sephiroth", no singular "Sephirah".
Agora, concebemos facilmente que, pois que esses seis Sephiroth secundários nascem dos três primeiros, eles lhe são inferiores, submissos, assim como o filho nascido da pai lhe é submisso, assim como o galho saído da árvore lhe é inferior em importância.

Podemos ver na figura anterior a hierarquia das Sephiroth, seus nomes, os "grupos" simbólicos que eles constituem, as filiações que os unem uns aos outros, etc... Voltemos as "evocações" mentais já utilizadas. Visualizamos o "Ancião", sua cabeleira de neve brilhante, sua própria barba, seus olhos azuis como "os Céus dos céus em seu brilho". E façamos brilhar ao seu redor uma brilhante "glória" de ouro, se destacando sobre a nuvem prateada de nossos primeiros exercícios. Imediatamente, porque essas "imagens" são reais, vitalizadas por séculos de exercícios rituais, vemos, realmente, se perfilar os ombros do "Ancião dos Dias", seu peito, toda a parte superior da silhueta, recoberto de uma túnica púrpura. Precisamos chegar a uma visualização perfeita onde o azul dos olhos, a prata da cabeleira e da barba se destaquem sobre a púrpura da Túnica.
Então, nós "conceberemos" que os seis Sephiroth novos não se situam somente na "Barba" simbólica, mas em todo o corpo, e se não distinguimos ainda os pés, é porque não estudamos ainda a última Emanação. Na Fronte do "Ancião dos Anciões", adivinhamos imediatamente o brilho de KETHER, a "Coroa de eternidade". E adivinhamos que KETHER se manifestando para nós, em Aziluth, é a Fronte, mas que KETHER, se manifestando para Ain soph Aur, aí nascendo antes, é a "Glória" que brilha em torno da dita Fronte ! Assim, KETHER é verdadeiramente o "Umbral da Eternidade" Porque sabemos que BINAH e CHOCHMAH nascem de KETHER, não fazemos mais que os supor atras da Fronte, e efetivamente, eles eqüivalem aos dois cérebros, e se manifestam pelos dois "Olhos", portas abertas sobre o real, o concreto, órgãos que servem exteriormente ao corpo, a Inteligência e a Sabedoria.

Nos "Ombros" do "Ancião dos Anciões", adivinhamos que se situam dois outros Sephiroth, cuja ação se prolonga nos "braços" simbólicos. Nomeemo-los pois [Ver figura], são GEBURAH, a "Justiça Divina" ou "Rigor", e CHOSED, a "Misericórdia Divina". CHOESED é as vezes chamado GEDULAH, em hebraico "Amor, Graça, Majestade". Ele é "A Inteligência Receptiva", ou ainda "A Inteligência Coesiva". GEBURAH é as vezes chamado DIN, em hebraico "Justiça", ou PACHAD "Temor". Ele é a "Inteligência Radical". Desses dois Sephiroth, partem duas "Forças" misteriosas, dois magnetismos particulares. São a "direita" e a "esquerda" de DEUS de que fala a Escritura. Do peito emana um terceiro magnetismo, o neutro, o equilibrado. Efetivamente, o simbolismo gerador que tinha presidido a personificação de HOCHNAH e de BINAH vai se renovar. KETHER tinha se desdobrado nessas duas novas Emanações. Ambas se refletiam nas duas seguintes, HOCHMAH e BINAH, pois CHOESED [como HOCMAH] tem por símbolo um "Rei coroado, sentado sobre um trono, distribuindo a Justiça". E GEBURAH tem seu oposto: um "Rei armado, de pé, sobre seu Carro". O Rei pacífico e o Rei belicoso.

Por sua vez, CHOESED e GEBURAH vão constituir um novo Triângulo, ao contrário de KETHER se desdobrando, eles vão se fundir, e daí nascerá então: TIPHERETH, a "Beleza Divina", ainda chamada " a Inteligência Mediadora". Ele tem por imagem metafísica um "Rei Majestoso". A seguir se acrescenta aí, suas diversas influências, aquelas de "Um Adolescente", ou de um "Deus sacrificado". É chamado ainda Zoar Anpin: "a Menor Continência", por oposição a KETHER, exatamente situada acima dele, mas que é a "Grande Continência", pois que dele emanam todos os outros Sephiroth. Ele é também Melek: "O Rei", Ben: o "Filho", e Adam: "O Homem". Nomeemo-lo pois: "Elohah", ou seja o feminino singular de Elohim.

E o mesmo processo emanador vai continuar a jogar. Desdobramento do último termo encarado [Tiphereth] em dois novos Sephiroth: NETZAH. A "Glória" ou "a Eternidade", e HOD, a "Vitória" de uma parte, depois, paralelamente, desdobramento dos Sephiroth superiores BINAH e CHOCMAH, que dão de um lado GEBURAH-HOD, e do outro CHOESED-NETZAH. Em seguida, a fusão de NETZAH-HOD, que gerará um novo termo: YESOD, o "Fundamento", e o desdobramento de KETHER que gera TIPHERETH e YESOD, o "Sol" e a "Lua" metafísicos. Esses Sephiroth são chamados por diversos nomes e possuem imagens particulares: NETZAH, é a "Inteligência Oculta" [as artes mágicas, as ciências interditas], a visualizamos sob o aspecto de um "Bela jovem Mulher, nua". HOD, é a "Inteligência Absoluta e Perfeita" [as artes e as ciências clássicas], como "imagem" é visto sob o aspecto de Mercúrio Hermafrodita, do Andrógino. YESOD, é a "Inteligência Pura" [ou seja a Intuição]. Imagem "Um magnífico atleta nu]".
Mas todos não são mais do que reflexos da Sephirah central: TIPHERETH, o "Rei Majestoso". Todos constituem o "Microprosopo", o pequeno "Rosto", a "Dupla Inferior". Admitamos um exemplo, um pouco heterodoxo, para melhor captar esse aspecto do grupo de seis Sephiroth em questão:
KETHER - HOCHMAH - BINAH, serão o "Grande Rosto", o PAI, e TIPHERTH, se manifestando em CHOESED - GEBURAH, NETZAH - HOD, e YESOD, é o FILHO, o "Pequeno Rosto".
Se queremos visualizar esse novo aspecto da TRINDADE, retomemos a contemplação já efetuada sobre o "Umbral" que é KETHER. Visualizamos a Nuvem de prata brilhante, depois nascendo em seu seio, o Triângulo de Luz de Ouro, o maior possível. Então, agora que estamos suficientemente treinados, nasce, por si mesma, a "Face" do "Ancião dos Dias", a Ancião Majestoso, com a cabeleira e a barba de prata, com a tez clara, os olhos azuis, "como os céus em seu brilho", os ombros e o peito cobertos com uma Túnica púrpura, imagem iluminada de seu interior. Do próprio seio do peito da "Glória Primeira", eis que nasce a "Glória Segunda", o FILHO [já manifesto por HOCHMAH]. Sua Face já foi descrita. Ela está situada imediatamente abaixo daquela do Ancião dos Dias, e sua cabeleira esconde um pouco a barba branca deste. Sua túnica é branca, de um branco brilhante como prata no sol, e, com o fundo púrpura do Ancião dos Anciões, o contraste é ainda mais acentuado.
Eis pois o Pequeno Rosto sucedendo ao Grande Rosto, o Microprosopo nascendo da "Barba" do Ancião dos Dias. E é por isso que a cor de sua túnica é aquela de sua Barba. Concebemos agora o esoterismo do Sepher-hah-Zohar que nos afirma que não devemos tomar ao pé da letra as metáforas de seu redatores ?... Que as devemos despojar de todo antropomorfismo ? E mesmo assim, é por um novo antropomorfismo que poderemos realizar esse despojar !

Os mesmos ensinamentos kabalísticos nos dizem que um último Sephirah existe, separado de todos os outros. É MALKUTH, o "Reino". Observemos essa palavra cuidadosamente, ela é particularmente importante... MALKUTH, assim como todos os outros Sephiroth, possue uma expressão hebraica particular para o definir, é ADONAI MELEK, o "Senhor Rei". Ele é ainda chamado a "Inteligência Resplandecente", o "Umbral" [e por isso tem uma analogia evidente com KETHER, pois é por ele que se sai do "Mundo" material para remontar para o Divino], o "Umbral da Morte" [e eis a segunda analogia com KETHER, pois que , como este último, se passa esse "umbral", para - deixando o Divino -, descer para as trevas e o Kenome. Pois MALKUTH, é também a "porta" que conduz, para o 'Mundo" material, para os QULIPHOTH, as "trevas exteriores"...]. É chamado ainda de o "Umbral da Sombra da Morte", o "Umbral dos Prantos", o "Umbral de Justiça", o "Umbral de Prece", o "Umbral da Filha da Potências", o "Umbral do Jardim do Édem", pois toca também todos os domínios que se pode alcançar sucessivamente, tomando, em uma direção ou em outra, o caminho da Luz ou aquele das Trevas. Assim como KETHER, MALKUTH é um lugar de passagem, uma porta, um pórtico, que se franqueia... Mas ele é também e sobretudo aquele que tem por "imagem" uma "jovem, coroada, sentada sobre um trono". É a MÃE INFERIOR, por relação a BINAH, é "Malkah", a "Rainha", por relação a TIPHERETH, ["O Rei"], é "Kallah", a Noiva deste, é a VIRGEM-negra das teogonias, é também a "VIÚVA " da Franco Maçonaria, pois ela esta em parte separada de seu ESPOSO. Como ? Pela própria função que lhe é atribuída, de "Porta". Necessariamente aberta sobre o "lado sombrio" [os QULIPHOTH ou Sephiroth infernais], essa dupla natureza a separa de uma união com o ESPOSO. É por isso que o "Nome Divino" que a Kabala lhe dá, ou seja ADONAI MELEK ["Senhor e Rei"] se dubla com outro Nome Divino: ADONAI HAH ARETZ, o "Senhor da Terra".

Sabemos pois que ela é a Rainha, a Noiva, e que como tal, forma uma seção distinta no grupo das dez Emanações Sephiróticas. É porque ela é a Esposa do Microprosopo, a Filha do Macroprosopo, a Viúva do Deus sacrificado de Tiphereth. Retomemos nossas visualizações habituais. Contemplemos longamente o PAI, vestido de púrpura. Sobre seu peito, o rosto do FILHO, vestido de neve brilhante. Eis que sobre o peito desse último, nasce o Rosto da Esposa, da Mãe, da Filha, Rosto de jovem, de cabelos sombrios, de ébano, com rosto de vivas cores, os ombros e o peito velados de negro. Contemplemos esses Três Rostos Santos, colocado uns abaixo dos outros. Sobre esse tríplice fundo, negro, branco e púrpura, temos os três estágios da ÁRVORE SEPHIROTHICA, os três seguintes grupos:



A Escritura nos diz que a "Mulher" foi tirada dos flancos, ou antes do "lado" do "Homem", durante seu sono. E em continuação, os Evangelhos cristãos nos ensinaram que o Homem e a Mulher serão dois em uma só carne. A primeira Mulher é chamada Heva "Viva", e os radicais hebraicos que constituem a palavra presidem igualmente as palavras "sonho, sono". De onde o esoterismo do mito adâmico. É que MALKUTH é a carne de TIPHERETH, que a Rainha é a carne do Rei!... Nos lados do MICROPROSOPO, está o ESPOSO. MALKUTH é pois ao mesmo tempo um Sephiroth, o último da "Árvores da Vida", e uma segunda Árvore da vida, tão elevada, quanto a primeira, seu reflexo, sua sombra, ou seu duplo, como se verá... Assim como a Mulher se ergue dos lados de seu Esposo, mas lá, ela está unida a ele pelas costas [1]. Nessa Árvore secundaria, se encontram refletidos todos os Sephiroth da Árvore primitiva. Assim, MALKUTH é bem a "Shekinah", ou "Presença de Deus", pois todos os atributos da Árvore primitiva se encontram representados em uma só Sephirah. Sondemos o vocábulo "representado". Encontramos em seu interior a palavra "presente". Assim se ilumina o vocábulo "ELOHIM", "Ela os Deuses", palavra feminino singular, associada a um masculino plural ! E ADONAI MELEK ["Senhor Rei"], é também ADONAI HAH ARETZ ["Senhor da Terra"]! A Criação material é saída de MALKUTH, e é a "pessoa" divina que aí preside. O Mundo é a Obra da "Rainha", da "Mãe", da "Viúva", é por isso que as Deusas [Ísis, Deméter, Cibele, etc...], presidem a Terra, não somente a terra planeta, mas a Terra Universo. Isso nos permite ainda um mistério, pertencente a uma religião mais recente, o cristianismo. A união mística do CHRISTO e de sua IGREJA não é outra coisa que as núpcias do "Rei" e da "Rainha" a união de MALKUTH e de TIPHERETH [ TIPHERETH sendo considerado como a síntese de um "corpo" metafísico do qual ele é a cabeça e GEBURAH-CHOESED, e YESOD, os "membros"], a união do ESPOSO E DA ESPOSA.

Sobre a noção de "presença", que constitui o grande mistério da "SHEKINAH", vamos dar um exemplo simples. Ele constituirá a melhor introdução ao estudo do segundo "mundo" emanado: aquele de BRIAH, que se segue aquele de AZILUTH. Suponhamos um reino terrestre, muito comum. O povo, se ocupando de seus afazeres, é a criação material, os "Homens". Representante do Poder Supremo, a "Realeza", e acima do povo, vem a autoridade administrativa: polícia, funcionários públicos, etc... São os Anjos, as Dominações, etc... da teodicéia clássica . Depois vem então a "pessoa" mesma do Rei. E se concebe que lá onde se encontra, esta monarquia, ele é a manifestação viva, ativa, e sobretudo, ele está por toda parte, exprimida pelo: Soberano, seus Funcionários, as Divulgações administrativas, etc... Como a Monarquia-princípio é assim, invisível, mas por toda parte presente ou representante, assim a DIVINDADE e ela própria exprimida por seus Atributos, Emanações, Criaturas, mas ela é personificada e localizada,, por uma série de "mistérios" essenciais, do qual aquele da "Shekinah" constitue o maior.



[1] - Os ritos goéticos nos mostram, no sabat, a necessidade para ser feiticeiro ou feiticeira, de dançar dorso a dorso.

2°) Briah

O "mundo" de AZILUTH exprime a DIVINA PUREZA, se revelando através das "Pessoas" divinas.
Entre essas "Pessoas", duas séries se distinguem. Uma exprime os três mais altos atributos de Deus. Suas "imagens", para melhor sublinhar a espiritualidade, não tem corpos, mas somente cabeças ou "rostos". É o MACROPROSOPO. A outra, para mostrar o lado mais inferior dessas "pessoas" secundárias, tem por imagem silhuetas completas, com membros, tronco, etc... É o MICROPROSOPO. Assim a experiência espírita quer que os "espíritos" que se manifestem sob a forma de um ser humano completo designem desencarnados recentes, muito próximos ainda do plano físico. Por outro lado, aqueles do qual não se distingue mais que a cabeça ou o busto, exprimem graus diferentes na espiritualidade e o afastamento do plano material. Daí as asas simbólicas dos anjos, ou as "cabeças aladas" dos Querubins alegóricos.

Com o "mundo" de BRIAH, penetremos em um domínio claramente inferior aquele de AZILUTH. Lá cada "plano" sephirótico, cada Sephiroth, não é mais personificado a não ser por uma pessoa divina, ou ELOI ["eloi" é o contrário masculino de "elohim" e "eloha" é o feminino singular]. É ao contrário um ESPÍRITO SEPHIRÓTICO, ou ARCANJO, que manifesta, por uma criatura mais próxima de nós, a Força Divina da dita Sephirah.
Assim, acrescendo EL ou IAH [terminações masculinas e femininas significando deus ou deusa], a língua hebraica tem o mesmo equivalente das terminações gregas téos e téa, significando divino, ou aquela das mesmas terminações latinas deus ou dea. É suficiente tomar o nome de cada Sephirah e acrescer esses vocábulos, se tem pois:

KETERIEL
BINAEL HOCHMAEL
GEBURAEL GEDULAEL
TIPHERIEL
HODAEL NETZAEL
IESODIEL
MALKUTAEL

Da mesma maneira, exprimindo atributos divinos diferentes destes, se obtém para cada Sephiroth:
METRATON
ZAPHKIEL IOPHIEL
CAMAEL TZADKIEL
RAPHAEL
MIKAEL HANIEL
GABRIEL
SANDALPHON

[SANDALPHON sendo substituído pelo nome de EMMANUEL em certos esquemas].

Se pode conceber o princípio do Arcanjo como sendo o mesmo que aquele de um "Espírito Coletivo", espírito de "coletividades" que observaremos logo a seguir com o "mundo" de YETZIRAH. Assim, em uma família, cada um dos membros tem sua personalidade própria, mas por numerosa que ela seja, o ambiente geral, feito de seus gostos comuns, faz com que todos esses seres se encontrem religados uns aos outros: interesse, hereditariedade, residência comum origens, etc... , constituem o que se chama com muita justiça "o espírito de família", esse ambiente geral é mais ou menos a imagem do Arcanjo Reitor de uma "família metafísica". Assim igualmente, cada célula de nosso corpo tem sua vida própria, seu objetivo, sua utilidade, suas qualidades e seus defeitos, fisiológicos ou psicológicos, e cada um tem sua alma, microcosmo, redução da grande alma que é a nossa. Mas essa última, nossa alma total, constitui o "arcanjo reitor" de todas as nossas pequenas almas celulares [1].

3°) Iesirah

Em virtude do que precede, vamos reencontrar uma quarta Árvore sephirótica, aquela de IESIRAH. Lá, o máximo de Nomes divinos, exprimem "Pessoas" divinas, o máximo de Arcanjos, representam essas "Pessoas". Porém várias "coletividades", células constitutivas do Arcanjo, microcosmos constitutivos desse macrocosmo que é a Egrégora viva em BRIAH.
Ei-las, dispostas como precedentemente conforme o esquema sephirótico:

HAIOTH HAKODESCH
OPHANIM ARALIM
SERAPHIM HASMALIM
MALAKIM
BENI ELOHIM ELOHIM
CHERUBIM
ISZCHIM [2]

Todos esses nomes hebraicos são exprimíveis em português. Assim, os Haioth Hakodesh são os "Animais Santos" de Ezequiel, os Ophanim: as "Rodas Fulgurantes", os Aralim: as "Potências", os Asmalim: os "Os Dominadores Resplandecentes", etc...
Todas essas Raças de Seres Espirituais são totalmente diferentes da Raça Humana. Tão estranhos quanto um inseto ou um cetáceo à uma planta ou à um composto
[1]- O Totemismo e a Heráldica se ligam a essa teoria espiritual.
[2]- Lembremos que os Ischim sendo almas humanas glorificadas, não figuram sobre a Grande Árvore do esquema intitulado "A Grande Árvore da Vida em Iesirah", por isso a ausência de Malkuth sobre esse esquema.


químico. E há tanta distância entre uma fórmula química expressa em um vidro e uma partitura musical, entre uma composição musical e uma pintura e um estátua, como entre um Aralim e um Izchim e um Ophanim. Situar esses "Seres" e querer os comparar empregando exemplos comuns, equivaleria pretender situar alguma coisa "entre Marselha e o Pentecostes", segundo a feliz expressão popular...

É então que intervém MALKUTH, o "Reino", A ESPOSA, a "IGREJA" dos cristãos, ou a "RAINHA" do kabalistas... Sabemos que ela reflete uma ÁRVORE SEPHIRÓTICA inteira em seus flancos, e que vamos poder encontrar uma paisagem com três dimensões, familiar à nossa compreensão humana, nos exprimir de outra maneira do que empregando palavras deformadas e vazias de seu sentido comum.
Compreender toda a vida interior do dito REINO, e compreender a KABALA, por inteiro, é captar o mecanismo da TEURGIA, possuir a chave das palavras de poder. E isso, fará o estudo do mundo de : ASIAH.

4°) Asiah

Deixemos agora as "regiões espirituais" que freqüentamos até o presente! Desçamos e situemo-nos em MALKUTH, no próprio sei do "REINO". Estamos no Universo, Universo que subentendemos duplo, meio espiritual, e meio material. Em efeito, MALKUTH reflete em si mesmo os Sephiroth superiores [aos quais não temos acesso diretamente]. É por isso que MALKUTH é claramente separado do MICROPROSOPO. Mas ele reflete igualmente essas Forças nos planos imediatamente subjacentes. E o papel tido pelos ESPÍRITOS SEPHIRÓTICOS, ou Arcanjos, e pelos próprios SEPHIROTH, vamos reencontrar. Ele será tido por:

1°) As Ordens [dez] das Almas Humanas Bem-aventuradas , os Ischim, para os Coros sephiróticos,

2°) Os Patriarcas Simbólicos, os Evangelistas, para os Arcanjos, reitores das Ordens Sephiróticas, pois os próprios Nomes dessas personagens, que se pretende terem sido de seres humanos agora reintegrados, são "Nomes de Poder", válidos unicamente em ASIAH, assim como o diz discretamente Martinez de Pascallis;

3° - As "Esferas" siderais [planetárias], zodiacais] para os próprios Sephiroth. E ainda aí, seus Nomes Hebraicos são "Palavras de Poder", tão potentes do ponto de vista mágico como aqueles dos Sephiroth.


Deixemos aqui todo palavrório, e estudemos cuidadosamente os Quadros de correspondências nas próximas páginas. Eles nos revelarão mais que qualquer reflexão crítica...


5°) Quadros de correspondências

QUADRO GERAL DE CORRESPONDÊNCIAS
DOS SEPHIROTH

"Nomes de Poder" dos Atributos Sephiróticos nos 4 Mundos
Sephiroth Aziluth Briah Iesirah Aziah

 

QUADRO GERAL DE CORRESPONDÊNCIAS
DOS SEPHIROTH

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Significações

 


"SIGNIFICADOS DOS NOMES DIVINOS"


EHEIEH.........................................."Tu que fostes, és, e serás".
IOD.............................................."Tu".
IOH.............................................."Tu Só" ou "Deus Vivo".

IOD IEOVAH..................................."Tu, o Ser dos Seres".
IAH.............................................."Essência de Ti mesmo".
EL................................................o "Deus".

IEOVAH ELOHIM............................."Deus dos deuses, Ser dos Seres".

IESCHOU SHADAI............................"Salvador Onipotente".

EL................................................"O "Deus", meu Deus".
IEOVAH........................................."Ser dos Seres".

ELOHIM GIBOR................................"Deus Forte".
ELOHIM HELION.............................."Deus Altíssimo".
IESHOUAH....................................."Salvador dos Seres".

ELOHAH VA DATH..........................."Deus de minha Sabedoria".
EL GIBOR......................................"Deus Forte, meu Deus".

IEOVAH SABAOTH..........................."Deus dos Exércitos do Céu".
ARARITA......................................."Deus Imutável".
ELOHIM SABAOTH..........................."Deus dos deuses do Céu".

SHADAI........................................."Onipotente".
IEOVAH SABAOTH..........................."Deus dos exércitos do Céu".
.
ADONAI MELEK..............................."Senhor e Rei".
ELOHIM SABAOTH..........................."Deus dos deuses do Céu".



PAPEL E AÇÃO DAS POTÊNCIAS SEPHIRÓTICAS
SE MANIFESTANDO EM "IESIRA
H"

Nome Hebraico Coro Angélico Ação



AS IMAGENS " MÁGICAS" DOS ARCANJOS
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"Kether"
Mettatron Serpanim

: "Figura de um Homem com o Rosto brilhante como o Sol em sua força, tendo dois cornos também brilhantes, acima da fronte, semelhante ao bronze em fusão dos pés a cintura, e ao fogo o mais brilhante da cintura a cabeça. Ele tem em sua destra uma Cana de Medir, e na sinistra, um Cordão de linho imaculado".

"Hochmah"
Jophiel

"Homem semelhante a luz a mais brilhante, vestido com um longo Robe imaculado, com o Cinto de Ouro, os Cabelos mais brancos do que neve iluminada pelo Sol, os Olhos chamas ardentes, os pés brilham como o bronze de uma fornalha acesa, tendo em sua Mão direita "Sete Estrelas" de seis pontas, uma Espada bigume saindo de seus Lábios.

"Binah"
Zaphkiel:

"Homem semelhante ao bronze brilhante, vestido com um Robe de linho branco, tendo um tinteiro na mão".

 

"Choesed"
Tzadkiel:

"Anjo com quatro asas brancas imaculadas, vestido com um longo Robe cor púrpura, tendo uma Coroa em uma mão e um Cetro na outra".

"Geburah"
Camael:
Uriel:

"Anjo com quatro Asas imaculadas, vestido com um longo Robe laranja levando uma espada entre as mãos estendidas com as palmas para cima, diante uma chama dardejante".

"Tiphereth"
Raphael:
Mikael

: " Anjo com quatro asas brancas imaculadas, vestido com um longo robe cor branco dourado, pisando o Dragão, tendo uma palma e um Estandarte branco no qual está uma Cruz Vermelha".

"Netzah"
Haniel:
Anael:

"Anjo com duas asas brancas imaculadas, vestido com um longo robe rosa, levando duas Rosas brancas em uma dobra daquele".

"Hod"
Raphael:
Mikael:

"Anjo com duas asas brancas imaculadas, vestido com um longo Robe cor Verde Gris, levando um Pyxide por uma mão, e pela outra conduzindo uma Criança que leva um Peixe gordo".

"Yesod"
Gabriel:

"Anjo com duas asas brancas imaculadas, vestido com um longo robe Branco Azuláceo, levando com suas Mãos uma Lâmpada Vermelho rubi acesa".