O SIGNIFICADO DO FOGO
Pelo Amado Irmão Monte Cristo SI


Quando o homem primitivo descobriu pela primeira vez descobriu o fogo, certamente ele deu o mais importante passo em sua História.

Através dos tempos nós aprendemos a usar sua energia para inúmeros propósitos, nós usamos o fogo para trazer luz à escuridão, para cozinhar nosso alimento, para esquentar as habitações no hemisfério norte, e no passado até mesmo para movimentar locomotivas, trens e navios.

Mas há ainda o significado religioso, transcendental que revelava importância para o Homem primitivo, assim como revela para o Homem moderno
Reconhecido pelos antigos como um dos quatro elementos do mundo, o fogo é um princípio ativo, transmutador e transformador. As suas principais características vão desde a materialidade até a espiritualidade, que coloca o buscador ou o devoto mais próximo de seu Criador.
O fogo tem ainda a capacidade de purificar e regenerar. Os rituais de purificação são bem conhecidos e praticamente se repetem desde os primórdios, basta lembrar as lendas que envolvem os Alquimistas até o crisol onde são purificados os metais.
No Livro Sagrado, o fogo é sinal da presença e ação do Criador, é expressão da Santidade e da transcendência Divina, por este motivo uma chama é o símbolo da letra Hebraica Iod, que além de outros significados representa o Criador.
As teofanias sob forma de fogo marcam momentos ímpares das revelações Divinas, no Horeb e no Monte Sinai além de ser um importante alicerce da vocação de alguns profetas. Na liturgia de algumas religiões, o fogo representa a Grande Teofania do Criador e a esperança renovada da ressurreição de Yeschouá( Jesus Cristo)
O Fogo ou se preferirem a luz é em ultima analise a força fecundante, condição indispensável para que haja vida, em oposição às trevas, as sombras ou ao mal, eternos opositores do conhecimento e do esclarecimento. Lembramos que no Livro sagrado O Criador é Luz , Yeschouá o Grande Arquiteto do Universo (Jesus Cristo) é a Luz do mundo.
Ainda no âmbito religioso Judaico-Cristão, a luz é um elemento simbólico importante, pois a luz recria as coisas ao tirá-las da escuridão em que tinham desaparecido. Sem sermos por demais superficial são muito numerosas as passagens do Antigo e do Novo Testamento nas quais se fala da Luz e de seu contrário, as trevas, e esta é uma das mais importantes dualidades estudadas pelo Martinismo, ou seja, as colunas e suas oposições.

Caminhar na luz, ou percorrer o caminho do equilíbrio é viver segundo as Leis naturais ditadas pelos Livros do Homem e da Natureza e obviamente segundo a providencia do Criador.

Dentro deste simbolismo rico se baseia a prática litúrgica quase universal de acender velas para as celebrações litúrgicas, as velas são portanto, uma redução simbólica do conceito de Luz e de Iluminação. Encontramos nos ritos religiosos mais importantes cerimônias em que velas são acesas, e igualmente este costume e esta tradição são mantidas nos encontros e nas reuniões Martinistas, onde, desprovido do sentido religioso, Círios são acesos com um significado ritualístico, como representação simbólica do Criador, como desejo ardente de travar a “boa luta” aquela em que se realiza mudando interiormente e buscando a Sabedoria a Força e a Beleza do Criador e das coisas criadas, além é claro da Fraternidade, da Igualdade e da liberdade.
Sempre que se acende um círio, ou seja, uma vela, alguns detalhes simbólicos são fundamentais: por exemplo, o círio ritualístico somente deve ser aceso com o auxilio de uma outra vela, ou seja o fogo deve ser aceso somente com o auxilio do fogo, é um ato bastante desrespeitoso, se acender ritualisticamente uma chama através de um fósforo ou de um isqueiro.

Outro ato importante é a ação da extinção da Luz, que jamais deve ser feita com um sopro ou com o auxilio dos dedos, deve-se utilizar um abafador de velas, desta forma a Luz se extingue pela ausência de oxigênio, diferente de ser apagada por um ato de força ou de agressão. Embora simples estes cuidados são fundamentais para se conservar com o devido respeito o símbolo do Criador entre nós.

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