A TRADIÇÃO E O CALENDÁRIO LUNAR
Grupo Hermanubis


Desde o inicio de tudo, o Criador nos ensina a viver sob a regência da lua. O livro do Gênesis nos relata que ao final de cada obra do Criador, sobrevinha a tarde e depois a manhã. Isto significa que o novo dia se inicia com o pôr do sol, quando já se podem ser vistas as primeiras estrelas no céu, quando os pássaros começam a cantar anunciando o término do dia. "Criador disse: faça-se a luz !..... , sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o primeiro dia." (Gênesis 1.3-5 ).

No caso especifico dos acontecimentos anuais o Criador não age diferente. Suas determinações para o cumprimento das mesmas obedecem também a influência lunar. "No primeiro mês, desde a tarde do décimo quarto dia do mês..."(Êxodo 12.18). Dentro das escrituras sagradas, uma das poucas alusões que o Criador faz ao sol, ele determina que o mesmo sabe a hora de se pôr, tirando-lhe qualquer atribuição que não seja especificamente a de iluminar o dia.


Assim como a lua, o Criador deu-nos também um calendário em que pudéssemos basear nossas vidas, dentro de uma regência lunar. Segundo a Sua determinação as comemorações anuais e principalmente religiosas devem ser realizadas, obedecendo-se suas prescrições quanto aos meses e quanto a lua. "No primeiro mês, no décimo quarto dia do mês entre as duas tardes...." (Levítico 23.5). "O senhor disse à Moises : dize aos israelitas o seguinte: no sétimo mês haverá para vós um dia de repouso..." (Levítico 23.24). Logicamente nos exemplos acima, é bom que se observe que ele não está se referindo aos meses romanos Janeiro e Julho; e sim aos meses hebraicos Nissã e Tishri.

Esta divergência entre os calendários , na verdade, remonta de muitos séculos atrás; talvez desde a descoberta das primeiras civilizações. Todavia, essas diferenças vieram a serem ratificadas e de uma vez por todas incorporada as civilizações pós Império Romano, para que fosse satisfeito o desejo daqueles que tinham no sol a representação do deus supremo, ou seja para satisfazer a representação divina pelo astro Rei.

A escolha dos nomes para os meses, procurou contemplar os imperadores e as divindades do culto pagão professado na antiguidade a saber:

CALENDÁRIO LUNAR
CALENDÁRIO SOLAR
Nissã
Mars
Iyar
Aprilis
Sivan
Maius
Tamuz
Junius
Av
Quintilis
Elul
Sextilis
Tishri
September
Heshvan
October
Kislev
November
Tevet
December
Shevat
Januarius
Adar

Februarius


Entretanto, no governo de Numa Pompílio, essa sequência foi modificada; deslocando-se para o início do ano solar o 11º mês (Januarius).

Com a ascensão de Caio Júlio César ao governo de Roma, Sosígenes, astrônomo alexandrino, atendendo a vontade do imperador, procede a primeira reforma estrutural do calendário em 46dc, passando a governar-se pelo curso do ano solar, cuja duração média foi fixada em 365 dias e 6 horas com início em 1º de Januarius.

A denominação dos nomes referentes a Januarius e Februarius era uma homenagem à deuses mitológicos Janus e Febo, daí a tradição de se festejar até hoje com um feriado os dias 1º de Janeiro e em alguns paises 2º dia do mês de Fevereiro.
Um pouco mais tarde, mudaram o nome dos meses Quintilis e Sextilis para Julius e Augustus, homenageando assim os imperadores que possuíam esses nomes.


Em meados do séc.XVI, o papa Gregório XIII promove mais uma mudança no calendário Juliano através da burla intergravíssimas; conservando entretanto o costume romano de origem mesopotâmica de marcar o início do dia a meia noite. Estava criado então o calendário Gregoriano atual.

Com a oficialização da religião Católica como religião do Império Romano, as festas bíblicas então, deixaram de serem cumpridas como eram até então, e passaram a ser cumpridas dentro de um programa de associação com as festas pagãs romanas.

Se as pessoas fossem um pouco mais curiosas, observariam que absolutamente nenhuma das festas até hoje comemoradas encontram-se nas escrituras sagradas, e quando existe uma festa com o mesmo nome bíblico, não obedece a prescrição de ser comemorada na data determinada.
Por mais que o leitor procure, não encontrará em nenhuma bíblia oficial o dia 25 de Dezembro como data natalícia de Yeschouá o Grande Arquiteto do Universo, ou o dia 31 de Dezembro como um dia que marca para a mudança do ano.

Não encontraram, porque tratam-se de festas que só são comemoradas hoje em dia, pela imposição dos governantes daquela época que perseguiam toda e qualquer pessoa que não aceitasse a lei imposta.

Temos a seguir algumas acontecimentos anuais sua data e significado mais profundo:

Natal
25 de Dezembro - Dia do nascimento do sol invictus, deus cultuado em Roma, depois transformado no dia do Nascimento do Reparador .

Ano Novo
31 de dezembro - Aproveitando-se de uma tradição Judaica de apresentar o seu filho homem ao 8º dia, os pagãos contando então o dia 25 de Dezembro inclusive, prolongam suas festas por mais 8 dias(Saturnálias) e apresentam o novo ano.

Carnaval
Fevereiro ou Março - Como na tradição Judaica, Purim era uma comemoração pelo fato do Criador ter salvo o seu povo das mãos do inimigo. Roma comemora em homenagem a três deuses mitológicos Baco, Momo e Festo, permitindo durante essa festividade certa liberalidade que todos nós brasileiros conhecemos.

Bem voltemos ao foco principal desta monografia, qual seja a influencia dos ciclo Lunar na vida cotidiana e mística do estudante.

Como é sabido os trabalhos realizados num Templo Martinista geralmente segue não ao calendário formal, mas sim ao calendário lunar, aproveitando-se de sua influencia sobre a composição física e espiritual do Homem.

Abaixo está apresentado as relações entre as diferentes fases da Lua e a influencia positiva que ela deve causar nos trabalhos do Templo e também nos estudos particulares de cada um de nós.

Lua Crescente
Este é o momento oportuno e mais apropriado para realizar-se as cerimônias positivas, geralmente de cunho Teúrgico,

Lua Cheia
Neste período há forte influencia para se ampliar a percepção extra-sensorial e aumentar as habilidades psíquicas do Teurgo.

Lua Minguante
Este é o momento mais oportuno para rituais de equilíbrio entre as freqüências.

Lua Nova
Na Lua Nova não se deve realizar nenhum tipo ritual, exceto aqueles extremamente necessários, pois os resultados são em geral não produtivos.

Podemos concluir então, que o costume da realização de trabalhos templários, e cerimônias rituais em certas fases da Lua, mais que uma correta aplicação da tradição é também a forma correta de se obter melhores e mais significativos resultados.

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