Sobre a quaternalidade de Jacob Boehme

Pelo Amado irmão Frater Zelator ( S:::I:::) (S:::I:::I:::)


Pasquallys mostra em sua obra "O Tratado da Reintegração dos Seres" que a Totalidade é quaternária, embora faça alusão ao ternário, porém achando-o incompleto. Mas JACOB BOEHME é ternário e, segundo o que estamos estudando, está de acordo com a ciência moderna. Contudo, ele diz que quando o Pai cria o Filho (a Luz), aparece aí também uma "irmã gêmea", as Trevas. Só depois aparece o Espírito Santo, que na realidade forma uma quaternidade, que procura deixar as Trevas escondida. Segundo Lutero, o inspirador de BOEHME, este seria o Deus absconditus ("Deus escondido"). Parece que isso coloca o adversário (diabo) na Totalidade, coisa que pode parecer estranho para alguns.
Se trata de divergência entre tradições? A Alquimia e os Gnósticos, que influenciaram o cristianismo medieval, eram quaternários, mas o judaísmo, que influenciou o protestantismo, era ternário.

Esta é uma das divergências entre o Protestantismo e o Catolicismo, pois este último, para manter a tradição judaica e a alquímica (vinda dos gregos), incluiu a Virgem Maria no ternário, coisa que o protestante não concorda.


Esse assunto é tratado exaustivamente por Jung e aparece em quase todas as suas obras. Ele diz, numa linguagem simbólica própria, que na Totalidade Divina o ritmo é um andamento ternário, mas o símbolo é uma quaternidade.
A cada vez que colocamos esse ser real que está em nós para "baixo do tapete", ele lá fica acumulando forças para nos derrubar depois. Nada como a Via Cardíaca para isso, pois ele não suporta quando evocamos Deus.

HOME