Zorobabel , Ageu e Zacarias


Zorobabel

o chefe da tribo de Judá, que com grande número de judeus voltou do cativeiro de Babilônia no primeiro ano de Ciro, sendo intitulado Tirsata. Antes de principiar a sua jornada, recebeu os vasos sagrados, que Nabucodonosor tinha levado do templo. os que voltaram, tendo recebido presentes de prata, ouro, gêneros e animais, foram também acompanhados de Josué, o sumo-sacerdote, e doutros sacerdotes e levitas, vindo também os chefes de família. o altar foi edificado sobre o antigo sítio, e foi restaurado o sacrifício diário. Todavia, a grandiosa obra de Zorobabel foi a reedificação do templo.

Ciro fez-lhe ofertas de madeira, pedra e dinheiro, sendo a pedra do fundamento colocada com grande pompa e cerimônia religiosa. De novo foi ouvido aquele mesmo salmo de louvor a Deus que tinha sido cantado quando Salomão dedicou o seu templo. Mas levantaram-se obstáculos de várias espécies. os samaritanos reclamaram certa parte naquela obra, mas, sendo-lhes recusada, trataram de lhe fazer oposição. Além disso, arrefeceu o primeiro entusiasmo, e assim, por 16 anos, estiveram suspensos os trabalhos. Entretanto ia o povo edificando excelentes casas de habitação. Mas, no segundo ano de Dario, foram os judeus incitados à continuação da obra pelos proféticos discursos de Ageu e Zacarias.
Então Zorobabel, Josué e todo o povo puseram decididamente mãos à obra, sendo assegurada a Zorobabel a proteção divina (Ag 2.23). No sexto ano de Dario estava o templo acabado, sendo efetuada a dedicação com grande regozijo. E restaurou também Zorobabel as ordens de sacerdotes e levitas, e tratou da sua subsistência. Também registrou que haviam voltado, segundo as suas genealogias.


Ageu e Zacarias


AGEU
Ageu (Festivo) nasceu no cativeiro na Babilônia e voltou a Jerusalém com Zorobabel na primeira expedição em 538 AC em obediência ao decreto de Ciro, rei da Pérsia.
O livro que tem o seu nome contém profecias feitas por ele durante um ano e três meses, cerca de dezesseis anos depois do retorno da Babilônia. Primeiro ele convocou o povo a voltar a trabalhar na reconstrução da Casa do Senhor, pois o povo estava dizendo que ainda não era tempo para isso e cuidava em embelezar suas residências. Por causa disso o SENHOR havia feito vir a seca sobre a terra.
Josué, Zorobabel e o resto do povo ouviram o que Ageu disse e temeram. Ageu os confortou com uma mensagem do SENHOR dizendo "Eu sou convosco, diz o SENHOR." Eles se animaram e logo começaram a trabalhar na Casa do SENHOR.
O SENHOR então mandou dizer ao povo que os que tivessem conhecido o antigo templo o comparassem com o que se via agora, e se esforçassem a trabalhar porque o SENHOR dos Exércitos era com eles, como quando saíram do Egito - que não temessem.
O SENHOR fez Ageu reiterar uma profecia dada antes por outros profetas, sobre o Dia do Senhor, quando "farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca; e farei tremer todas as nações, e virá o Desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o SENHOR dos Exércitos." (Ageu 2:6,7).
Dois meses depois, Ageu trouxe outra mensagem do SENHOR pedindo a santificação do povo, antes de começarem a construção, "a partir desse dia em que se fundou o templo do SENHOR". Deus abençoou o povo a partir desse dia, e comunicou outra profecia a Zorobabel sobre o Dia do SENHOR, quando Zorobabel será honrado porque Deus o escolheu.

ZACARIAS
Zacarias ("O SENHOR é Lembrado") era realmente neto de Ido, e filho de Baraquias (Zacarias 1:1). Ele era ainda jovem quando começou a profetizar (Zacarias 2:4), um mês antes da última profecia de Ageu.


Praticamente só a primeira profecia no livro com o seu nome, e a profecia seguinte proferida três meses depois, dizem respeito àquele tempo. O resto do livro, com exceção de alguns poucos versículos, contém profecias ainda futuras mesmo para nós, concernentes ao Dia do SENHOR, dando detalhes, muitos em forma figurativa, que nos ajudam a compreender mais sobre o reino de Cristo na terra no milênio.
A primeira profecia pede o retorno do povo para o SENHOR. A segunda veio por meio de uma visão, interpretada por um anjo que conversava com ele, informando que o SENHOR estava velando por Jerusalém e por Sião, que Ele estava irado contra as nações "em descanso" e que Ele assegurava que a Sua casa seria edificada e as cidades aumentariam e prosperariam.


Sem dúvida eram profecias não só para admoestação mas também encorajadoras. O trabalho recomeçou, não por força do decreto de Ciro, mas pelo poder do Espírito Santo, falando através desses dois profetas.


Logo veio uma interpelação por parte do governador da província daquém do rio e seus companheiros persas, que foram até Jerusalém para verificar a legalidade do que estava sendo feito ali. Indagaram que autoridade tinham para a construção do templo e do muro e quem eram os responsáveis.


Obtendo as explicações, escreveram uma carta para Dario explicando a situação e pedindo a confirmação dele. Era razoável, pois a ordem para reconstrução do templo tinha sido dada por Ciro, seu antecessor, e convinha que Dario decidisse se ainda convinha continuar.
Dario mandou procurar nos arquivos a ordem dada por Ciro para a reconstrução do templo - e foi achada. Encontrando tudo legalmente em ordem, Dario imediatamente respondeu ao governador:
1. Que ele e os seus companheiros se apartassem de Jerusalém.
2. Que não interviessem na obra desta Casa de Deus, para que o governador dos judeus e os judeus a edificassem em seu lugar.
3. Que da fazenda do rei, dos tributos dalém do rio, se pagasse prontamente a despesa aos anciãos dos judeus, para que não fossem impedidos de edificar por falta de fundos.
4. Que diariamente fosse fornecido tudo o que fosse necessário para holocausto ao Deus dos céus segundo o rito dos sacerdotes de Jerusalém, como bezerros, carneiros, cordeiros, trigo, sal, vinho e azeite, para que não houvesse falta, e para que oferecessem sacrifícios de cheiro suave ao Deus dos céus e orassem pela vida do rei e de seus filhos.
5. Que no caso de todo homem que mudar esse decreto, um madeiro se arrancaria da sua casa, e, levantado, o pendurariam nele, e da sua casa se faria por isso um monturo.
6. Que o Deus que fez habitar ali o seu nome derribasse a todos os reis e povos que estenderem a sua mão para o mudarem e para destruírem essa Casa de Deus, que está em Jerusalém.


O governador Tatenai e os seus homens obedeceram apressuradamente ao decreto de Dario.
Os anciãos dos judeus prosseguiram edificando e prosperando pela profecia do profeta Ageu e de Zacarias, e edificaram o templo e o aperfeiçoaram conforme o mandado do Deus de Israel, e conforme o mandado de Ciro, e de Dario, e também de Artaxerxes, o rei seguinte.
O templo foi oficialmente terminado quatro anos depois do seu reinício, e foi devidamente consagrado com alegria por todo o povo de Israel que estava ali (516 AC), oferecendo cem novilhos, duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros e doze cabritos, por expiação do pecado de todo o Israel, segundo o número das tribos de Israel.


Os sacerdotes e os levitas voltaram a ministrar em Jerusalém conforme a lei de Moisés, e a Páscoa foi regularmente celebrada no dia catorze do primeiro mês do calendário hebreu.


Os sacerdotes e levitas se tinham purificado como se fossem um só homem, e todos estavam limpos; e mataram o cordeiro da Páscoa para todos os filhos do cativeiro, e para seus irmãos, os sacerdotes, e para si mesmos.
Também participaram da Páscoa todos os que a eles se apartavam da imundícia das nações da terra, para buscarem o SENHOR, Deus de Israel.
Celebraram também os sete dias da Festa dos Pães Asmos porque o SENHOR os tinha alegrado e tinha mudado o coração do rei da Assíria a favor deles, para lhes fortalecer as mãos na obra da Casa de Deus, o Deus de Israel.