Como o espírito trabalha no símbolo
LC Saint Martin – O Fisósofo desconhecido



Vamos lembrar que o Espírito repousava no cordeiro por ocasião da libertação do Egito e isto é o que deu todo valor ao sacrifício. Assim, vamos lembrar que a vida divina repousava, e ainda repousa, nas substâncias do sacrifício no novo pacto; uma vez que o Espírito da Verdade não foi espalhado em vão e não pode ser confundido em seus planos e efeitos; desde o início do novo pacto (e talvez desde o princípio) podemos nos referir ao pão e ao vinho como sendo marcados pelo espírito da vida que tem sido derramado sobre eles.

Não devemos nunca, em tempo algum, comer o nosso pão e beber nosso vinho sem trazer à mente o sagrado sinal com o qual têm sido investidos, não permitindo, assim, que caiam diretamente sob os poderes elementares que não são santos.

Estas substâncias estão unidas ao elemento puro, este está unido ao Espírito, que por sua vez, está unido ao Verbo e o Verbo está unido à primeira Fonte Eterna; através desta ordem harmônica, a instituição da nova aliança trabalha para o benefício de todos os princípios que nos compõem; de fato, ela trabalha em espírito e em verdade em todo o nosso ser; o pão sem fermento purifica nossa matéria; o vinho purifica nosso princípio de vida animal; o corpo glorioso ou elemento puro restaura em nós aquele revestimento primitivo que perdemos através do pecado; o Espírito trabalha nossa compreensão; o Verbo trabalha na raiz de nossas palavras; a vida trabalha em nossa essência divina; estes trabalhos consistem na elevação de cada ordem do ser até um grau além do ponto em que se estende sua ação.

Mais que nada, a instituição do nosso pacto tem como sinais quatro grandes e eficazes unidades, a saber:

A dupla relação elementar, que é comunicada a nós nas duas substâncias; a correspondência de todos os eleitos que tenham auxiliado o sacrifício, desde o início do mundo, eles estão sentados à mesa santa de onde fazem fluir em nossos corações, as palavras sagradas que ouvem, superiores talvez, àquelas conhecidas na consagração; O elemento puro ou o verdadeiro sangue e carne, que fortalecem todas as nossas faculdades de inteligência, e nossa atividade no trabalho; e, finalmente, o próprio Agente Divino que, sob os olhos do Pai, espalha a santificação, o selo e caráter do que tem recebido; sendo ao mesmo tempo o autor, ministro e fundador do sinal de sua aliança, restaura nosso peso, número e medida.

Ora, por que só este Regente Divino pode dar o batismo universal? Por que é o cordeiro que tira o pecado do mundo? Se não é unicamente a sua presença que restaura todos os princípios ao devido lugar, não há desordem senão na transposição?

Mas, sendo sujeito à lei do tempo, que tem dividido todas as coisas, Ele faz com que a sua virtualidade repousasse sobre os sinais materiais de sua aliança, apenas de maneira passiva, aguardando uma reação por parte do Homem renovado; assim, durante o curso de sua obra na Terra, Ele próprio esperou que a reação do verbo de seu

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